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12 TENDÊNCIAS EM RECURSOS HUMANOS

Caro(a) aluno(a), apresentaremos os conceitos de coaching e men-


Guardamos, para este capítulo, as tendên- toring, assim como seus objetivos. Em seguida,
cias da área de Recursos Humanos. você terá a oportunidade de refletir sobre um
Algumas dessas tendências de RH já se tor- tema que tem sido comentando por profissionais
naram realidade em várias organizações. Outras e organizações: Qualidade de Vida no Trabalho.
estão presentes no discurso, mas são ainda inci- Você terá a oportunidade de refletir sobre o
pientes na prática. Em todo caso, é normal que as conceito de competências e sobre a importância
organizações apresentem modelos de gestão e da Gestão por Competências. Finalizando o capí-
práticas de RH diferentes, de acordo com as suas tulo, apresentaremos o conceito de Endomarke-
características e histórias, e com o contexto orga- ting.
nizacional. Acredito que os temas abordados neste ca-
Primeiramente, vamos tratar do tema “Con- pítulo serão de grande utilidade na sua vida pro-
sultoria Interna de RH”, identificando seu objeti- fissional.
vo e seus benefícios para a organização. Depois,

12.1 Consultoria Interna de Recursos Humanos

Primeiramente, vamos relembrar um con-


ceito já conhecido por você, na teoria e/ou na Dicionário
prática, que é o de consultoria.
Consultoria: “um conjunto de atividades desenvol-
O termo ‘consultoria’ tem sido usado por di- vidas pelo consultor, que ajudam o cliente a perce-
versos autores para explicar, em síntese, uma re- ber, entender e agir sobre fatos inter-relacionados
que ocorrem no seu ambiente.” (SCHEIN apud
lação de interação que envolve uma atividade de MANCIA, 2004, p. 148).
ajuda para a solução de um ou mais problemas.
Como exemplo, consultoria pode ser con-
siderada um processo de interação de dois pro-
fissionais. Um profissional é o consultor, que é um Com base no que foi exposto, você pode
especialista. O outro profissional é o consultando concluir que consultoria é, fundamentalmente,
(ou consultado), que solicita auxílio do consultor uma relação de ajuda, que possui caráter diferen-
em relação a um problema ou assunto de traba- ciado em função da natureza do problema ou as-
lho com o qual ele enfrenta algumas dificuldades sunto que se pretende abordar.
e o qual ele entende que pertença a outras áreas E o que vem a ser a consultoria interna, mais
específicas do conhecimento (MANCIA, 2004). especificamente, a consultoria interna de recur-
sos humanos?

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De acordo com Mancia (2004, p. 149), a as atividades da área de RH, e capaz de identifi-
Consultoria Interna de Recursos Humanos (CIRH) car necessidades variadas de seus interlocutores
“é uma atividade ou meio, orientada para dar su- e de construir com eles soluções originais e com-
porte às atividades, nos diferentes campos que plexas. Para isso, o consultor interno não precisa
envolvem mudança, conhecimento técnico, pes- conhecer a fundo todas as áreas de RH. Por exem-
quisa e desenvolvimento.” plo, não precisa ser profundo conhecedor do
Orlickas (2010) diz que a CIRH é um mode- conteúdo de um programa de treinamento, nem
lo de gestão que exige que cada profissional de mesmo ministrar o curso, mas deve ter uma boa
RH, dentro de uma estrutura organizacional, atue visão dos benefícios e resultados desse programa
de forma multidisciplinar, formando um link entre para o cliente interno e de como ele será minis-
RH Corporativo e os demais funcionários. trado. Outro exemplo: não precisa saber elaborar
Nesse modelo, é necessário que o RH reco- um projeto de revisão de políticas de remunera-
nheça as necessidades de seus clientes internos e ção, mas precisa saber detectar se a insatisfação
obtenha formas diferenciadas de desenvolvimen- de um funcionário está no salário ou em outro
to de seus funcionários, para que eles possam motivo qualquer.
conduzir o leme organizacional. O processo de
Consultoria Interna visa a atender ao cliente inter- Saiba mais
no da melhor forma possível, com clareza de in-
tenções e no tempo desejado (ORLICKAS, 1999). Multifuncionalidade do Consultor Interno de
Perceba que o consultor interno de RH é um RH

profissional que faz parte do quadro da organiza- A necessidade de multifuncionalidade do pro-


ção, por meio de vínculo empregatício. O consul- fissional que atuará como consultor interno de
tor interno de RH é um especialista em uma área RH surge da urgência de exterminar as soluções
isoladas e departamentalizadas e de oferecer um
de conhecimento, caso contrário não seria consi- único profissional para interagir com o cliente.
derado um consultor. Além disso, esse consultor Esse profissional deve conhecer o RH como um
interno não tem poder decisório para implantar todo, mas não necessariamente em profundida-
de. Além disso, deve entender do negócio de seu
ações ou soluções propostas, mas sim expertise cliente.
para recomendar ações ou soluções (MANCIA,
2004).

Você pode concluir que a CIRH é exercida


Atenção pelo consultor interno de RH, que é um profissio-
nal com vínculo empregatício com a organização.
O consultor interno de recursos humanos é fun- Esse profissional deve ser multidisciplinar, no que
cionário de uma organização, especialista em um
campo de conhecimento e, justamente devido se refere aos assuntos de recursos humanos.
ao conhecimento nessa especialidade, “por sua Para que possa contribuir com sua expertise
habilidade, experiência, postura e posição, exerce
influência sobre diferentes segmentos da organi- para soluções e orientações ao consultado, para
zação (pessoas e grupos), mas não possuiu poder conduzir seu trabalho de forma adequada, o con-
decisório sobre seus clientes nem sobre os proje- sultor interno de RH precisa conhecer em profun-
tos e sua implementação.” (MANCIA, 2004, p. 149).
didade a organização na qual está inserido, por
meio de sua história, cultura, visão, prioridades
estratégicas, competências essenciais e modelo
Orlickas (2001) ressalta que o consultor de gestão.
interno de recursos humanos deve ser um pro-
fissional multidisciplinar, no que diz respeito a
recursos humanos, ou seja, conhecedor de todas

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12.2 Coaching e Metoring

O ambiente turbulento, de transformações Coaching diz respeito ao processo diretivo


e mudanças, e competitivo exige que as pessoas desenvolvido por gerente ou consultor externo a
e as organizações mantenham-se atualizadas, de- fim de treinar e orientar um colaborador em rela-
senvolvam suas competências e consigam lidar ção ao seu trabalho, à organização e seus proje-
com as incertezas e imprevisibilidade. tos, ajudando-o na superação de obstáculos, com
Nesse contexto, é interessante contar com o impacto em seu desempenho nas atividades de-
apoio de outros profissionais para que possamos legadas. O uso do coaching ajuda a criar uma cul-
realizar progressos nas arenas que atuamos ou tura não só voltada ao trabalho em equipe, mas
iremos atuar. O mentoring e o coaching são práti- também à colaboração (ZENKER, 2011).
cas cada vez mais importantes para o alcance das
metas de desenvolvimento profissional, gerencial
e organizacional (ZENKER, 2011). Curiosidade

Um dos grandes benefícios dos programas


ou sessões de mentoring e coaching, seja nas or- Coach
O termo ‘coach’ tem origem no campo es-
ganizações ou para os indivíduos, é criar condi-
portivo e tem sido utilizado para designar
ções de cooperação orientada para a melhoria da o papel do técnico, aquele profissional que
produtividade e da inovação. Como resultados treina, por exemplo, times de futebol e bas-
práticos desses processos, podemos apontar a quete. O coach procura transformar atletas
economia de tempo e o aumento da eficiência em campeões.
Coaching: expressão que significa treina-
e eficácia na implantação de projetos dentro das
mento. Geralmente, é a organização quem
empresas, especialmente se forem necessários contrata o coach (ou treinador), mas já há
novos conhecimentos e metodologias. casos em que o profissional procura por
Outro benefício dos processos de coaching ajuda.
O coach é responsável pelo desenvolvi-
e mentoring é a melhoria de resultados que se ob- mento de profissionais e pessoas que ne-
tém nos processos de change management. Toda cessitam de uma profunda reflexão de si
mudança traz desconforto para os envolvidos. O mesmos e por promover uma mudança de
uso do coaching e do mentoring para as questões rumo na carreira e até na vida pessoal.
mais individuais e pessoais amenizará os confli-
tos e contribuirá significativamente para o surgi-
mento do clima necessário para a efetiva e eficaz
implementação dos novos processos. O uso do
O Coah, nas organizações, pode ser enten-
mentoring e do coaching deve ser visto como uma
dido como a pessoa que se compromete a apoiar
ferramenta que acelera a inovação e contribui, as-
alguém com o objetivo de melhorar seu desem-
sim, para os resultados estratégicos da organiza-
penho e promover seu desenvolvimento profis-
ção (ZENKER, 2011).
sional e pessoal. Participar de um coaching ou ter
Agora que você já pôde visualizar alguns um coach é como ter um técnico que irá ajudar o
dos benefícios dos processos de coaching e men- profissional a desenvolver suas habilidades, corri-
toring, veja os conceitos e as características de gir erros e desenvolver talentos (GIL, 2001).
cada um desses processos. Vamos, primeiro, abor-
O coach pode oferecer condições para que
dar o processo de coaching.
seu cliente (coachee – aquele que recebe o pro-
cesso de coaching) promova um autodiagnóstico

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e aprimore sua capacidade de raciocínio e análi- Geralmente, os processos de mentoring nas


se, visando a torná-lo capaz de estabelecer metas, organizações são aplicados para aqueles profis-
determinar prioridades e identificar as melhores sionais que têm muito potencial e que se revelam
soluções para os problemas que se apresentam promissores, mas que precisam de ajuda para ter
no dia a dia. um desempenho de nível mais elevado, ou para
O coach é um profissional que não se com- profissionais no início da carreira e/ou novos na
promete apenas com os resultados, mas com o organização.
próprio desenvolvimento e realização da pessoa O processo de mentoring pode ser concei-
que é designada como sua cliente (coachee). Sua tuado como processo de apoio desenvolvido por
função é dar ao cliente poder para que produ- um mentor, a fim de ajudar um indivíduo (“men-
za, para que suas intenções transformem-se em toreado”) a melhor definir seu território, ampliar
ações, que, por sua vez, traduzem-se em resulta- seu potencial e alinhar suas motivações internas
dos (GIL, 2001). com atividades e projetos que o levarão ao suces-
Vejamos, agora, o processo de mentoring. so (ZENKER, 2011).
O mentor busca tornar seu cliente (“men- Você deve ter percebido que mentoring e
toreado”) um “aliado” da organização e, como coaching têm pontos em comum. Ambos pos-
consequência, procura enfatizar, principalmente, suem como essência a relação interpessoal. O
os valores e a estrutura política da organização, trabalho de mentoring e de coaching estimula a
o estabelecimento de contatos e o acesso aos reciprocidade entre as pessoas, na ampliação da
recursos necessários. Sendo assim, o mentor pre- percepção, descoberta de soluções, de decisões
cisa ser escolhido entre as pessoas capazes de re- mais conscientes e de ações mais pertinentes
presentar os valores da organização e com autori- para conseguir o que se busca (ZENKER, 2011).
dade suficiente para proporcionar os meios para É importante você ter em mente que o
que o desempenho de seus clientes atinja o nível coach e o mentor não dizem quais decisões de-
pretendido (GIL, 2001). vem ser tomadas. A ideia é que eles apenas orien-
tem e conduzam o profissional a tomar decisões.

12.3 Qualidade de Vida no Trabalho

Você já deve ter percebido que o tema QVT de QVT, os resultados obtidos podem ter
tem sido recorrente nas organizações e no discur- alcançado os objetivos empresariais, au-
xiliando a organização a enfrentar o am-
so dos profissionais. Além disso, é notório que o
biente competitivo e a comprometer as
tema vem ganhando expressão cada vez maior pessoas com o negócio da empresa.
no ambiente empresarial brasileiro, dentro das
estratégias de gestão de pessoas.
Essa definição já fornece uma noção do por-
De acordo com Limongi-França e Arellano
quê do interesse no tema QVT. Vamos, então, ex-
(2002, p. 305),
plorar um pouco mais esse assunto.
De acordo com Limongi-França e Zaima
seja por aumentar a produtividade, seja
como peça importante da competitivi- (2002), de alguns anos para cá, foi possível notar
dade e da modernidade da gestão de o crescimento de notícias, eventos, estudos e pu-
pessoas, seja no atendimento a exigên- blicações relacionados à QVT. Esse tema tem des-
cias dos clientes, o fato é que, por meio pertado o interesse do empresariado, provavel-
de melhores condições de trabalho, que
fazem parte do escopo dos programas
mente pela possível ligação com a satisfação do

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empregado e consequente perda ou aumento da


Curiosidade
produtividade que pode surgir dessa associação.
Visão Biopsicossocial
Curiosidade É um conceito que se originou nos anos
1970, com o resgate da visão integrada e
Apesar de ser um conceito que vem sen- holística do ser humano. O ser humano
do discutido nos últimos anos, a QVT não é não se divide. Cada pessoa é um comple-
uma ideia nova. Esse conceito vem sendo xo biopsicossocial composto de interfaces
abordado desde os anos de 1970 (LIMON- biológicas, psicologias e sociais, que rea-
GI-FRANÇA; ZAIMA, 2002). gem simultaneamente aos estímulos rece-
bidos (LIMONGI-FRANÇA; ZAIMA, 2002).

No Brasil, foram as organizações multinacio-


Um fator importante em relação à QVT é
nais e de grande porte que mais evoluíram nos úl-
que a análise da qualidade de vida das pessoas
timos anos em termos de QVT, definindo políticas
está ligada ao grau de expectativa e ao grau de
específicas e incluindo-as em seu planejamento
percepção de cada um.
estratégico de RH e corporativo. Essas organiza-
ções também são as que adotam, há mais tem-
po, formas de gestão mais avançadas e padrões Saiba mais
de qualidade altamente competitivos e compatí-
veis com as exigências do mercado internacional “QVT é a adequação entre aquilo a que um indi-
víduo aspira e o que ele efetivamente obtém na
(CAÑETE, 2004). vida que leva. É uma dimensão bastante subjeti-
Vários autores oferecem-nos definições so- va, e sua avaliação é de extrema importância para
medir o estresse. Abrange diversas áreas da vida:
bre QVT. Veja algumas dessas definições e reflita profissional, familiar, lazer.” (CAÑETE, 2004, p. 398).
sobre o tema em termos teóricos e práticos.
De acordo com Cañete (2004, p. 396), QVT
“se refere à qualidade de vida em relação ao que
se passa em nossos ambientes de trabalho ou em Podemos considerar que QVT é gerar uma
nossa vida laboral.” Cañete (2004) também res- organização mais humanizada. Para isso, é ne-
salta que QVT consiste em uma intervenção na cessário que o trabalho envolva relativo grau de
organização e no processo de trabalho e, sendo responsabilidade e de autonomia em termos de
assim, não se reduz ao cumprimento de leis ou à cargo, recebimento de recursos e de feedback so-
discussão de direitos dos trabalhadores. bre o desempenho, e enriquecimento no traba-
Limongi-França e Zaima (2002, p. 406) apre- lho, com ênfase no desenvolvimento pessoal do
sentam QVT “como o conjunto de ações de uma indivíduo.
organização no sentido de implantar melhorias
e inovações gerenciais, tecnológicas e estrutu-
rais no ambiente de trabalho, visando atender
escolhas de bem-estar das pessoas que atuam
em uma organização.” As autoras ainda enfatizam
que a construção da QVT ocorre a partir do mo-
mento em que se olham a organização e as pes-
soas como um todo, o que se denomina enfoque
biopsicossocial.

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12.4 Avaliação e Desenvolvimento de Competências

Vamos abordar, agora, a avaliação e desen- que, quando integrados e utilizados estrategica-
volvimento de competências. Esse tema de RH mente pela pessoa, permitem-lhe atingir com su-
vem assumindo cada vez mais importância nas cesso os resultados que dela são esperados pela
organizações, visto que elas precisam definir as organização.” (MILIONI, 2002, p. 322).
competências necessárias para o seu sucesso e
estimular o desenvolvimento dessas competên- Saiba mais
cias nos seus colaboradores.
Avaliação por competências
Antes de falarmos da gestão por competên-
cias, vamos contextualizar competências, dentro “Processo em que as competências mapeadas,
da Gestão de Desempenho. descritas e referendadas como a perspectiva de
resultados de um cargo, função, especialização
De acordo com Stoffel (2000, p. 13), Gestão ou equipe de trabalho são pontuadas como indi-
do Desempenho é cadoras da ‘entrega’, ou seja, dos produtos ou dos
resultados efetivos.” (MILIONI, 2002, p. 322).

uma metodologia gerencial que visa pro-


mover a consecução das metas organiza-
cionais e o desenvolvimento dos recursos A Gestão por competências apresenta
humanos, através de um processo partici- alguns objetivos que, de acordo com Picarelli
pativo, dinâmico, contínuo e sistematiza- (2002), merecem destaque. São eles:
do de planejamento, acompanhamento,
avaliação e melhoria do desempenho.
ƒƒ Entender, organizar e disseminar os co-
nhecimentos ligados ao negócio e às
A Gestão de Desempenho é um processo estratégias organizacionais, buscando
que permite que saibamos o que a organização construir uma organização de alta per-
espera de nós, quais são os nossos pontos fortes e formance;
oportunidades de melhoria, e de que maneira po- ƒƒ Ser um instrumento de comunicação
demos nos desenvolver e melhor contribuir para das mensagens-chave de atitudes, co-
o alcance dos objetivos da Organização. nhecimentos e habilidades esperados
Você deve ter percebido que a Gestão de em relação a cada empregado;
Desempenho apresenta dois focos. O resultado, ƒƒ Formar uma base de dados confiável de
ou seja, o que você conseguiu objetivamente en- cada empregado (resultado das avalia-
tregar, é o alcance das metas e objetivos. O outro ções), tornando-a disponível para a or-
foco é a competência, ou seja, como você conse- ganização;
guiu realizar a sua entrega, concretizar suas me- ƒƒ Servir como valiosa fonte de informação
tas. para as necessidades de treinamento e
Dentro desses focos da Gestão de Desem- de desenvolvimento, plano de suces-
penho, temos a Gestão por Competências. Ges- são, movimentação na carreira, seleção
tão por competências significa gerenciar pessoas interna e externa, e remuneração;
e equipes com base em competências. ƒƒ Comprometer o líder na gestão efetiva
Competência, por sua vez, significa a habi- e no desenvolvimento de sua equipe;
lidade ou capacidade para desempenhar algo. ƒƒ Obter transparência e comunicação em
Competência pode ser conceituada como o “con- relação aos critérios para desenvolvi-
junto de conhecimentos, habilidades e atitudes mento profissional.

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A valorização das competências, nos últi- ƒƒ Áreas de interesse em leituras – livros,


mos anos, revela a crença de que os resultados jornais, revistas, internet etc.;
das organizações, dos grupos, dos colaboradores ƒƒ Cursos, palestras, congressos e outros –
dependem, em grande parte, de seus desempe- Técnicas de vendas;
nhos. Esses, por sua vez, dependem, em grande ƒƒ Profissão – Administrador;
parte, de suas competências.
ƒƒ Cargo – Gerente de Marketing;
Se as competências necessárias para o su-
ƒƒ Ramo da empresa – farmacêutico, auto-
cesso organizacional e profissional podem ser
motivo etc.;
mapeadas e desenvolvidas, é necessário utilizar
metodologias e técnicas específicas para esses ƒƒ Currículo é uma fonte de informações
objetivos. sobre a história do indivíduo;
Metodologia pode ser entendida como o ƒƒ Outros.
caminho para se chegar a algum lugar. Alguns
preferem a expressão ‘estratégia’, enquanto ou- Os meios aqui apresentados são oportuni-
tros optam pelo “como”. Um caminho é composto dades para conhecer as competências de uma
de etapas ou fases. Por exemplo, primeiro, iden- pessoa ou equipe. O desafio é descobrir as com-
tificamos o trabalho a ser realizado por alguém; petências através desses meios. Por exemplo: um
em seguida, o perfil de competências requerido profissional que só faz cursos técnicos em sua
para essa função. Depois, aplicamos técnicas para área de atuação e nenhum na área gerencial pro-
identificar as competências fortes e limitantes dos vavelmente expressa uma visão especializada e
colaboradores, montamos um plano para desen- pouco gerenciamento. “É provável”. Cada caso é
volver as competências desejadas, acompanha- um caso e deve ser analisado individualmente.
mos e avaliamos os resultados do seu trabalho. Existem, também, técnicas para desenvol-
ver competências. Por exemplo:
Técnicas podem ser consideradas as fer-
ramentas para alcançar algo. Veja alguns instru-
ƒƒ Estágios;
mentos que podem ser utilizados para identificar
competências: ƒƒ Treinamento on the job – desenvolver
capacidades no próprio trabalho;

ƒƒ Checklist de competências – solicitar ƒƒ Job rotations – passar por várias posi-


autopercepção nas competências (for- ções;
tes e limitantes); ƒƒ Pesquisa nos vários meios de comuni-
ƒƒ Conversa – troca de ideias, opiniões etc.; cação – internet;

ƒƒ Entrevista – de seleção, de avaliação de ƒƒ Oficinas – aprender fazendo;


desempenho; ƒƒ Eventos em geral – cursos, palestras,
ƒƒ Jogos – jogos dos quadrados; congressos etc.;

ƒƒ Simulações – representar papéis; ƒƒ Visitas – benchmarking;

ƒƒ Observação de desempenho em uma ƒƒ Novas posições – promoção ou transfe-


atividade – gerir um projeto; rência para outra área;

ƒƒ Fazer a leitura dos produtos gerados ƒƒ Leituras em geral e especializadas;


por uma pessoa – relatório; ƒƒ Participação em grupo de trabalho – in-
ƒƒ Promoção de produtos e serviços – visi- terno e externo à organização;
ta comercial; ƒƒ Escrever artigos;
ƒƒ Uso do tempo – tempo de lazer envolvi- ƒƒ Apresentar-se publicamente;
do com que atividade; ƒƒ Responder positivamente aos trabalhos
demandados na área;

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ƒƒ Colocar desafios para si mesmo e pro- Pelo que você teve a oportunidade de ler
curar superar obstáculos; até o momento, pôde perceber que, no atual am-
ƒƒ Mentoring e coaching. biente organizacional, com busca pela competiti-
vidade e inovação, e uma gestão ágil e flexível, a
gestão por competências encontra um ambiente
Os meios apresentados são oportunidades favorável para seu desenvolvimento e pode trazer
para desenvolver competências de uma pessoa benefícios, visto que organiza e orienta os recur-
ou equipe. O desafio é descobrir formas especí- sos e conhecimentos existentes para que os obje-
ficas e gerais para ampliarmos nossas competên- tivos do negócio sejam alcançados.
cias. Por exemplo: um profissional que precisa
Os atuais sistemas para captação, retenção e
ampliar seus conhecimentos e competências so-
desenvolvimento das pessoas estão operando de
bre marketing pode optar por uma pós-gradua-
forma estratégica e integrada, e tendo por base
ção nessa área. Por outro lado, um profissional
as competências necessárias para a organização.
que precisa melhorar sua competência na gestão
de tempo pode fazer um curso de extensão.

12.5 Endomarketing

Você provavelmente já ouviu o termo “En- organização faz para melhorar o nível de infor-
domarketing”. E o que vem a ser Endomarketing? mação e, com isso, estabelecer mais aproximação
“Endo” provém do grego e quer dizer “ação inte- com o seu colaborador. Sendo assim, o marketing
rior ou movimento para dentro”. Endomarketing interno está voltado para um processo de comu-
é, portanto, marketing para dentro (MEIRA; OLI- nicação interna.
VEIRA, 2011 p. 48). De acordo com Cerqueira (2002, p. 445), en-
Endomarketing pode ser considerado a “uti- domarketing “são projetos e ações que uma em-
lização de modernas ferramentas de marketing, presa deve empreender para consolidar a base
porém, dirigidas ao público interno das organiza- cultura do comprometimento de seus funcionários
ções. São ações estruturais que visam à ação para com o desenvolvimento adequado de suas diver-
o mercado.” (MEIRA; OLIVEIRA, 2011, p. 49). sas tecnologias.” Segundo o autor, empreender
De acordo com Bekin (2004), pode-se de- esses projetos e ações, ou seja, o endomarketing,
finir Endomarketing como as ações gerenciadas visa a, por exemplo:
de marketing, eticamente dirigidas ao público
interno (ou seja, funcionários/colaboradores) das ƒƒ Manter o clima ideal de valorização e re-
organizações com fins lucrativos, organizações conhecimento das pessoas;
governamentais e organizações do terceiro setor, ƒƒ Obter índices maiores de produtividade
observando condutas de responsabilidade co- e qualidade, com consequente redução
munitária e ambiental. de custos;
Brum (2000) define o Marketing Interno, ƒƒ Estabelecer canais de comunicação in-
ou seja, o Endomarketing, como a ação de dar ao terpessoal, permitindo a eliminação de
funcionário educação e atenção, tornando-o bem conflitos e insatisfações que possam
preparado e bem informado para que possa tor- afetar o sistema organizacional.
nar-se também uma pessoa criativa e feliz, capaz
de surpreender, encantar e entusiasmar o cliente.
Para a autora, Endomarketing é o esforço que a

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com a função de integrar a noção de cliente e


Saiba mais
fornecedor interno, e fazer com que todos os fun-
Projetos de endomarketing criam um componen-
cionários tenham uma visão compartilhada sobre
te de comunicação integrada, ou seja, nos dois o negócio da empresa, incluindo itens como ges-
sentidos, estabelecendo uma base de relaciona- tão, metas, resultados, produtos, serviços e mer-
mento interpessoal que desenvolve positivamen-
te a autoestima das pessoas e facilita a prática da
cados nos quais atua. Dessa forma, o endomar-
empatia e da afetividade (CERQUEIRA, 2002). keting propicia melhorias tanto na qualidade dos
produtos quanto na produtividade pessoal e na
QVT (MEIRA; OLIVEIRA, 2011).
Com base nesses pontos, constata-se que o Pelo exposto, é possível considerar que o
conceito de marketing interno ou endomarketing Endomarketing é um conjunto de ações para os
envolve temas como: motivação dos funcionários, próprios funcionários, visando à integração, co-
comunicação, comprometimento, valores, instru- municação, distribuição de informações internas
mentos de marketing e satisfação do consumidor. e motivação, para que repercuta no cliente exter-
O endomarketing tem como principal ob- no.
jetivo fortalecer as relações internas da empresa,

12.6 Resumo do Capítulo

Prezado(a) aluno(a),
Neste capítulo, abordamos as principais tendências de Recursos Humanos nas Organizações. Apon-
tamos que essas tendências já são realidade em algumas organizações; em outras, estão no discurso; e,
em outras, ainda nem no discurso. Também é importante verificar se as tendências aplicam-se à determi-
nada organização.
Abordamos o tema CIRH, relembrando o papel geral de consultoria e esclarecendo o conceito e o
papel da CIRH, assim como as exigências para o profissional de RH.
Em seguida, tratamos de dois processos que têm sido utilizados pelas organizações e pelos pro-
fissionais: coaching e mentoring. Você teve a oportunidade de conhecer o conceito de cada processo e
refletir sobre as suas utilizações.
Uma das tendências que têm chamado a atenção das organizações nos últimos anos, embora não
seja uma ideia nova, é a QVT. Apresentamos alguns conceitos sobre o tema, resgatando sua importância
no contexto organizacional.
Contextualizamos e definimos a gestão por competências, permitindo a visualização de sua impor-
tância para as organizações.
Finalizando o capítulo, apresentamos o conceito de Endomarketing, permitindo que você reflita
sobre seu foco e impacto para os colaboradores das organizações.
Agora, vamos fixar os conteúdos deste capítulo, fazendo as atividades propostas.

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12.7 Atividades Propostas

Caro(a) aluno(a),
Aproveite as atividades a seguir para reforçar os conceitos vistos neste capítulo.

1. Leia as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta.

I – O coaching é um processo que visa a tornar o coachee capaz de estabelecer metas, identificar
as melhores soluções para os problemas e/ou os obstáculos que aparecem e transformar suas
intenções em ações.
II – O mentor deve ser alguém da própria organização, pois o processo de mentoring tem como
objetivo enfatizar a cultura organizacional.
III – Uma das diferenças entre os processos de mentoring e coaching é que o mentor não tem
poder para decidir as ações que devem ser tomadas.

a) Todas as afirmações estão corretas.


b) As afirmações I e II estão corretas.
c) As afirmações I e III estão corretas.
d) As afirmações II e III estão corretas.
e) Todas as afirmações estão erradas.

2. Em uma fábrica de softwares, três programadores que tinham excelente desempenho técnico
foram promovidos para cargos de gestão. Como eles nunca haviam gerenciado uma equipe,
precisavam desenvolver competências gerenciais. Para desenvolver as competências necessá-
rias, seria adequado utilizar quais das técnicas de desenvolvimento de competências?

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RESPOSTAS COMENTADAS DAS
ATIVIDADES PROPOSTAS

CAPÍTULO 1

1. Prezado(a) aluno(a), foi solicitado que você apresentasse dois objetivos organizacionais e dois
individuais. Vamos a eles: os dois objetivos organizacionais podem ser: lucratividade e produ-
tividade. E os dois objetivos individuais podem ser: qualidade de vida no trabalho e oportuni-
dade de crescimento.

2. Os três níveis de classificação estratégica da Administração na visão da Gestão de Pessoas são:


estratégico, tático e operacional.

3. O elemento de ênfase nos resultados se entende por eficácia.

CAPÍTULO 2

1. Caro(a) aluno(a), foi solicitado que você apresentasse as três etapas históricas mais importan-
tes para melhor entender as eras e períodos para a Gestão de Pessoas. São elas: a estrutura
organizacional, a cultura organizacional predominante, o ambiente organizacional, o modo
de lidar com as pessoas e a administração de pessoas.

2. Para o autor Frederick Herzberg, existem dois fatores que orientam o comportamento das
pessoas, que são: fatores higiênicos ou fatores extrínsecos, que se localizam no ambiente que
rodeia as pessoas e abrangem as condições dentro das quais elas desempenham seu trabalho.
Como essas condições são administrativas e decididas pela empresa, os fatores higiênicos
estão fora do controle das pessoas. E os fatores motivacionais ou fatores intrínsecos estão
relacionados com o conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas que a pessoa executa. Os
fatores motivacionais estão sob o controle do indivíduo, pois estão relacionados com aquilo
que ele faz e desempenha.

3. O estilo de liderança em nível de excelência, tanto nas pessoas quanto na produção, que se
apresenta no grid gerencial é o Estilo 9.9 – Preocupação com as pessoas e com a produção.
Excelência.

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Ana Lúcia da Rocha Silva

CAPÍTULO 3

1. Prezado(a) aluno(a), o conflito é inerente ao homem, mas para administrar conflitos seguem
três maneiras importantes que deverão reduzir o conflito entre linha e staff: demonstrar aos
gerentes de linha os benefícios de usar programas de GP, atribuir responsabilidades por certas
decisões de GP exclusivamente aos gerentes de linha e, outras exclusivamente aos especialis-
tas de GP, por fim treinar ambos os lados, gerentes de linha e especialistas de GP, em como tra-
balhar juntos e tomar decisões conjuntas. Esta alternativa é a mais eficaz se a organização tem
um padrão de carreiras que proporciona o rodízio entre posições de linha e de staff. A rotação
de cargos entre linha e staff ajuda cada grupo a compreender melhor os problemas do outro.

2. Seguem algumas das atribuições para a moderna Gestão de Pessoas: contratação e demissão
de novos profissionais e cuidar de pessoas; aprimoramento com os gestores para atingir resul-
tados em equipe; atuar como consultores internos; identificação de necessidades de mudan-
ças e visão de pessoas como parceiras.

3. As definições do conhecimento, habilidade e competência do talento humano na Gestão de


Pessoas são: conhecimento – pesquisar para aprender a aprender; habilidade – aplicar o co-
nhecimento e resolver problemas; e atitudes – alcançar metas, agregar valores e empreender.

CAPÍTULO 4

1. Caro(a) aluno(a), com base no mercado de trabalho seguem as características: em oferta – ex-
cesso de vagas e de oportunidades de emprego no mercado de trabalho e, quanto à procura,
baixos investimentos em recrutamento devido à oferta de candidatos.

2. Quanto ao entendimento do conceito, podemos citar a definição de recrutamento como um


conjunto de técnicas e procedimentos que visa a atrair candidatos potencialmente qualifica-
dos e capazes de ocupar cargos dentro da organização.

3. Uma das definições de seleção de pessoal é o processo de agregar e selecionar pessoas, esco-
lhendo os melhores candidatos para a organização; é, ainda, um processo de comparação e
decisão na escolha ou classificação de candidatos. A base da seleção de pessoas é a colheita
de informações sobre o cargo, através da descrição e análise do cargo.

CAPÍTULO 5

1. Prezado(a) aluno(a), segue a definição de modelagem de cargos: a estrutura de cargos é con-


dicionada pelo desenho organizacional no qual está contida. Os cargos fazem parte integran-
te do formato estrutural da organização. Cargo é a composição de todas as atividades desem-
penhadas por uma pessoa, que são englobadas em um todo unificado e que figura em uma
posição formal do organograma. O desenho do cargo envolve a especificação do conteúdo
dos métodos de trabalho e das relações com os demais cargos.

2. Os três exemplos de critérios da avaliação de desempenho são: a capacidade de realização, o


conhecimento do cargo e o conhecimento do negócio.

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Gestão de Pessoas

CAPÍTULO 6

1. Prezado(a) aluno(a), os tipos de recompensas são: financeira (salário direto, férias e gratifica-
ções) e não financeira (oportunidade de desenvolvimento, reconhecimento e autoestima e
qualidade de vida).

2. Os benefícios podem ser classificados sob diversas maneiras: quanto à sua exibilidade legal
podem ser legais ou espontâneos; quanto à sua natureza podem ser monetários; quanto aos
seus objetivos podem ser assistenciais, recreativos e supletivos.

CAPÍTULO 7

1. Prezado(a) aluno(a), segue uma das definições de treinamento e desenvolvimento que se


aplica na realidade empresarial: o treinamento e desenvolvimento são orientados para o pre-
sente, focalizando o cargo atual e busca melhorar as habilidades e capacidades relacionadas
com o desempenho imediato do cargo (curto prazo). O desenvolvimento de pessoas focaliza
geralmente os cargos a serem ocupados futuramente na organização e as novas habilidades
e capacidades que serão requeridas. Ambos, treinamento e desenvolvimento (T&D), consti-
tuem processos de aprendizagem.

2. O diagnóstico empresarial para o treinamento e desenvolvimento de pessoas, é o levanta-


mento das necessidades de treinamento a serem satisfeitas. Além dos métodos de levanta-
mento de necessidades, existem indicadores que apontam necessidades futuras (a priori) e
passadas (a posteriori).

CAPÍTULO 8

1. Caro(a) aluno(a), a definição do 5º processo de GP – mantendo pessoas, são as relações com


os colaboradores que dependem do estilo de administração que predomina na organização.
O desenho de um programa de relações com colaboradores deve atender os objetivos da
ARH, dos gerentes de linha e dos funcionários. Programas de sugestões e de reconhecimento,
higiene e segurança do trabalho que assegure qualidade de vida na organização.

2. Uma das definições de Higiene e a Segurança do Trabalho é cuidar da prevenção de doen-


ças e acidentes relacionados com o trabalho. A higiene do trabalho está relacionada com as
condições ambientais de trabalho que assegurem saúde física e mental às pessoas. Os seus
principais itens são: ambiente físico de trabalho (como iluminação, ventilação, temperatura,
ruídos), ambiente psicológico (redução do estresse), aplicação de princípios de ergonomia e
saúde ocupacional.

CAPÍTULO 9

1. Caro(a) aluno(a), o modelo de cultura organizacional propícia para melhor aplicar o 6º pro-
cesso nas empresas. É uma cultura democrática e participativa, onde o controle externo deve
ser substituído pelo autocontrole e autonomia das pessoas em direção a metas e resultados
a serem alcançados.

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Ana Lúcia da Rocha Silva

2. Uma das definições dos conceitos de banco de dados e sistema de informação de Gestão de
Pessoas é a base das relações e captação de dados para o banco de dados e sistemas de in-
formações, para que os especialistas de Gestão de Pessoas, gerentes de linha e colaboradores
possam obter informação e tomar decisões adequadas, torna-se necessário um sistema de
gestão integrada de GP. Entende-se que contribui para acompanhar e administrar os procedi-
mentos e políticas de Gestão de Pessoas, com um sistema de gestão integrada para a organi-
zação das informações e dados de GP.

CAPÍTULO 10

1. Caro(a) aluno(a), a etapa do objetivo de projeto é o alvo que se deseja atingir. No início de
cada trabalho, sempre devemos conhecer qual o resultado que desejamos alcançar. Podemos
chamar isto de “realidade virtual”, a qual, no final de qualquer processo, nos possibilita analisar
e comparar o resultado real alcançado efetivamente com a expectativa desejada. Para des-
crever um objetivo devem-se tomar alguns cuidados, a saber: transparência, compreensão,
mensuração.

2. A importância da etapa de Benefícios em projeto para os resultados empresariais se entende


em citar quais as vantagens que a implantação do projeto em questão trará em relação à si-
tuação vigente, às melhorias de qualidade, no sentido amplo, damos o título de Vantagens e
Desvantagens, quando realmente identificamos esses dois fatores e acreditamos que devam
ser mencionados com transparência, isto é, realmente existem as vantagens, como existem
algumas desvantagens.

CAPÍTULO 11

1. Prezado(a) aluno(a), o cenário de competências é fundamental para o desenvolvimento da


gestão e tem como objetivo: buscar o desenvolvimento das competências relacionadas com a
interação e persuasão da equipe; demonstrar estar à frente dos processos através de atitudes
proativas; aprender é: aprender a aprender o tempo todo. Jamais desistir de buscar o conhe-
cimento.

2. Um dos papéis da Gestão de Pessoas para o futuro se entende na atuação de competência


nos negócios: a GP precisa focar seus clientes, suas necessidades e aspirações e ser parceira
em seus propósitos e objetivos. Principalmente no que tange aos negócios da organização.

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Márcio Rodrigues Zenker

CAPÍTULO 12

1. b) As afirmações I e II estão corretas.


A afirmação I está correta – Conforme vimos no capítulo, o coach pode oferecer condições para
que seu cliente (coachee – aquele que recebe o processo de coaching) seja capaz de estabele-
cer metas, determinar prioridades e identificar as melhores soluções para os problemas que se
apresentam no dia a dia. Sua função é dar ao cliente poder para que produza, para que suas
intenções transformem-se em ações, que, por sua vez, traduzem-se em resultados.
A afirmação II está correta – Ressaltamos, no capítulo, que o mentoring tem como objetivo
tornar o “mentoreado” um “aliado” da organização. Para isso, é preciso trabalhar os valores e a
estrutura política da organização. Sendo assim, para ser capaz de realizar esse objetivo, o men-
tor deve ser alguém da própria organização.
A afirmação III está errada – Nem o mentor nem o coach têm poder para decidir as ações a se-
rem tomadas. O papel/objetivo do coach e do mentor não é dizer/determinar o que deve ser
feito, mas discutir, orientar.

2. Esta questão não tem uma resposta única. Você poderá identificar diferentes possibilidades
para desenvolver as competências gerenciais. É possível, inclusive, utilizar mais de uma téc-
nica. A seguir, há exemplos de quais técnicas poderiam ser utilizadas, individualmente ou em
conjunto.
Possibilidade 1: para ter contato com os conceitos gerenciais, os três promovidos poderiam
participar de cursos e palestras (eventos em geral) sobre os temas relacionados à gestão de
pessoas/equipes.
Possibilidade 2: os três promovidos poderiam usar uma modalidade de treinamento on the job
(no local de trabalho). Assim, eles poderiam acompanhar como gestores com experiência exe-
cutam suas ações gerenciais e, depois, esses gestores acompanhariam a atuação prática dos
três promovidos.
Possibilidade 3: os três promovidos poderiam participar de um processo de coaching, no qual,
juntamente ao coach, cada promovido identificaria quais competências gerenciais precisariam
desenvolver e quais as formas que cada um poderia utilizar.

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