Você está na página 1de 13

PANDENIA-COVID-19

AULA REMOTAS
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL CESAR ALMEIDA
QUANT. DE AULA: 06
DIRETORA: LUCINEIA DEINA PORTARIA Nº 006/21
VICE-DIRETORA: ELISANE BASTIAN E ROSANA LEITE GB/SEMED/PMI
COORDENADOR: EMERSON SEVERINO
SECRETARIA: RENATA NOME COMPLETO DO ALUNO(A):__________________________________________
DISCIPLINA DE ESTUDOS AMAZONICOS 1ª ATIV. DO 2º BIMESTRE TURMAS: 7º ANO _________
ASSUNTO: As Missões Religiosas e a Ocupação do Vale Amazônico PERIODO DE EXERCUÇÃO: 03/05/2021
Adesão do Pará
1ª ATIVIDADE 10 PTS GERAL
NOTA

DOCENTE: ROSILENE DE OLIVEIRA SILVA


As Missões Religiosas e a Ocupação do Vale Amazônico

As missões e os fortes desempenharam papéis importantes no Vale do


Amazonas
quanto à expansão territorial e a
conseqüente colonização.
Contribuíram para fixar marcos da
penetração portuguesa naquele
território disputado por outros povos. Sempre de sentinela nas lonjuras do Vale estavam os fortes, instalados
ao longo do século XVII: eram unidades pequenas, com poucos homens e escassas peças de artilharia. Isto,
entretanto, não era empecilho para que enfrentassem os ataques freqüentes de estrangeiros ou de nativos.
Em 1669 ergueu-se o forte de São José do Rio Negro, evitando que espanhóis descessem pelo Rio
Amazonas. Os fortes do Paru e Macapá, fundados em 1685, visavam impedir a passagem dos franceses da
Guiana.
As ordens religiosas chegaram em épocas diferentes à região. Por exemplo: os carmelitas, em 1627,
e os jesuítas, em 1636. Deparavam-se, porém, com os mesmos obstáculos como a competição entre
os colonos e entre as próprias ordens religiosas pelo "direito de administrar o indígena", visto tanto como
mão-de-obra quanto como fiel servo de Deus. A disputa acirrada entre as ordens exigiu a intervenção
governamental. Na tentativa de resolver esta contenda, que envolvia também a ocupação do Vale
Amazônico, inúmeras Cartas Régias fixaram as áreas de atuação das ordens. Os franciscanos de Santo
Antônio receberam as missões do Cabo do Norte, Marajó e Norte do Rio Amazonas; à Companhia de Jesus
couberam as dos Rios Tocantins, Xingu, Tapajós e Madeira; os franciscanos ficaram com as da Piedade e do
Baixo Amazonas, tendo como centro Gurupá; os mercedários com as do Urubu, Anibá, Uatumã e trechos do
Baixo Amazonas; e os carmelitas com as dos Rios Negro, Branco e Solimões. Nos anos finais do século XVII
as missões religiosas cobriam grande parte do espaço que viria a
constituir a atual região amazônica brasileira.
O papel do indígena na ocupação do Vale do Amazonas era
de extrema importância. Não se dava um passo sem ele, pois
conhecia o território, sabendo se movimentar naquela área
desconhecida pelo europeu. Os nativos eram os guias pela
floresta ou pelos rios. Canoeiros, conduziam as embarcações nas
longas expedições fortemente escoltadas, em meio a milhares de
quilômetros, pelos cursos emaranhados d'água. Eram também
caçadores, identificando a variada fauna, e coletores das "drogas
do sertão", pois conheciam como ninguém a flora local. A coleta se organizou no Vale sob a coordenação dos
missionários. Os padres, que monopolizavam o trabalho indígena, usavam um artifício para que os nativos
extraíssem elementos da flora em grande quantidade. Alegavam que, além das partes destinadas aos
adultos, aos velhos e às crianças, deveriam extrair outra, destinada a Tupã. Esta fração - "Tupã baê" -
acumulada nos depósitos das missões, era, posteriormente, exportada para a Europa onde seria
comercializada com grande lucro. Conduzido pelos nativos, o "homem branco" penetrava pelo coração
pulsante da mata espessa, formada por imenso e heterogêneo verde, onde não bastava querer para
efetivamente ocupar. Era uma tarefa complexa, em meio a terrenos submetidos a chuvas constantes que
provocavam um aumento no nível das águas que, por sua vez, arrastavam e deslocavam grandes porções de
terra próximas aos cursos dos rios. Por conta disto, a exploração detinha-se no que a floresta oferecia e
possibilitava espontaneamente.
O isolamento de alguma canoa significava extremo risco; por isto, iam em grupos pelos igarapés, sob a copa
de árvores gigantes, geralmente de folhas largas, cercados pelo silêncio cortado pelo zumbido dos insetos e
pelo canto das aves. Assim, pouco a pouco, estes aventureiros divisavam, no lusco-fusco da floresta
equatorial, um vale repleto de diferentes espécies animais e vegetais vivendo em equilíbrio. Pelos cursos
d'água - "estradas líquidas", segundo o historiador Caio Prado Júnior -, vias de comunicação natural, iam
sendo coletadas especiarias diversas, aproveitadas e utilizadas no comércio: plantas alimentícias e
aromáticas como cravo, canela, castanha dita do Maranhão, salsaparrilha, cacau etc. Também eram
extraídas madeiras valiosas e produtos de origem animal, desconhecidos, como uma espécie de óleo
utilizado na alimentação e na iluminação, obtido dos ovos da tartaruga, ou o "manacuru" (peixe-boi),
exportado salgado e seco.
Aos olhos dos colonizadores, o Vale Amazônico apresentava-
se com possibilidades incalculáveis, inclusive dando a
impressão de que seus produtos podiam substituir as especiarias
das Colônias perdidas no Oriente. A colonização que ali se
impôs, portanto, fundamentou-se nas atividades extrativas,
compondo um sistema original e peculiar que constituiu e marcou
a vida econômica da região
1.Leia o texto com muita atenção;
A chegada de Espanhóis e Portugueses Em fins do século XV, Portugal e Espanha, com o apoio da
Igreja Católica, acordaram pelo tratado de Tordesilhas a divisão das terras por descobrir, onde atualmente se
situam as Américas. Pelo combinado, grande parte do que se conhece hoje por Amazônia pertencia aos
espanhóis e, realmente, foram eles que tomaram a dianteira no reconhecimento da Região. A Francisco de
Orellana, navegador espanhol, credita-se o descobrimento do grande rio, por ele navegado, desde a
nascente, a sua foz, nos anos de 1540 e 1541. As narrativas fantasiosas do escrivão de bordo, Frei Gaspar
de Carvajal, narrando à existência de mulheres guerreiras nas margens do grande rio, a Amazonas, são
responsáveis pelo nome que hoje o identifica. Seguiram-se outras expedições espanholas com finalidade
exploratória, até que franceses tentassem, no norte do Brasil, estabelecer a França Equinocial. O primeiro
europeu a pisar as terras amazônicas, foi o espanhol Vicente Pizon (em janeiro de 1500), que percorreu a foz
do Amazonas, conheceu a ilha de Marajó e surpreendeu-se em ver que se tratava de uma das regiões mais
intensamente povoadas do mundo então conhecido. Ficou admirado vendo a pororoca (fenômeno natural que
fez com que mudasse o curso de navegação) e maravilhado com as águas doces do mais extenso e mais
volumoso rio do mundo que foi chamado por ele de Mar Dulce. Foi bem acolhido pelos índios da região. Mas,
apesar de fantástica, sua viagem marca o primeiro choque cultural e o primeiro ato de violência contra os
povos da Amazônia: Pizon aprisiona índios e os leva consigo para vender como escravos na Europa. Com a
chegada de Cabral em 1500 a coroa portuguesa expandia seu domínio na nova Terra, fazendo Salvador
como um centro, onde as expedições patim para as Índias e para o sul até o Rio da Prata, isto faz com que a
conquista da Amazônia retarde, pois os espanhóis seus “donos”, de acordo com o Tratado de Tordesilhas
não deram muita importância ao território amazônico.
Os Fortes e Missões Com a união da coroa Espanhola e Portuguesa, os espanhóis fazem o reconhecimento
da área com Francisco de Orellana e Pizon, como também Pedro de Ursa e Lopes de Aguirre, mas não tem a
pretensão de povoar, abrindo precedentes para invasores como franceses, holandeses, irlandeses e ingleses,
que fazem contato com os nativos e mantêm boas relações e fundam fortificações por toda a Amazônia.
FORTE DO CASTELO – BELÉM - PA Esse fato fez com que a Coroa Portuguesa tomasse uma medida para
conter a presença de estrangeiros que só poderia ser feita, através de uma ocupação militar que tivesse a
função de expulsar os invasores e construir fortificações para guardar o território, designou oficiais como
Jerônimo de Albuquerque, Diogo de Campos e Francisco Caldeira de Castelo Branco, que partiu para a
Amazônia, no início do século XVII, onde expulsou os franceses de São Luis, Maranhão e fundou o Forte do
Presépio em dezembro de 1615 e a cidade de Belém em 1616 no Pará, que marca o início
FORTE DO CASTELO – BELÉM - PA da ocupação portuguesa a Amazônia e a construção de outros fortes
ao longo do rio Amazonas, Gurupi, Pauxis (Óbidos), Tapajós (Santarém) e São José do Rio Negro (Manaus).
Essas missões tiveram um apoio importante dos religiosos como os Jesuítas, carmelitas e Franciscanos que
tinham a função de catequizar e melhorar o relacionamento do indígena com os portugueses. A importância
de Belém para a exploração. A fundação de Belém foi de vital importância para os portugueses, pois dali
partiu suas principais expedições com o intuito de conquistar o território amazônico, além de estar em uma
posição estratégica, situada bem na foz do Amazonas principal porta de entrada para exploração do território.
Em 1637, o Capitão Pedro Teixeira, a frente de uma expedição cujo efetivo chegava a cerca de 2.500
pessoas, lançou-se para Oeste, contra a correnteza, pela calha do rio Amazonas, com a finalidade de
reconhecer e explorar a região e colocar marcos de ocupação portuguesa, até aonde pudesse chegar. E
assim foi feito. Valendo-se do conhecimento e da adaptação à selva de muitos índios que compunham a
tripulação, levou sua missão até Quito, na América Espanhola. A expedição durou cerca de 2 anos, constitui
feito memorável e de suma importância para o reconhecimento da presença portuguesa na Amazônia. Foi o
único navegador de sua época a fazer o trajeto de ida e volta, saindo da foz para nascente e de volta a foz.
Muitas outras entradas e bandeiras foram empreendidas pelos luso-brasileiros à Amazônia, seja em busca do
tão sonhado "El Dourado", seja para colher as chamadas "drogas do sertão", especiarias muito apreciadas à
época.

Adesão do Pará a Independência do Brasil em 1823

O dia 15 de agosto é um importante feriado histórico do estado do Pará, pois foi nesse dia no ano de 1823
(um ano depois que o país havia se tornado independente de Portugal) que o estado aderiu a independência
do Brasil. O fato de o estado ter demorado para aderir a independência dos colonizadores pode ser
explicada pela estreita relação que eles tinham com os portugueses. Mesmo hoje em dia quando visitamos a
Cidade Velha ou o bairro da Campina é possível observar os resquícios da colonização portuguesa na
região da Amazônia. Nessa época a região ainda era a Província do Grão-Pará e não se mostrou muito
propensa a aderir a independência proclamada por Dom Pedro I às margens do Ipiranga. Identidade do
Pará
A adesão do Pará é importante historicamente para o país que finalmente passou a estar livre do domínio
dos portugueses e também para os paraenses que começaram a estabelecer a criação de uma identidade
do povo do estado que sempre esteve muito isolado do restante do Brasil.
Quando resolveu aderir a independência do país, o estado do Pará, passou a ter um sentimento mais forte
de pertencimento a sua terra. Com isso o estado deu o primeiro passo para a formação de uma identidade
mais forte de pátria.
O Brasil Até 1822
Para compreender melhor esse importante momento histórico é necessário estar a par do contexto. O Brasil
até o ano de 1822 estava dividido em duas províncias que a do Grão Pará e Maranhão e a do Brasil. Não
havia muito contato entre ambas uma vez que as trocas comerciais e culturais eram feitas diretamente com
Portugal.
Com a transferência da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro em 1815 as províncias que antes eram
separadas tinham sido agrupadas no chamado “Reino Unido”, entretanto, quando Dom João VI retornou
para Portugal no ano de 1820 foi necessário decidir se era melhor se juntar ao Brasil ou permanecer ao lado
da colonizadora.
O Pará e a Causa Revolucionária Portuguesa
O estado do Pará foi o primeiro a aderir a causa revolucionária portuguesa, isso porque acreditava que
assim teria mais liberdade econômica e política. Porém, depois da declaração da independência as cortes
de Lisboa passaram a ouvir cada vez menos os deputados que estavam fora de Portugal.
Existam algumas ligações entre as elites de Belém e a corte portuguesa, além da relação comercial havia
ainda a presença de militares lusitanos que se mantinham fieis ao antigo rei já que pouco conheciam a
respeito de Dom Pedro I. Percebendo que dificilmente o Pará iria se render e aderir a independência o
imperador enviou uma frota que deveria seguir até a Bahia para incentivar que a região aderisse.
O Blefe
Apesar das ordens de ir somente até a Bahia os militares resolveram seguir até o extremo norte do estado
do Pará e quando chegaram lá blefaram dizendo que eram apenas os primeiros de uma frota de navios que
chagaria ao local para obrigar os paraenses a aderir à independência.
Pressionados os paraenses resolveram se tornar brasileiros pacificamente. Quando perceberam que era
apenas um golpe dos militares já era tarde demais e já estavam obrigados a aderir politicamente ao
documento de independência.
Vida Que Segue
Apesar de terem sido coagidos a assinar o documento não mudou muita coisa na vida dos paraenses em
especial na vida daqueles que eram os mais pobres ou mesmo dos escravos. O estado do Pará não
pertencia mais ao império português, mas pertencia ao império brasileiro.
Existia entre os paraenses uma expectativa de mudanças principalmente entre aqueles que haviam nascido
no estado. Como nada mudou para melhor na vida dos nativos logo eclodiram revoltas dentre as quais a
conhecida como briga do palhaço foi a mais trágica.
Tudo Permanece Igual
Um dos pontos dessa adesão que mais revoltaram os paraenses foi o fato de que bastava para a elite
assinar um documento e jurar fidelidade ao novo monarca, D. Pedro I, para manter os seus títulos e
propriedades. Apenas três meses depois de ter assinado a adesão houve uma revolta de tropas paraenses
que acabou sendo duramente reprimida.
Ao todo 256 paraenses que lutavam para ter direitos de cidadania iguais aos dos portugueses que aqui
viviam fora presos no porão do Navio São José Diligente e acabaram morrendo por asfixia, sufocamento e
aqueles que resistiram foram fuzilados. Foi um episódio marcante na história política e de identidade local.
As Incertezas do Estado do Pará
Talvez a principal questão que assombrou os paraenses daquela época fosse a de como ser um “brasileiro”
como estava escrito naquele documento que deveriam ser. Muito entendiam que ser brasileiro nada mais
era do que aderir e concordar com o movimento liderado no Rio de Janeiro. Já para outros ser brasileiro era
basicamente ter nascido no solo do país.
Mesmo após terem aderido a independência ainda houve um período de dúvidas e incertezas a respeito de
como e o que era ser brasileiro. A elite do Pará parecia bem dividida, porém, as pessoas mais pobres e os
escravos de origem africana sabiam que em suma nada iria mudar para eles.
A única possibilidade para os menos desfavorecidos naquele momento era aproveitar a fragilidade de uma
elite dividida para realizar revoltas populares em busca de melhores condições. Com isso foram feitos
muitos levantes e houve muitas mortes que culminaram com a sangrenta Cabanagem de 1835.
História no Arquivo Público
Parte da história do Pará permanece no Arquivo Público como a ata de adesão que possui as assinaturas
dos cidadãos além de ofícios trocados entre as autoridades de Lisboa e do Rio de Janeiro com o estado do
Pará. Também fazem parte desse arquivo jornais como O Paraense e o Luso – Paraense que naquela
época eram os principais responsáveis por retratar o que acontecia no local.
Os periódicos naquela época eram raros e tinham poucas páginas entretanto são muito importantes para
divulgar ideias e demonstrar como o clima política se mantinha bem acirrado.

EXERCICIO COMPLEMENTAR

1.Produza um texto com o tema Adesão do Pará, com suas próprias palavras. Lembrando que essa
produção vai ser escrita e oral (através de live, gravação de áudio ou vídeo).
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

PANDENIA-COVID-19
AULA REMOTAS
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL CESAR ALMEIDA
QUANT. DE AULA: 06
DIRETORA: LUCINEIA DEINA PORTARIA Nº 006/21
VICE-DIRETORA: ELISANE BASTIAN E ROSANA LEITE GB/SEMED/PMI
COORDENADOR: EMERSON SEVERINO
SECRETARIA: RENATA NOME COMPLETO DO ALUNO (A):____________________________
DOCENTE: ROSILENE DE OLIVEIRA SILVA
DISCIPLINA: ESTUDOS AMAZONICOS 1ª ATIV. 2º BIMESTRE TURMAS: 7º ANO ________
ASSUNTO: As Missões Religiosas e a Ocupação do Vale Amazônico PERIODO DE EXERCUÇÃO: 03/05/2021
1ª ATIVIDADE 15 PONTOS
NOTA
Exercício complementar avaliativo
Folha de exercício a ser entregue novamente
ao professor regente e no portal do aluno.
1.Cite qual era o papel do indígena na ocupação do Vale do Amazonas.
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
2.Podemos afirmar que a guerra justa foi:
a) justificativa para a escravização da mão de obra indígena.
b) disputa religiosa entre católicos e muçulmanos.
c) guerra entre portugueses e piratas franceses no Rio de Janeiro.

3. Como se deu a atuação dos jesuítas com os índios?


a) Os padres jesuítas evitaram o contato com os índios, pois não queriam ser tentados a casarem-se.
b) Os jesuítas catequizaram os índios para ganhar mais adeptos à Igreja Católica.
c) Na guerra justa, os jesuítas incentivaram os índios a guerrearem contra os portugueses.

4.Leia o texto abaixo e responda;


Os indígenas foram também utilizados em determinados momentos, e sobretudo na fase
inicial [da colonização do Brasil]; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor “aptidão”
ao trabalho escravo (...). O que talvez tenha importado é a rarefação demográfica dos aborígines, e as
dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. Mas na “preferência” pelo africano revela-se, mais uma
vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; está se processa num sistema de relações
tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o
abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio colonial,
enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, os ganhos comerciais
resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, com os colonos empenhados nesse
“gênero de vida”; a acumulação gerada no comércio de africanos, entretanto, fluía para a metrópole;
realizavam-na os mercadores metropolitanos, engajados no abastecimento dessa “mercadoria”. Esse
talvez seja o segredo da melhor “adaptação” do negro à lavoura ... escravista. Paradoxalmente, é a partir
do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão africana colonial, e não o contrário. o principal
motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta precisava ser transportada
de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável comércio para a metrópole, que se
articulava perfeitamente às estruturas do sistema de colonização.
Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa:

a) os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas, o que
justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a obtenção, na África,
daqueles trabalhadores.
b) o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocupavam-se
com as condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto outros os consideravam uma
“mercadoria”.
c)o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta precisava ser
transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável comércio para a metrópole,
que se articulava perfeitamente às estruturas do sistema de colonização.

5.Dê que forma ocorreu a chegada das ordens religiosas no vale Amazônico

__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________

6. Qual foi a contribuição importante das missões e dos fortes para o vale Amazônico?
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
“De o seu melhor todos os dias. Mesmo que isso aparente não ter retorno algum .”

PANDENIA-COVID-19
AULA REMOTAS
QUANT. DE AULA: 09
PORTARIA Nº 006/21
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL CESAR ALMEIDA
GB/SEMED/PMI
DIRETORA: LUCINEIA DEINA
VICE-DIRETORA: ELISANE BASTIAN E ROSANA LEITE 2º BIMESTRE TURMAS: 8º ANO______
COORDENADOR: EMERSON SEVERINO
SECRETARIA: RENATA NOME COMPLETO DO ALUNO (A):_________________
_________________
DISCIPLINA DE ESTUDOS AMAZONICOS
ASSUNTO: A escravidão na Amazônia PERIODO DE EXERCUÇÃO: 03/05 /2021
1ª ATIVIDADE 10 PONTOS
NOTA
DOCENTE: ROSILENE DE OLIVEIRA SILVA
A escravidão na Amazônia
  
Foi iniciada com a escravização maciça das etnias indígenas, com mais de 600 línguas
diferentes, que o padre Vieira comparou a história bíblica da confusão de línguas, estabelecendo que se
Babel existira um dia, ela teria sido aqui, ele que tinha recebido o dom do Espírito Santo, depois do seu
célebre estalo…Segundo o jesuíta Bettendorf, em 200 anos saíram das florestas amazônicas, para
repovoar a região de Belém, São Luiz e Marajó, pelo massacre dos tupinambás, caetés e aruãs, mais
de 2.000.000 de escravos, descidos ou resgatados, através de guerras justas, por roubo, antropofagia,
impedimentos à difusão da religião cristã e outros crimes, vendidos em praça pública, no mercado de
Belém. Assim despovoava-se o Alto, Médio e Baixo Amazonas, em favor do repovoamento daquelas
regiões, além da obtenção de mão de obra barata.
Embora a entrada de escravos negros na Amazônia remonte ao século XVII, foi a Companhia de
Comercio e Navegação do Grão Pará e Maranhão, que iniciou a introdução maciça dos mesmos, pela
liberação do trabalho indígena, com a extinção das missões religiosas. O pico máximo de participação
da raça negra, na composição da população amazônica, talvez tenha sido alcançado por volta de 1787,
quando ela participou de 50% dos habitantes de Belém.
A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil,foi progressivamente abandonada e
substituída pela africana, entre outros motivos, devido: aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico
negreiro aos capitais particulares e à coroa. A escravidão indígena adotada no início da colonização do
Brasil, foi progressivamente abandonada e substituída pela africana, entre outros motivos, devido: aos
grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capitais particulares e à coroa.
Africanos que vieram para a Amazônia

Diretamente da África para a Amazônia, durante todo o período colonial e até 1850, quando entrou
em vigor a Lei Eusébio de Queiroz, de 4/9/1850, secundando o Bill Aberdeen inglês, que autorizava à
Marinha Inglesa, a abordar e apreender os navios negreiros de qualquer bandeira entraram, pelo porto
de Belém, dezenas de milhares de escravos oriundos principalmente de duas regiões daquele
continente: Guiné Portuguesa e Angola. Espalharam-se por toda a Amazônia, em sua fuga para as
zonas despovoadas, formando numerosos quilombos, ou mesclaram-se com as populações indígenas,
onde a sua chegada era comemorada com as festas do genipapo. Posteriormente o fato se repetiu com
a Cabanagem e com a chegada de afrodescendentes entre os emigrantes nordestinos do ciclo da
borracha e os trabalhadores negros do Caribe, trazidos pelas companhias inglesas.Os números de
escravos entrados, no país, são difíceis de serem levantados. PORÃO DE NAVIO NEGREIRO

As estatísticas da Amazônia são melhores conhecidas, pelas suas entradas quase que
exclusivamente pelo porto de Belém, salvo os fugitivos das fazendas e plantações do Maranhão.
A maior introdutora de escravos, na Amazônia Colonial, foi a Companhia de Comércio e Navegação do
Grão-Pará e Maranhão, fundada pelo Marques de Pombal, que monopolizava o comércio de importação
e exportação do Grão Pará, Rio Negro, Maranhão, Piauí, Costa da Guiné e Cabo Verde, o tráfico
africano da Guiné e de parte de Angola, trazendo dessas regiões, entre 1757 e 1777, segundo Vicente
Salles

Escravidão Negra na Amazônia

A inserção de escravos negros na Amazônia se intensificou a partir da criação, em 1755, da


Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, durante o período pombalino. Pretenderia-se
entre estas determinações ao estímulo da produção agrícola, dando início a substituição do braço do
indígena, pelo do negro, nos trabalhos da lavoura. 
No Pará e no Maranhão os negros foram destinados sobretudo para os canaviais e as lavouras de
arroz e algodão. O cultivo da cana-de-açúcar foi uma das primeiras atividades econômicas dos
europeus na Amazônia. 
Há indícios de que os holandeses, antes dos portugueses, tenham cultivado cana e instalado
pequenos engenhos nas proximidades da foz do Amazonas. Francisco Caldeira de Castelo Branco, o
fundador da cidade de Belém (1616), foi o pioneiro no latifúndio açucareiro do Pará, onde a conquista
européia iniciou-se por conseguinte, sob interesse imediato desta cultura. Embora incipiente, a lavoura
da canade-açúcar prosperou nas cercanias de Belém e espalhou-se com maior intensidade, pelas
margens dos rios Guamá, Capim, Acará, Mojú e Igarapé Miri. No Brasil, o quilombo foi uma das formas
de resistência da população escrava. Sobre os quilombos no Brasil, é correto afirmar que a população
dos quilombos também era formada por indígenas ameaçados pelos europeus, brancos pobres e outros
aventureiros e desertores, embora predominassem africanos e seus descendentes.
Próximos uns dos outros, esses rios integram uma zona bem distinta de acesso relativamente fácil.
A cultura da cana-de-açúcar aí se enraizou e adquiriu importância econômica. Aí, portanto, se
instalaram engenhos, com numerosa escravaria, e se estabeleceu um regime social típico. 
Nessa região se localizaria a maior concentração de escravos na Amazônia. O contingente
africano não foi tão numeroso, como no Maranhão, mas a história da escravatura africana no Pará se
escreveu com os mesmos processos, determinando, como em toda parte, as mesmas reações do
escravo. A mais freqüente, a busca da liberdade pela fuga e posterior agrupamento nos quilombos. A
lavoura canavieira ocupou uma área bem mais extensa do que a atual. Estendeu-se praticamente em
redor da área marajoara, ocupando inclusive certa área da ilha de Marajó. Subiu também a calha do
Tocantins. Em Cametá, por exemplo, em 1752, dentro da vila de sítios da redondeza, somavam-se 129
proprietários agrícolas, cujo pessoal trabalhava especialmente na lavoura da cana, cacau e nos roçados
de espécies alimentícias, revelava o ofício de 12 de novembro daquele ano, da Câmara local a
Francisco Xavier de Mendonça Furtado. Culturicidade e escravidão – entre relações sociais e
produtivas, não se pode considerar desprezível a contribuição cultural africana na Amazônia. Essa
contribuição se manifesta nos folguedos populares, na culinária, no vocabulário, enfim nos vários
aspectos do folclore regional. 
Todavia não se pode testemunhar a sobrevivência de uma culturicidade puramente africana, pelo
menos no Pará, onde assim como em várias outras realidades da formação social e colonial, ocorreriam
às chamadas trocas culturais e simbólicas, envolvendo as culturas aqui existentes nesta formação. No
Pará e Maranhão as culturas sudanesas e bantas não se contrapõem. Não há indícios de antagonismo
tribais: ao contrário, tudo parece mostrar, na manifestação exterior da cultura desses povos, tendência
para a convergência num só grupo, solidário culturalmente, pela condição de escravo. Pode-se falar de
certa individualidade, ou de presença marcante, do chamado negra mina, povo fânti-axanti, cujas
peculiaridades culturais se conservam mais ou menos homogêneas até nossos dias, principalmente no
Maranhão.
Exercício complementar
1.Explique como iniciou a escravidão na Amazônia.
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
________________

2.A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil, foi progressivamente abandonada e
substituída pela africana, entre outros motivos, devido:
a) ao constante empenho do Papado na defesa dos índios contra os colonos.
b) à bem sucedida campanha dos jesuítas em favor dos índios.
c) aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capitais particulares e à coroa.

Leis abolicionistas
As leis abolicionistas foram aprovadas no Brasil entre 1850 e 1888 e fizeram parte da
transição gradual que o país percorreu até decretar a abolição da escravatura, por meio da Lei Áurea,
em 13 de maio de 1888. Nesse período de 38 anos, as grandes leis abolicionistas aprovadas foram
a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários.
O período que levamos em consideração neste texto (1850-1888) teve como ponto de
partida a Lei Eusébio de Queirós, que proibia definitivamente o tráfico ultramarino de escravos
africanos. Por meio dessa lei, o tráfico negreiro teve fim, e sua aplicação efetiva fez com que o número
de escravos enviados para o Brasil caísse drasticamente, na década de 1850.
A Lei Eusébio de Queirós foi consequência da pressão da Inglaterra sobre o Brasil para que o tráfico
negreiro fosse decretado. Essa pressão tornou-se muito grande a partir de 1845, quando os ingleses
aprovaram a Bill Aberdeen, lei que permitia as embarcações britânicas atacarem e aprisionarem navios
negreiros que estivessem no Oceano Atlântico. Com a aprovação dessa lei, as autoridades brasileiras
reprimiram efetivamente o tráfico negreiro e, entre 1851 e 1856, cerca de 6.900 africanos escravizados
desembarcaram no Brasil.|1| O debate político durante a década de 1850 ficou todo por conta das
questões relacionadas com as medidas que deveriam ser tomadas para impedir a chegada dos navios
negreiros ao Brasil. Passadas as preocupações relativas à Lei Eusébio de Queirós, o debate da
abolição da escravatura voltou à tona. O Brasil, junto com Porto Rico e Cuba (colônias espanholas), era
um dos últimos lugares a permanecerem com a escravidão. Essa questão, aliada com as revoltas de
escravos, fez alguns políticos começarem a cogitar a possibilidade de que uma legislação fosse criada
em prol da abolição.
Essa legislação fazia uma transição gradual, o que não desagradava as elites econômicas
do país, sobretudo a do Sudeste, interessada em adiar, ao máximo, a abolição do trabalho escravo. Na
década de 1860, começaram a ser discutidas as possibilidades de implementar-se essa transição
gradual, e a primeira lei resultado desse debate foi a Lei do Ventre Livre.
Lei do Ventre Livre
A Lei do Ventre Livre foi aprovada no dia 28 de setembro de 1871 e decretava que todos os filhos de
escravos nascidos no Brasil a partir de 1871 seriam considerados livres, mas com condições para tanto.
O dono do escravo teria duas opções para conceder a alforria: se optasse libertá-lo com oito anos, ele
receberia uma indenização de 600 mil-réis, se optasse por libertá-lo aos 21 anos, não receberia
nenhuma indenização. Essa lei nasceu de um pedido do imperador D. Pedro II, que solicitou, em 1865,
a José Antônio Pimenta Bueno, político do Partido Conservador, um estudo para realizar a
emancipação dos escravos. A proposta de Pimenta Bueno sugeria a libertação dos filhos dos escravos
depois de um tempo de serviço indenizatório, mas acabou sendo engavetada devido à Guerra do
Paraguai.
Quando o conflito acabou, uma proposta parecida com a de Pimenta Bueno foi apresentada pelo
gabinete presidido por José Maria da Silva Paranhos, o Visconde do Rio Branco. A ideia por trás da
apresentação dessa lei era fazer com que a abolição fosse implantada no Brasil por meio da lei e não
de uma revolta (como foi o caso haitiano). A proposta, naturalmente, desagradava aos escravocratas,
que temiam que o debate dessa lei incentivasse os escravos a rebelarem-se contra os seus senhores.
Os defensores da escravidão também recusavam-se a conceder a liberdade para os filhos dos escravos
sem receber indenização. Desse modo, a saída encontrada foi a citada anteriormente: só receberia
indenização quem libertasse o filho do escravo aos oito anos. Outra imposição dessa lei foi que ela
impunha a obrigatoriedade de todo senhor a matricular o seu escravo em um registro nacional. Os
escravos que não estivessem devidamente matriculados seriam considerados livres pela lei. Essa
determinação permitiu a legalização de escravos que haviam entrado ilegalmente no Brasil a partir de
1831.
A Lei do Ventre Livre não foi enxergada com bons olhos pelos abolicionistas que demandavam a
abolição imediata e irrestrita, porque a aprovação dessa lei contribuiu para amenizar o debate. De toda
forma, a Lei do Ventre Livre deu abertura para uma atuação intensa de advogados abolicionistas, que
vasculhavam os registros atrás de irregularidades, verificavam se a idade dos filhos dos escravos
estava correta etc.
Lei dos Sexagenários
Na década de 1880, o abolicionismo ganhou força e espalhou-se pelo país, alcançando todas as
classes sociais. O crescimento do abolicionismo refletia no crescimento das ações de resistência (legais
e ilegais) e no surgimento de associações que defendiam a causa. Outros reflexos do fortalecimento do
abolicionismo foram a reação conservadora dessa década e a Lei dos Sexagenários.
A força do abolicionismo na década de 1880 era evidente, mas os grupos escravocratas cresceram e
começaram a tomar ações para frear o avanço dessa ideia no Brasil. O fortalecimento dos
escravocratas incentivou a aprovação da Lei dos Sexagenários, ou Lei Saraiva-Cotegipe, em 28 de
setembro de 1885.
A Lei dos Sexagenários decretava que todos os escravos com 60 anos ou mais seriam libertos, mas,
para isso, deveriam trabalhar durante três anos para seu senhor como forma de indenização. A lei
também determinava que os libertos contemplados por essa lei não poderiam mudar-se de província e
deveriam, obrigatoriamente, estabelecer residência no município em que foram alforriados, por cinco
anos.
A Lei dos Sexagenários foi considerada pelo movimento abolicionista uma lei conservadora e
retrógrada, que tinha como único objetivo conter o crescimento do movimento abolicionista. O objetivo
dos escravocratas com essa lei, porém, não foi alcançado, pois, pouco mais de dois anos depois, a Lei
Áurea foi decretada no Brasil.
Reação conservadora
No quadro do crescimento do movimento abolicionista, conforme mencionado, houve uma reação de
grupos conservadores que tinha como objetivo frear as transformações sociais e econômicas que eram
defendidas pelo movimento abolicionista. Nesse sentido, três medidas são consideradas exemplos
claros disso:
 Lei Saraiva (1881)
 Lei dos Sexagenários (1885)
 Derrubada do debate sobre reforma agrária
Essa reação conservadora reforça o perfil elitista de grande parte das classes políticas do final do
século XIX, que tinham como grande interesse a manutenção do status quo (termo usado para referir-se
ao estado atual das coisas). Nesta parte do texto, faremos o destaque à Lei Saraiva e à derrubada do
debate da reforma agrária, uma vez que já comentamos a Lei dos Sexagenários.
O primeiro destaque é à Lei Saraiva, aprovada em 9 de janeiro de 1881. Essa lei realizou
transformações consideráveis no sistema eleitoral brasileiro e contribuiu para excluir o direito ao voto de
muitos. A eleição no Brasil deixou de ser indireta e tornou-se direta, mas a renda mínima anual exigida
para se ter direito ao voto aumentou de 100 mil-réis para 200 mil-réis. Duas exigências que a Lei
Saraiva impunha eram a pessoa comprovar a sua renda e assinar o documento de alistamento eleitoral.
Caso a pessoa não assinasse esse documento, ela não poderia votar, e
isso eliminava automaticamente todos os analfabetos, uma vez que estes não poderiam assinar o
documento. Essa lei, então, retirava a possibilidade dos analfabetos votar e exigia uma renda maior
para se ter acesso ao direito de voto. Assim, essa lei atingia, especificamente, as camadas pobres
compostas, em grande parte, por libertos e por negros livres (em decorrência da Lei do Ventre Livre) e,
por meio de mecanismos legais, criava dificuldades para que esses grupos tivessem direito ao voto.
Com isso, esse direito ficou restringido a um grupo de elite muito pequeno que correspondia à cerca de
1% da população.
A reação conservadora também visou a derrubada do debate sobre reforma agrária. Essa era uma
medida defendida por alguns abolicionistas, como André Rebouças e Joaquim Nabuco, que defendiam
a necessidade fundamental do liberto ter acesso à terra para que ele pudesse ter de onde tirar o seu
sustento.
Essa pauta não era muito debatida entre os abolicionistas, mas os historiadores sugerem que a
abolição concedida em 1888 foi uma forma de encerrar o debate nascente sobre a reforma agrária. As
tentativas do assunto ser discutido foram silenciadas pelos grupos conservadores que atuavam na
política brasileira.
UMA PERGUNTINHA?
1.Podemos afirmar uma única culinária puramente africana no Pará e maranhão? Porque?
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
____________

2.É correto dizer que o tráfico negreiro transatlântico contou, em grande parte, com a participação decisiva:
a) dos nativos africanos que, voluntariamente, ofereciam-se ao processo de escravidão.
b) dos poderosos reinos africanos, que já praticavam a escravidão há séculos.
c) dos poderosos reinos pré-colombianos, que já haviam dado início à escravização de africanos antes mesmo do
descobrimento da América.

3.Em 4 de setembro de 1850, foi sancionada no Brasil a Lei Eusébio de Queirós (ministro da Justiça), que abolia o
tráfico negreiro em nosso país. Em decorrência dessa lei, o governo imperial brasileiro aprovou outra, "a Lei de
Terras".
Dentre as alternativas a seguir, assinale a correta.
a) A Lei de Terras dificultou a posse das terras pelos imigrantes, mas facilitou aos negros libertos o acesso a elas.
b) A Lei de Terras visava a aumentar o valor das terras e obrigar os imigrantes a vender sua força de trabalho para
os cafeicultores.
PANDENIA-COVID-19
AULA REMOTAS
QUANT. DE AULA: 06
PORTARIA Nº 006/21
GB/SEMED/PMI
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL CESAR ALMEIDA
DIRETORA: LUCINEIA DEINA
VICE-DIRETORA: ELISANE BASTIAN E ROSANA LEITE 2º BIMESTRE TURMAS: 8º ANO ________
COORDENADOR: EMERSON SEVERINO
SECRETARIA: RENATA NOME COMPLETO DO ALUNO (A):____________________________
DOCENTE: ROSILENE DE OLIVEIRA SILVA
DISCIPLINA: ESTUDOS AMAZONICOS PERIODO DE EXERCUÇÃO: 03/05/2021
ASSUNTO: ESCRAVIDÃO NA AMAZONIA
1ª ATIVIDADE 15 PONTOS
NOTA
Exercício complementar avaliativo
Folha de exercício a ser entregue novamente
ao professor regente e no portal do aluno.
1. Quando aconteceu a intensificação da inserção de escravos negros na Amazônia?
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
____________________

2.Quando se fala das leis abolicionistas decretadas no intervalo de tempo entre 1850 e 1888, referimo-nos
especificamente às
a) leis Saraiva e Eusébio de Queirós.
b) leis Eusébio de Queirós e Bill Aberdeen..
c) leis do Ventre Livre e dos Sexagenários.

3.A respeito da Lei dos Sexagenários, selecione a alternativa INCORRETA:


a) Ficou também conhecida como Lei Saraiva-Cotegipe.
b) Determinava a liberdade dos escravos com mais de 60 anos.
c) A liberdade dos escravos seria imediata a partir da aprovação da lei.

4.A Lei do Ventre Livre foi decretada em 1871 e demonstrou que a abolição da escravatura no Brasil aconteceria
de maneira gradual — como desejava as elites econômicas. A respeito dessa lei, responda:
a) Foi criada pessoalmente pelo imperador D. Pedro II.
b) Determinava que os donos de escravos deveriam matricular todos eles em um registro nacional.
c) Não previa o pagamento indenização aos senhores pelos escravos indenizados.

5.Na década de 1880, o movimento abolicionista ganhou força e foi acompanhado por uma reação conservadora.
Os parlamentares escravocratas conseguiram aprovar uma lei que fazia sensíveis modificações no sistema
eleitoral brasileiro e garantia a exclusão do acesso ao voto de uma parcela considerável do país. Essa lei, aprovada
em 1881, ficou conhecida como:
a) Lei Saraiva b) Lei de Terras c) Lei Áurea

6. No Brasil, o quilombo foi uma das formas de resistência da população escrava. Sobre os quilombos no Brasil, é
correto afirmar que o(a):
a) maior número de quilombos se concentrou na região nordeste do Brasil, em função da decadência da lavoura
cafeeira, já que os fazendeiros, impossibilitados de sustentar os escravos, incentivavam-lhes a fuga.
b) maior dos quilombos brasileiros, Palmares, foi extinto a partir de um acordo entre Zumbi e o governador de
Pernambuco, que se comprometeu a não punir os escravos que desejassem retornar às fazendas.
c) população dos quilombos também era formada por indígenas ameaçados pelos europeus, brancos pobres e
outros aventureiros e desertores, embora predominassem africanos e seus descendentes.

7.Leia
“[...] e em lugar de ouro, de prata e de outros bens que servem de moeda em outras regiões, aqui a moeda é
feita de pessoas, que não são nem ouro, nem tecidos, mas sim criaturas. E a nós a vergonha e a de nossos
predecessores, de termos, em nossa simplicidade, aberto a porta a tantos males [...]”Garcia II, rei do Congo,
século XVII. Garcia II lamenta a ocorrência do tráfico de escravos a partir da África indicando que havia também a
responsabilidade:
a) dos europeus, que invadiram o continente e introduziram a escravidão.
b) dos próprios africanos, que haviam participado desde o início da comercialização dos escravos.
c) dos colonos americanos, que abriram as portas das novas terras para a entrada dos escravizados.

8.O cultivo da cana-de-açúcar foi uma das primeiras atividades econômicas dos europeus na Amazônia.  No Pará e
no Maranhão os negros foram destinados para que tipo de atividade:
a) para os canaviais e as lavouras de arroz e algodão.
b)para seres senhores dos escravos.
c)para simplesmente ser grandes guerreiros das terras de diamantes.

“De o seu melhor todos os dias. Mesmo que isso aparente não ter retorno algum .”

Você também pode gostar