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Centro universitário Mauricio de Nassau

Docente: Juscelino Kubitscheck Bevenuto da Silva


Discente: Laís Monnique Lobato Cavalcanti Matrícula: 04034918
Disciplina: Nutrição animal
Curso: Graduação em Medicina veterinária

Exercício complementar da AV1

1. Um empresário chamado Pedro tem uma propriedade para produção de leite com vacas Girolando
(15/16) e como já vem sofrendo com alguns prejuízos na sua produção lhe convida para prestar seus
serviços de médico veterinário junto à sua empresa. Pedro lhe conta o problema de tal forma: Os
animais (vacas) em terço final de gestação perdem muito peso, não conseguem se alimentar como
antes, ficam debilitadas e também quando os bezerros nascem, a vaca fica caída ainda mais frágil e
sem poder levantar. Diante do exposto, quais as possíveis causas dos problemas citados e como
profissional o que você aconselharia a ser feito.

Resposta: A principal causa disso é a falta de cálcio no sangue da vaca, principalmente no pré e no pós
parto, essa falta se dá o nome de hipocalcemia. No pré-parto e pós-parto são necessárias estratégias
com protocolos bem definidos, exemplo estratégias nutricionais para minimizar possíveis distúrbios
metabólicos. Eu como médica veterinária usaria primeiramente alguns métodos de prevenção como
reduzir o fornecimento de cálcio antes do parto e trabalhar com dietas anionicas no pré parto, essas
duas opções tem o objetivo de ativação dos mecanismos do organismo para que consiga remover esse
cálcio dos ossos e todas as reservas do organismo e melhorar a observação intestinal desse mineral. Um
dos tratamentos mais viáveis também é a administração de cálcio pela via endovenosa ou sub cutanea.
Conseguindo manter o nível das concentrações de cálcio adequados o animal vai se apresentar bem no
período de parto e de pós parto.

2. Em confinamentos de ruminantes é muito comum utilizar nitrogênio não proteico (ureia + sulfato
de amônio) a ração destes animais a fim de baratear os custos de produção, visto que a alimentação
dos animais demandam até 70% dos custos de produção. Visto isso pergunta-se: é possível utilizar
ureia para não ruminantes? Como você recomendaria o uso da ureia e em quais quantidades para
bovinos e capri/ovinos em confinamento?

Resposta: Não é possível a utilização de ureia na alimentação de animais não ruminantes. A ureia
quando ingerida hidrolisada é tóxica para todos os animais vertebrados, mas os ruminantes conseguem
usar essa amônia pela fato de conseguir fazer a simbiose com os micro-organismos presentes no
rúmen-retículo. Para o uso recomendado da ureia devemos seguir algumas instruções, exemplo:
introduzi-la gradativamente para os micro-organismos se adaptarem, após o período de adaptação se
atentar a utilizar o fornecimento de ureia no limite de 30g / 100kg de peso do animal/dia, a quantidade
máxima de ureia é de 90g / animal, (90g x 300/100kg), caso os animais sejam muito pesados se atentar
de não exceder 200 gramas por animal, para não causar intoxicação por ureia. Evitar que o animal
faça a ingestão de ureia em apenas uma dose diária, fracionar a dose entre as refeições. Evitar
introduzir ureia em lotes de animais famintos. Para bovinos em confinamento é recomendável usar de
1 à 1,5% de ureia na dieta total, 5% de ureia no concentrado quando este for oferecido separadamente
dos volumosos, 30-50% de N da ureia em relação ao N total da dieta. Para ovinos e caprinos é
recomendável fazer uma mistura múltipla para cada suplemento mineral e sem sal, a cada 3kg de ureia
para 3kg da sua mistura, fornecendo assim, 1/3 da dose total indicada na primeira semana, 2/3 na
segunda semana e a partir dos 14 dias que os animais estiverem recebendo alimento com ureia, poderá
ser administrado à dose máxima indicada (0,40g/kg de peso vivo), para todas as espécies de
ruminantes.

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