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CRÉDITO TRIBUTÁRIO

1. CONCEITO
O crédito tributário configura a ​formalização da obrigação tributária ​por meio do
lançamento, qualificando-a e quantificando-a, tornando-a exigível pelo sujeito ativo (credor).
Enquanto a ​obrigação tributária ​surge com o ​fato gerador do tributo, o ​crédito
tributário​ surge apenas após o ​lançamento​ do tributo.
O crédito tributário pode ser definido como um valor definido em moeda nacional, com um
sujeito passivo devidamente identificado, que somente surge com o lançamento do tributo.
A obrigação tributária ​antecede (surge antes do) crédito tributário e é o dever de pagar
tributo ou multa, bem como o dever de fazer ou deixar de fazer algo, que surge no momento do
Fato Gerador. Ela se divide em duas:
1) Obrigação Tributária Principal:​ ​obrigação de pagar ​tributo​ ou ​multa​;
2) Obrigação Tributária Acessória: ​obrigação de ​fazer ou de ​não fazer/deixar de
fazer​ algo. Exemplos: emitir nota fiscal e guardar os livros contábeis.
OBS.: ​A ​obrigação principal é a de ​PAGAR VALORES​, seja de multa ou de tributo.
Ou seja, ​a obrigação de pagar multa é PRINCIPAL, e não acessória​.
Em suma: ​toda obrigação de pagar quantia certa é uma obrigação ​principal​.
Toda obrigação de fazer ou não fazer prevista na legislação tributária é uma
obrigação ​acessória​.
De acordo com o CTN, a não observância de uma obrigação acessória enseja uma
obrigação principal. Explicando através de um exemplo: deve ser emitida nota fiscal, esta é uma
obrigação acessória, pois é uma obrigação de fazer, se ela não for cumprida, surge o dever de
pagar uma multa, que, por sua vez, é uma obrigação principal.
OBS.:​ a espécie de lançamento de multa é o ​lançamento de ofício​.

2. LANÇAMENTO
De acordo com o Código Tributário Nacional (art. 142), o ​lançamento é o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente,
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo
e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
São três as espécies de lançamento de tributos.

a) Lançamento direto ou de ofício.


É a própria Autoridade Administrativa quem verifica a ocorrência do fato gerador do
tributo, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo devido, identifica o Sujeito
Passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade cabível.
Ou seja, ​Fisco realiza o lançamento sem o auxílio do contribuinte​, uma vez que dispõe
de todos os elementos para realizá-lo. Exemplos: IPTU (lançamento de ofício, por excelência),
IPVA, Taxas, COSIP, Contribuições Corporativas e Contribuição de Melhoria.

b) Lançamento por declaração ou misto.


Nesta espécie, o fisco constitui o crédito tributário a partir de informações fornecidas pelo
contribuinte por meio de declaração, sem as quais o lançamento ficaria prejudicado.
A Autoridade Administrativa elabora o lançamento, utilizando como base informações
referentes à ocorrência do fato gerador, prestadas pelo Sujeito Passivo. Exemplos ITCMD e ITBI
(exceção: em São Paulo o lançamento do ITBI é por homologação).

c) Lançamento por homologação ou autolançamento.


É o próprio Sujeito Passivo que verifica a ocorrência do fato gerador, calcula o tributo e
realiza o pagamento, independentemente de qualquer atuação prévia da Autoridade Administrativa
que, somente depois, verificará se houve o pagamento correto do tributo.
Por esse lançamento, o contribuinte participa direta e ativamente de sua formatação
(cálculo e pagamento do tributo), cabendo ao Fisco tão somente o procedimento homologatório.
Exemplos: ICMS, IR, IPI, entre tantos outros tributos, representando o maior volume de
arrecadação.
A regra geral, em direito tributário, é o lançamento por homologação.

3. ATIVIDADE DE ARBITRAMENTO.
A autoridade Administrativa poderá arbitrar valor ou preço de bens, direitos, serviços,
sempre que forem omissos ou não mereçam fé as declarações, os esclarecimentos prestados ou os
documentos expedidos pelo sujeito passivo.
Quando as informações prestadas pelo Sujeito Passivo são omissas ou não condizem com a
realidade, o Poder Público realiza a arbitragem, atribuindo valor ao bem, serviço ou direito. O
Fisco desconfia do Sujeito Passivo e arbitra, define o valor.
Alteração do Lançamento – Uma vez constituído o Crédito Tributário, o mesmo só será
alterado: a) por impugnação do sujeito passivo; b) mediante recurso de ofício; e c) de ofício pela
autoridade administrativa, nos casos previsto em lei.
OBS.: a alteração se dá nos casos de vício material.s prestados ou os documentos
expedidos pelo sujeito passivo.

4. ALTERAÇÃO DO LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO.


Uma vez feito o lançamento, ele pode ser alterado? ​SIM​. A legislação prevê a
possibilidade de alteração do lançamento tributário.
De acordo com o CTN, ainda que o Sujeito Passivo tenha sido notificado do lançamento, o
lançamento poderá ser alterado em ​três situações.
Uma vez constituído o Crédito Tributário, o mesmo só será alterado:

a) por impugnação do sujeito passivo.


Ocorre nos casos em que o contribuinte recebe a notificação de lançamento e não concorda
com os valores apurados. Então, apresenta impugnação que poderá ser em âmbito administrativo
ou judicial.

b) mediante recurso de ofício.


o Recurso de Ofício deve ser interposto, pela autoridade competente de primeira instância,
sempre que a decisão exonerar o Sujeito Passivo do pagamento de tributo e encargos de multa,
bem como quando deixar de aplicar a pena de perdimento de mercadoria com base na legislação
do IPI.

c) de ofício pela autoridade administrativa, nos casos previsto em lei.


Nas hipóteses do art. 149 do CTN.
Se o Fisco verificar a existência de erro, ele pode alterar de ofício o lançamento. Mas no
CTN há uma observação: toda decisão de ofício do Poder Público que importar em ​redução ​do
valor a ser pago de tributo, importa em recurso de ofício para autoridade superior. O próprio órgão
recorre automaticamente para o superior.
Esta é uma ferramenta que visa evitar prejuízo para o Fisco, de forma que, havendo
aumento do valor a ser pago em tributo, não há que se falar em recurso de ofício.
OBS.:​ a alteração se dá nos casos de vício material.
A alteração do lançamento somente pode ocorrer quando há ​vício material​, em caso de
vício formal​ o lançamento não é alterado, mas sim ​anulado​.
Vício Material: ​erro nos elementos que constituem o crédito tributário, tais como
alíquota, base de cálculo, etc. Exs.: erro na identificação do sujeito passivo; erro na
determinação da alíquota; erro na determinação da base de cálculo; erro na verificação do fato
gerador.
Vício Formal: ​vício mais sério, procedimental, ocorre quando a lei prevê um rito
procedimental, que é violado. É inobservância de procedimento. O processo de constituição do
crédito tributário não seguiu o procedimento descrito pela norma. Ex: falta de assinatura da
autoridade fiscal, etc. ​Impõe a ​ANULAÇÃO​ do crédito tributário.

DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO


1. CONCEITO.
É a perda do prazo para a ​constituição do crédito tributário (lançamento), por parte do
Fisco. O Poder Público só pode exigir o cumprimento da obrigação tributária se constituir o
crédito tributário por meio do lançamento, e ele tem um prazo para realizar o ​lançamento do
tributo, que é sempre de ​5 ANOS​. Passados 5 anos, ​perde-se o direito de constituir o crédito
tributário por meio do lançamento.

2. CARACTERÍSTICAS:
a) atinge o direito material do sujeito ativo;
A prescrição é um instituto que atinge o ​direito material​, o Fisco sequer fica sabendo o
valor do tributo, pois não pode definí-lo. Ele é extinto.
b) sempre decorre de lei complementar, que trate de normas gerais em matéria de
direito tributário (art. 146, III, “b” da CF/88);
A Lei Complementar é o Código Tributário Nacional (formalmente Lei Ordinária e
materialmente Lei Complementar).
c) só podemos falar em decadência, antes do lançamento;
Após o lançamento, não se fala em decadência, mas em prescrição.
d) se houver decadência, não haverá prescrição;
e) o tributo atingido pela decadência poderá ser restituído;
Se, por exemplo, o Fisco constitui um tributo dentro do prazo legal, mas perde o prazo para
cobrá-lo, ou se o Fisco perde o prazo para constituir o tributo, e ainda assim o contribuinte paga,
ele pode exigir o valor pago? ​SIM. ​Todo crédito tributário atingido pela prescrição ou decadência
e pago pelo contribuinte pode ser restituído.
f) é uma espécie de “extinção” do crédito tributário – CTN, Art. 156, V;
De acordo com o CTN, a decadência é uma espécie de extinção do crédito tributário.
Porém, a doutrina critica a utilização dessa terminologia, pois se a decadência atinge um tributo
que ainda não foi lançado, sequer existia crédito tributário (que é constituído apenas com o
lançamento).

3. ESPÉCIES.
O CTN apresenta dois dispositivos que devem ser bem analisados quando do estudo da
decadência: art. 173, I e art. 150, § 4o.
a) Para tributos sujeitos a lançamento “de ofício” e “por declaração”, utiliza-se a
regra do art. 173, I do CTN: 5 anos contados a partir do 1o dia do exercício seguinte àquele em
que o lançamento poderia ter sido efetuado;
b) Para tributos sujeitos a lançamento “por homologação”, utiliza-se a regra do art.
150, § 4o do CTN: 5 anos contados a partir da ocorrência do fato gerador, salvo FDS e ausência
de pagamento, caso em que se aplica a regra da alínea “a”.
ATENÇÃO!! ​O termo inicial do prazo decadencial, de 5 anos, depende da espécie de
lançamento do tributo. Se o tributo for um tributo de ​lançamento de ofício ou por declaração​,
o prazo decadencial inicia-se no ​dia 1º de janeiro do exercício financeiro seguinte ao
exercício financeiro em que o lançamento poderia ter sido efetuado​.
Se o tributo for de ​lançamento por homologação​, o prazo decadencial inicia-se no ​dia da
ocorrência do fato gerador do tributo​. Contudo, aqui há uma ​EXCEÇÃO!!! ​Ainda que se
trate de um tributo de ​lançamento por homologação​, ​em hipótese de ​má-fé, fraude, dolo ou
simulação ​o início da contagem do prazo decadencial será no ​1º dia do exercício financeiro
seguinte​, e não o dia fato gerador.

O art. 173, II do CTN trás uma regra especial sobre decadência: 5 anos contados da data
em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento
anteriormente efetuado.
1) o Crédito é lançado, mas por alguma razão ele é anulado (como se o lançamento não
houvesse sido feito – efeitos ex tunc);
2) a partir da decisão definitiva que o anula (e não da data do FG ou do 1o dia do ano
seguinte ao FG), inicia-se um prazo de 5 anos para o Fisco constituir validamente o Crédito
Tributário;
3) ​é como se a decisão que o anula interrompesse a decadência, iniciando nova contagem;
4) esse dispositivo é bastante criticado pela doutrina, porque privilegia bastante o Fisco em
detrimento do contribuinte, dilatando o prazo entre o Fato Gerador e a constituição válida do
crédito tributário;
5) é regra de direito que o prazo decadencial não se interrompe nem se suspende; mas
quando o assunto é crédito tributário, a regra é excepcionada e tem sido aceita pela jurisprudência.

Lembrando que somente o vício formal permitirá a anulação da constituição do


crédito tributário; vício material permite a alteração do crédito tributário, dentro do prazo
decadencial.
4. EXEMPLOS.

PRAZO LIMITE PARA


MOMENTO DO FATO REALIZAR O DECADÊNCIA
GERADOR LANÇAMENTO

IPTU 01/JUN/2020 31/DEZ/2025 01/JAN/2026

IPVA 01/JUN/2020 31/DEZ/2025 01/JAN/2026

ITBI 31/AGO/2020 31/DEZ/2025 01/JAN/2026

ITCMD 02/JAN/2020 31/DEZ/2025 01/JAN/2026

ICMS 02/JAN/2020 01/JAN/2025 02/JAN/2025

IR 31/DEZ/2020 30/DEZ/2025 31/DEZ/2025


1) Se o momento do fato gerador do IPTU é em ​01/JUN/2020​, o prazo decadencial
começa a correr em ​01/JAN/2021​, pois o IPTU é um tributo cujo ​lançamento é de ofício​,
portanto, segue a regra de que o prazo decadencial começa a correr a partir do 1º dia do exercício
financeiro seguinte. Assim, o Poder Público tem até ​31/DEZ/2025 ​para constituí-lo por meio do
lançamento,em ​01/JAN/2026 ​ocorre a decadência.
2) Veículo comprado em ​31/DEZ/2020​. Em ​01/JAN/2021 começa a correr o prazo
decadencial. Em ​01/JAN/2026 ​ocorre a decadência.
3) O fato gerador do ITBI ocorre em ​31/AGO/2020​. O prazo decadencial começa a
correr em ​01/JAN/2021. ​A decadência se consuma em ​01/JAN/2026​. Então, até o dia
31/DEZ/2025 ​pode ser feito o lançamento.
4) O fato gerador do ITCMD ocorre em ​02/JAN/2020​. O prazo decadencial começa a
correr em ​01/JAN/2021. ​A decadência se consuma em ​01/JAN/2026​. Até o dia ​31/DEZ/2025 o
Poder Público​ ​pode fazer o lançamento.
5) O fato gerador do ICMS ocorre em ​02/JAN/2020​, neste mesmo dia o prazo
decadencial começa a correr, uma vez que o ICMS é um tributo cujo lançamento se dá por
homologação​, portanto segue a regra de que o prazo decadencial tem início na data do fato
gerador do tributo. O Poder Público pode constituir o crédito tributário por meio do lançamento
até o dia ​01//JAN/2025​, pois a decadência ocorre em ​02/JAN/2025.
6) O fato gerador do IR ocorre em ​31/DEZ/2020​. O prazo decadencial começa a
correr em ​31/DEZ/2020​, o Poder Público tem até ​30/DEZ/2025 ​para fazer o lançamento. A
decadência ocorre em ​31/DEZ/2025.

PRESCRIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO


1. CONCEITO.
É a ​perda do prazo para a cobrança do crédito tributário​, por parte do Fisco. Em outras
palavras: é a perda do direito do Fisco de cobrar o crédito tributário, constituído por meio do
lançamento. Na prescrição, o valor existe pois o tributo já foi lançado, porém o Poder Público não
pode mais cobrá-lo.

2. CARACTERÍSTICAS:
a) não atinge o direito material, mas somente a ação que o protege;
Impede apenas o credor de cobrar o tributo
b) sempre decorre de lei complementar, que trate de normas gerais em matéria de
direito tributário (art. 146, III, “b” da CF/88);
A Lei Complementar que define os prazos prescricionais e decadenciais é o CTN que,
apesar de ser formalmente uma Lei Ordinária, é materialmente uma Lei Complementar.
c) só podemos falar em prescrição, depois do lançamento;
d) só haverá prescrição, se não houver decadência;
e) quem paga dívida tributária prescrita também tem direito à repetição/devolução
do que pagou;
f) é uma espécie de “extinção” do crédito tributário – CTN, Art. 156, V;
O prazo prescricional é também de ​5 ANOS​.

3. MOMENTO INICIAL DA CONTAGEM.


O prazo para a contagem do quinquênio prescricional tem inÍcio no momento da
constituição definitiva do crédito tributário (CTN, Art. 174).
Em outras palavras, vencimento do prazo para pagamento, se à vista, ou início do
pagamento, se em parcelas (ver Art. 160 do CTN).
O termo inicial de contagem do prazo prescricional é o ​lançamento definitivo do crédito
tributário​.
OBS.: a prescrição não corre a partir do fato gerador, mas do ​lançamento definitivo ​do
crédito tributário.
Lançamento definitivo é diferente de ​lançamento​. Em todo crédito tributário, uma vez
constituído, o contribuinte tem um prazo para pagar amigavelmente, nesse prazo ele também pode
apresentar impugnação ao crédito tributário. De acordo com o CTN, salvo disposição especial, tal
prazo é de ​30 DIAS​. Passado este prazo, se o contribuinte não impugnar, o lançamento torna-se
definitivo. Então, começa o curso do prazo prescricional.
OBS.: Havendo impugnação/reclamação, o início da contagem do prazo prescricional
dar-se-á quando da ocorrência da última decisão administrativa, da qual não caiba mais recurso.

4. EXEMPLOS
MOMENTO DO FATO LANÇAMENTO
GERADOR LANÇAMENTO DEFINITIVO PRESCRIÇÃO

IPVA 01/JUN/2020 31/DEZ/2025 30/JAN/2026 30/JAN/2031

ITBI 01/JUN/2020 31/DEZ/2025 30/JAN/2026 30/JAN/2031

ITCMD 02/JAN/2020 31/DEZ/2025 30/JAN/2026 30/JAN/2031

ICMS 02/JAN/2020 01/JAN/2020 31/JAN/2025 31/JAN/2030

IR 31/DEZ/2020 30/DEZ/2025 29/JAN/2026 29/JAN/2031


1) Se o fato gerador do IPVA ocorre em ​01/JUN/2020, ​sendo o lançamento feito em
31/DEZ/2025​, o lançamento definitivo ocorre 30 dias depois, em ​30/JAN/2026​. Deste dia começa
a contar o prazo prescricional, prazo para que o Poder Público cobre o tributo. A prescrição
ocorrerá em ​30/JAN/2031. Se, por ventura, no dia ​29/JAN/2026​, o Sujeito Passivo do tributo
impugnar/recorrer, o crédito tributário não se constitui definitivamente e o prazo prescricional
começará a correr a partir da decisão irrecorrível, pois é ela que constitui definitivamente o crédito
tributário.
2) Se o fato gerador do ITBI ocorrer em ​01/JUN/2020 e o lançamento em
31/DEZ/2025​, o lançamento definitivo ocorre 30 dias depois, em ​30/JAN/2026​. Deste dia começa
a contar o prazo prescricional. A prescrição ocorrerá em ​30/JAN/2031.
3) Se o fato gerador do ITCMD ocorrer em ​02/JAN/2020 e o lançamento em
31/DEZ/2025​, o lançamento definitivo ocorre 30 dias depois, em ​30/JAN/2026​. Deste dia começa
a contar o prazo prescricional. A prescrição ocorrerá em ​30/JAN/2031.
4) Se o fato gerador do ICMS ocorrer em ​02/JAN/2020 ​e o lançamento em
01/JAN/2020​, o lançamento definitivo ocorre 30 dias depois, em ​31/JAN/2025​. Deste dia começa
a contar o prazo prescricional. A prescrição ocorrerá em ​31/JAN/2030​.
5) Se o fato gerador do IR ocorrer em ​31/DEZ/2020 ​e o lançamento em
3​0/DEZ/2025​, o lançamento definitivo ocorre 30 dias depois, em ​29/JAN/2026​. Deste dia começa
a contar o prazo prescricional. A prescrição ocorrerá em ​29/JAN/2031​.

5. INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO.
Pelo parágrafo único do art. 174 do CTN, a prescrição pode ser interrompida com a prática
de alguns atos. São três os atos que interrompem a prescrição:
a) ​despacho do juiz que ordenar a citação​ em execução fiscal;
b) qualquer ​ato judicial que constitua em mora o devedor (mandado de penhora, por
exemplo);
c) qualquer ​ato que importe em reconhecimento do débito pelo devedor (ex.: pedido de
parcelamento).
No caso de ser ​interrompido​ o prazo prescricional, sua ​contagem é ​REINICIADA​.
EXCLUSÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
As hipóteses de exclusão, extinção e suspensão do crédito tributário compreendem
situações distintas.

1. EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.


A exclusão do crédito tributário consiste na ​inviabilidade de sua constituição​, haja vista
situações impeditivas de sua cobrança. Ou seja, são situações em que, ​mesmo ocorrido o fato
gerador e a obrigação tributária, não haverá lançamento e, conseqüentemente, não haverá o
crédito tributário. A ​isenção e a ​anistia são normas desonerativas de deveres patrimoniais do
contribuinte, atingindo-se o tributo, no caso de uma lei isentante ou a multa, no caso de uma lei
anistiadora. ​Em palavras simples, “isenta-se o tributo”, “anistia-se a multa”.
Existem apenas duas hipóteses de exclusão do crédito tributário: ​anistia e ​isenção​. Ambas
são ​causas de inibição do lançamento do tributo​, ocorre o fato gerador, mas não haverá o
lançamento. Ou seja, tratam-se de fenômenos ​SURGEM APÓS A OCORRÊNCIA DA
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA e ​ANTECEDEM O LANÇAMENTO​, impedindo o surgimento
do crédito tributário.
Tanto a isenção quanto a anistia são ​situações impeditivas do crédito tributário​.

a) Anistia.
É o perdão das ​penalidades pecuniárias – “multas”​, concedido por lei, a​ ntes da
constituição do crédito tributário (lançamento)​. Impede o surgimento do crédito tributário
multa​, antecede o lançamento desta.

b) Isenção.
É a dispensa legal do pagamento de ​tributo​, ​antes da constituição do crédito tributário
(lançamento). A lei concede isenção para que determinada situação ou pessoa não esteja obrigada
a pagar o tributo.

OBS1.: As ​isenções e as anistias só podem ser concedidas mediante lei específica​,


que regule exclusivamente a matéria ou o correspondente tributo (art. 150, § 6o, da CF/88);
OBS2.: A anistia, hipótese de exclusão do crédito tributário, ​não se aplica aos atos
qualificados como crimes ou contravenções penais​;
OBS3.: A ​isenção tributária não se confunde com a imunidade tributária​. Entre seus
traços distintivos, destaca-se o caráter discricionário do ato de concessão da isenção, praticado
por ente federativo competente para a instituição do tributo, que pode incidir em face de todas as
espécies tributárias, mediante estrito respeito ao princípio da reserva legal; já a imunidade
tributária constitui matéria típica do texto constitucional;
OBS4.: ​Se houver o lançamento da multa, há um crédito tributário. Havendo crédito
tributário, somente se pode falar em suspensão ou extinção, pois a ​exclusão SEMPRE antecede
o lançamento do crédito tributário. ​Se o crédito tributário já foi constituído por meio do
lançamento, ​é possível o perdão da dívida tributária, ​porém a hipótese é de ​remissão (espécie
de extinção do crédito tributário que se opera tanto em relação à multa quanto ao tributo), e não
de anistia.
OBS5.: ​A anistia somente alcança as infrações cometidas ​ANTES da lei anistiadora. As
infrações cometidas ​APÓS ​a lei que concede o benefício não são atingidas pela anistia.
OBS6.: ​Se a infração administrativa que enseja a cobrança da multa ​constituir também
crime​, a anistia ​NÃO pode ser concedida. Pode se conceder anistia para todas as infrações
tributárias, desde que as condutas não sejam, ao mesmo tempo, ilícito penal.

2. SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.


Após devidamente constituído o crédito tributário, ele deverá ser exigido pelo Fisco. A
suspensão impede apenas a propositura da execução fiscal, mas não a sua constituição. Entretanto,
o crédito tributário poderá ter sua exigibilidade suspensa em cinco hipóteses:
ESPÉCIES (MODERE + COPA):
a)​ ​Mo​ratória;
b)​ ​De​pósito integral;
c)​ ​Re​clamações e Recursos Administrativos;
d)​ ​Co​ncessão de Liminar em MS e Tutela Antecipada em Outras Ações Judiciais;
e) ​Pa​rcelamento.

a) Moratória.
É o ​pedido de dilatação legal do prazo para pagamento de dívida tributária, antes do
seu vencimento,​ e é regulada pelo CTN em seus arts. 152 a 155.
É uma forma de suspensão do crédito tributário muito semelhante ao parcelamento, porém
diferencia-se deste por ser realizada ​antes do vencimento, ​enquanto o pedido de parcelamento é
feito após o vencimento.
É concedida por meio de lei ordinária, permitindo ao sujeito passivo que pague em cota
única ou em prestações o tributo, porém com vencimento prorrogado. Na moratória, pede-se para
dilatar o prazo para pagar o crédito tributário de ​uma só vez​ ou ​em prestações​.
Ela pode ser concedida em caráter geral ou individual.
A moratória será concedida em ​caráter geral​, quando alcançar uma generalidade de
pessoas, portanto, ​não dependerá de decisão da autoridade administrativa​. Pode ser ​autônoma
e ​heterônoma​ (art. 152, II).
A ​moratória autônoma é a concedida por um Ente para créditos tributários relativos a
tributos de sua competência.
A ​moratória heterônoma​, por sua vez, é aquela que um Ente concede para créditos
tributários relativos a tributos da competência de outro Ente. Via de regra, a moratória heterônoma
é ​vedada​, porém existem duas ​EXCEÇÕES nas quais a moratória heterônoma pode ser
concedida:
1) Em caso de Tratado Internacional, onde o Presidente está revestido da qualidade de
Chefe de Estado, pois nesta situação ele representa a República Federativa do Brasil, que é
formada pela união indissolúvel de todos os Entes da Federação;
2) Lei nacional geral.
A moratória em ​caráter individual​, alcançar apenas determinadas pessoas, que preenchem
certos requisitos estabelecidos em lei. Neste caso ​é necessário despacho da autoridade
administrativa​, verificando o preenchimento dos requisitos por cada sujeito passivo. A lei
estabelece algumas condições específicas a serem preenchidas pelo Sujeito Passivo.
OBS.: ​Quando a moratória é dotada de ​caráter individual​, ela ​não é direito líquido e
certo e, caso o indivíduo deixe de preencher algum requisito, ele perde o benefício. Cada um
tem que requerê-la.
A moratória concedida em ​caráter geral​ é direito líquido e certo.

Créditos abrangidos pela moratória: salvo disposição de lei em contrário, a moratória


somente abrange: I) ​os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou despacho que a
conceder​; ou II) ​cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente
notificado ao sujeito passivo​ (CTN, Art. 154).
RESUMINDO: A moratória abrange os créditos constituídos, definitivamente ou não.

b) Depósito integral.
É comumente utilizado na via judicial, uma vez que a ação judicial por si só não suspende
a exigibilidade do crédito tributário. Assim, para que seja suspendido o crédito tributário, o
contribuinte deve realizar o depósito integral no momento em que oferecer embargos. Feito o
depósito, suspende-se a execução fiscal.
Trata-se de hipótese de suspensão do crédito tributário pois o Sujeito não suportará mais
nenhum efeito da execução fiscal, exceto ao final desta, caso perca ou ganhe.
Esta hipótese de suspensão do crédito tributário ocorre no curso do Processo de Execução
Fiscal, no caso em que a pessoa está sendo executada e, para responder à execução fiscal, realiza o
depósito integral.
O valor integral a ser depositado compreende o valor do tributo acrescido de juros e multas
em dinheiro​, e é aquele exigido pelo Fisco, não o pretendido pelo contribuinte. Mesmo que o
contribuinte alegue que deve menos do que o exigido pelo Fisco, ele deve depositar o valor
exigido, e não o que acredita que deve.
O SUJEITO PODE EMBARGAR A EXECUÇÃO FISCAL SEM EFETUAR O
DEPÓSITO? ​NÃO​. A LEF exige depósito prévio, para que o Sujeito Passivo possa embargar a
execução fiscal.

A Súmula Vinculante nº 28 considera inconstitucional a exigência de depósito prévio como


requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito
tributário.
Vantagens do depósito prévio: impede a fluência de juros e suspende a exigibilidade do
crédito tributário.
SÚMULA VINCULANTE Nº 28: ​“É inconstitucional a exigência de depósito prévio
como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade do
crédito tributário”.
OBS.: ​A Súmula Vinculante nª 28 ​REFERE-SE À ​AÇÃO ANULATÓRIA e não aos
embargos à execução fiscal.
É importante ressaltar algumas diferenças entre as seguintes ações.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE: ​ação própria que dispensa o depósito e não
possui previsão legal, cujo objetivo é instar o magistrado a manifestar-se sobre matéria que
deveria ter conhecido de ofício, mas não conheceu.
AÇÃO ANULATÓRIA: ação que dispensa depósito integral prévio e visa anular o
lançamento por causa da existência de vício formal. Em regra, a ação anulatória, por si só, não
suspende o crédito tributário, porém, caso o juiz conceda uma medida liminar ou uma tutela
antecipada, suspende e impede o Fisco de entrar com a execução. Se a anulatória for procedente,
o crédito tributário é extinto, sendo improcedente, o Fisco deve entrar com a execução fiscal.

c) Reclamações e recursos administrativos.


Se o contribuinte reclama/interpõe recurso, enquanto o Poder Público não responde o
contribuinte, há a suspensão do crédito tributário e, enquanto tramitar a reclamação ou o recurso, o
pagamento do crédito tributário não pode ser exigido. Essa hipótese de suspensão ocorre quando o
crédito tributário é constituído pelo lançamento e se insurge contra ele na esfera administrativa.
Constituído o crédito tributário, o contribuinte tem um prazo de até 30 dias para pagá-lo
amigavelmente, se outro prazo não determinar a lei. Neste prazo, o contribuinte pode também
reclamar administrativamente. No caso de reclamação, suspende-se o crédito tributário até que a
Administração se manifeste. Se manifestando a Administração Pública, pode ser interposto
recurso administrativo contra a decisão, o qual também suspende o crédito tributário.
Visa evitar a demora de uma ação judicial, pagamento de custas judiciais, etc. Muitas vezes
dá para resolver pela esfera administrativa, o que é menos desgastante/oneroso.

d) Concessão de Liminar em MS e Tutela Antecipada em Outras Ações Judiciais.


A Medida Liminar ou a Tutela Antecipada são decisões tomadas pelo Magistrado,
normalmente no início do processo, tendente a evitar dano irreparável ou de difícil reparação ao
Jurisdicionado, que não poderá esperar o final do processo.
O que difere a medida liminar da tutela antecipada é que a medida liminar em Mandado de
Segurança pode ser ​satisfativa​, que antecede o bem pretendido (produz o mesmo efeito da tutela
antecipada) ou ​cautelar​, que assegura o resultado útil do processo.
Ex.: se a Lei Municipal concede isenção, mas ainda assim o Município cobra o tributo,
pode ser impetrado um Mandado de Segurança.

e) Parcelamento.
É a ​dilação concedida ​APÓS O VENCIMENTO​. Ou seja, essa espécie de suspensão
ocorre nos casos em que ​a dívida tributária já está vencida e o Sujeito Passivo pede uma dilação
de prazo. Ele guarda muita semelhança com a moratória, diferenciando-se dela justamente porque
enquanto a moratória é concedida ​antes do vencimento​ o parcelamento o é ​após o vencimento​.
É uma medida de política fiscal que tem como foco a recuperação de créditos, bem como
permitir que os contribuintes inadimplentes readquiram a sua condição de regularidade junto à
administração pública.
O parcelamento depende de lei específica editada pelo Ente Federativo competente para
instituir o tributo.
Salvo disposição expressa em lei, o parcelamento ​não exclui do crédito tributário a
incidência de juros e multas e ele pode ser deferido tanto para o pagamento ​em prestações​, como
para o pagamento​ em uma única vez​.
Aplicam-se subsidiariamente ao parcelamento as disposições do CTN relativas à moratória
(créditos abrangidos, caráter geral e individual, etc.).
Neste caso, a suspensão da exigibilidade do crédito tributário só persiste ​enquanto o
parcelamento for adimplido​. Faltando o pagamento, portanto, o parcelamento é rescindido
automaticamente, e o crédito tributário é cobrado imediatamente.

3. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.


Com a ocorrência do fato gerador do tributo, nasce a relação jurídico-tributária, ou seja, a
obrigação tributária, despontando os Sujeitos Ativo, detentor do direito subjetivo de exigir o
cumprimento da obrigação, e o Passivo, que tem o dever de cumprí-la. A forma normal/natural de
extinção do crédito tributário é o cumprimento da obrigação tributária, ou seja, o pagamento.
O art. 156 do CTN enumera as hipóteses de extinção do crédito tributário.

a) Pagamento.
O pagamento do tributo é a principal e mais natural forma de extinção do crédito tributário.
Está regulamentado nos arts. 157 a 169 do CTN, tratando-se de ​modalidade direta de
extinção do crédito tributário​, em função da desnecessidade de autorização legal para a sua
efetivação.
O pagamento, para extinguir o crédito tributário, deve ser integral.
Ao contrário do Direito Civil, em Direito Tributário, ​o pagamento de uma parcela
posterior não presume o pagamento das anteriores​, bem como o ​pagamento de um tributo
com vencimento mais recente não presume o pagamento dos tributos anteriores​.

a.1) Imputação do pagamento.


A imputação tem lugar quando o ​Sujeito Passivo possui vários débitos perante o mesmo
Sujeito Ativo e oferece quantia insuficiente para quitação dos créditos tributários​. Ex.: o
contribuinte possui diversas dívidas tributárias perante o Fisco somando um montante de R$
10.000,00 (dez mil reais) e chega com a quantia de R$ 8.000,00 (oito mil reais) para quitar os
débitos.
No Direito Civil, quando o devedor possui diversas dívidas perante um só credor e dispõe
de quantia insuficiente para o pagamento de todos os débitos, ele escolhe qual/quais dívidas
pagará.
Em Direito Tributário, se houverem várias dívidas e o contribuinte não possuir dinheiro
suficiente para pagamento de todas as dívidas, a própria lei determina quais dívidas serão pagas
em primeiro lugar.
Assim, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a
respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras.
A ordem de imputação do pagamento dos créditos tributários segue as seguintes regras:
1º CRITÉRIO - em primeiro lugar são imputados os débitos por obrigação própria, e
em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária​;
OBS.: ​O Sujeito Passivo tributário se divide em ​contribuinte ​e ​responsável tributário​.
Em caso de existirem diversas dívidas tributárias e o Sujeito Passivo não possuir quantia
suficiente para o pagamento de todas, mas apenas de parte delas, as dívidas tributárias das quais
ele é ​contribuinte devem ser pagas antes e somente depois as dívidas das quais ele é
responsável tributário​ serão pagas.
2º CRITÉRIO - ​o segundo critério diz respeito à preferência entre as espécies tributárias,
os tributos mais retributivos, que são os contraprestacionais, devem preceder. Então,
primeiramente são pagas as ​contribuições de melhoria​, depois as ​taxas e por fim os impostos
(​CTI​)​.
Os impostos são pagos por último porque não apresentam nenhum grau de retributividade.
3º CRITÉRIO​ - na ordem ​crescente​ dos prazos de prescrição​.
O crédito mais antigo deverá ser pago primeiramente. Ex.: se houver um crédito referente
ao exercício financeiro de 2011 e outro de 2008, o de 2008 deve ser pago em primeiro lugar.
4º CRITÉRIO​ - na ordem ​decrescente​ dos montantes​.
Se existir mais de uma dívida tributária e o contribuinte entregar um valor suficiente para
pagar apenas parcela das dívidas, primeiramente é paga a dívida de maior montante.
Ex.: o contribuinte tem duas dívidas tributárias, uma no valor de R$ 8.000,00 (oito mil
reais) e outra no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), se ele chega com R$ 9.000,00 (nove mil
reais) para pagar a dívida, primeiramente é imputado o pagamento da dívida de maior valor.
1º critério 2º critério 3º critério 4º critério

Quanto às espécies Quanto à ordem de Quanto à ordem de


Quanto às obrigações tributárias prescrição valor

Primeiro:
Primeiro: ​obrigações contribuições de Ordem crescente de Ordem decrescente
próprias melhoria prescrição dos montantes

Depois:​ obrigações
decorrentes de Segundo:​ taxas
responsabilidade

Terceiro:​ impostos

b) Compensação.
Representa um encontro de contas de créditos e débitos, entre os sujeitos ativo e passivo.
Ocorre quando há ​reciprocidade entre credor e devedor​, ou seja, o devedor tem crédito
tributário ao mesmo tempo em que tem um débito tributário.
A reciprocidade entre credor e devedor é verificada quando se pretende realizar a
compensação de tributos do ​mesmo ​Ente Federativo.
Depende de lei autorizativa​, para que a autoridade administrativa possa realizar a
compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do
sujeito passivo contra a Fazenda pública.
É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação
judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. Ou seja,
caso o Contribuinte se socorra ao Poder Judiciário para ter certeza da existência de seu crédito,
somente poderá ser realizada a compensação após o trânsito em julgado.
Recentemente o STF decidiu que é ​inconstitucional​ a ​compensação de ofício​.

c) Transação.
Representa acordo ou concessões recíprocas que encerram um litígio instalado, com
reciprocidade de ônus e vantagens. É um acordo no qual as partes fazem concessões mútuas para
extinguir obrigações.
O Sujeito Passivo pode realizar acordos com a Administração Tributária, desde que dentro
das possibilidades previstas em lei.
A transação somente extingue o crédito tributário com relação à parte em que ocorreu a
concessão feita pelo Fisco. Ex.: um Contribuinte deve R$ 1.000,00 (mil reais) de IPVA e a lei
prevê que a desistência do litígio por parte do Sujeito Passivo confere um desconto de 50% com
relação às penalidades. Quando o contribuinte opta por pagar o tributo, o crédito tributário é
extinto: por meio do pagamento em relação ao valor desembolsado, e por meio de transação em
relação ao valor descontado.
OBS.: Depende de lei autorizativa, sendo, portanto, uma forma indireta de extinção do
crédito tributário.

d) Remissão.
Consiste no ​perdão do crédito tributário (já constituído/após o lançamento)​, incluindo
o valor principal (tributo), juros e multa.
A mesma depende de lei autorizativa e despacho fundamentado.
A Fazenda Pública pode determinar o que efetivamente será perdoado, ou seja, a remissão
pode ser ​total​ ou ​parcial​.
São situações que autorizam a concessão de remissão:
I) situação econômica do sujeito passivo​;
II) erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato​;
III) diminuta importância do crédito tributário​;
IV) considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou
materiais do caso (mas neste caso só multa – Art. 108, § 2o)​;
OBS.: ​NÃO é possível conceder remissão de ​tributo considerando razões de equidade,
somente pode se conceder remissão de crédito tributário por ​critérios de equidade de
VALORES RELATIVOS À MULTA​. Ex.: valor da multa excessivamente desproporcional ao
valor do tributo.
V) condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.

e) Prescrição e decadência.
Segundo o CTN, são causas de “extinção” do crédito tributário. Vale dizer que estará
“extinto” o crédito tributário caso o Fisco deixe de realizar o lançamento dentro do prazo previsto
na lei (decadência), ou deixe de propor a execução fiscal no prazo legal (prescrição).
Ambos os institutos jurídicos já foram explorados anteriormente.

f) Conversão do depósito em renda.


Após decisão definitiva em sede administrativa ou judicial, favorável ao sujeito ativo – o
Fisco, o depósito integral efetuado nos autos será convertido em renda (receita) em seu favor,
provocando a extinção do crédito tributário.
Vale lembrar que, ao longo do processo, tutelado pelo depósito garantidor, o crédito
tributário fica com a exigibilidade suspensa, nos termos do art. 151, II, do CTN. Todavia,
encerrada a demanda em favor do Fisco, o depósito é convertido em renda.
O depósito constitui uma forma de suspensão do crédito tributário enquanto penderem os
embargos, quando o contribuinte e há o trânsito em julgado, o depósito é convertido em renda, e o
Estado poderá levantar o valor.
Ou seja: o ​depósito ​SUSPENDE a exigibilidade do crédito tributário e a sua ​conversão
em renda/receita EXTINGUE​ o crédito tributário.
Ex.: O Fisco entra com a execução fiscal contra o contribuinte, este pode embargar (os
embargos constituem uma espécie de ‘contestação’ à execução fiscal), desde que realize o
depósito integral. A LEF impõe o depósito da quantia para que o sujeito possa embargar. Quando
o contribuinte embarga e realiza o depósito integral, suspende-se a execução fiscal. Em seguida,
se, ao final da ação judicial, o Fisco ganha a demanda, o depósito é convertido em receita,
extinguindo-se o crédito tributário.

g) Pagamento antecipado e homologação ulterior do lançamento.


Nos tributos cujos lançamentos se dão por homologação, o contribuinte paga o tributo e
aguarda a homologação por parte do Fisco (expressa ou tácita).
Para os tributos em que o lançamento é feito por homologação, o pagamento antecipado
não extingue diretamente o crédito tributário, que só é extinto com a homologação do lançamento.
Ou seja, a extinção do crédito, neste caso, não se dá com o mero pagamento, mas com a
homologação do lançamento efetuado pelo sujeito passivo.

h) Consignação em pagamento.
Consignação em Pagamento – é um meio de extinção do crédito tributário,que tem vez
quando o Sujeito Passivo quer pagar e não consegue por razões alheias à sua vontade.
São situações que possibilitam a consignação em pagamento:
I) de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de
penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;
II) de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem
fundamento legal;
III) de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico
sobre um mesmo fato gerador.
O mero ajuizamento da Ação Consignatória não configura extinção do crédito tributário,
deverá haver decisão julgada procedente desta ação para efetivar a extinção.

i) Decisão administrativa irreformável.


Não é toda e qualquer decisão administrativa irreformável que extingue o crédito tributário,
mas apenas a ​decisão administrativa irreformável favorável ao contribuinte​.
Esta causa extintiva do crédito tributário diz respeito às decisões administrativas favoráveis
ao sujeito passivo, uma vez que, se contrárias, não terão o condão de extinguir o crédito tributário,
restando ao sujeito passivo a possibilidade de sua reforma na via judicial.

j) Decisão judicial passada em julgado.


Trata-se de outra modalidade de extinção do crédito tributário, quando favorável ao sujeito
passivo. Se a decisão for favorável ao Fisco, o crédito tributário não é extinto.
OBS.: ​convém lembrar que o contribuinte tem três opções:
1) Discutir na esfera administrativa antes, até o seu exaurimento, para depois propor ação
judicial;
2) Tentar primeiramente na esfera administrativa e, ao perceber que não obterá êxito,
desistir da discussão administrativa para propor ação judicial;
3) Renunciar à discussão no âmbito administrativo e logo propor ação judicial.
Após iniciar a pretensão pela via judicial, o Sujeito Passivo não pode mais tentar discutir
administrativamente o mesmo objeto.

k) Dação em pagamento de bem imóvel.


Dação em Pagamento em Bens Imóveis – depende de lei a ser criada por cada Ente
Político, sendo, portanto, uma ​forma indireta de extinção do crédito tributário​.
OBS.: O CTN prevê apenas a dação em pagamento em bens imóveis, porém, o STF já
decidiu em caso concreto, que Município poderia receber bens móveis, para fins de extinção do
crédito tributário.
“Se o município pode até mesmo conceder anistia, isenção e remissão de seus créditos,
porque não pode criar outras formas de recebê-los”?

GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO


São os meios assecuratórios do pagamento do crédito tributário. O devedor responde com
seu patrimônio pelas dívidas que contrair. Pelo menos essa é a regra.
As ​garantias ​são prerrogativas que a Fazenda Pública dispõe para fazer com que o Sujeito
Passivo efetue o pagamento do tributo. Esse direito é amparado pelo Princípio da Supremacia do
Interesse Público.
Os ​privilégios ​do crédito tributário consistem em sua ordem de preferência, numa posição
de vantagem quanto aos demais créditos.
São exemplos de garantias e privilégios do Fisco, o prazo em dobro para se manifestar em
ações judiciais e o pagamento por meio de precatórios e requisição de pequeno valor.
Segundo o CTN, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das
rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida,
inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja
qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, ​excetuados unicamente os bens e rendas
que a lei declare absolutamente impenhoráveis (Art. 184).
Ou seja, de acordo com o dispositivo do CTN, a regra é que todo o patrimônio do Sujeito
Passivo serve para garantir o pagamento das dívidas tributárias, inclusive os bens gravados com
ônus real, cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, ainda que a cláusula ou ônus sejam
anteriores à constituição do crédito tributário. Porém, o mesmo dispositivo, ao final, traz uma
exceção​: ​bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.
O CPC trata da Impenhorabilidade no art. 833. E os mais conhecidos exemplos de
impenhorabilidade são: os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à
execução, os vencimentos, subsídios, salários, remunerações, proventos de aposentadoria,
pensões, a pequena propriedade rural, saldo de poupança até 40 salários mínimos, etc;
Ocorre que a lei (que é o Código de Processo Civil) prevê (no art. 833) que ​são
absolutamente impenhoráveis os bens gravados com cláusula de inalienabilidade (que são os
bens registrados em cartório como bens de família).
No conflito de normas entre o CPC e o CTN ​PREVALECE A REGRA DO CTN​. O
próprio STJ já proferiu decisão neste sentido, determinando que os bens gravados com cláusula de
inalienabilidade respondem pelo pagamento do crédito tributário, pois o CTN, em seu texto,
previu que os bens gravados com cláusula de inalienabilidade respondem pelos créditos tributários
antes​ de dispor a respeito da exceção.
Parcela do patrimônio pode ser registrado em cartório como bem de família, essa gravação,
porém, não produz efeitos em relação ao Fisco. A constituição de bem de família por meio de
registro de cláusula de inalienabilidade ​não tem validade perante o Fisco​.
Assim, o art. 833, inciso I do CPC não tem validade contra o Fisco, com relação os demais
bens definidos como absolutamente impenhoráveis pelo art. 833 do CPC, porém, a exceção do art.
184 do CTN é válida. Por exemplo, o saldo de poupança inferior a 40 salários mínimos é
absolutamente impenhorável e essa disposição é válida perante o Fisco, já o bem gravado com
cláusula de inalienabilidade é penhorável.
O art. 833 do CPC (menos o inciso I desse dispositivo) prevê as exceções a que se refere o
final do art. 184 do CTN.
Pelo CPC (art. 833, I), os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não
sujeitos à execução são impenhoráveis. Todavia, essa regra não vale para as execuções fiscais,
já que o CTN preceitua que mesmo os bens gravados com cláusula de inalienabilidade ou
impenhorabilidade seriam penhoráveis. Entende-se, que nesse ponto o CTN é norma especial
em relação ao CPC.
Ressalte-se que o bem de família tratado aqui é o bem de família ​constituído em cartório​,
e não o bem de família legal.
A Lei nº 8.009/90 trata do bem de família legal (não o constituído em cartório, mas o
residencial), e ela estabelece que o bem de família legal não pode ser penhorado para o pagamento
de tributos. Porém, existe uma ​exceção​, na qual o bem de família poderá ser penhorado para o
pagamento de tributo, que é a hipótese de tributo que recaia sobre o próprio bem imóvel a ser
penhorado. Assim, é possível a penhora do bem de família para pagamento do IPTU, das taxas e
contribuições devidas em função do imóvel familiar (Art. 3o, IV).
Também não é qualquer crédito tributário; é ​somente o crédito tributário relativo ao
próprio bem de família​.
Atualmente, presume-se fraudulenta a alienação realizada por sujeito passivo regularmente
inscrito em dívida ativa, que dilapidar seu patrimônio de modo a não reservar bens suficientes para
pagar o crédito tributário.
Ou seja, logo após a inscrição em dívida ativa, presume-se fraudulenta a alienação ou
oneração do bem do contribuinte que não tiver bens suficientes para quitar a dívida tributária. Essa
mudança é nova no ordenamento jurídico brasileiro, anteriormente, para se presumir fraudulenta a
alienação, era necessária a citação do contribuinte em processo de execução fiscal.
A Lei nº 10.522, no seu art. 20-B determina que, uma vez inscrito o crédito em dívida ativa
da União, o devedor é intimado para, querendo, manifestar-se em 05 dias, após esse prazo, o Fisco
averba a CDA nos órgãos de registro de bens para torná-los indisponíveis. Essa possibilidade de
indisponibilizar bens administrativamente também é nova.

1. PREFERÊNCIAS/PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.


A preferência só tem sentido quando o devedor está sendo executado em juízo e não possui
patrimônio suficiente para pagar a todos os credores.

- Preferência quando NÃO existe processo de falência:


O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua
constituição, ​ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou de acidente de
trabalho​ (CTN, art. 186). Eis a ordem:
a) Créditos trabalhistas;
b) Créditos decorrentes de acidentes de trabalho;
c) ​Crédito tributário​;
d) Créditos com ​garantia real​ até o limite do valor do bem gravado;

- Preferência quando existir processo de falência:


Havendo processo de falência, não se aplica a disposição do art. 186 do CTN, pois a Lei nº
11.101/2001 alterou a ordem dos credores no processo falimentar.
No Processo Falimentar os créditos são classificados em duas classes: ​extraconcursais e
concursais​.
A diferença entre eles é que os créditos extraconcursais, pelo menos em regra, surgem após
a decretação da falência, enquanto os concursais são os contraídos antes da decretação da falência.
Os créditos extraconcursais serão pagos com antecedência em relação aos concursais, a lei
dá àqueles preferência, qualquer que seja a natureza deles.

Serão considerados créditos extraconcursais​:


a) Remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares;
b) Créditos trabalhistas surgidos ​após​ a decretação da falência;
c) Créditos decorrentes de acidentes de trabalho, relativos a serviços prestados à massa
falida, ​após​ a decretação da falência;
d) Quantias fornecidas à​ massa falida​ pelos credores;
e) Despesas com arrecadação, administração e realização do ativo;
f) Custas judiciais do processo de falência;
g) Custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa falida tenha sido
vencida;
h) Tributos relativos a fatos geradores ocorridos ​após​ a decretação da falência;

Serão considerados créditos concursais​:


a) ​Créditos trabalhistas​, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor;
b) ​Créditos decorrentes de acidentes de trabalho​, sem qualquer limite;
c) ​Créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado​;
d) ​Créditos tributários​, anteriores à decretação da falência (exceto multas);
e) ​Créditos com privilégio especial​, a saber: os previstos no art. 964 do CC (ex.: despesas
com coisas salvadas); e os assim definidos em outras leis;
f) ​Créditos com privilégio geral​, a saber: os previstos no art. 965 do CC (ex.: despesa
com funeral e luto); créditos de fornecedores, surgidos durante a Rec. Judicial; e os assim efinidos
em outras leis;
g) ​Créditos quirografários​, a saber: aqueles não previstos no artigo 83 da Lei; os saldos
dos
créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens dados em garantia; e os saldos dos
créditos trabalhistas;
h) ​Multas contratuais e tributárias​;
i) ​Créditos subordinados​, a saber: os assim previstos em lei ou em contrato; e os créditos
dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício.
IMPORTANTE: muitos tributaristas (Josiane Minardi e Sabbag) sustentam que a
restituição de bens só pode ser feita após o pagamento dos créditos. Todavia, as importâncias
passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar (bens e direitos de terceiros e que se
encontravam em poder do devedor na data da decretação da falência), devem ser devolvidos
antes mesmo do pagamento dos créditos extraconcursais​. Nesse ponto (preferência em
processo falimentar), os doutrinadores de direito empresarial merecem maior credibilidade.

- Concurso entre pessoas jurídicas de direito público.


O concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público, obedece a seguinte
ordem:
a) União e suas autarquias​;
b) Estados, Distrito Federal e Territórios e suas autarquias, conjuntamente e ​pro rata;​
c) Municípios e suas autarquias, conjuntamente e ​pro rata​.

Na ​liquidação judicial ou voluntária (a empresa não está falida) ​o Fisco recebe em


primeiro lugar​, pois todos os créditos serão pagos. Neste caso, então, são pagos
preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo de
pessoas jurídicas de direito privado, exigíveis no decurso da liquidação.

O magistrado, passados 5 anos da liquidação, somente extingue as obrigações do falido se


ele pagar pelo menos o Fisco (dívidas tributárias, tanto as concursais quanto as extraconcursais).
Ou seja, a ​extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos os tributos​.

A Lei nº 11.101/2001 determina que a concessão de recuperação judicial depende da


apresentação da prova de quitação de todos os tributos, ​porém o STF já superou esse
entendimento. Embora a lei disponha que, para o juiz deferir o pedido de recuperação judicial é
necessária a prova de pagamento dos créditos tributários, isso não é mais válido.

No ​processo de partilha ou adjudicação a ​sentença somente será proferida com prova


da quitação de todos os tributos​ relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas.

Salvo quando expressamente autorizado por lei, ​nenhum departamento da


administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua
autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o
contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda
Pública interessada​, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre (basta que prove
a adimplência). Em outras palavras, não pode participar, por exemplo, de processo de licitação
Municipal aquele que não estiver ‘quite’ com os tributos Municipais. Pode haver dívida com a
União, os Estados ou DF ou outros Municípios, porém deve estar quite com a Fazenda Pública
interessada.
GILIARD DISSE PARA ESTUDAR, ALÉM DOS CONTEÚDOS DESSE
RESUMO:
● EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL;
● AÇÃO ANULATÓRIA;
● EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE; E
● PAGAMENTO POR MEIO DE PRECATÓRIOS E REQUISIÇÕES DE
PEQUENO VALOR (ESTE ÚLTIMO CONTEÚDO TEM NO RESUMO DE DIREITO
FINANCEIRO DO PERÍODO PASSADO).

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