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2021
UFJF VISÕES
SOBRE
ÁFRICA
HISTORIOGRAFIA
DO CONTINENTE
RELIGIÃO
RESISTÊNCIA,
TRANSFORMAÇÃO
E SINCRETISMO
TRADIÇÃO
ORAL
CONHEÇA OS
CHIMAMANDA
NGOZI ADICHIE GUARDIÕES
ESCRITORA NIGERIANA DA MEMÓRIA
AFRICANA
AFRIKAS
ÁFRICA EM FOCO
AFRIKAS
ÁFRICA EM FOCO
A FORÇA DA TRADIÇÃO
JULIANA ALEXANDRE DA SILVA 7
RELIGIÃO EM ÁFRICA
ISABELA GUSMÃO CARDOSO 8
ÁFRICA NO PÓS-INDEPENDÊNCIA
BERNARDO CHAVES RENHE RAMOS 10
ESPECIAL
PALAVRAS CRUZADAS 12
O imaginário racista
sobre o continente
Para o filósofo Hegel, a Europa era o
local considerado como berço da
civilização, pois foi lá o lugar de origem
de diversas civilizações e religiões
monoteístas. Nessa época, existia uma
hierarquização relacionada ao
desenvolvimento dos continentes. A
Europa tida como a terra da
racionalidade e que dominava a
natureza, a Ásia como um intermediário
dessas condições e por fim a África,
irracional e de caráter de espirito Imaginário europeu sobre os habitantes do continente africano.
animalesco.
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VISÕES SOBRE ÁFRICA BERNARDO CHAVES RENHE RAMOS
Historiografia africana
A histografia africana procura se livrar do
eurocentrismo presente logo após os processos de
independência, os historiadores da época fazem isso
se livrando dos pensamentos eurocentristas. No
campo ideológico, o rompimento é a curto prazo, já
no campo epistemológico (do conhecimento) a longo
prazo.
A primeira geração de historiadores africanos era
conhecida como historiadores da pirâmide invertida,
defendiam que a África também possuía História.
Tinham os europeus como referência, sua civilização,
escrita, razão, etc. A produção de sua história era
voltada a grandes figuras e monumentos. Pregavam
a harmonia africana em oposição a barbárie até
então entendida como realidade no continente.
A segunda geração de historiadores era
desencantada com relação a questões nacionais,
perceberam os problemas econômicos, políticos e
Joseph Ki-Zerbo, considerado pai da Historiografia
sociais. Percebe-se novos sujeitos históricos, de africana.
heróis políticos a resistentes camponeses, da História
política à História econômica.
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ESCRAVIDÃO E OS
NAVIOS NEGREIROS
JULIANA ALEXANDRE DA SILVA
Saiba mais
A ESCRAVIDÃO JÁ EXISTIA DESDE A ANTIGUIDADE, INCLUSIVE NO
PRÓPRIO CONTINENTE AFRICANO. PORÉM, ISSO NÃO JUSTIFICA O QUE
ACONTECEU NO BRASIL E EM OUTROS PAÍSES DA AMÉRICA.
EM ÁFRICA, UM INDIVÍDUO SE TORNAVA ESCRAVO EM DECORRÊNCIA
DE DERROTAS NAS GUERRAS OU DE DÍVIDAS. HAVIA TAMBÉM O
MOTIVO RELIGIOSO, QUANDO OS MUÇULMANOS ESCRAVIZAVAM
QUEM RESISTIA À CONVERSÃO COMO FORMA DE PURIFICAÇÃO.
A PARTIR DO SÉCULO XVI, OS EUROPEUS PASSARAM A ESCRAVIZAR OS
POVOS INDÍGENAS E AFRICANOS, EMPREGANDO SUA MÃO-DE-OBRA
NAS COLÔNIAS AMERICANAS. PELA PRIMEIRA VEZ, APARECEU O
ELEMENTO DA RACIALIZAÇÃO, OU SEJA, OS EUROPEUS DIZIAM QUE OS
INDÍGENAS E NEGROS ERAM "RAÇAS INFERIORES" E ISSO JUSTIFICAVA
SEREM ESCRAVIZADOS. NESSE CASO A ESCRAVIDÃO FORMAVA A BASE
DO SISTEMA ECONÔMICO, E FOI ATRAVÉS DA EXPLORAÇÃO DOS
POVOS RACIALIZADOS QUE AS ELITES ENRIQUECERAM.
OUTRA CARACTERÍSTICA QUE DIFERENCIA A ESCRAVIDÃO MODERNA
DAQUELA QUE EXISTIA NO CONTINENTE AFRICANO É O FATO DOS
NEGROS SEREM DESUMANIZADOS E TRATADOS COMO PROPRIEDADE E
MERCADORIA, QUE PODERIA SER COMERCIALIZADA PELOS BRANCOS.
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A FORÇA DA TRADIÇÃO
JULIANA ALEXANDRE DA SILVA
7
RELIGIÃO EM ÁFRICA
RESISTÊNCIA, TRANSFORMAÇÃO E SINCRETISMO
As religiões tradicionais
As crenças tradicionais africanas são inseparáveis dos
Você sabia? modos de vida, pois tudo é atravessado pela
espiritualidade.
O CANDOMBLÉ É UMA Acredita-se que existe um deus criador e logo abaixo
RELIGIÃO BRASILEIRA dele estão os antepassados e diversos outros deuses,
DERIVADA DE CULTOS que interagem com o mundo material em uma relação de
TRADICIONAIS
AFRICANOS. mão dupla. De acordo com essas crenças, ser humano
A UMBANDA, POR SUA significa viver em comunidade, portanto valoriza-se
VEZ, NASCEU DO muito a harmonia entre a sociedade, a natureza e o
SINCRETISMO ENTRE
mundo espiritual.
CRENÇAS AFRICANAS,
INDÍGENAS E CRISTÃS. Os colonizadores europeus tentaram destruir essa visão
de mundo para impor os seus próprios costumes, mas não
conseguiram, e as religiões tradicionais existem e são
praticadas até os dias de hoje.
É importante destacar que a tradição não é estática, ou
seja, ela não permanece sempre igual. As mudanças são
comuns e as novas gerações costumam acrescentar novas
crenças, mas sempre respeitando os principais valores
africanos. 8
RELIGIÃO EM ÁFRICA ISABELA GUSMÃO CARDOSO
O islamismo
Antes da dominação colonial, o continente africano
já havia vivido a expansão islâmica, desde o século
VII. A disseminação do islão em África se deu tanto
pela força militar quanto pelas relações comerciais,
e os muçulmanos chegaram a formar grandes
reinos no continente.
Os adeptos dessa religião acreditam que existe um
único Deus, que Maomé foi Seu último profeta e Mesquita de Abuja, na Nigéria. As mesquitas
que toda a verdade está revelada no livro sagrado são os templos sagrados do islamismo.
O cristianismo
A partir do século XIX, os missionários europeus
avançaram para o interior do continente africano,
levando o cristianismo para onde ele ainda não havia se
estabelecido. As reações dos povos africanos foram
diversas. Muitos resistiram à conversão, continuando
a praticar seus ritos aberta ou clandestinamente, ou
mesmo recorrendo à magia, aos antepassados e aos
deuses para combater a opressão colonial. Já os párias
Culto em Igreja Metodista na Costa do Marfim. aceitaram o cristianismo, integrando muitas de suas
crenças tradicionais à nova fé. E houve ainda a criação
de igrejas africanas independentes, onde o
cristianismo e as religiões tradicionais se
complementavam para dar respostas aos problemas
cotidianos. O cristianismo africano reconhecia a
existência da magia e dos espíritos malignos, e
afirmava o poder de Deus sobre eles, para curar e
proteger os fiéis.
Hoje, existem cristãos de muitas denominações em
África, incluindo o catolicismo, o protestantismo e o
cristianismo africano.
Missa católica sendo celebrada em África. 9
ÁFRICA NO
PÓS-INDEPENDÊNCIA
BERNARDO CHAVES RENHE RAMOS
10
INDICAÇÃO DE LEITURA
O MUNDO SE DESPEDAÇA
ISABELA GUSMÃO CARDOSO
4 C
8 A
N 7
I
10 S
12 M
11 O
14
13
2 - FRANTZ FANON 3 - BANTU 4 - CHIMAMANDA 5 - KWAME NKRUMAH 6 - OKONKWO 7 - GRIOT 8 - NELSON MANDELA 9 - DESCOLONIZAÇÃO 10 - ISLAMISMO 11 - AFROBEAT 12 - ARGÉLIA 13 - ANCESTRALIDADE 14 - LIBÉRIA 15 - MAGREBE