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Direito Administrativo

Contratos da Administração Pública - Lei 8666/93 - III

Apresentação
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Meu nome é Leonardo Torres, sou advogado, especialista em Direito Público


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Sumário
CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (LEI 8666/93)........................................................2

PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.................................2

CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR.................................................................................................4

Questões Comentadas...................................................................................................................5

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Direito Administrativo
Contratos da Administração Pública - Lei 8666/93 - III

CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


(LEI 8666/93)
No dia-a-dia da atuação administrativa, o Poder Público costuma celebrar contratos com
terceiros, de modo a poder desempenhar suas atividades institucionais. Esses ajustes são chama-
dos de contratos da administração. O gênero “contratos da Administração” possui duas espécies:
a. Contratos Administrativos: neste caso, o Estado age com todas suas prerrogativas, típi-
cas do regime jurídico administrativo, impondo aos particulares cláusulas com sujeições
não encontradas nos contratos comuns.
Podemos então, conceituar os contratos administrativos como “os ajustes que a Administra-
ção Pública, nessa qualidade celebra com pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para
a consecução de fins públicos, segundo o regime de Direito Público”.
b. Contratos de direito privado da Administração: são ajustes em que o Estado não se com-
porta como ente público, despindo-se de seus privilégios, aparecendo nestes contratos
como se particular fosse, submetendo-se às normas de Direito Privado (como exemplo,
podemos citar os contratos de locação em que o Poder Público seja locatário).
Vale ser destacado, que mesmo nos contratos de direito privado da Administração, o Poder
Público nunca se afastará totalmente do regime jurídico de direito público, como exemplo, podemos
citar o Princípio da Legalidade e a licitação, que continuarão a ser respeitados.

PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOS


ADMINISTRATIVOS

PRINCÍPIOS:
• PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA;
• PRINCÍPIO DA LEX INTER PARTES;
• PRINCÍPIO DA PACTA SUNT SERVANDA;
• PRINCÍPIO DA REBUS SIC STANTIBUS;
• PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL;
• PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA.

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CARACTERÍSTICAS
• CONSENSUAIS;
• COMUTATIVOS;
• ONEROSOS;
• BILATERAIS OU SINALAGMÁTICOS;
• NATUREZA INTUITO PERSONAE;
• PRECEDIDIDOS DE LICITAÇÃO;
• FORMAIS;
• ESCRITOS;
• PÚBLICOS;
• O PRAZO É DETERMINADO;
• SÃO CONTRATOS DE ADESÃO;
• PRESENÇA DE CLÁUSULAS EXORBITANTES;

TEORIA DA IMPREVISÃO
A Teoria da Imprevisão estabelece que eventos novos, não previstos e imprevisíveis pelas
partes, que causem reflexos na execução ou no equilíbrio econômico-financeiro do contrato, autori-
zam a sua revisão. A utilização dessa teoria restabelecerá o equilíbrio entre o encargo e a retribuição,
tornando o contrato justo para as partes.
O art. 65, inc. II, “d”, da Lei n. 8.666/93 dispõe sobre a cláusula rebus sic stantibus, que vigora
nos contratos privados e tem a finalidade de evitar a ruína do contratado.
Os contratos regidos pela lei em estudo poderão ser alterados, por acordo das partes, para
restabelecer a relação pactuada inicialmente tendo por objetivo a manutenção do equilíbrio econômi-
co-financeiro na hipótese de ocorrência de fatos imprevisíveis – ou previsíveis com consequências
incalculáveis, ou ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe –, configurando
álea econômica extraordinária e extracontratual.

REQUISITOS
Para a aplicação da Teoria da Imprevisão, é necessária a ocorrência de:

• Fatos supervenientes;
• Fatos imprevisíveis, ou previsíveis de consequências incalculáveis.

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HIPÓTESES
Autorizam a aplicação da Teoria da Imprevisão, desde que preenchidos os requisitos anteriores:

• O caso fortuito;
• A força maior;
• O fato do príncipe;
• O fato da administração.

CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR

Caso fortuito é o evento da natureza.


Exemplo:
Contrato para construir uma escola; choveu além do previsível, o prazo do contrato não pode
ser cumprido.

Força maior consiste no ato humano.


Exemplo:
O contratado se compromete a construir uma obra, mas seus funcionários entram em greve.
Tanto o caso fortuito como a força maior são hipóteses que autorizam a aplicação da Teoria da
Imprevisão, pois ou criam para o contratado um desequilíbrio econômico-financeiro ou impedem
a execução do contrato.

FATO DO PRÍNCIPE E FATO DA ADMINISTRAÇÃO


Fato do príncipe e fato da administração são os fatos produzidos pelo Poder Público que
possibilitam a aplicação da Teoria da Imprevisão. O fato do príncipe incide sobre todos os contratos,
demandando alteração das cláusulas iniciais. Ocorrerá quando um fato geral, por determinações
estatais, positivas ou negativas, imprevisíveis, onerar substancialmente a execução do contrato.
Exemplo:
O aumento de um tributo tem repercussão em todos os contratos do Poder Público com
particulares nos quais incida aquele tributo.
Verifica-se o fato do príncipe quando uma determinação geral do Poder Público afeta o
cumprimento do contrato de maneira substancial.
O fato da administração é a atitude, omissiva ou comissiva, adotada pelo Poder Público que
incide direta e especificamente sobre um contrato individualizado.
Exemplo:

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Construção de uma escola em local habitado, sem que o Poder Público providencie a desa-
propriação necessária. A determinação do Poder Público, no fato da administração, não é geral – é
isso que o diferencia do fato do príncipe.

OBSERVAÇÕES
Circunstâncias, situações imprevistas e imprevisíveis, são aquelas que já existiam antes de
o contrato ser celebrado, mas que as partes desconheciam, porque foram omissas em sondar as
possibilidades de execução do pactuado; exemplo: o contrato visa a construção em terreno arenoso
e descobre-se que esse é rochoso, fazendo-se necessária a explosão do perímetro.

EXTINÇÃO
Extinção do contrato é a cessação do vínculo entre a Administração e o contratado. Poderá
ocorrer de forma normal, pelo cumprimento integral de suas cláusulas ou término do prazo de du-
ração, ou de forma anormal, pela anulação, que decorre de alguma nulidade no contrato, ou pela
rescisão.

RESCISÃO
• Administrativa: promovida unilateralmente pelo Poder Público, por razões de interesse
público ou por falta do contratado (art. 78 da Lei n. 8.666/93).
• Consensual ou amigável: levada a efeito por acordo entre as partes, desde que haja
conveniência para a Administração (art. 79 da Lei n. 8.666/93).
• Rescisão judicial: decretada pelo Judiciário por iniciativa do particular, art. 79, inc. III.

Questões
Comentadas

1. (CESPE - 2013 - Todos os Cargos - Conhecimentos Básicos) Embora os contratos administrati-


vos possam ser prorrogados, é vedado à administração pública celebrar o contrato com prazo
de vigência indeterminado. ( )

Gabaritos e comentários
1. Questão correta.
Art. 57 da Lei 8666/93.

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