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Viveram dois irmãos em um a vila. Amados por uns e odiados por outros. João
era um exemplo. Enaltecia Deus como ser supremo e considerava tudo e todos
que não partilhasse essa crença, um condenado. Contudo, Jonas era o seu
oposto. Vivera profanamente, com suspeitas atitudes a praticar pecaminosos
atos. A festa fora seu trabalho; as mulheres, sua alegria e diversão.
Dividiam-se os moradores em opiniões: parte deles seguiam Jonas – os que
se identificavam com a vida livre, descrentes do pecado e da condenação
eterna; a outra – bajuladores da moral, julgadores alheios, crentes de sua vida
eterna no paraíso, de cujos poderes seriam os de rechaçar quaisquer
demônios vestidos de homem na terra; ficava com o João.
João e Jonas, tão próximo quando distante, viviam entre o bem e o mal em um
período em que o amor e ódio eram definidos pelo comportamento. E, ainda
que não houvesse um conflito físico, ficava a dúvida de seus reais sentimento,
já que, internamente, se percebiam família. E esta, sim, consideravam-na eles
grandiosa, merecedora de atenção, pois ela gritava mais forte dentro de cada
um deles.