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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM ATENÇÃO À


SAÚDE

MÁRLON MARTINS MOREIRA

RESENHA DE ARTIGO: Promoção da Saúde e Qualidade de


Vida

UBERABA

2016
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MÁRLON MARTINS MOREIRA

RESENHA DE ARTIGO: Promoção da Saúde e Qualidade de


Vida

Resenha crítica apresentada à disciplina


de Promoção e Proteção à Saúde
Humana do programa de pós-graduação
stricto sensu em Atenção à Saúde – nível
mestrado, da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro.
Profa. Docente responsável pela
disciplina: Leila Aparecida Kauchakje
Pedrosa.

UBERABA
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2016
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O processo no qual se entende a saúde, é um estado de completo


bem-estar físico, mental e social e, não envolve apenas a ausência de doença
e enfermidades. Existem diversas percepções sociais sobre saúde/doença,
portanto falar de saúde, envolve perceber que ela não é algo estático ou um
estado, mas ao contrário, é um processo, algo dinâmico e em constante
mutação. Desta maneira, cada sociedade tem um modelo do que corresponde
à coerência ou às contradições de sua visão de mundo e de sua organização
social, refletindo o contexto da saúde.
A promoção da saúde na população, os ambientes físico e social
determinam e condicionam a resposta biológica do indivíduo, constituindo um
grande desafio na resolução de problemas, no qual é proposta uma integração
de conhecimentos técnicos e populares; já previstos na carta de Ottawa, a qual
delibera que é necessária uma ação coordenada entre todas as partes
envolvidas nas perspectivas da saúde e não apenas pelo setor saúde. O artigo
traz ainda a discussão sobre as estratégias necessárias para que se possa
promover saúde e qualidade vida de forma preventiva às doenças crônicas,
levando em consideração o ambiente e o estilos de vida individual e familiar.
Diante desta temática, surgem os cuidados primários, que
previamente foram definidos na declaração de Alma Ata em 1978; assegurando
os cuidados essenciais de saúde baseados em métodos e tecnologias praticas,
cientificamente bem orientadas e socialmente aceitáveis, colocadas ao alcance
de famílias e comunidades. A proposta assistencial de cuidados expressa a
necessidade em massa na qual a esfera política e social, ou seja, o governo e
os usuários do setor de saúde demandam no sentido de promoverem um
ambiente de justiça social, com cuidados assistenciais e direcionados.
A principal diferença observada entre a prevenção e a promoção da
saúde, está na ótica sobre o conceito de saúde. No âmbito da prevenção, a
saúde é vista como ausência de doenças, ao passo que na promoção a saúde,
desempenha o papel de conceito positivo e multidimensional, na qual existe a
promoção aos hábitos saudáveis em oposição ao modelo médico de
intervenção. Além disso, a compreensão e diferenciação adequadas de
promoção e prevenção à saúde, é justamente a consciência de que buscar a
saúde é questão não só de sobrevivência, mas de melhorar a qualidade de
vida e o contexto no qual se está inserido socialmente.
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Grandes discussões ao logo dos últimos anos, contribuíram para


uma visão ampla e voltada para a melhoria da qualidade de vida humana, na
qual a promoção da saúde propunha a implementação de políticas públicas
saudáveis, com prioridade para a saúde; visando gerar o desenvolvimento de
habilidades e atitudes favoráveis ao pensamento crítico, na tomada de
decisões acerca dos hábitos implementados em seus cotidianos.
Outra situação favorável é a autonomia municipal na busca por
estratégias apropriadas para a sua população, com foco em aspectos locais e
culturais. Porém sob a ótica mais conservadora, a promoção de saúde seria um
meio de direcionar indivíduos a assumirem a responsabilidade por sua saúde e
assim reduzirem parte da responsabilidade administrativa na assistência de
saúde. Em contrapartida, a promoção da saúde também atuaria como
estratégia para criar mudanças na relação entre cidadãos e o Estado, na qual
as políticas públicas garantem mudanças sociais mais profundas.
É importante que se reflita de forma crítica sobre as dinâmicas de
transformação social, que demandam estratégias articuladas às necessidades
sentidas a nível local e são vivenciadas pela população; pois este é o grande
foco da educação e promoção à saúde, direcionada principalmente aos estilos
de vida das populações.
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REFERÊNCIA

BUSS, Paulo Marchiori. Promoção da saúde e Qualidade de


vida. Ciênc. saúde coletiva , Rio de Janeiro, v. 5, n. 1, p. 163-177, 2000.

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