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Administração da
manutenção
Características do mantenedor
O mantenedor é um profissional que precisa ser curioso, ter boa capacidade de
abstração e análise e conhecer bem sua área técnica.
Na pequena empresa
Geralmente, os mantenedores são homens com conhecimentos diversificados,
improvisadores e de médio custo.
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Cargos e atribuições
Todos os homens envolvidos com a manutenção são chamados de mantenedores. As
denominações específicas dos vários cargos não são padronizadas nas empresas.
Assim, neste estudo será feita a seguinte divisão:
Execução;
Chefia
Planejamento
Pessoal de execução
Nesse grupo, estão os ajudantes, os lubrificadores, os mecânicos, os eletricistas, os
eletrônicos, etc. É desejável para os dois primeiros e indispensável para os demais as
seguintes características:
Rapidez manual e mental;
Bons conhecimentos técnicos;
Criatividade;
Bom conhecimento da empresa.
Quanto aos ajudantes, após alguns anos de prática, podem ser aproveitados no cargo
de mecânico. Para que isso aconteça, é necessário um programa do treinamento
associado à atribuição progressiva de responsabilidades.
Pessoal de chefia
Nesse grupo, estão os profissionais ligados ao comando das equipes de trabalho, logo
supervisor está aqui incluído.
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Iniciativa e liderança;
E, se possível, formação específica.
Pessoal de planejamento
Nesse grupo, estão os planejadores, os programadores, os aprovisionadores, os
inspetores da manutenção e escriturários do planejamento.
Com exceção dos escriturários, todos os outros devem ter experiência de campo em
pelo menos corretiva e reformas e, se possível, devem ter o nível técnico.
Modelos administrativos
Administração centralizada
É o modelo que mantém sob um único comando todos os setores da manutenção, ou
seja, tem a orientação única para todas as equipes.
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Vantagens:
Facilidade em deslocar equipes para apoiar outras que estejam sobrecarregadas;
Programa único de planejamento, programação e controle;
Há visão geral da fábrica.
Desvantagens:
Dificuldade para supervisão eficiente, pois os executores ficam espalhados em toda
área fabril;
Exige equipe de planejamento muito dedicada para atender as diversas unidades.
Administração descentralizada
É aquela em que as atitudes de gerenciamento emanam de duas ou mais pessoas de
nível hierárquico igual. Assim, cada área pode seguir políticas de manutenção próprias,
conforme orientação de seu gerente.
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Vantagens:
Boa integração entre operadores e mantenedores, devido a reduzida área de
atuação;
Respostas rápidas;
Simplicidade na supervisão dos trabalhos.
Desvantagens:
Ausência da visão de conjunto;
Diferentes critérios de avaliação pessoal;
Dificuldade na contratação de especialistas.
Administração mista
É aquela onde existem os dois modelos já citados. Em geral, a política básica é ditada
pelo gerente da manutenção ficando as decisões específicas por conta dos gerentes
de área.
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Vantagens:
Rapidez da descentralizada;
Qualidade dos recursos da centralizada;
Visão de conjunto;
Uniformidade dos critérios de avaliação.
Desvantagens:
Um escalão a mais no organograma em relação à administração descentralizada;
Dificuldades em priorizar os trabalhos dirigidos à oficina central.
Os modelos e a TPM
Nas empresas japonesas com TPM implantada emprega-se 10 minutos por tarefa.
Sendo que o tempo total dedicado pelo operador não deve ultrapassar 30 minutos
por turno e nem 90 minutos por semana.
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Terceirização
A terceirização pode ser uma grande aliada se conduzida com rigorosas critérios.
Objetivo
O porque subcontratar é uma decisão estratégica motivada por um dos seguintes itens:
Sobrecarga pontual, por exemplo somente nas paradas anuais.
Trabalhos muito especializados, para os quais a empresa não está equipada.
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O que subcontratar
Após estudo econômico e avaliação estratégica geralmente os serviços passados a
terceiros são:
Reparos constituídos por troca padrão;
Conservação de equipamentos periféricos, tais como elevadores, ar condicionado,
isolamento térmico e acústico, etc;
Conservação predial;
Trabalhos de modificação e instalação de grandes equipamentos.
Quanto investir
Esta decisão depende de cada caso, porém, uma regra deve ser obedecida: para
empresas de processos discretos (manufatureiras) 25% do orçamento da manutenção
é uma quantia ideal. No máximo, pode-se chegar a 50%.
Como subcontratar
A subcontratação pode ser feita de 5 formas, conforme a necessidade. São elas:
Contrato de manutenção
É a forma na qual o contrato assume todos os encargos relativos às tarefas de manter
um tipo de equipamento. Para isso, há um prazo, um preço e garantias negociadas.
Neste caso, os recursos e métodos usados pelo contratado podem ser definidos pelo
contratante ou ficar a cargo do terceiro.
Exemplo:
Elevadores, condicionadores de ar.
Empreitada
O trabalho é especificado e o contratado assume toda responsabilidade pela
execução.
Preço unitário
É a contratação estabelecendo um preço por unidade de trabalho realizada. Por
exemplo: m2 de pintura, toneladas transportadas, etc.
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Administração direta
A prestadora de serviço fornece mão de obra especializada, materiais e equipamentos
e desenvolve trabalhos na área da contratante.
Exemplo:
Equipe de técnicos em microcomputadores locada à empresa dona dos mesmos.
Missão temporária
É simplesmente o emprego da “mão de obra temporária”, ou seja, um grupo de
profissionais especializados é fornecido por uma agência. Eles são contratados para
trabalhos esporádicos.
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Percentual de funcionários
O percentual de funcionários atuando em manutenção numa empresa de médio porte
é de 5% do total de funcionários da empresa. Em empresas de grande porte, esse
percentual pode chegar a 7%.
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Segurança na manutenção
Sinalização
Cartazes indicando que a máquina está em reparo devem ser usados para prevenir
acidentes.
Outra forma de prevenção contra acidentes é o uso de cadeados que travem a chave
geral.
Equipamentos de segurança
Os chamados EPI (equipamentos de proteção individual) devem estar sempre à
disposição do mantenedor e em boas condições de uso.
Ferramentas portáteis
O uso de chaves de fenda, furadeiras, lixadeiras, tarraxas, talhadeiras, etc., geralmente
causam acidentes quando mal usadas.
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Planejamento
Buscando atingir essa meta, foi introduzido no Brasil, durante os anos 60, o
planejamento e a programação de manutenção (figura na próxima página).
A função planejar significa conhecer os trabalhos, os recursos para executá-los e
tomar a decisão.
A função programar significa determinar pessoal, dia e hora para execução dos
trabalhos.
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Rotina de planejamento
O setor de planejamento recebe as requisições de serviço; analisa o que e como deve
ser feito, quais as especialidades e grupos envolvidos, e os materiais e ferramentas a
serem utilizados. Isso resulta no plano de operações, na lista de materiais para
empenho ou compra de estoque e outros documentos complementares como relação
de serviços por grupo, ordens de serviços, etc.
Planejar, em última análise, significa gerenciar tempo e recursos. Para isso, são
necessários instrumentos gráficos que permitam uma visão clara dos trabalhos. Assim,
o diagrama de barras e o diagrama de flechas são as ferramentas mais adequadas ao
planejamento.
Diagrama de barras
É um cronograma, também chamado diagrama de Gantt, que permite fazer a
programação das tarefas mostrando a dependência entre elas.
Usado pelo menos desde o início do século,, consiste em um diagrama onde cada
barra tem um comprimento diretamente proporcional ao tempo de execução real da
tarefa. O começo gráfico de cada tarefa ocorre somente após o término das atividades
das quais depende.
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Para resolver as questões que o diagrama de barras não consegue solucionar, forma
criados os métodos CPM e PERT.
O PERT (Program Evaluation and Review Technique) foi criado para a NASA com o fim
de controlar o tempo e a execução de tarefas realizadas pela primeira vez.
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O CPM (Critical Path Method) foi criado na empresa norte-americana Dupont. Com o
fim de realizar as paradas de manutenção dentro do menor prazo possível e com um
nível constante de utilização dos recursos.
Além disso, é importante salientar que esta ferramenta gráfica é um poderoso auxiliar
nas mais diversas atividades: produção, montagens, etc.
Atividade
Atividade é cada uma das tarefas (operações) que constitui um trabalho. Ela é
representada por uma flecha.
Esta, recebe de um lado a identificação da tarefa e do outro os recursos necessários.
As flechas são usadas para expressar as relações entre as operações e definir uma ou
mais das seguintes situações:
A operação deve preceder algumas operações;
A operação deve suceder algumas operações;
A operação pode ocorrer simultaneamente a outras operações.
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O modo como as relações são representadas por flechas é mostrado na figura abaixo:
Atividade fantasma
É uma flecha tracejada como artifício para identificar a dependência entre operações.
É também chamada operação imaginária e não requer tempo.
Na figura abaixo tem-se o exemplo para atender as seguintes condições:
W deve preceder Y;
K deve preceder Z;
Y deve seguir-se a W e K.
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Nó ou evento
São círculos desenhados no início e no final
de cada flecha. Têm o objetivo de facilitar a
visualização e os cálculos de tempo.
Devem ser numerados e sua numeração é
aleatória.
O nó não deve ser confundido com uma atividade que demande tempo. Ele é um
instante, isto é, um limite entre o início de uma atividade e o final de outra.
Construção do diagrama
Para construir o diagrama é preciso ter em mãos a lista de tarefas cm os tempos e a
seqüência lógica.
Na figura abaixo vê-se um exemplo para um torno que apresenta avarias na árvore e
na bomba de lubrificação.
Lista de Tarefas
Tarefa Descrição Depende de Tempo
A Retirar placa, proteções e esgotar o óleo - 1h
B Retirar árvore e transportá-la A 3h
C Lavar cabeçote A 2h
D Trocar rolamentos B 3h
E Trocar reparo da bomba de lubrificação BeC 2h
F Montar, abastecer e testar o conjunto DeE 4h
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O caminho crítico
É um caminho percorrido através dos eventos
(nós) cuja somatória dos tempos condiciona a
duração do trabalho.
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Exercício
1
Tarefa Dep. Tempo
A - 1D
B A 2
C A 5
D B 2
E B 1
F EeD 3
Caminho Crítico
Tempo: ______ dias Tarefas________________________________________
2
Tarefa Dep. Tempo
A - 1D
B - 2
C B 5
D A 2
E B 1
F EeD 3
G C 1
H GeF 2
I H 5
Caminho Crítico
Tempo: ______ dias Tarefas________________________________________
3
Tarefa Dep. Tempo
A - 3D
B - 2
C - 1
D A 5
E B 4
F C 4
G B 5
H E 3
I GeF 4
J D, H, I 4
Caminho Crítico
Tempo: ______ dias Tarefas________________________________________
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Exemplo de planejamento
A seguir será mostrado um planejamento usando as ferramentas estudadas.
Ocorrência:
Um torno platô necessita ser reformado. Após a reforma ele será instalado em local
diferente do atual.
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Lista de tarefas
Tarefa Descrição Dependência Prazo(dias)
A Parada ___ 0,5
B Transporte A 1
C Reforma do cabeçote B 30
D Desmontar carros A 0,5
E Desmontar sela D 0,5
F Reparos na sela E 15
G Reparos nos carros D 10
H Montagem da sela F 2
I Montagem dos carros GeF 1
J Fundação em novo local ___ 5
K Instalação do cabeçote CeJ 1
L Instalação do conjunto carros-sela KeI 1
M Ajustar e fazer alinhamento geométrico L 2
N Testar M 0,5
Na figura abaixo vê-se o diagrama de flechas, seu caminho crítico com 36 dias de
duração e as várias interdependências.
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Exercício 4
Projeto:
Transformar um torno convencional existente na produção em um CNC (retrofitting).
Condições:
A máquina, depois de retirada da produção tem um prazo máximo de 25 dias para
voltar a produzir.
Alguns itens serão comparados, são eles:
- painel de comando (item 2), entrega em 10 dias.
- placa (item 4) entrega em 15 dias.
- porta ferramentas (item 5), entrega em 10 dias.
- motor entrega em 20 dias.
- materiais para painel elétrico, entrega em 10 dias.
O cabeçote móvel (item 7) será recondicionado internamente (determine o prazo).
O barramento (item 8) será retificado internamente (determine o prazo).
O painel elétrico será construído internamente(determine o prazo).
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Questionário - resumo
Vantagem Desvantagem
Centralizado
Descentralizado
Misto
B Solicitação do orçamento A
C Escolha do equipamento B
G Solicitação de orçamentos F
H Escolha de fornecedores G
J Fundação do equipamento F
K Instalação E, I, J
L Teste e ajustes K