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Nuclear da Área Profissional

FRAGILIDADE NO USO DOS INSTRUMENTAIS.

Fernanda Rebouças de Oliveira


Programa de Residência Multiprofissional em Envelhecimento
FRAGILIDADE NO USO DOS INSTRUMENTAIS.

A primeira fragilidade que identifiquei no uso dos instrumentais foi o acesso aos
prontuários dos pacientes, todos da equipe multidisciplinar tem acesso aos registros
de todos os profissionais, segundo o código de ética profissional do assistente social
em seu capítulo V, do sigilo profissional, em seu art. 15 “Constitui direito do assistente
social manter sigilo profissional”.

O fato dos instrumentais irem para uma plataforma eletrônica, tirou o sigilo do
que ali está escrito, dado ao acesso irrestrito, o código de ética aponta em paragrafo
único “Em trabalho multidisciplinar só poderão ser prestadas informações dentro dos
limites do estritamente necessário”, e dessa forma é realizada a troca de informações
verbais entre a equipe.

Mesmo relatando o estritamente necessário, onde descrever o atendimento em


sua totalidade, se os instrumentais estão em prontuário eletrônico e com livre acesso
de todos os profissionais? Mesmo levando em consideração o art. 18 “A quebra do
sigilo só é admissível quando se tratar de situações cuja gravidade possa, envolvendo
ou não fato delituoso, trazer prejuízo aos interesses do/a usuário/a, de terceiros/as e
da coletividade”, ainda assim, a materialização do trabalho profissional fica
prejudicada se pensarmos que o período de residência multiprofissional têm duração
de dois anos e que há uma rotatividade de profissionais entre os campos de estágio,
fazendo com que informações importantes se percam no caminho e não há onde
registra lá.

A partir de reflexões realizadas com os demais profissionais da área, a


estratégia apontada para assegurar o registro do atendimento e seu sigilo – além de
facilitar o trabalho de outro profissional que poderá posteriormente ocupar o campo
de na residência – seria manter prontuários físicos destinados exclusivamente ao
serviço social, desta forma, nem o sigilo seria quebrado e nem deixaríamos de
registrar o atendimento que também é direito dos usuários na saúde.

REFERÊNCIAS
Código de Ética do/a Assistente Social, 10° edição.
http://www.cresspr.org.br/site/wp-content/uploads/2010/08/CEP_CFESS-SITE.pdf

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