AS FRATERNIDADES
Edgard Armond
Nos Planos Espirituais, as entidades se agrupam por finalidades morais e vibratórias, isto é,
segundo condições evolutivas significando, para umas, escravização e temores, e para outras, as
mais evoluídas, ordem, disciplina, responsabilidade, unidade de sentimentos e participação.
O início das aproximações se deu nos primeiros meses de 1940, quando o Plano Espiritual Superior
atribuiu a um pequeno grupo de entidades a tarefa de auxiliar a Casa (FEESP) na implantação de um
programa doutrinário mais avançado, entidades essas que vieram formar a Fraternidade do Santo
Sepulcro, em memória aos esforços de libertação da Palestina do jugo muçulmano, movimento esse
que na história do mundo recebeu o nome de “Cruzadas”.
O termo “fraternidade”, utilizado pra designar agrupamento de pessoas ligadas entre si pelos
mesmos desejos, idéias, objetivos, na essência significa irmandade, amor, aproximação, formando
seus membros uma mesma família ou comunidade e, por extensão, uma mesma nação, povo ou
raça, provindo de Deus, Criador e Pai, que todas dá vida e destino por igual.
Resumindo, há, pois que distinguir do que estamos expondo primeiramente o conceito natural e geral
da fraternização, isto é, a irmandade dos homens na paternidade de Deus; e depois o sentido mais
particularizado de fraternidade, como agrupamento eventual de seres humanos que se unem
sob um lema, uma bandeira, uma finalidade determinada de evolução ou de realizações espirituais.
Além destes, existem no nosso Plano Espiritual outros grupos de servidores de outras orbes que
dão franco apoio ao setor de evangelização e se dedicam ao atendimento de necessidades para
curas espirituais em geral.
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CURSO PARA FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE
EAE – REGIONAL CAMPINAS
Com a formação da primeira turma da EAE, o Plano Espiritual, na pessoa de Razin, propôs a criação,
no plano material, da FDJ, como uma extensão da Fraternidade do Trevo.
Foi inaugurada na Federação Espírita do Estado de São Paulo no dia 4 de março de 1954, ao
receber em seus quadros os servidores que terminaram o período probatório da 1a. turma de 1950.
Comumente fazemos referência ao fato de que os servidores deveriam assimilar o conceito de que o
Discípulo de Jesus tornar-se um trabalhador “especial”. Naturalmente isso não configura privilégio de
qualquer espécie, mas a profunda noção de responsabilidade individual que honra e sublima.
O Discípulo de Jesus não está restrito ao trabalho no Centro Espírita. Antes, encara o mesmo como
oportunidade para aperfeiçoar-se, vencendo as mazelas da condição animal através do exercício de
doação em um ambiente fraterno. Tem a consciência de
que a verdadeira oficina de trabalho é o mundo, através do exercício do amor e do exemplo
dignificantes.
Para a Escola de Aprendizes, no primeiro grau, podem entrar todos os que o desejarem, sem
restrições, inclusive de crença; para o segundo, somente se podem transferir os aprovados no estágio
anterior e que se disponham aos testemunhos de serviço aos semelhantes; mas para a Fraternidade
dos Discípulos, somente os que estejam capacitados à vivência evangélica, à exemplificação pessoal
no mundo exterior, como norma definitiva de conduta, em todas as circunstâncias.
Mas, perguntam: unicamente o título de discípulo pode assegurar essa vivência no futuro?
Resposta: Evidentemente que não: o que assegura a conduta é a consciência evangélica que, a essa
hora, deve estar formada na alma do servidor; sua fidelidade aos conhecimentos que recebeu e a
nova mentalidade adquirida; é só isso é que pode oferecer garantias; porque na vida espiritual, nada
do que seja exterior pode influir ou modificar a conduta diretamente e somente seus reflexos e
projeções alcançam a intimidade do Espírito na sua área de atividade psíquica.