Você está na página 1de 4

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –UNIRIO

Centro de Letras e Artes – CLA


Programa de Pós-Graduação em Música – PPGM

Disciplina: Metodologia da Pesquisa


Professora: Silvia Sobreira
Aluna: Camila Claudino Martins Silva Moreira

Fichamento do texto:

CARVALHO JUNIOR, Luiz Espíndola: O uso do GNU SOLFEGE como elemento


facilitador da percepção musical - Um olhar tecnológico aplicado à educação musical na
escola pública brasileira. In: MONTEIRO, Solange Aparecida de Souza (org.). Música,
filosofia e educação 3. 3. ed. Ponta Grossa (PR): Atena Editora, 2019. p. 166-175.
Disponível em:
https://www.finersistemas.com/atenaeditora/index.php/admin/api/artigoPDF/6333.
Acesso em: 28 abr. 2021.

1- Qual o problema do estudo?

O problema do estudo pretende entender como o software GNU SOLFEGE pode


ser utilizado no estudo do solfejo em escolas públicas.

2- Qual o objetivo do estudo?

Como objetivo o estudo busca “[...] analisar a utilização de software livre para o
ensino musical, com atenção concentrada na relação ensino-aprendizagem do solfejo na
escola pública brasileira.” (CARVALHO JUNIOR, 2019, p. 166).

3- Qual a hipótese do estudo?

Carvalho Junior (2019) pretende, através do uso do GNU SOLFEGE, contribuir


com a discussão acerca da utilização de softwares na educação musical e apresentar um
material didático que possa ser “articulado em um grande programa de ensino musical
nas escolas brasileiras [...]”. (CORREIA, 2010, PEREIRA, 2004 apud CARVALHO
JUNIOR, 2019, p. 167).

4- Questões e comentários sobre o estudo.

Para Carvalho Junior (2019, p. 166) o fato do programa GNU SOLFEGE possuir
licença livre foi um dos motivos para a sua escolha, além de sua utilização simples e
fácil instalação. O autor denomina software livre como um programa que “respeita a
completa liberdade dos usuários de computador, sendo permitido executar, copiar,
distribuir, estudar, mudar e melhorar o software.” (CARVALHO JUNIOR, 2019, p.
167).
A pesquisa de Carvalho Junior (2019) traz alguns dados interessantes sobre o
GNU SOLFEGE e sua criação.

O GNU SOLFEGE surgiu em 7 de dezembro de 2002 e como o nome


indica, faz uso do GNU PROJECT. O GNU LINUX é o sistema
operacional mais usado no mundo em servidores de grande porte, por
causa de sua confiabilidade operacional e robustez contra ameaças
externas. (CARVALHO, 2019, p. 167).

Carvalho Junior (2019, p. 167) também aborda a importância de que o termo


software livre e o movimento Open Source não sejam confundidos, pois este possui
limitações quanto à liberdade econômica do código fonte.
Após a apresentação do GNU SOLFEGE, Carvalho Junior (2019) expõe uma
análise sobre as funções contidas no software, seus principais menus e atividades que
podem ser utilizadas nas aulas de solfejo, como o estudo de intervalos, acordes, escalas,
divisão rítmica e teoria musical. (CARVALHO JUNIOR, 2019, p. 168).

5- Quais os principais métodos utilizados?

O principal método utilizado na pesquisa foi a análise dos recursos do software


GNU SOLFEGE.

6- Quais os principais achados?


A análise dos recursos do software GNU SOLFEGE feita pela pesquisa de
Carvalho Junior (2019) apresentou algumas vantagens na sua utilização para o estudo
do solfejo. O retorno imediato de erros e acertos foi um desses benefícios.
(CARVALHO JUNIOR, 2019, pg. 168). Este recurso possibilita um estudo mais
individualizado e flexível, já que o aluno não precisa esperar pela próxima aula para que
o professor possa corrigir o seu exercício.
Outras contribuições também foram observadas no uso do software, como o
“[…] fato de ser gratuito, possuir fácil instalação e operação, extensa documentação
técnica e o importante diferencial de permitir a ‘customização’ dos exercícios de acordo
com as demandas específicas de cada turma.” (CARVALHO JUNIOR, 2019, p. 174).
Carvalho Junior (2019) também aborda alguns pontos negativos encontrados no
software. O autor encontrou durante a sua pesquisa alguns erros de tradução em
diferentes partes do programa, o que pode acarretar dificuldades no uso do GNU
SOLFEGE.
Outro ponto notado foi a necessidade de configuração prévia do mouse para o
uso em um determinado exercício rítmico, como aponta o autor ao afirmar que “[…] a
configuração do mouse do computador deve estar ajustada para cliques rápidos, caso
contrário o computador retornará resultados sempre errados no score de relatório.”
(CARVALHO JUNIOR, 2019, p. 171).
A necessidade de instalação de um software adicional para a utilização de
funções extras relacionadas ao reconhecimento da entonação de notas também foi
apontada como ponto negativo por Carvalho (2019), além de ser uma tarefa considerada
de difícil execução pelo autor.
A primeira opção dada é Entonação. Esse subitem requer a instalação
do CSound, e além desse pré-requisito, temos que apontar o local de
instalação do CSound nas Preferências do Programa. Notamos que
esse item é bem interessante, mas de difícil implementação, pois
mesmo o CSound instalado apresenta mensagem de erro, ensejando
assim um guia detalhado de instalação para leigos em operação e
programação de computadores, além de exigir o manuseio do CSound
de maneira básica. (CARVALHO JUNIOR, 2019, p. 173).

A interface do programa, definida como muito interpessoal por Carvalho (2019),


também foi um ponto negativo apresentado na pesquisa.

7- Quais os pontos fortes e deficientes desse trabalho?


Como ponto forte do trabalho destaco que a escolha pelo uso de um software
com licença livre seja de grande validade, já que a pesquisa busca levar benefícios para
o uso do GNU SOLFEGE no estudo do solfejo dentro da escola pública.
Acredito que a escolha do autor em analisar uma versão beta do software seja
um ponto fraco, já que Carvalho Junior (2019) não indica se no período em que ele
escreveu a pesquisa houve alguma atualização do software e nem se a escolha pela
análise da versão beta foi proposital ou não.

Você também pode gostar