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CONCEPÇÃO
AULA 4
CONTEXTUALIZANDO
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Brown (2010), em seu livro sobre o design thinking (uma abordagem
usada pelos designers para resolver problemas), chama essas etapas de
inspiração, idealização e implementação, considerando-as como espaços da
inovação. A metodologia de design que será utilizada nos projetos acadêmicos
está organizada de forma semelhante, também dividida em três etapas, que são:
Pesquisa, Concepção e Viabilização.
Na etapa de concepção – tema desta disciplina – a geração de
alternativas é um momento de destaque em que as técnicas de criatividade são
muito usadas.
Segundo Löbach (2001), “apesar das diferentes abordagens, nota-se que
a geração de alternativas se baseia fortemente nos métodos intuitivos;
brainstorming, brainwriting, brainstorming eletrônico, método 635, método
Delphi, analogias, método sintético e MESCRAI”. Além destes, os autores
também citam métodos intuitivos sistemáticos, ou seja, aqueles que seguem
uma sequência lógica: síntese funcional, matriz morfológica e análise de valor.
Abordagens como concept design e design emocional também são utilizadas na
concepção da forma e criação de uma relação de afeto entre produto e usuário.
Seus produtos têm a tendência de ser mais amigáveis, aumentando a chance de
sucesso no mercado (Löbach, 2001).
A escolha das técnicas ou ferramentas de criatividade que serão utilizadas
depende muito do tipo e das condições do projeto. Por exemplo, o brainstorming,
em princípio, prevê o trabalho em equipe. Um projeto de um objeto decorativo
oferece muitas possibilidades do ponto de vista da geração de formas criativas.
Já um projeto de instrumento médico tem muitas restrições técnicas que devem
ser levadas em conta e que direcionam o designer para soluções mais
funcionais.
Ainda para Baxter (2008), dentro do processo projetual, a criatividade ou
processo criativo também tem suas etapas, que são: Inspiração; Preparação;
Incubação; Iluminação; Verificação.
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4. Iluminação: é o “momento eureka!”, funcionando como se fosse um
lampejo que apresenta a solução;
5. Verificação: a ideia é avaliada e, se aprovada, desenvolvida com vista à
sua viabilização.
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Os esboços ou sketches manuais são muito utilizados na fase de geração
de alternativas. São um meio rápido e eficiente para registrar as primeiras ideias
para o projeto. À medida que se rascunham, as ideias também evoluem. Existe
uma conexão muito forte entre o pensamento criativo e a expressão das ideias
por meio de representações manuais. Faz alguns milhões de anos que o homem
representa ideias com o uso das mãos; em contrapartida, faz poucas dezenas
de anos que desenha com o auxílio do computador.
Os desenhos à mão livre têm muitas vantagens nessa fase do projeto. A
primeira é rapidez e facilidade de acesso aos meios (um lápis e uma folha de
papel). A segunda vem em decorrência da primeira, por ser um processo rápido,
é fácil seguir em frente e fazer outra alternativa ou até mesmo refazê-las etc.
Com isso, o apego a uma ideia não é tão grande, o que abre espaço para a
geração de uma grande quantidade de ideias, estimulando a imaginação e
favorecendo o pensamento criativo.
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Desenhar rapidamente, nessa fase, é mais importante do que desenhar
bem. Entretanto, as técnicas do Desenho de Observação podem ser utilizadas
para melhorar a apresentação dessas ideias iniciais. Morris (2010) sugere que
“é possível variar a espessura das linhas a fim de realçar contornos, utilizar
sombreamento simples para acrescentar profundidade tridimensional e usar
canetas marcadoras a fim de embelezar as cores e a iluminação” (Morris, 2010).
Assim, os chamados sketches são técnicas acessíveis, rápidas, flexíveis
e baratas, porque não demandam muito tempo, tampouco exigem equipamentos
caros para a sua realização, pois, como diz Lupton (2013), “antes de dedicar
tempo e energia para desenvolver uma solução única, os designers abrem suas
mentes para inúmeras possibilidades e, em seguida, analisam mais de perto
algumas delas” (Lupton, 2013, p. 61).
Para Löbach (2001):
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TEMA 3 – MESCRAI
Figura 3 – SCAMPER
Crédito: Luna2631/Shutterstock.
Esses verbos indicam ações que podem ser aplicadas dentro de processo
de design, sobre uma solução existente ou sobre as propostas iniciais criadas
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na etapa de geração de alternativas. Não é obrigatório executar todas as ações
sugeridas pelas siglas.
Para Lupton (2013, p. 74), “esses verbos pedem que você manipule seu
conceito básico. Cada verbo sugere uma mudança ou transformação estrutural
e visível. Os designers podem usar esse exercício para criar rapidamente
variações novas e surpreendentes a partir de uma ideia inicial”.
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Na continuidade desse processo, é necessário usar o pensamento
convergente para alinhar essas alternativas com as necessidades levantadas
nas etapas iniciais do projeto. As representações podem ser feitas com esboços
“melhorados” ou, ainda, com a construção de modelos rápidos para verificar
formas e soluções parciais. Esse processo alternado entre divergência e
convergência faz parte da abordagem do design thinking para a busca de
soluções criativas e inovadoras, conforme esquema apresentado na figura.
Crédito: Rawpixel.com/Shutterstock.
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Para Löbach (2001):
Crédito: Chaosamran_Studio/Shutterstock.
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bons resultados, do ponto de vista da visualização, favorecendo e incentivando
o processo criativo dentro de um projeto.
No mockup, são usados materiais diferentes dos previstos para o produto
ou solução definitiva. Normalmente são usados materiais alternativos e de baixo
custo. Isso é importante pois, assim, o designer pode se sentir mais à vontade
para errar, já que nessa fase do projeto os erros não custam muito. Não ter medo
de errar é um sentimento que favorece o processo criativo. Por outro lado, esses
erros ajudam a entender melhor o processo e evitar erros nas fases finais do
projeto, quando os erros costumam custar bem mais caro.
Para representar ideias de produtos com materiais planos, basta usar uma
folha de papel, fazendo cortes, dobras e colagens. Isso proporciona uma
representação barata e rápida que permite ver detalhes que poderiam não ficar
muito claros em um desenho.
Figura 8 – Mockups para “luminária em acrílico” feitos com uma folha de papel
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Figura 9 – Mockups auxiliam na geração de alternativas para um folder
Crédito: Sarmdy/Shutterstock.
Crédito: Prokhorovich/Shutterstock.
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Figura 11 – Mockups em Lego
TROCANDO IDEIAS
Nesta aula foi estudada uma importante etapa dentro do processo criativo
do design: a da geração de alternativas. Agora, troque ideias com seus colegas,
via fórum, sobre ideias criativas e como elas aparecem para você de acordo com
as opções abaixo.
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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