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Taubaté – SP
2002
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Taubaté – SP
2002
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COMISSÃO JULGADORA
AGRADECIMENTOS
A minha orientadora Profª. Miroslava Hamzagic, pelo imprescindível apoio técnico que
abriu o caminho para o desenvolvimento deste trabalho e por sua demonstração de
interesse que serviu de incentivo às minhas pesquisas.
Aos colegas do MBA , que permitiram, através das trocas de experiências no decorrer
do curso , acrescentar informações importantes ao aprendizado .
A todas as pessoas que de forma direta ou indireta contribuíram para a edição deste
trabalho.
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RESUMO
ABSTRACT
The global world, highly competitive in which we live today, demands for companies a
constant analyze of their performance that inserts in this daily , the storage’s activities
as an important factor to the reach of the logistics’ aims, as demonstrated specialized
literatures an practical specific professional knowledge used in the elaboration of this
work. The work aims to analyze the operation’s purpose of storage attending to the
basics requirements for maintenance of trail’s system of materials, the effects of this
integration is productivity and operational costs. Considering this proposal, the work
developed tries to expose conceptual question on storage administration in relation to
the function and importance of supplies, suggesting the use of analytic perception to
accompany how much the trail’s system acts as complicate factor in storage
administration and how much is necessary an application of basics tools as training
and organizational allied to the use of technology of information under form to
minimize this effect that without doubt can define storage administration with tracing
material in differential competitive or not.
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO 11
2.ESTOQUES 13
3.ARMAZENAGEM 21
4. A RASTREABILIDADE DO PRODUTO 32
6. CONCLUSÃO 56
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 58
8. APÊNDICE 59
9. GLOSSÁRIO 60
9
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO
Assim, este trabalho tem sua importância pela ligação que procura estabelecer
entre a gestão de armazenagem e o sistema de rastreabilidade de materiais, visando
estudar os principais aspectos da gestão de armazenagem e os efeitos que o sistema de
rastreabilidade de materiais pode exercer sobre suas principais atividades.
2. ESTOQUES
Nível de
estoques
Ressuprimento
Ressuprimento
Lote de
Lote de
Ponto de
Ressuprimento
Tempo
Tempo Tempo
de de
Ressuprimento Ressuprimento
(Lead Time ) (Lead Time )
demanda em um curto espaço de tempo. Mesmo que se admita operações com níveis de
estoque mais elevados (consequentemente mais dispendiosas ) .
Nível de
estoques L = Lote de ressuprimentos
( variáveis )
Nível de
estoque base
L L1 L2
Tempo
Para abordagem deste modelo é importante conhecer também o que são ítens de
demanda independente . Itens de demanda independente , são aqueles que não
dependem da demanda de nenhum outro item, como por exemplo, um produto final que
depende normalmente da situação do seu mercado apenas.
Já os itens de demanda dependente são aqueles que dependem da demanda de
outro item, como por exemplo, a demanda de pneus de automóveis depende da venda de
automóveis.
Corrêa ( 2000, p. 73 ) afirma que:
prevista pois, sendo dependente de outra, pode ser calculada com base
na demanda desta.
Pai De
De ma De
ma ma
Ponto nd nd nd
a a a
de
Reposição
Lead
Time 1
Filho
Ponto Lead
de Time 2
Reposição
Neto
Ponto Lead
de Time 3
Reposição
Utilizada como ferramenta de apoio, a técnica pode ser usada da várias formas,
porém será apresentada a mais usual :
- Define-se que o estoque seja dividido em três grupos distintos, sendo no grupo A, os
Itens nos quais concentre cerca de 70% à 80 % do valor do estoque, no grupo B, os
Itens que absorvam entre 15 à 30 % do valor do estoque e cerca de 5 à 15 %
restantes ficam a cargo do grupo C.
Teríamos então, como no exemplo da tabela 01.
20
100
90
80
70
Acumulado de valor de
60
50
uso (%)
40
RegiãoB
30
20 Região A Região C
10
3. A ARMAZENAGEM
Do Egito antigo a Bíblia nos conta (Gênese, cap. 41) que José, foi aos trinta
anos, um dos primeiros homens a operar um processo de estocagem e distribuição.
Interpretando os sonhos do faraó do Egito como sendo sete anos de abundância e
sete anos de fome, e obtendo sua aprovação, José elaborou um sofisticado sistema de
coleta e estocagem de um quinto de todo alimento produzido anualmente nos anos de
abundância, o que permitiu aquele país transpor os sete anos de fome seguinte.
Trazendo este exemplo para os dias atuais, podemos constatar que, a
armazenagem de materiais não agrega valor ao produto, pelo contrário até, eleva seu
custo.
Sendo porém, utilizada de forma adequada, a armazenagem, como no caso de
José pode se constituir em uma importante vantagem competitiva.
Moura ( 1997, p. 03 ) define armazenagem como sendo:
O fato é que, em qualquer opção adotada, algumas das atividades á seguir deverão
estar presentes:
- Kardex,
- Itens inventariados,
Em algumas empresas, a responsabilidade pela apuração dos custos de
estocagem também é da administração de estoques, e por envolver metodologia
específica na sua obtenção, não será objeto de detalhamento neste trabalho, porém é um
dado relevante que necessita ser registrado.
A administração de estoques também atua em sua própria rotina administrativa,
processando documentos, atualizando posições, dando suporte às decisões gerenciais
através das análises realizadas, e em alguns casos, onde o gerente faz parte desta
atividade, também realiza os controles individuais do setor ( índice de absenteísmo,
planejamento de férias de funcionários, controle de equipamentos de proteção
individual, etc.) .
Pelo índice de manuseio de dados, e o poder analítico necessário, esta atividade
sugere o uso de mão de obra especializada, com bom grau de experiência.
RECEBIMENTO DE
MATERIAIS
NÃO
SIM CONTROLE
INSP. APROV
RECEB. DA
QUALIDADE
NÃO SIM
DISTRIBUIÇÃO
FÍSICA
ESTOCAGEM MATERIAIS
SEPARAÇÃO DE
MATERIAIS
NÃO
CLIENTE EMBALAGEM
INTERNO
.
SIM
EXPEDIÇÃO
ENTREGA DOS
MATERIAIS
FIM
Ba
ixa
M
Al M
éd
ta ov
ia
M im
M
ov en
ov
im ta
çã
im
en o
ta
en
çã
ta
o
çã
o
Área de
Separação de
Pedidos
Para que o espaço do armazém seja bem utilizado e o material possa ser
localizado rapidamente, após a aprovação o material é movimentado para uma área de
estocagem com uma identificação denominado local físico.
O local físico é o endereço do material, e como tal, necessita atualização nos
controles inerentes, sempre que houver movimentação.
Moura ( 1997 , p. 204 ) menciona :
ALMOXARIFADO NÚMERO 04
PRATELEIRA 1 PRATELEIRA 3 PRATELEIRA 5
RUA “ 1”
RUA “ 2”
LOCAL 04-01-4-1A
PRATELEIRA 4
A1 A2 A3 A4
B1 B2 B3 B4
C1 C2 C3 C4
D1 D2 D3 D4
ENDEREÇO X ENDEREÇO Y
Material 34C
Material 34C Lote A12
Lote A12 Qde = 500
Qde = 500
COMPOSIÇÃO DO ESTOQUE
500 pç local X
MATERIAL 34 C Lote A12
500 pç local Y
De maneira geral, não só as análises citadas neste capítulo, mas toda a rotina de
processamento de informações na administração de estoques são controladas por
sistema informatizado .
Slack ( 1996, p. 404 ) destaca que :
4. A RASTREABILIDADE DO PRODUTO
EXTENSÃO
1 IDENTIFICA CONSULTA RASTREABILIDADE ANALISA DO 2
PROBLEMA PROBLEMA
EXECUTA GERA
DEFINE ACIONA NOVOS RASTREABILIDADE 3
2 MEIOS AÇÕES
AÇÕES DADOS
1
ESTUDO
DADOS ENGENHARIA
APERFEIÇOAR FIM
3 TÉCNICOS DE PRODUTOS
PRODUTO
PROBLEMA
também pode não ser viável manter um sistema com custo de operação baixo, mas que
não atenda aos propósitos de sua criação.
Há ainda a questão da dificuldade na identificação de materiais nos processos
produtivos.
Nos sistemas de produção por encomenda, o fabricante tem a possibilidade de
definir com exatidão quais os dados irão compor o sistema de rastreabilidade, porque
ao iniciar o processo de produção os materiais com os respectivos lotes de produção
estarão disponíveis para anotação no sistema de rastreabilidade bem como as
ocorrências relevantes durante a produção também poderão ser identificadas, como por
exemplo a fabricação de um motor para embarcação de grande porte .
Já nos sistemas de produção contínua, com inserção de materiais de várias
origens em intervalos regulares no processo, a exatidão dos dados dependerá de uma
nova designação relativa, como por exemplo, a ocorrência de algum evento importante
no processo produtivo, como embalagem ou teste final em um dado intervalo arbitrário
de tempo ( semana, mês, etc.). O lote será então algo como “ corrida do mês 07/01, ou o
“ lote da semana 55/02”.Situação apresentada na fabricação de alguns metais.
Nestes casos onde o ponto de corte para inserção de novos materiais, ou
alterações do processo não é claramente definida admite-se a possibilidade de
rastreabilidade incompleta, que deve ser compensada com a inclusão dos lotes mais
próximos na realização da pesquisa de rastreabilidade.
Quanto à quais materiais devemos rastrear, Juran (1997, p.303), sugere que em
produtos comerciais, a rastreabilidade pode limitar-se a qualidade orientada para a
segurança e os materiais decisivos na qualidade da montagem do produto .
Portanto, a elaboração do sistema de rastreabilidade pressupõe conhecimentos
técnicos dos materiais, como características físicas, interferência na montagem,
aplicabilidade do conjunto, etc.
Esses dados, normalmente são obtidos junto ao departamento de engenharia da
empresa.
Freqüentemente, os dados de rastreabilidade são associados às ordens de
fabricação, aproveitando a abrangência do sistema de planejamento, programação e
controle de produção, que pela sua própria atribuição técnica favorece tal atividade ao
utilizar os dados da estrutura de produtos.
Através das ordens de fabricação então é possível armazenar os dados
necessários obtidos em cada fase do processo até o produto final, estabelecendo uma
38
associação entre elas e os lotes dos materiais, de tal forma que, identificando o lote de
produção, seja possível obter o número da ordem de fabricação ou de outra forma,
obtendo o número da ordem de fabricação possa possível conhecer quais lotes estão
nela contido.
O sistemas informatizados de controle de produção conseguem armazenar uma
grande quantidade de dados, que em intervalos regulares são retirados do sistema e
adequadamente preservados para futuras consultas.
Pode-se notar que na Tabela 02 a coluna “saldos por material” não se relaciona
diretamente com os locais 01 , 02 , 03, 04 e 05 da coluna “ dados de estoque”, pois
representa o total de materiais no almoxarifado em termos gerais .
- A preservação dos dados quantitativos dos lotes no decorrer das movimentações dos
materiais é fundamental para manter organizado os sistemas de rastreabilidade e de
controle de estoques, fazendo com que cada movimentação de estoque, seja ela uma
entrada, saída ou transferência, possua um registro (via sistema informatizado ou
não) que mencione o sistema de identificação de lotes e paralelamente as respectivas
etiquetas de identificação do produto (ou a formas de identificação adotada) devem
ser atualizadas, proporcionando sempre uma informação imediata ao usuário.
Cabe aqui mencionar que a discrepância entre as quantidades físicas e aquelas
constantes no sistema de controle de estoque conduzem à prejuízos pelo não
atendimento de vendas que quase sempre só podem ser resolvidos com a realização de
inventários com maior freqüência.
- Inspeção ou auditoria final/expedição – Neste ponto além dos registros dos testes e
verificações efetuadas, é gerado um documento de validação da qualidade do
produto, que normalmente seguirá até o cliente.
Em algumas empresas, neste ponto de registro, todos os demais documentos são
acrescentados e conclui-se o sistema para a rastreabilidade do produto.
Oliveira ( 1997, p. 37-38) enfatiza os cuidados necessários com os lotes de
materiais, onde se atribuiu ao sistema de rastreabilidade a capacidade de em casos de
falhas no produto, minimizar os riscos e custos associados.
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Conclui-se então que a manutenção dos registros referente ao lote dos materiais,
gerados ao longo do processo de aquisição e fabricação dos produtos é fundamental
para o funcionamento do sistema de rastreabilidade, e para isso a gestão de
armazenagem de materiais deve retratar de forma exata a identidade dos lotes .
Como demonstra a figura 11, o manuseio de informações para o sistema de
rastreabilidade inicia-se quase sempre no setor de recebimento, passa pelo
almoxarifado e processo produtivo, retornando para o almoxarifado e posteriormente
para a expedição.
Início 02
Inspeção e
testes Registro Produção
quando neces. se lote
Inspeção Registro
auditoria de do
Almoxarifado
processo processo
02 Inspeção
Registros
auditoria teste
Final Finais
Almoxarifado
Expedição
Fim
- Assegurar que somente materiais que estejam de acordo com especificações sejam
utilizados no processo produtivo.
A codificação, e a correta identificação do material, é portanto, o início do
processo da identidade do material, que é definido conforme a política de materiais da
empresa.
No setor de recebimento, quando um material deve ser rastreado,
automaticamente lhe é designado um número de lote, uma identificação físic a (etiqueta,
ficha, etc. ) e uma localização provisória.
Neste ponto, cabe ressaltar a necessidade da preservação (por tempo
previamente estabelecido) dos documentos referentes aos materiais adquiridos
externamente, como forma de dar continuidade ao processo de rastreabilidade junto ao
fornecedor.
Quando ocorre a liberação para a estocagem, o material é transferido para o local
definitivo até que ocorra a necessidade de uma nova movimentação.
Teremos no armazém então uma quantidade de “lotes” de materiais, sendo
que em alguns casos um mesmo lote poderá estar distribuído em vários locais em
função de restrições físicas momentâneas ou não.
A distribuição física complementa a identidade do material, ou seja, um
determinado material, poderá possuir três lotes estocados em duas localizações distintas
e apesar de ser o mesmo material, cada lote poderá possuir características diferentes, em
função do material utilizado, processo de fabricação, equipamento usado, etc.
LOTE A
LOCAL ALFA
CÓDIGO DO LOTE B
MATERIAL
Em alguns casos até mesmo a localização física onde o material esteve estocado
poderá contribuir para a atribuição de características diferenciadas entre o mesmo tipo
de material. Embora não desejável, basta que submeta-o às condições de estocagem
diferentes daquelas especificadas e provavelmente este processo se iniciará .
No que tange à documentação dos movimentos de estoque, é obrigatório
mencionar em todas elas o número do lote e o local de origem e destino do material.
Sem eles o controle de estoque e o sistema de rastreabilidade entrará em colapso.
Oliveira (1995, p. 52) menciona que:
RECEBIMENTO A
1 DO PEDIDO DE
MOVIMENTAÇÃO Sequência de
Atividades
7 EMBALA OS
VERIFICA
MATERIAIS
2 EXISTÊNCIA DE
SALDO
8 IDENTIFICA A
NÃO
INFORMA O EMBALAGEM
OK ?
3 SOLICITANTE
SIM
9 ATUALIZA O
VERIFICA SALDO
SISTEMA
4 POR LOTES E
LOCAL
10 DISPONIBILIZA O
FAZ ITINERÁRIO MATERIAL
PARA
5
SEPARAÇÃO
MATERIAL
FIM
SEPARA E
6 CONFERE CADA
LOTE
Conforme segue :
Posição no estoque
Posição no sistema (físico )
Saldo por lote
2
Parafuso 13.006.1418 Parafuso 13.006.1418
Localização AX45 Localização AX45
que é capaz de minar a confiança que os usuários tem junto ao sistema de controle de
estoque .
O uso de sistemas informatizados, com a inclusão de leitores de código de barras
na operação minimiza a ocorrência deste tipo de problema, substituindo o transporte de
dados através da digitação para a leitura da etiqueta de código de barras. Não obstante, a
contínua atualização e treinamento dos funcionários ainda é fundamental.
Para lidar com milhares de ítens estocados fornecidos por um número expressivo
de fornecedores, as empresas devem atribuir um grau de controle adequado a cada item
conforme sua importância, e investir em um sistema de processamento de informação
que lide com os seus particulares conjuntos de circunstâncias de controle de estoque.
Atualmente os sistemas informatizados de controle de estoque estão integrados
à outros sistemas, que em seu conjunto são capazes de gerar informações simultâneas e
proporcionar a gestão da empresa. Estes sistemas são denominados E. R. P. (Enterprise
Resources Planning ), que em uma tradução direta poderia significar “ planejamento de
recursos da corporação” .
A integração de dados do sistema faz com que a responsabilidade da gestão de
estoque aumente significativamente, pois a ocorrência de uma falha implica
necessariamente em uma ação conjunta com pelo menos outro departamento.
CUSTOS PCP
PCM SUPRIMENTOS
CONTROLE DE FISCAL
QUALIDADE
nota fiscal ser despachada o departamento fiscal deve ser informado para providenciar o
estorno e a reemissão da referida nota.
Além disso os bancos de dados que se relacionam com a gestão de estoque são
vários, e o volume de dados neles contidos podem definir a velocidade de
funcionamento de todo sistema, sugerindo em alguns casos o processamento de dados
em horário diferenciado ou até mesmo a readequação do parque de hardware na
empresa.
Apesar do uso de sistema de rastreabilidade por lote gerar um grande volume de
informações, uma análise constante e detalhada dos dados de controle de estoque, em
especial os saldos de materiais por lotes, podem, com certeza evitar um grande
desperdício de recursos.
Local Quantidades
6. CONCLUSÃO
O presente trabalho teve como objetivo elaborar uma análise sobre o impacto
provocado pelo sistema de rastreabilidade de materiais nas atividades de armazenagem.
Foram pesquisados conceitos básicos que constituem o escopo das atividades de
armazenagem, as quais foram analisadas individualmente resultando nas conclusões que
se seguem.
A primeira delas, é de que as atividades de armazenagem, por si só são
complexas e envolvem montantes elevados de recursos (materiais estocados, mão-de -
obra, equipamentos, prédios e instalações, etc.), tornando-se então, algo que pode
significar a vantagem competitiva da empresa ou não.
Inserido neste contexto, o sistema de rastreabilidade, embora amplamente
recomendável pelas atuais técnicas de gestão, gera um incremento de tempo nas
operações de armazenagem, expandindo o prazo de processamento de pedidos e
elevando os cus tos pertinentes através de seus efeitos (zelos com a identidade do
material, tempo global de processamento das atividades de armazenagem, problemas
decorrentes do saldo de estoque por lotes, volume de dados no sistema informatizado, e
cuidados especiais com o inventário).
Concluí-se que o sistema de rastreabilidade é recomendável, porém gera um
custo adicional, é necessário então, interpretar detalhadamente quais são as
necessidades dos clientes, para dimensioná-las em equilíbrio com os custos e os
benefícios decorrentes desta implantação.
Dois fatores, neste sentido, são relevantes para o dimensionamento :
- O preço de venda do produto, e;
- As restrições técnicas ou administrativas do sistema de produção .
O preço de venda do produto porque deve estar dimensionado de forma a ser
competitivo no mercado e simultaneamente poder absorver os custos de dispor de um
sistema de rastreabilidade que atenda as necessidades dos clientes.
E as restrições técnicas ou administrativas porque devem ser levadas em
consideração quando impostas pelos processos de fabricação que de outra forma não
podem ser modificados, buscando alternativas viáveis sem no entanto perder a
qualidade das informações.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIAS , M.A .P. . Administração de Materiais – uma abordagem logística . 4 ed. São
Paulo : Atlas , 1993 .
8. APÊNDICE
9. GLOSSÁRIO
Análise do valor total dos estoques por almoxarifados : Totalização do valor dos
materiais existentes em cada almoxarifado , geralmente pelo custo médio de cada item.
Muitas variações podem ser obtidas com estes dados, e cada uma delas possibilitam um
tipo de análise.
61
Inspeção final : Última inspeção realizada em etapas sucessivas ou após a última etapa
de uma fabricação, montagem, retrabalho, modificação ou prestação de um serviço.
62
Leitor de código de barras ( Coletor ) : Leitora ótica de código barras utilizada para o
reconhecimento de materiais.
Material : Denominação genérica de tudo que faça ou possa vir a fazer parte de uma
fornecimento : matéria -prima, peça, componente, subconjunto, conjunto, sistema,
máquina, instrumento, equipamento, acessório, sobressalente ou qualquer outro item ou
produto a ser fornecido mediante um pedido ou contrato.
PEPS –Adaptação ao português da expressão “First in, Fisrt out” ( Primeiro que entra,
primeiro que sai ) : Sistema de controle de estoques em que o material que entra
primeiro deve ser utilizado antes dos que chegaram posteriormente .