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Direito Administrativo
Obra organizada pelo Instituto IOB – São Paulo: Editora IOB, 2014. ISBN 978-85-8079-041-2
Gabarito, 203
Capítulo 1
Princípios
2. Princípio da Impessoalidade
O segundo reflexo relacionado ao Princípio da Impessoalidade é a proibição da
autopromoção do agente público, previsto no art. 37, § 1º, da Constituição
Federal.
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Exercício
1. (MP/SC – 2013) Assinale certo ou errado:
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos poderá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social.
3. Princípio da Moralidade
A moralidade pública é a moralidade que se reveste de honestidade, probidade,
ética, decoro e boa-fé.
É preciso observar que se um servidor público for flagrado praticando ato
sexual dentro da repartição pública, não ferirá o Princípio da Moralidade Pública.
Outro ponto a ser estudado é a Súmula Vinculante nº 13, que trata do ne-
potismo. Acerca deste assunto, observa-se que a relação entre tio e sobrinho é
atingida, porém, a relação entre primos não é impedida por esta Súmula.
É necessário ressaltar que há outra importante posição do Supremo Tribunal
Federal, a de que referida Súmula não se aplica aos agentes políticos.
Os agentes políticos são todos os eleitos, os membros do Ministério Público,
os membros da Magistratura, os Secretários de Estado e os Ministros de Estado.
4. Princípio da Publicidade
A publicidade é uma regra do Estado e de tudo aquilo que está em contexto de
Estado. No entanto, observa-se que há três exceções constitucionais: segurança
do Estado; segurança da sociedade; e intimidade e privacidade das partes.
Direito Administrativo 17
Quanto aos efeitos, existem três que devem ser estudados. O primeiro é o
início de contagem de prazo após publicação de uma decisão; o segundo é o con-
trole do ato; já o terceiro é a exigibilidade da conduta.
Cumpre observar que a publicidade é condição de eficácia do ato adminis-
trativo.
Exercícios
2. (MP/GO 2010 – 074) Considerando que a prática de nepotismo caracteriza
violação aos princípios da administração pública, de acordo com o entendi-
mento do STF configura situação de nepotismo:
a) O Governador do Estado nomear seu irmão como Secretário de Estado
da Saúde, pois se trata de cargo de natureza política.
b) O Prefeito Municipal nomear seu primo para cargo em comissão de
assessor de imprensa.
c) O Presidente da Câmara Municipal nomear seu concunhado para cargo
em comissão de chefe de departamento.
d) O Prefeito Municipal nomear sua mulher para cargo em comissão de
direção.
3. (Cespe – AGU) Julgue certo ou errado:
Considere que Platão, governador de estado da Federação, tenha nomeado
seu irmão, Aristóteles, que possui formação superior na área de engenharia,
para o cargo de secretário de estado de obras. Pressupondo-se que Aristó-
teles atenda a todos os requisitos legais para a referida nomeação, conclui-
-se que esta não vai de encontro ao posicionamento adotado em recente
julgado do STF.
Exercício
4. (FCC – MPE/SE 2010 – Analista) Sobre o princípio da publicidade, é correto
afirmar:
a) A veiculação de notícias de atos da Administração pela imprensa falada,
escrita e televisada atende ao princípio da publicidade.
b) Se a lei não exigir a publicação em órgão oficial, a publicidade terá sido
alcançada com a simples afixação do ato em quadro de editais, coloca-
do em local de fácil acesso do órgão expedidor.
c) As edições eletrônicas do Diário Oficial da União são meramente infor-
mativas, não produzindo, em nenhuma hipótese, os mesmos efeitos
que as edições impressas.
d) A publicação de atos, contratos e outros instrumentos jurídicos, inclusi-
ve os normativos, pode ser resumida.
e) A publicidade é elemento formativo do administrativo.
Exercícios
5. (FGV – Senado Federal) Julgue a seguinte alternativa:
O princípio da supremacia do interesse público prevalece, como regra, so-
bre direitos individuais, e isso porque leva em consideração os interesses da
coletividade.
6. (UFPR – TJ/PR – Magistratura – 2012) Em relação ao regime jurídico adminis-
trativo, assinale a alternativa correta:
a) O princípio constitucional da supremacia do interesse público é um dos
princípios gerais da Administração Pública expressos no caput do art.
37 da Constituição Federal.
b) O princípio da supremacia do interesse público não admite ponderação
com outros princípios constitucionais dado o seu caráter absoluto.
c) A supremacia do interesse público é princípio oposto ao da indisponibi-
lidade dos interesses públicos pela Administração.
d) O princípio constitucional da supremacia do interesse público é prin-
cípio estruturante do regime jurídico administrativo brasileiro, tendo
correspondência à ideia de existirem prerrogativas especiais aos atos
administrativos (o que é típico do sistema da Civil Law).
Exercícios
7. (Cespe – TRT 9ª Região) Julgue a questão abaixo:
Com base no princípio da segurança jurídica, uma nova interpretação dada
pela administração acerca de determinado tema não pode ter eficácia re-
troativa.
8. (Cespe – TRT 9ª Região) Julgue a questão abaixo:
A interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o
atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de
nova interpretação é manifestação, clássica da segurança jurídica.
Capítulo 2
Atos Administrativos
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.”
Antes das características ou atributos, é imprescindível que os atos administra-
tivos estejam formados e, para tal, existe uma dica: FiFoCOM (finalidade, forma,
competência, objeto e motivo).
O primeiro elemento do ato administrativo é a finalidade, que deve ser sempre
pública. Cumpre esclarecer que o ato administrativo praticado com finalidade
privada é ato nulo. Ainda, a finalidade mediata do ato administrativo é sempre o
interesse da coletividade e o fim imediato deve ser observado a cada ato.
Quanto à forma, este é o meio pelo qual o ato administrativo se exterioriza. Se
um ato administrativo não foi produzido por uma forma mais adequada, porém,
o resultado almejado foi atingido, o ato é mantido.
A competência é um poder e está exteriorizada na lei. A primeira caracterís-
tica da competência é a de que esta é pública, já que decorre da lei. A segunda
característica é a imprescritibilidade. A terceira é a de que a competência é im-
prorrogável.
5. Motivo – Atributos/Características –
Presunção de Legitimidade
6. Atributos/Características – Tipicidade
– Coercibilidade – Exigibilidade –
Executoriedade
Os atos administrativos vinculados não podem ser revogados, porque não há,
neles, análise de conveniência e oportunidade.
Ainda, sobre a revogação, importante saber que não há prazo para revogar ato
administrativo, tendo em vista que o ato pode se tornar inconveniente a qualquer
tempo. Mas, em se tratando de anulação, se o ato trouxer benefício ao particular,
o prazo será de cinco anos, sob pena de decadência, salvo comprovada má-fé.
Classificação dos atos administrativos:
a) ato vinculado: todos os elementos do ato estão fixos na lei;
b) ato discricionário: apresenta certa margem de liberdade, no que tange à
oportunidade e conveniência. O Administrador deve analisar a melhor decisão
Direito Administrativo 27
Exercícios
9. (Cespe – TC/DF – Procurador – 2013) Constitui exteriorização do princípio
da autotutela a súmula do STF que enuncia que: “A administração pode
anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de con-
veniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.”
10. (FCC – TRT/PE – Juiz do Trabalho – 2013) A União pretende implementar um
grande programa de recuperação de rodovias e firmou convênio com diversos
Estados, para repasse de recursos destinados a execução das obras necessá-
rias. A opção da Administração federal foi contestada por diversos setores da
opinião pública, que consideram que tal investimento não seria prioritário e
sustentam que os recursos orçamentários correspondentes deveriam ser redi-
recionados para programas de melhoria da mobilidade nos grandes centros
e regiões metropolitanas. Com base em tais argumentos, entidade represen-
tante da sociedade civil submeteu a matéria a controle do Poder Judiciário
buscando a anulação dos atos administrativos de celebração dos convênios.
11. O Poder Judiciário:
a) Poderá anular os atos administrativos se identificar vício de legalidade,
inclusive em relação aos motivos e à finalidade.
b) Poderá anular os atos administrativos, se discordar dos critérios de con-
veniência e oportunidade da Administração.
c) Poderá revogar os atos administrativos se identificar desvio de finalida-
de, consistente na afronta ao interesse público.
d) Poderá alterar os atos administrativos, redirecionando os recursos orça-
mentários, com base na teoria dos motivos determinantes.
e) Não poderá anular os atos administrativos e, na hipótese de identificar
desvio de finalidade, deverá assinalar prazo para a Administração editar
novo ato.
28 Direito Administrativo
– circular: é também ato voltado a normas e atos internos, mas atingirão to-
dos os que estiverem na mesma situação. As circulares são ordens escritas
e uniformes expedidas para determinados funcionários ou agentes;
– ordem de serviço: é um ato que ordena o serviço;
– ofício: é uma comunicação entre autoridades ou entre a autoridade e o
particular.
Falaremos agora sobre a convalidação do ato administrativo. Importante, ini-
cialmente, lembrar que nem todos os atos são passíveis de convalidação. Vere-
mos, na próxima unidade, quais são os vícios sanáveis e os insanáveis.
Poderá se manifestar enquanto decreto executivo (art. 84, IV, da CF) ou de-
creto autônomo (art. 84, VI, da CF). O decreto executivo é utilizado para aclarar
o texto de lei e não inovar esta. Sua função é para permitir que a lei seja exata
e fielmente cumprida. Já o decreto autônomo é tido pela doutrina como par-
cialmente inconstitucional, pois dispõe que o Chefe do Poder Executivo poderá
organizar o funcionamento da administração federal quando não implicar em
aumento de despesa nem criação de órgãos públicos – quanto a outros assuntos,
possuirá autonomia.
Exercício
12. (FCC – TCE-RO – Procurador) O poder normativo compreende:
a) Edição de decretos autônomos para criação e extinção de órgãos públi-
cos, na medida em que são tradução de seu poder de auto-organização.
b) Edição de atos normativos de competência exclusiva do Chefe do Execu-
tivo, tais como, decretos, resoluções, portarias, deliberações e instruções.
c) Promulgação de atos normativos originários e derivados, sendo os pri-
meiros os regulamentos executivos e os segundos, os regulamentos au-
tônomos.
d) Promulgação de atos legislativos de efeitos concretos, desde que refiram
o objeto passível de ser disposto por meio de decreto regulamentar.
e) Edição de decretos autônomos, restringindo estes às hipóteses decor-
rentes do exercício de competência própria, outorgado diretamente
pela Constituição.
O poder de polícia nem sempre será discricionário; para tanto, possui uma exce-
ção: a vinculação.
O poder de polícia passa a ser vinculado nas hipóteses de licença administra-
tiva, deixando de ser discricionário.
Não poderá ser delegado ao particular, exercido por este. Esta é a posição
categórica predominante tanto da doutrina quanto da jurisprudência. Trata-se de
uma restrição voltada ao interesse da coletividade. Porém, existem os chamados
atos materiais (que antecedem o exercício do Poder de Polícia e não se confun-
dem com este), podendo ser realizados pelo particular. Os referidos atos materiais
são considerados atos preparatórios ao poder de polícia.
Os exercícios de fiscalização e os exercícios sancionatórios jamais poderão ser
executados pelo particular e tão logo não poderão também pela sociedade de
economia mista.
Exercício
13. (Cespe – AGU – 2010) Julgue a questão:
Atos administrativos decorrentes do poder de polícia gozam, em regra, do
atributo da autoexecutoriedade, haja vista a administração não depender
da intervenção do Poder Judiciário para torná-los efetivos. Entretanto, al-
guns desses atos importam exceção à regra, como, por exemplo, no caso de
se impor ao administrado que este construa uma calçada. A exceção ocorre
porque tal atributo se desdobra em dois, exigibilidade e executoriedade, e,
nesse caso, falta a executoriedade.
7. Abuso de Poder
Exercícios
14. (Vunesp – Magistratura – SP – 2013) Assinale CERTO ou ERRADO:
No exercício do poder de polícia administrativa, o Município, seguindo
orientação Sumulada do STF:
a) Ao proibir a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo
em determinada área, edita lei válida.
b) Ao proibir a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo
em determinada área, edita lei inválida.
15. (Cespe – Procuradoria – DF – 2013) Acerca dos poderes administrativos,
julgue o item que se segue:
O DF não pode delegar o poder de polícia administrativa a pessoas jurídicas
de direito privado, a exemplo das sociedades de economia mista, mesmo
que embasado no princípio da eficiência e limitado à competência para a
aplicação de multas.
Capítulo 4
Serviço Público
1. Introdução
O serviço público pode ser conceituado em três etapas, a iniciar pelo substrato
material: o serviço público é algo que vem para melhorar a vida do indivíduo e
da coletividade.
Em seguida, pelo elemento formal, o serviço público será prestado diante de
um regime jurídico de Direito Público, com poderes, prerrogativas ao Estado –
aquilo que o particular não possui.
O elemento subjetivo compete ao sujeito: os serviços públicos, como regra,
devem ser prestados pelo Estado, de forma direta ou indireta. Quando o Esta-
do faz a prestação dos serviços de forma indireta, quem atua diretamente é o
particular.
De acordo com o art. 175 da Constituição Federal, da ocorrência da conces-
são ou permissão de serviço público, é dever licitar.
Serviço público é diferente de obra pública porque a obra pública possui co-
meço, meio e fim, bem como uma sucessão de atos cronologicamente adequa-
dos para em um dado momento ter sua conclusão. Já o serviço público não pode
ser paralisado, é contínuo. Obra pública é estática, serviço público não, possui
dinamismo.
Também há que se diferenciar serviço público e poder de polícia. O poder de
polícia se manifesta plenamente de maneira extremamente restritiva. Já o serviço
público é considerado ampliativo.
Quanto à diferenciação entre serviço público e exploração de atividade eco-
nômica, o art. 173 da CF preceitua que a exploração de atividade econômica
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Direito Administrativo 39
2. Espécies
O serviço público é diferente de atividade intelectual, pois o primeiro é concreto,
material.
As espécies de serviços públicos podem ser elencadas como: serviço público
individual (uti singuli, Súmula nº 545 do STF), serviço público geral (uti univer-
si, Súmula nº 670 do STF), serviço público exclusivo indelegável, serviço público
exclusivo delegável, serviço público exclusivo de delegação obrigatória e serviço
público não exclusivo.
O serviço público individual é prestado à coletividade, com a peculiaridade de
ser possível visualizar e determinar quanto cada usuário consumiu. São cobrados/
remunerados mediante taxa ou tarifa.
Já o serviço público geral não permite delimitar ou prever o quanto cada usuá-
rio consumiu. Não é possível dimensionar nem aferir o consumo. Por essa razão,
a cobrança/remuneração será diferente: será mediante impostos.
O serviço público exclusivo é aquele em que a titularidade é do Estado, entre-
tanto, em alguns casos, só o Estado fará a prestação e, em outros casos, o Estado,
se quiser, realizará a delegação e, em outros casos, ele terá que delegar de forma
obrigatória. Quando o serviço público passa a ser não exclusivo, o Estado não será
mais considerado o titular.
3. Espécies e Princípios
O serviço público exclusivo indelegável é o serviço público em que a titularidade
é do Estado – não há a menor possibilidade do particular realizar a prestação de
serviço. Se for delegável, caberá ao Estado, na análise do caso em concreto, se
delega ou não ao particular.
Já o serviço público exclusivo de delegação obrigatória, possui natureza co-
gente e impositiva, com a titularidade do Estado. Rádio e televisão são exemplos
clássicos desta prestação de serviços.
O serviço público não exclusivo não terá a titularidade do Estado, e é consi-
derado como utilidade pública. Não há possibilidade de delegação: o Estado irá
fiscalizar a prestação de serviços.
Os princípios específicos que regem o serviço público podem ser identificados
na seguinte relação de acordo com o art. 6º da Lei nº 8.987/1995: Princípio da
Universalidade/Generalidade, Princípio da Isonomia/Igualdade, Princípio da Mo-
dicidade das Tarifas, Princípio da Cortesia, Princípio da Eficiência, Princípio da
Adequação e Princípio da Atualidade/Adaptabilidade.
40 Direito Administrativo
Exercício
16. (Cespe – Bacen – Procurador – 2013) Assinale CERTO ou ERRADO à luz da
jurisprudência do STJ (questão adaptada):
Os serviços públicos impróprios ou uti sinlguli prestados por órgãos da ad-
ministração indireta ou por concessionárias são custeados pelas receitas
provenientes de impostos.
O Princípio da Modicidade das Tarifas está relacionado ao preço módico, que não
indica gratuidade, mas, sim, o valor mais barato possível.
Já o Princípio da Cortesia implica na ideia de que o serviço público deve ser
prestado sempre de forma educada, cortês e polida.
O Princípio da Eficiência condiz com o máximo de resultado, com o menor
custo possível.
O Princípio da Adequação indica que o serviço público seja um serviço ade-
quado, cumprindo e respeitando o que está na lei e no contrato.
O Princípio da Atualidade/Adaptabilidade implica em um serviço público mu-
tável, com progresso em sua prestação.
O Princípio da Continuidade é a regra da prestação dos serviços públicos. A
exceção refere-se à paralisação do serviço público.
Concessão:
– caráter mais estável;
– licitação somente por concorrência;
– pessoa jurídica ou consórcios de pessoa jurídica;
– exige autorização em lei.
Permissão:
– caráter mais precário;
– licitação por qualquer modalidade;
– pessoa jurídica ou pessoa física;
– não exige autorização em lei.
Concorrência independe do valor.
Na permissão, é necessário fazer a licitação.
Para se realizar concessão, tem que ser com pessoa jurídica.
A permissão pode ser feita com pessoa jurídica determinada, mas não com
concessionária de pessoa jurídica. Ainda, pode ser feita com pessoa física.
A concessão não pode ser feita com pessoa física. Conforme art. 40, a permis-
são é contrato de adesão e é precária.
Apesar de não existir o dever de indenizar, o STJ em um julgamento de per-
missão da Caixa Econômica para instalar uma lotérica, ao analisar determinado
ponto, esse estava ruim e a pessoa fez a reforma, gastou bastante, a Caixa Eco-
nômica instalou sua lotérica. Em menos de um ano, a Caixa Econômica cortou o
funcionamento. A Caixa Econômica defendeu a tese da precariedade, mas o STJ
disse que nesse caso não caberia, pois houve investimento maciço do particular
que não deu causa para o rompimento.
Autorização de serviço público: muitos dizem que esse instituto não existe,
pois não está na lei.
Parte da doutrina diz que existe sim, com as seguintes características:
– está ligada a serviço não essencial;
– pode, a qualquer momento, ser revogada;
– além de precária, é instável, não há segurança jurídica;
– a remuneração é indireta.
Direito Administrativo 45
Exercício
17. (FCC – TRT 6ª Região (PE) – Juiz do Trabalho – 2013) A caracterização de
determinada atividade como serviço público:
a) Não importa a vedação de prestação da referida atividade por particu-
lar, mediante autorização e controle do poder público, quando se tratar
de serviço não exclusivo.
b) Determina a sua prestação direta pelo Estado, salvo no caso de serviços
não essenciais.
c) Afasta a possibilidade de greve pelos servidores ou empregados da en-
tidade prestadora.
d) Independe de definição em lei e admite a prestação direta pelo poder
público e indireta por particulares, exclusivamente sob o regime de
permissão.
e) Faculta a transferência de titularidade do serviço a particular, mediante
concessão, quando passível de exploração por cobrança de tarifa do
usuário.
Exercício
18. (UFPR – TJPR – Juiz – 2013) Considerando o disposto na Lei nº 8.987/95,
assinale a alternativa incorreta:
a) Segundo a referida lei, “a transferência de concessão ou do controle
societário da concessionária sem prévia anuência do poder concedente
implicará a caducidade da concessão”.
b) Segundo a referida lei, “o poder concedente publicará, previamente ao
edital de licitação, ato justificando a conveniência da outorga de con-
cessão ou permissão, caracterizado seu objeto, área e prazo”.
c) Afasta a possibilidade de greve pelos servidores ou empregados da en-
tidade prestadora.
d) Independe de definição em lei e admite a prestação direta pelo poder pú-
blico e indireta por particulares, exclusivamente sob o regime de permissão.
e) Faculta a transferência de titularidade do serviço a particular, mediante
concessão, quando passível de exploração por cobrança de tarifa do
usuário.
2º Momento:
Teoria da Responsabilidade Subjetiva (1874 até 1946):
Nessa teoria, o Estado tem o dever de indenizar o particular, mas exige que a
vítima demonstre o dolo ou a culpa do agente.
O elemento é subjetivo, a intenção, a vontade, ou no caso da culpa, a inob-
servância do dever de cautela.
3º Momento:
Teoria da Responsabilidade Objetiva (1947 até os dias atuais):
Nessa teoria, que vige até hoje, a responsabilidade objetiva não se preocupa
com elementos de vontade, basta que o Estado, por intermédio do seu agente
público, cause um dano ao particular.
Esse dano pode ser originado por uma conduta praticada pelo agente, sendo
que entre a conduta e o dano há o nexo causal.
Na teoria subjetiva, a vítima sempre tinha que demonstrar o dolo ou a culpa
do agente.
Na teoria objetiva, pouco importa se o Estado quis ou não quis causar o dano,
ele tem obrigação de indenizar.
Na teoria subjetiva, era muito difícil provar a culpa ou dolo do agente.
Na teoria objetiva, facilitou muito para o particular, já que esse não precisa
provar o dolo ou a culpa do agente, bastando apenas demonstrar o nexo causal
e o dano.
Evolução Histórica no Brasil
1º) Até 1891: nenhuma menção sobre o fato de responsabilizar o Estado
existia.
No império, não se falava em responsabilidade, não havia nenhum dispositivo
que apontasse sobre isso.
2. Responsabilidade Objetiva
x Responsabilidade Subjetiva
Exercício
19. (Cespe – DPE/TO – Defensor Público – 2013) Em relação à responsabilidade
civil do Estado pelo exercício da função administrativa e a improbidade ad-
ministrativa, assinale a opção correta:
a) O Estado, no exercício da função administrativa, responde objetivamen-
te por danos morais causados a terceiros por seus agentes.
b) A responsabilidade do Estado pelo exercício da função administrativa é
subjetiva, de acordo com a teoria do risco administrativo.
c) As sociedades de economia mista que se dedicam à exploração de ativi-
dade econômica são responsáveis objetivamente pelos danos que seus
agentes causem a terceiro.
d) O servidor público que utiliza, em proveito próprio, carro de proprieda-
de da União pratica infração disciplinar, mas não ato de improbidade
administrativa.
e) Não há previsão da penalidade de suspensão dos direitos políticos para o
responsável por ato de improbidade administrativa que atente contra
os princípios da administração pública.
Responsabilidade Objetiva:
Modalidades:
– risco administrativo: têm excludentes:
1ª) culpa exclusiva da vítima;
2ª) força maior;
3ª) culpa de terceiro.
O risco administrativo é aquele que tem excludente, ou seja, todo comporta-
mento humano ou situação de fato que, quando presente, afasta o dever de o
Estado indenizar.
Culpa exclusiva da vítima: acontece sempre que o dano é de inteira respon-
sabilidade da vítima.
Força maior: é diferente de caso fortuito que não é excludente.
Os eventos originados da natureza: são imprevisíveis e que sejam inevitáveis.
Culpa de terceiro: o terceiro é pessoa estranha para a vítima e para o Estado.
Direito Administrativo 53
Exercício
20. Um menino de 5 anos, tira a trava do portão de casa, atravessa a rua e
percebe que vem um caminhão grande de coleta de lixo. O menino olha
o caminhão e, de repente, o caminhão deixa descer um pouco e acelera o
caminhão. Atrás do menino havia um carro e, no momento que o caminhão
passa, prensa o menino entre ele e o carro. O Estado tem responsabilidade?
5. Risco Integral
Responsabilidade Objetiva:
– Risco Administrativo: há excludentes:
1ª) culpa exclusiva da vítima;
2ª) força maior;
3ª) culpa de terceiro.
– Risco Integral
Não há excludentes.
a) dano nuclear (art. 21, XXIII, “d”, da CF);
b) dano ambiental (NCF).
O dano ambiental, conforme Novo Código Florestal, também gera responsa-
bilidade objetiva do Estado, e mais que isso, risco integral.
A existência de dano ambiental impõe ao atual possuidor ou proprietário a
responsabilidade pelo dano.
54 Direito Administrativo
Exercício
21. (Cespe – TC – DF – Procurador – 2013) O Estado só responderá pela indeni-
zação ao indivíduo prejudicado por ato legislativo quando este for declara-
do inconstitucional pelo STF.
Exercício
22. (Vunesp – MPE-ES – 2013 – Promotor de Justiça) Considerando a respon-
sabilidade objetiva do Estado prevista no art. 37, § 6º, da CF. Considere a
alternativa correta:
a) É aplicável aos casos de danos causados pela ação ou omissão do Esta-
do em responsabilidade extracontratual.
b) Atinge aos atos praticados pelo agente público dentro e fora dos exer-
cícios das funções.
c) É atenuada pela ocorrência de caso fortuito, forca maior ou se caracte-
rizada culpa exclusiva da vítima.
d) As pessoas jurídicas de direito público responderão pelos danos que
seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurando o di-
reito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
e) Não se aplica às pessoas jurídicas de direito privado prestadores de ser-
viços públicos, como fundações governamentais de direito privado.
Exercício
23. (Vunesp – MP-ES – 2013 – Promotor de Justiça) A ação de Improbidade
Administrativa: tem natureza penal, haja vista que a Lei nº 8.429/92 traz
condutas típicas em seu artigo. Verdadeiro ou falso?
Deve ingressar com a ação a pessoa jurídica lesada ou o Ministério Público, o qual
tem participação obrigatória, pois ou atua como autor da ação ou como fiscal da lei.
Um único ato de improbidade poderá refletir diversas sanções: sanção civil,
sanção penal e sanção administrativa. Quanto mais grave for a conduta, mais
rígida deverá ser a sanção. Há uma quarta possibilidade sancionatória: a sanção
política disposta no art. 37, § 4º, da CF, chamada suspensão dos direitos políticos
ou perda da função pública.
Ambas não possuem aplicação imediata, pois enquanto não existir o trânsito
em julgado, não haverá possibilidade da incidência dessas sanções.
Exercício
24. (Vunesp – 2013 – MPE-ES – Promotor de Justiça) Assinale a alternativa correta:
a) A Lei nº 8.429/92 cuida de reparar atos de improbidade praticados con-
tra a Administração Pública por via específica que não se confunde com
Direito Administrativo 61
a ação penal comum, nem com a ação que apura os crimes de respon-
sabilidade das autoridades mencionadas na CF.
b) Em relação ao Presidente, está sujeito à perda da função pública e dos
direitos políticos em decorrência de improbidade, pela via da ação civil
pública da Lei nº 8.429/92, pois a improbidade administrativa, em toda
sua extensão típica, é crime de responsabilidade do Chefe da Nação.
c) Senadores, Deputados Federais e Estaduais estão sujeitos a normas
constitucionais que disciplinam expressamente a forma de perda das
funções, assim, não podem ter cassados seus direitos políticos pela via
da Lei nº 8.429/92. Da mesma forma, Juízes e Promotores de Justiça
estão imunes às sanções da referida Lei.
d) A Lei nº 8.429/92 veda, em caráter absoluto, a presença de algumas
autoridades púbicas no polo passivo de ação civil de improbidade ou
prevê foro de prerrogativa de função, não restringindo, no entanto, as
sanções cabíveis.
e) A Lei nº 8.429/92 pode ensejar prerrogativa de foro, pois ostenta cará-
ter criminal. A perda da função pública para Prefeitos Municipais sub-
mete-se ao tipo penal que tem como objetividade jurídica a tutela da
Administração e do patrimônio público, no especial aspecto da garantia
da probidade administrativa.
Exercício
25. (Cespe – 2013 – AGU) Se um agente público conceder benefício administra-
tivo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie, ficará caracterizado ato de improbidade administrativa,
mesmo que o agente não tenha atuado de forma dolosa, ou seja, sem a
intenção deliberada de praticar ato lesivo à administração pública. Correto
ou errado?
Exercícios
26. (Cespe – 2013 – PG/DF – Procurador) Presidente de autarquia que deixar
de prestar as contas anuais devidas responderá, desde que comprovada a
sua má-fé e a existência de dano ao erário, pelo cometimento de ato de
improbidade atentatório aos princípios da administração pública. Certo ou
errado?
27. (Cespe – 2013 – Bacen) Considere que o MP postule, em ação referente à
improbidade administrativa, a decretação da indisponibilidade de bens do
indiciado, em razão da prática de ato lesivo ao patrimônio público. Nessa
Direito Administrativo 63
O art. 23 da Lei nº 8.429/1992 dispõe sobre a prescrição, onde quem for detentor
de mandato eletivo, cargos em comissão e função de confiança, quando romper
o vínculo com a administração pública, iniciar-se-á a contagem dos cinco anos e
por todo esse período poderá ingressar com ação de improbidade administrativa.
Se houve reeleição do agente político, o STJ defende o entendimento de que
não gerou rompimento do vínculo, então, não começa a contar o prazo prescri-
cional de cinco anos para ajuizamento da ação.
No caso de cargo efetivo ou emprego público ao praticar o ato de improbida-
de tem que verificar qual o prazo prescricional da demissão: se for o prazo da Lei
nº 8.112/1990, será de 5 anos, mas, caso outras leis tragam prazos prescricionais
de demissão distintos, deverá aplicar tais prazos.
Se junto com a ação de improbidade responder a uma ação penal também,
não será mais o prazo prescricional da demissão, mas o prazo do direito penal
referente ao crime, seja prescrição maior ou menor.
Capítulo 7
Agentes Políticos
2. Estatutários – Temporários
Exercícios
28. (Cespe – DPE-ES – Defensor Público) Após três anos de efetivo exercício, é
assegurada a estabilidade dos defensores públicos do estado, que somente
perderão o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado,
mediante processo administrativo disciplinar em que lhe seja assegurada
ampla defesa, por ato do defensor público geral do estado, ou em virtude
de reprovação no procedimento de avaliação periódica de desempenho,
na forma de lei complementar, facultados, igualmente a ampla defesa e o
contraditório.
29. (Funcab – 2012 – PC-RJ – Delegado de Polícia) No que diz respeito à aquisi-
ção da estabilidade do servidor público, assinale a alternativa correta:
a) É exigido o requisito temporal de dois anos de efetivo exercício.
b) Pode ser estendida aos titulares de cargos em comissão de livre nomea-
ção e exoneração.
c) Guarda correlação com o cargo e não com o serviço público.
Direito Administrativo 67
Exercícios
30. (FCC – 2012 – PGE-SP – Procurador) A greve no setor público é direito:
a) Exercitável em todos os serviços públicos, civis ou militares, observados
os limites da Lei de greve aplicável aos trabalhadores do setor provado,
até que seja suprida a omissão legislativa.
b) Assegurado ao militar dos Estados, embora seja vedado aos membros
do Exército.
c) Também exercitável pelos servidores públicos em estágio probatório.
d) Assegurado pelo STF, que garantiu o exercício do direito de greve do
servidor público, observada a legislação aplicável aos trabalhadores do
setor privado, restringindo o exercício do direito, no entanto, aos con-
tratados pelo regime da CLT.
e) Garantido pelo legislador constitucional de forma não limitada, ressal-
vados apenas os serviços essenciais.
31. (FCC – 2012 – TRT – 1ª Região (RJ) – Juiz do Trabalho) De acordo com a
Constituição Federal e com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o
direito de greve dos servidores públicos:
a) É assegurado apenas aos servidores sujeitos ao regime da Consolidação
das Leis do Trabalho e é exercido nos mesmos termos e limites estabe-
lecidos para os trabalhadores da iniciativa privada.
b) Somente será assegurado quando da edição de lei específica, face a
ausência de autoaplicabilidade da previsão constitucional.
Direito Administrativo 69
4. Provimento
Conforme já estudado, se o sujeito, uma vez nomeado, dentro do prazo legal, não
tomar posse, a consequência será o fato de que a nomeação ficará sem efeito.
Outro aspecto a ser estudado é que o sujeito tem a investidura quando toma
posse.
Ainda, se, uma vez que tomou posse e, dentro do prazo legal, não entrou em
exercício, a consequência será a exoneração.
O provimento é a ocupação, ou seja, o cargo estava vago e foi provido.
Por fim, cumpre esclarecer que a transferência e a ascensão foram declaradas
inconstitucionais pelo STF.
Exercícios
32. (TRF – 4ª Região – Juiz Federal – 2010) Dadas as assertivas abaixo, assinale
a alternativa correta:
Segundo o entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça:
I. O candidato aprovado dentro do número de vagas previsto no edital de
concurso público possui direito subjetivo à nomeação para o cargo a que
concorreu e foi classificado.
II. A aprovação em concurso público não assegura a nomeação, mas sim
mera expectativa de direito, pois o provimento de cargo fica adstrito ao
juízo de conveniência e oportunidade da Administração Pública.
III. A contratação temporária de terceiros no prazo de validade de concurso
público só é admissível se já ocorreu o preenchimento de todas as vagas
existentes de cargos de provimento efetivo.
IV. Não é possível o controle judicial de questões formuladas em concurso
público quanto à sua adequação ou não ao programa do certame.
a) Está correta apenas a assertiva II.
b) Está correta apenas a assertiva III.
c) Estão corretas apenas as assertivas I e III.
d) Estão corretas apenas as assertivas II e IV.
e) Nenhuma assertiva está correta.
Direito Administrativo 73
Exercícios
34. (Cespe – 2013 – DPE-DF – Defensor Público) No que se refere aos agentes
públicos, julgue o item subsequente:
Recondução é a forma de provimento de cargo público em que um servidor
público estável retorna ao cargo anteriormente ocupado, por reprovação
em estágio probatório, desistência de estágio probatório ou por reintegra-
ção do anterior ocupante do cargo, de acordo com a Lei Complementar
Distrital nº 840/2011.
35. (FCC – 2012 – TRT – 4ª Região (RS) – Juiz do Trabalho) Constitui forma de
provimento de cargo público, de acordo com a legislação que rege a matéria:
a) Reversão, consistente no provimento de cargo decorrente de transfor-
mação do originalmente ocupado pelo servidor, condicionada a aprova-
ção em processo seletivo específico.
Direito Administrativo 75
9. Hipóteses de Remoção
Conforme estudado anteriormente, havendo a acumulação ilícita de cargos, ha-
verá três fases a ser observadas. A primeira permite a escolha por parte do servi-
dor. Caso este não proceda a escolha, haverá o PAD sumário.
76 Direito Administrativo
Exercício
36. (FCC – 2014 – TRT – 18ª Região (GO) – Juiz do Trabalho) No tocante à
disciplina da remoção dos servidores públicos, nos termos da Lei Federal nº
8.112/1990, é INCORRETO afirmar:
a) Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âm-
bito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
Direito Administrativo 77
prazo ele não consiga quitar a dívida, terá seu nome inscrito em dívida ativa,
ou seja, correrá contra ele, execução fiscal.
Aquilo que incorpora ou integra tem diferença no tempo, portanto, a indeni-
zação pode ser recebida hoje e depois nunca mais será recebida. Por conseguinte,
a indenização integra a remuneração enquanto que a gratificação e o adicional
incorporam a remuneração.
A indenização é a única verba possível para romper o teto remuneratório do
Ministro do STF, se vier a título de indenização (art. 37, § 11, XI, da CF). A inde-
nização não traz acréscimo de patrimônio, pois somente recompõe o patrimônio
do servidor.
18. Licença
podendo gozar de 20 dias a cada semestre não podendo acumular suas férias
em razão da preservação de sua saúde.
Licença ocorre quando o servidor se afasta da Administração Pública, receben-
do remuneração ou não, por tempo determinado ou não e depois retorna, como
em caso de doença.
Licenças podem ser concedidas mesmo durante o estágio probatório, mas não
são todas que podem ser adquiridas durante esse período.
O art. 81 da Lei nº 8.112/1990 dispõe que se concederá licença ao servidor
em estágio probatório, por motivo de doença, por afastamento do cônjuge ou
companheiro, para servir o serviço militar e para atividade política.
Do término de uma licença para o início de outra licença da mesma natureza,
ocorre prorrogação e não será considerada como nova licença dentro do intervalo
de 60 dias (art. 82 da Lei nº 8.112/1990).
Licença por motivo de doença familiar (art. 83) será somente deferida se a
assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simulta-
neamente com o exercício do cargo. Poderá ser concedida a cada período de 12
meses, seguindo as condições da Lei.
Na licença por até 60 dias contínuos ou não, será mantida a remuneração do
servidor; por até 90 dias consecutivos ou não, não será mantida a remuneração.
Tem direito a 60 dias remunerados, mais 90 dias sem remuneração, totalizan-
do 150 dias de licença. O início de 12 meses será contado a partir da data do
deferimento da primeira licença concedida.
Essa licença pode ser concedida durante o estágio probatório.
Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou com-
panheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o ex-
terior ou a exercício do mandato eletivo dos poderes. A licença será por prazo
indeterminado e sem remuneração.
O servidor terá direito à licença, sem remuneração, durante o período que mediar
entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a
véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição,
o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, so-
mente pelo período de três meses.
Direito Administrativo 83
Exercício
37. (TRT – 18ª Região – 2014) A Lei Federal nº 8.112/1990 prevê, dentre as hi-
póteses de licenciamento do servidor, a concessão de licença para atividade
política (art. 86); e licença para tratar de interesses particulares (art. 91).
Sobre tais atos administrativos, é correto afirmar que:
a) O primeiro é ato discricionário e revogável; o segundo é ato vinculado e
irrevogável.
b) O primeiro é ato vinculado e irrevogável; o segundo é ato discricionário
e revogável.
c) Ambos são atos discricionários e revogáveis.
d) Ambos são atos vinculados e irrevogáveis.
e) O primeiro é ato vinculado e revogável; o segundo é ato discricionário e
irrevogável.
20. Concessões
No afastamento para cargo efetivo, o servidor não irá se afastar para concorrer
a um cargo, ele vai se afastar, pois já está na posse de um cargo eletivo (art. 38
da CF/1988). O tempo de afastamento do servidor conta para todos os efeitos,
menos para a finalidade de promoção por merecimento.
Se o servidor estiver em estágio probatório e exercer cargo em comissão em
outro órgão, poderá servir em outro órgão, desde que seja DAS 4 em diante.
O órgão cedente é o órgão que cedeu, e o órgão cessionário é o órgão que
recebeu o servidor.
O afastamento para servir em outro órgão está disciplinado no art. 93 da Lei
nº 8.112/1990.
Em regra, o ônus (pagamento) será de responsabilidade do órgão cedente, ex-
cepcionalmente sendo responsabilidade do cessionário quando o servidor federal
for servir Estados, Distrito Federal e Municípios.
O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem
autorização do Presidente da República, Presidente dos órgãos do Poder Legisla-
tivo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.
A ausência não excederá 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somen-
te decorrido igual período, será permitida nova ausência.
Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exo-
neração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período
igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa ha-
vida com seu afastamento.
Direito Administrativo 85
Exercícios
38. (FCC – TRT – 2013) O exercício de mandato eletivo de vereador por servidor
público, nos termos da Lei nº 8.112/90:
a) É incompatível com o vínculo funcional de servidor público, devendo
haver prévia exoneração do cargo para assunção ao cargo.
b) Exige afastamento do cargo público ocupado, podendo optar pela re-
muneração do mesmo.
c) Pode exigir afastamento do cargo, caso não haja compatibilidade de
honorários, podendo receber as vantagens de seu cargo, cumuladas
com os vencimentos do cargo eletivo.
d) Exigirá afastamento do cargo, caso não haja compatibilidade de horá-
rios, podendo optar, nesse caso, pela sua remuneração.
e) Não exige afastamento do cargo em havendo compatibilidade de hono-
rários, podendo ser cumulados os vencimentos e vantagens percebidos.
39. (FCC – TRT – 2011) A Lei nº 8.112/1990, em seu capítulo V, seção I, trata
do afastamento do servidor público federal para servir a outro órgão ou en-
tidade. O servidor do poder executivo poderá ter exercício em outro órgão
da Administração Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal,
desde que preenchidos os seguintes requisitos:
a) Autorização expressa do Presidente da República, fim determinado e
prazo certo.
b) Autorização expressa do Ministro do Planejamento, fim determinado e
prazo incerto.
c) Fim determinado e prazo incerto, não sendo necessária qualquer auto-
rização.
d) Autorização expressa do Ministro do Planejamento e prazo incerto,
apenas.
e) Autorização expressa do Ministro Chefe da Casa Civil e prazo certo, não
se fazendo necessário que seja para um propósito determinado.
86 Direito Administrativo
Exercício
40. (Cespe – TCU – 2013) Acerca dos agentes públicos e do processo adminis-
trativo disciplinar, julgue o item seguinte:
A instauração de processo administrativo disciplinar é obrigatória para a apli-
cação das penas de suspensão por mais de trinta dias, demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão.
Exercício
41. (Cespe – 2013) Com referência aos agentes administrativos, julgue o item
subsequente:
Um dos fundamentos aptos a ensejar a revisão do processo disciplinar é a
alegação e a demonstração da injustiça na aplicação da pena.
O servidor público que praticar um ato irregular ou ilícito poderá ser punido nas
esferas civil, penal e administrativa, sendo que essas sanções podem ser aplicadas
de forma cumulativa.
Via de regra, as esferas sancionatórias são autônomas e independentes. As-
sim, o processo civil não precisará aguardar o trâmite do processo criminal ou
administrativo, sendo que o resultado de uma esfera não influenciará o da outra.
Comumente, surgem questões afirmando que as esferas sancionatórias são
autônomas e interdependentes, como já visto, as esferas são independentes.
Excepcionalmente, pode acontecer de o resultado do processo na esfera penal
vincular a esfera administrativa, não influenciando na esfera civil.
Para tanto, é necessária a absolvição do servidor na esfera penal por inexistên-
cia de materialidade ou por negativa de autoria, ainda que o crime tenha existido.
Sendo o servidor absolvido nas referidas hipóteses, haverá sua reintegração
nos quadros da Administração Pública.
Exercício
42. (Funcab – 2013 – Delegado – ES) Laurineia, com vinte e cinco anos de
serviço público no cargo efetivo de Auxiliar Administrativo, está sendo pro-
Direito Administrativo 89
27. Demissão
Exercício
43. (TRT – 15ª Região) Ronaldo é servidor público federal incumbido de aten-
dimento ao público numa repartição federal, juntamente com outro servi-
Direito Administrativo 91
Exercício
44. (Cespe – AGU – 2004) Julgue a assertiva:
A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos
é condição indispensável para sua eficácia, dispensada a publicação apenas
dos instrumentos dos contratos sem ônus para a administração.
Exercício
45. (Cespe – Ibama – 2012) Todo contrato celebrado pela administração pública
será considerado um contrato administrativo.
Exercício
46. (Esaf – AFC – CGU – 2006) A regra básica relativa à vigência dos contratos
administrativos é:
a) Duração de um ano.
b) Duração de até seis meses.
c) Duração definida em cada edital de licitação.
d) Duração adstrita aos respectivos créditos orçamentários.
e) Duração de até 24 meses.
Exercício
47. (Esaf – PFN – 2004) O regime jurídico dos contratos administrativos confere
à Administração, em relação a eles, diversas prerrogativas, entre as quais
não se inclui:
a) Fiscalizar-lhes a execução.
b) Aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste.
c) Rescindi-los unilateralmente, nos casos especificados em lei.
d) Alterar unilateralmente as cláusulas econômico-financeiras e monetá-
rias dos contratos administrativos.
e) Modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de
interesse público, respeitados os direitos do contratado.
Direito Administrativo 99
– autorização de compra;
– ordem de execução de serviço.
São de presença obrigatória:
– o nome das partes e seus representantes;
– a finalidade;
– o ato que autorizou a sua lavratura;
– o número do processo de licitação, da dispensa ou da inexigibilidade;
– a sujeição dos contratantes às normas da Lei de Licitações e Contratos e às
cláusulas contratuais estabelecidas.
São cláusulas necessárias que devem constar do contrato, conforme dispõe
o art. 55:
– objeto e seus elementos característicos;
– regime de execução e forma de fornecimento;
– preço e condições de pagamento (reajuste/atualização monetária);
– prazos de início de execução, conclusão e entrega;
– o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação de classificação
funcional programática e da categoria econômica;
– as garantias, quando exigidas;
– direitos e responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores
das multas;
– casos de rescisão;
– direitos da Administração em caso de rescisão contratual;
– condições de importação, data e taxa de câmbio, se for o caso;
– vinculação ao instrumento convocatório ou ao termo que autorizou a con-
tratação direta e também a proposta vencedora;
– legislação aplicável à execução e aos casos de omissão;
– obrigação de o contratado manter, durante a execução, em compatibilida-
de com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação
e qualificação exigidas no edital.
O termo álea deriva do latim e quer dizer sorte ou risco, a celebração de todo
contrato administrativo sempre envolve riscos com consequências distintas. As
áleas dividem-se em ordinária e extraordinária.
As áleas ordinárias são aquelas comuns a todo negócio e, como regra, este
tipo de risco correrá por conta do empresário. Áleas extraordinárias são as cir-
cunstâncias que não podem ser previstas, acarretando excessiva onerosidade ao
contrato, gerando maior repercussão jurídica.
As áleas administrativas surgem mediante a atuação direta ou indireta da Ad-
ministração Pública, acarretando alteração unilateral do contrato (fato da Admi-
nistração ou fato do príncipe).
As áleas econômicas decorrem de fatores externos e alheios à vontade das
partes, ensejando aplicação da teoria da imprevisão.
O fato de a Administração Pública ter amparo na Lei de Licitações (8.666/1993),
permitindo atrasos por parte da Administração, sendo o particular obrigado a to-
lerar o evento, não enseja oposição da exceção do contrato não cumprido por
parte deste.
O fato do príncipe é provocado por uma medida genérica da Administração,
que repercute reflexamente no contrato, embora a determinação estatal seja im-
previsível, onera substancialmente sua execução.
A teoria da imprevisão decorre da cláusula rebus sic stantibus, tendo sua ori-
gem no direito canônico, utilizada em contrato de trato sucessivo.
Exercício
48. (Magistratura – AL – 2008) Medidas de ordem geral não relacionadas dire-
tamente com o contrato, mas que nele repercutem, provocando equilíbrio
econômico-financeiro em detrimento do contratado, são institutos aplica-
dos aos contratos administrativos definidos como:
a) Fato da administração.
b) Força maior.
c) Caso fortuito.
d) Exceptio non adimpleti contractus.
e) Fato do príncipe.
Exercício
49. (Cespe – Depen – 2013) A contratação de profissional do setor artístico,
consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública, poderá ser
feita com dispensa de prévio procedimento licitatório.
A Lei de Licitações define obra como toda construção, reforma, fabricação, recu-
peração ou ampliação, que será realizada por execução direta ou indireta, pela
Administração ou seus delegados (art. 6º, I).
Construção é a conjugação de materiais e atividades empregados na execu-
ção de um projeto de engenharia. Reforma é toda obra visando à melhoria nas
construções, sem o aumento de área ou capacidade. Ampliação é a obra de au-
mento na área ou na capacidade da construção.
Outra classificação relevante, trazida por Hely Lopes Meirelles, refere-se ao
equipamento urbano (ruas, praças, calçadas, redes de energia elétrica) e ao equi-
pamento administrativo (aparelhamentos para o serviço administrativo em geral).
Nesse mesmo sentido, temos, ainda, os empreendimentos de utilidade pú-
blica (ferrovias, aeroportos, rodovias) e os edifícios públicos (sedes de governo,
repartições públicas, presídios).
Existem aspectos que diferenciam obra do serviço, enquanto o serviço des-
tina-se a uma atividade em si, a obra tem como peculiaridade, o emprego dos
materiais com uma técnica adequada.
A empreitada é o tipo de contrato em que a Administração comete ao particu-
lar a execução da obra por sua conta e risco, mediante remuneração previamente
ajustada.
110 Direito Administrativo
Exercício
50. (TRT – Analista – 2013) Não dispondo de recursos financeiros, o Poder Pú-
blico pretende delegar a execução material de serviço público de sua titu-
laridade a particular para que ele possa explorá-lo e dele se remunerar. De
acordo com o ordenamento jurídico vigente, o Poder Público pode:
a) Firmar contrato de concessão de serviço público precedido de licitação.
b) Outorgar a titularidade do serviço público por meio de ato normativo,
precedido de licitação.
c) Editar decreto transferindo a concessão do serviço público aos particu-
lares, independentemente de licitação.
d) Celebrar convênio de trespasse da exploração do serviço público, prece-
dido de licitação.
e) Celebrar contrato de permissão de serviço público, declarando-se pré-
via inexigibilidade de licitação.
1. Introdução à Licitação
Exercícios
51. (Cespe – 2013 – DPE-DF – Defensor Público) Julgue o item que se segue,
relativo à licitação e ajustes administrativos:
Nos termos da Lei nº 8.666/1993, a realização do procedimento licitatório
serve-se de três finalidades fundamentais: a busca da proposta mais vanta-
josa, o oferecimento de igualdade de oportunidade a todos os interessados
e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável.
52. (FCC – 2014 – TRT – 19ª Região (AL) – Técnico Judiciário) O Governo Fede-
ral, ao instituir a Política Nacional de Resíduos Sólidos, incluiu, entre seus
objetivos, a prioridade nas aquisições e contratações governamentais, para:
(a) produtos reciclados e recicláveis; (b) bens, serviços e obras que conside-
rem critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente
sustentáveis. O tema em questão está associado ao seguinte princípio rela-
tivo às licitações públicas:
a) Adjudicação compulsória.
b) Licitação sustentável.
116 Direito Administrativo
c) Julgamento objetivo.
d) Ampla defesa.
e) Vinculação ao instrumento convocatório.
Exercício
53. (Cespe – 2013 – TRT – 17ª Região (ES) – Técnico Judiciário) Com relação aos
princípios e à inexigibilidade de licitação, julgue o próximo item:
Em atenção ao princípio da publicidade, as licitações não podem ser sigilo-
sas, sendo públicos e acessíveis os atos de seu procedimento, com exceção
do conteúdo das propostas, que devem permanecer em sigilo até a respec-
tiva abertura.
Por outro lado, caso a Administração Pública manifeste seu desejo de contra-
tar, deverá ser com o vencedor da licitação.
É importante observar a redação do art. 3º da Lei nº 8.666/1993 e seus
parágrafos.
Outro ponto a ser destacado é o fato de que a natureza jurídica do procedi-
mento licitatório é justamente procedimento, ou seja, a licitação não é um pro-
cesso administrativo, mas, sim, um procedimento administrativo.
Passa-se ao estudo dos critérios para que seja feita uma licitação, quais sejam:
menor preço, melhor técnica, técnica e preço, maior lance/maior oferta.
Importante observar que o menor preço não é absoluto, sendo instituído no
edital.
Neste sentido, o menor preço é estabelecido por aquilo que diz respeito ao
preço crível, ao preço de mercado.
Primeiramente, observa-se que ainda que o tipo de licitação seja melhor técnica
ou técnica e preço, não se pode adotar um julgamento subjetivo.
Outro ponto a ser destacado é que as Organizações Sociais não são obrigadas
a licitar, nos termos do art. 24, XXIV, da Lei nº 8.666/1993.
Quanto às Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, a posição pre-
ponderante é a de que se aplica aquilo que é válido para as Organizações Sociais.
Ademais, o Sistema “S” é mantido por conta de repasses de contribuições e,
portanto, são obrigados a licitar.
Os Conselhos de Classe, por sua vez, são obrigados a licitar. No entanto,
ressalta-se que a OAB não pertence ao Estado e, assim, não está obrigada a licitar.
As Empresas Estatais que prestem serviços públicos devem licitar.
Aquelas que explorem atividade econômica, se forem contratar para ativi-
dade-fim, estarão concorrendo com os particulares e, portanto, impor dever de
licitar significaria criar um ônus. Desta forma, não há dever de licitar.
Por outro lado, se estas empresas forem contratar para atividade-meio, será
necessário licitar.
7. Modalidade Concorrência
Exercício
54. (UFPR – 2013 – TJPR) Acerca do Pregão, é correto afirmar:
a) É necessária a exigência de garantia da proposta.
b) O prazo de validade das propostas será de 30 dias, se outro não estiver
fixado no edital.
c) A definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas es-
pecificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem
a competição.
d) É obrigatória a aquisição do edital pelos licitantes, como condição para
participação no certame.
Microempresa ou empresa de pequeno porte não poderá ser inabilitada por não
possuir regularidade fiscal. Caso vença a licitação, antes de assinar o contrato
administrativo, terá que se regularizar.
Das decisões que ocorra inabilitação ou desclassificação, caberá recurso admi-
nistrativo com uma peculiaridade, ou seja, efeito suspensivo, paralisando a licita-
ção: julga-se o recurso e depois retoma-se a licitação.
Na classificação e julgamento, é o momento que o Princípio do Sigilo das
Propostas será rompido.
A homologação será feita pela autoridade competente, homologando o pro-
cedimento tudo conforme o edital. O último ato na concorrência é a adjudicação
compulsória. No pregão, há dupla inversão de fases.
A contratação direta pode ser de três formas: licitação inexigível (art. 25),
licitação dispensável (art. 24) e licitação dispensada (art. 17). A licitação inexigível
pode ser aplicada para artista consagrado pela crítica, serviço de alta especializa-
ção, produtor, fornecedor ou bem exclusivo. É impossível licitar nesse caso e de
rol exemplificativo.
Na hipótese de qualquer um dos casos de dispensa, se comprovado o super-
faturamento, responderão solidariamente o fornecedor ou prestador de serviços
e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.
124 Direito Administrativo
Exercício
55. (Cespe – 2012 – AGU) Caso uma empresa participante de concorrência pú-
blica apresente recurso em decorrência da publicação de ato que a declare
inabilitada para o certame, tal recurso terá, necessariamente, efeito suspen-
sivo. Certo ou errado?
Exercício
56. (FCC – 2014 – TRF 3ª Região) Em 2011, o Governo do Rio de Janeiro decre-
tou situação de calamidade pública em 7 Municípios do Estado, em razão
das fortes chuvas ocorridas na região serrana. O ato mencionado agilizou
a contratação imediata de obras e serviços, de modo a reabilitar as cidades
destruídas. A situação narrada trata de típica hipótese de:
a) Dispensa de licitação
b) Inexigibilidade de licitação.
c) Licitação, na modalidade convite.
d) Licitação, na modalidade leilão.
e) Licitação, na modalidade concurso.
Direito Administrativo 125
Exercício
57. (Vunesp – 2013 – TJSP) A anulação ex officio da licitação, fundada na ilega-
lidade do procedimento licitatório, gera efeitos ex tunc:
a) Ainda assim sujeita a Administração a pagar indenização às partes.
b) São idênticos os efeitos produzidos na anulação da licitação e na anula-
ção do contrato.
c) Como a Administração tem o dever de velar pela legalidade de seus
atos, o decreto de anulação da licitação, fundada na ilegalidade do pro-
cedimento, prescinde, na esfera administrativa, do exercício do direito
de defesa.
d) O terceiro de boa-fé atingido pela invalidação da licitação será indeni-
zado pelos prejuízos decorrentes da anulação.
Capítulo 11
Processo Administrativo
Exercício
58. (Cespe – DPU – 2010) Com a publicação da Lei nº 9.784/1999, que regula
o processo administrativo no âmbito da administração pública federal, hou-
ve significativa melhoria na proteção dos direitos dos administrados e na
execução dos fins da administração pública. A lei mencionada estabelece
normas básicas acerca do processo administrativo somente na administra-
ção federal e estadual direta.
Exercício
59. (Magistratura Federal – 1ª Região – 2005) O princípio da segurança jurídica,
na Administração:
a) Não impede aplicação retroativa de lei de ordem pública, porque não
há direito adquirido em face de norma dessa natureza.
b) Não veda aplicação retroativa de nova interpretação da lei.
c) Protege, além do direito adquirido, expectativas legítimas e situações
em vias de constituição sob o pálio de promessas firmes do Estado.
Direito Administrativo 129
Exercício
60. (Juiz – 2013 – Vunesp) No Processo Administrativo:
a) Não se aplica o princípio do juiz natural.
b) A instauração será exclusivamente por meio de Portaria.
c) Admite-se, excepcionalmente, a interceptação de comunicação tele-
fônica.
d) Aplica-se o princípio do formalismo moderado.
Exercício
61. (Esaf – Analista Administrativo – 2009) Segundo a Lei nº 9.784/1999, o ad-
ministrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo
de outros que lhe sejam assegurados, exceto:
a) Fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obriga-
tória a representação, por força de lei.
b) Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais
serão objeto de consideração pelo órgão competente.
c) Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão
facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações.
d) Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a
condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documen-
tos neles contidos e conhecer as decisões proferidas.
e) Ver proferida a decisão em processo administrativo de seu interesse em
um prazo improrrogável de trinta dias.
6. O Requerimento e os Legitimados
Como regra geral, o requerimento deve ser por escrito e a lei prevê alguns requisitos.
O conteúdo do requerimento é: órgão ou autoridade a que se dirige; identifi-
cação do interessado ou de quem o represente; domicílio do requerente ou local
para recebimento de comunicações; formulação do pedido, com exposição dos
fatos e de seus fundamentos; data e assinatura do requerente ou de seu repre-
sentante.
É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documen-
tos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de even-
tuais falhas.
Ainda, a lei traz os legitimados como interessados e não partes, até porque o
processo administrativo é bipartite.
132 Direito Administrativo
Exercício
62. (Analista – TCU – 2008) Analise a assertiva:
Conforme a lei geral do processo administrativo no âmbito federal, a le-
gitimidade ativa para atuar como interessado foi estendida às pessoas ou
associações legalmente constituídas quanto aos direitos difusos.
7. Requisito de Competência
Caio Tácito traz uma conhecida expressão, dizendo que “não é competente quem
quer, mas quem pode, segundo a norma de Direito”.
Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser
iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.
O art. 11 da Lei nº 9.784/1999 determina que a competência é irrenunciável e
se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os
casos de delegação e avocação legalmente admitidos.
Nota-se que a competência é irrenunciável em razão da indisponibilidade dos
interesses públicos.
Ainda, tanto a delegação quanto a avocação decorrem do poder hierárquico.
Ademais, a delegação é possível a órgãos não subordinados hierarquicamente
e desde que conveniente em razão de circunstâncias de índole técnica, social,
econômica, jurídica ou territorial, nos termos do art. 12.
Thiago Marrara trouxe algumas características da delegação, quais sejam, a par-
cialidade, a motivação, a publicidade, a limitação, a precariedade e a revogabilidade.
“Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I – a edição de atos de caráter normativo;
Direito Administrativo 133
Exercício
63. (TRT 7ª Região, FCC – Analista Judiciário – 2009) Nos termos da Lei nº
9.784/99, quanto à competência para o processo administrativo, é INCOR-
RETO afirmar que:
a) Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devi-
damente justificados, a avocação temporária de competência atribuída
a órgão hierarquicamente inferior.
b) As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente
esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
c) Não pode ser objeto de delegação a edição de atos de caráter normati-
vo, dentre outros.
d) Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá
ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.
e) O ato de delegação é irrevogável, salvo quando se tratar de decisão de
recursos administrativos.
8. Impedimentos e Suspeição
Exercício
64. (Analista Judiciário – TRT 21ª Região – 2003) NÃO está impedido de atuar
em processo administrativo o servidor ou autoridade que:
a) Tenha participado como perito ou representante.
b) Venha a participar como testemunha.
c) Seja considerado sem interesse na matéria objeto do processo.
d) Esteja litigando judicialmente com o cônjuge do interessado.
e) Esteja litigando administrativamente com a companheira do interessado.
Exercício
65. (FCC – 2007 – TRT 23ª Região (MT) – Técnico Judiciário) No que tange
às normas relativas ao processo administrativo disciplinadas pela Lei nº
9.784/99, considere:
Em regra, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos
administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de dois
dias, salvo motivo de força maior.
Exercício
66. (Ceitec, Funrio, Advogado – 2012) Nos termos da Lei do Processo Adminis-
trativo (Lei nº 9.784/99), as intimações que envolvam o comparecimento do
destinatário devem ser encaminhadas com determinado prazo de antece-
dência. Esse prazo é de:
a) 4 dias úteis.
b) 3 dias úteis.
c) 3 dias corridos.
d) 2 dias corridos.
e) 2 dias úteis.
Exercício
67. (TRT 4ª Região – FCC, Analista Judiciário – 2006) No que tange à atividade
de instrução no processo administrativo no âmbito da Administração Públi-
ca Federal, é incorreto afirmar que:
Direito Administrativo 137
Exercício
68. (Juiz – 2011) Conforme o Direito federal vigente, como regra, não há neces-
sidade de motivação de atos administrativos que:
a) Imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções.
b) Promovam a exoneração de servidores ocupantes de cargos em comissão.
c) Decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública.
d) Dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório.
e) Decorram de reexame de ofício.
Exercício
69. (FCC – 2011 – TRF – Analista Judiciário) No que concerne à desistência e
outras formas de extinção do processo administrativo no âmbito da Admi-
nistração Pública Federal, é correto afirmar:
a) O interessado poderá, mediante manifestação escrita, renunciar a direi-
tos disponíveis e indisponíveis.
b) O interessado poderá, mediante manifestação escrita ou oral, desistir
total ou parcialmente do pedido formulado.
c) A desistência do interessado, conforme o caso, prejudica o prossegui-
mento do processo, ainda que a Administração considere que o interes-
se público exija sua continuidade.
d) O órgão competente não poderá declarar extinto o processo quando
o objeto da decisão se tornar inútil por fato superveniente, devendo,
nessa hipótese, levar o feito até seu término, com decisão de mérito.
e) Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente
quem a tenha formulado.
Exercício
70. (FCC – 2011 – TJU/AP – Cartório) No que se refere à revogação e à invalida-
ção dos atos administrativos:
a) A Administração Pública poderá invalidar seus atos administrativos, por
razões de ilegalidade, produzindo, de regra, efeitos ex nunc.
b) O Poder Judiciário poderá revogar atos administrativos, por razões de
ilegalidade, produzindo efeitos ex nunc.
c) A Administração Pública, de regra, poderá revogar atos administrativos
discricionários, por razões de conveniência e oportunidade, produzindo
efeitos ex nunc.
d) A Administração Pública poderá invalidar seus atos administrativos de
ofício, por razões de mérito, produzindo efeitos ex nunc.
e) O Poder Judiciário não poderá invalidar atos administrativos discricioná-
rios, eis que estes estão sujeitos exclusivamente à autotutela.
Direito Administrativo 141
18. Prazos
Exercício
71. (Cespe) Julgue o item a seguir:
A Lei nº 9.784/99 é aplicada de forma subsidiária a Lei nº 8.112/90.
Capítulo 12
Bens Públicos
1. Introdução
O domínio sobre o Estado sobre os bens podem ser de domínio eminente, recain-
do sobre todas as coisas que estão em seu território e de domínio público, sobre
os bens do Estado.
Dalmo de Abreu Dallari contempla quatro elementos do Estado: povo, sobe-
rania, território e finalidade.
O quarto elemento que Dallari acrescentou, segundo a definição tradicional
da Teoria Geral do Estado, demonstra que a criação do Estado ocorre para a con-
secução de atividades voltadas ao bem comum.
Nesse sentido, a finalidade do Estado é o elemento que legitima seus atos,
prerrogativas e sujeições.
Sobre todas as coisas que se encontram sobre o domínio eminente do Estado
recairá o poder de polícia, envolvendo possíveis limitações ao exercício de direitos
individuais.
Vale destacar que existem limitações do Estado à propriedade privada.
Os bens considerados de domínio público envolvem os bens do Estado. Os
primeiros teóricos a tratarem desse assunto foram os franceses como Hauriou,
que reconhece a propriedade pública, com algumas diferenças em relação à pro-
priedade privada.
Segundo Marçal Justen Filho, a propriedade pública deve vincular-se à sua
natureza funcional.
São bens públicos os bens de domínio nacional pertencentes à União, aos
Estados, ao Distrito Federal ou aos Municípios.
As autarquias e as fundações de direito público, assim como os que embora
não pertencentes a tais pessoas estejam afetados à prestação de um serviço pú-
blico também representam bens públicos.
Direito Administrativo 147
Exercício
72. (Notários – SP – 2008) Os bens públicos podem ser classificados, nos termos
do art. 99 do Código Civil, em bens de uso comum do povo, bens de uso
especial e bens dominicais. São bens públicos dominicais:
148 Direito Administrativo
O regime jurídico dos bens públicos dependerá de sua classificação ao que com-
pete aos bens afetados (aqueles que se submetem ao regime jurídico público) e
aos bens desafetados (aqueles considerados dominicais, de domínio privado do
Estado – com derrogações: avaliação prévia e licitação).
O regime jurídico público implica nos seguintes efeitos: inalienabilidade, se
afetados; impenhorabilidade; imprescritibilidade; e impossibilidade de serem gra-
váveis com direitos reais de garantia.
A inalienabilidade está relacionada aos bens de uso comum do povo e aos
bens de uso especial. Estes bens serão inalienáveis enquanto conservarem esta
qualificação (art. 100 do Código Civil).
Para a alienação, requisitos deverão ser observados, tais como: interesse pú-
blico, prévia avaliação e quando for bem imóvel, haverá necessidade de autori-
zação legislativa. Referidas disposições encontram-se na Lei de Licitações – Lei
nº 8.666/1993.
Quanto à impenhorabilidade, está relacionada aos bens públicos, tanto mó-
veis quanto imóveis. A satisfação dos créditos contra o Poder Público é, em regra,
efetivada por processo especial de execução denominado precatório.
Já a imprescritibilidade relaciona-se à prescrição, ou seja, perde-se uma pre-
tensão pelo decurso do prazo, já a prescrição aquisitiva se ganha algo pelo de-
curso do prazo. Os bens públicos não são passíveis de aquisição por usucapião
(prescrição aquisitiva).
Os bens públicos não poderão ser graváveis com direitos reais de garantia, por
serem destinados à realização de interesses públicos. Seria uma forma de gravar
em garantia de adimplemento, sem que o devedor deixe de usufruir o bem.
Direito Administrativo 149
Exercício
73. (Procurador do Estado – PR – 2007) Não se pode afirmar que os bens públicos:
a) São impenhoráveis, fazendo a Constituição Federal expressa previsão
de processo especial de execução contra a Fazenda Pública.
b) São inalienáveis, enquanto conservarem a qualificação de bens dominicais.
c) Não estão sujeitos a oneração, não sendo possível gravá-los com pe-
nhor, hipoteca ou anticrese.
d) São imprescritíveis, não podendo ser adquiridos através da usucapião.
e) Somente podem ser alienados quando desafetados.
Pela definição construída por Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o uso privativo de
bem público por particular implica em conjugar o uso comum do povo com os
usos privativos exercidos por particulares para distintas finalidades.
A autorização de uso do bem público remete-se a ser um ato negocial (o par-
ticular provoca a Administração buscando os seus efeitos jurídicos), unilateral e
discricionário (dependerá da conveniência e da oportunidade da Administração).
A Administração faculta, a título precário, que o particular se utilize de bem pú-
blico com exclusividade.
Os bens dos entes federativos encontram-se elencados em rol exemplificativo
no art. 20 da Constituição Federal.
A permissão de uso de bem público também implicará em ato negocial, unila-
teral e discricionário, porém, a Administração Pública consentirá que o particular
utilize-se de bem público no interesse próprio, como também coletivo.
Já a permissão qualificada condiz quando a Administração fixar o prazo de
duração. Sua precariedade é restringida e sua natureza jurídica de ato será trans-
formada em um contrato, demandando licitação.
A concessão de uso é considerada como um contrato precedido de licitação,
mediante o qual a Administração confere ao particular a utilização privativa de
bem público, para que exerça de acordo com a sua destinação específica, sendo
celebrado por tempo certo ou indeterminado.
Exercício
74. (Procurador TCE – AL – 2008) Em relação à concessão, permissão e autori-
zação de uso de bem público, é correto afirmar:
150 Direito Administrativo
Pertencem aos Estados, salvo se, por título legítimo, forem de domínio fede-
ral, municipal ou particular (art. 31 do Código de Águas).
Exercício
75. (Procurador Municipal – Vunesp – 2008) Terrenos reservados:
a) São áreas que, banhadas pelas águas do mar ou dos rios navegáveis,
em sua foz, se estendem à distância de 33 metros para área terrestre,
contados da linha da preamar médio de 1831.
b) São as áreas que, integrando o patrimônio das pessoas federativas, não
são utilizadas para quaisquer finalidades públicas específicas.
c) São áreas de 150 km de largura, que correm paralelamente à linha ter-
restre demarcatória da divisa entre o território nacional e países estran-
geiros, consideradas fundamentais para a defesa do território nacional.
d) São aqueles que, banhados pelas correntes navegáveis, fora do alcance
das marés, se estendem até a distância de 15 metros para a parte da
terra, contados desde a linha média das enchentes ordinárias.
Exercício
76. (Esaf – MP/SPU – 2006) São considerados bens públicos de uso especial,
exceto:
a) Edifícios das repartições públicas.
b) Os terrenos de marinha.
c) As escolas públicas.
d) Os matadouros públicos.
e) Os mercados municipais.
O art. 231 da Carta Magna reconhece aos índios a sua organização social, seus
costumes, línguas, crenças e tradições.
Atualmente, faz-se necessária a tratativa de questões indígenas, tais como a
reformulação da política integracionista que influenciou a elaboração do Estatuto
do Índio – Lei nº 6.001/1973 –, bem como quanto às terras indígenas, onde o
ponto central da problemática consiste na avaliação dos recursos naturais con-
centrados por essas terras, amplamente disputados.
As terras tradicionalmente ocupadas são assim definidas no inciso XI do art.
20 da Constituição Federal: quanto à posse permanente e quanto ao usufruto
exclusivo das riquezas do solo.
Atualmente, são consideradas bens inalienáveis, indisponíveis e não admissí-
veis à aquisição por usucapião (art. 231, § 1º, da CF).
No que se refere à posse atual ou recente, a Súmula nº 650 do STF definiu que
os incisos I e XI do art. 20 da Constituição não alcançam terras de aldeamentos
extintos, ainda que ocupados por indígenas em passados remotos.
Quanto à irremovibilidade dos índios de suas terras, a exceção compete ad
referendum do Congresso Nacional, nos casos de catástrofe ou epidemia que
ponha em risco a população ou no interesse da soberania do País. A remoção se
dará após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese,
o retono imediato logo que cesse o risco.
Direito Administrativo 153
Exercício
77. (PGE-PB – Cespe – Procurador do Estado – 2008) As terras tradicionalmente
ocupadas pelos índios em caráter permanente, utilizadas para suas ativi-
dades produtivas e imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais
necessários a seu bem-estar e às necessidades de sua reprodução física e
cultural são consideradas bens:
a) Públicos de uso especial, pertencentes à União.
b) Públicos de uso especial, pertencentes ao estado em que se localizem.
c) Públicos de uso especial, pertencentes ao município em que se localizem.
d) Públicos dominicais, pertencentes à União.
e) Particulares, pertencentes à comunidade indígena respectiva.
Exercício
78. (Procurador da República) A propósito do regime jurídico dos recursos mine-
rais, assinale o item incorreto:
154 Direito Administrativo
1. Introdução
Exercício
79. (PGE – Paraná – 2011) A função social da propriedade contém alguns requi-
sitos, dentre os quais o requisito ambiental, chamado por alguns autores de
função socioambiental da propriedade. Sobre a matéria, pode-se afirmar:
a) A propriedade que descumpre sua função socioambiental está sujeita
a sanções, inclusive, dependendo do bem, à chamada desapropriação-
-sanção, que é a desapropriação com pagamento da indenização em
títulos.
b) A desapropriação sanção por descumprimento da função social da pro-
priedade somente pode ser aplicada por desatenção ao seu elemento
156 Direito Administrativo
2. Limitações Administrativas
3. Ocupação Temporária
Precisa ocupar esses terrenos para colocar o material da obra, por exemplo.
Requisitos:
– realização de obras públicas;
– necessidade de ocupação de terrenos vizinhos;
– inexistência de edificação no terreno ocupado;
– obrigatoriedade de indenização;
– prestação de caução prévia, se exigida.
Escavações e pesquisas:
– para pesquisas de interesse arqueológico e pré-histórico (Lei nº 3.924/1961);
– na falta de acordo, a área será declarada de utilidade pública e autorizada
pelo período necessário à execução dos estudos.
Contratos Administrativos:
– nos serviços essenciais, ocupar provisoriamente para acautelar a apuração
administrativa de faltas contratuais, bem como na hipótese de rescisão
contratual (art. 58, V, da Lei nº 8.666/1993);
– art. 35, § 3º da Lei nº 8.987/1995 (Lei de Concessão e Permissão de Servi-
ços Públicos): extinção da concessão – ocupação das instalações e a utili-
zação, pelo poder concedente, de todos os bens reversíveis.
Art. 5º, XXV, da Constituição:
Ocupação temporária da propriedade particular, em caso de perigo público
iminente, mediante indenização ulterior, se houver dano.
Exemplos:
– perigo de desabamento de prédio em ruína; e
– perigo de propagação de moléstia contagiosa.
4. Requisição Administrativa
Requisição administrativa significa a utilização de bens e serviços particulares pela
Administração Pública, em caso de necessidade pública.
Segundo a autora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o fundamento da requisição
administrativa está no art. 5º, XXV, da Constituição Federal.
Essa medida justifica-se diante de necessidade inadiável e urgente, em tempos
de guerra ou em caso de perigo público iminente.
Caracterizam exemplos de requisição administrativa, o uso de veículo para
perseguição de criminoso, a tomada de barco para salvamento ou o uso de es-
cada em incêndio.
Direito Administrativo 159
Exercício
80. (Cespe – 2013 – Defensor Público – DF) Acerca da intervenção do Estado na
propriedade e no domínio econômico, julgue o próximo item:
A requisição administrativa é ato unilateral e autoexecutório por meio do
qual o Estado, em caso de iminente perigo público, utiliza bem móvel ou
imóvel. Esse instituto administrativo, a exemplo da desapropriação, não in-
cide sobre serviços.
5. Tombamento
Exercício
81. (2006 – Defensor Público Estadual – MG) O tombamento de um bem imóvel
pelo valor histórico, artístico, paisagístico, arqueológico, cultural e arquite-
tônico é um ato administrativo que tem como principal efeito:
a) A aplicação de uma servidão em favor do poder público que permitirá
o uso em qualquer tempo, sem prévia notificação.
b) A imodificabilidade do bem, devendo este permanecer com as caracte-
rísticas descritas no livro do tombo.
c) A irrevogabilidade do ato por sua natureza restritiva de direitos, desde
que seja feito o registro no livro tombo.
d) A permanência de titularidade do imóvel e a transferência do uso e do
gozo pelo registro no livro do tombo.
e) A responsabilidade do proprietário e a inalienabilidade por ser conside-
rado bem público, nos termos assinalados no livro do tombo.
6. Servidão Administrativa
Exercício
82. (Procurador da Fazenda Nacional) A passagem de fios elétricos de alta ten-
são sobre propriedade particular caracteriza caso de:
a) Desapropriação.
b) Servidão administrativa.
c) Servidão civil.
d) Limitação administrativa.
e) Ocupação administrativa.
Capítulo 14
Desapropriação
1. Introdução à Desapropriação –
Competência para Declarar e Promover
– Base Constitucional – Desapropriação
Sancionatória – Impossibilidade de
Desapropriação
3. Formas de Desapropriação
Exercício
83. (TJRS – 2013) Assinale a alternativa correta:
a) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorren-
temente sobre desapropriação.
b) A desapropriação por interesse social, para fins de reforma agrária, é de
competência exclusiva da União.
c) A desapropriação por utilidade pública é de competência exclusiva da
União.
d) O prazo de caducidade de decreto de utilidade pública é de 2 anos para
que seja promovida a desapropriação.
No art. 182 da CF, vemos que o plano diretor só é obrigatório quando o município
tiver mais de 20 mil habitantes, e delimita e determina quando o imóvel urbano
cumpre ou não a função social.
Já no Estatuto da Cidade, temos o seguinte:
“Art. 5º Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá
determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições
e os prazos para implementação da referida obrigação.
(...)
Direito Administrativo 165
Exercício
84. (FCC – 2014 – Procuradoria – MT) No tocante à desapropriação, o Município:
a) Tem competência exclusiva para executar a desapropriação-sanção, em
caso de descumprimento da função social da propriedade urbana.
b) Possui competência para legislar acerca do procedimento desapropria-
tório, no tocante às desapropriações necessárias ao desenvolvimento
urbano.
c) Não possui competência para desapropriar por interesse social imóveis
situados em zona rural.
d) Tem competência declaratória e executória, sendo que ambas são inde-
legáveis.
e) Pode desapropriar bens pertencentes à União e aos Estados, mediante
autorização legislativa desses entes.
Exercício
85. (Cespe – TRF 1ª Região – 2013) Acerca da desapropriação, assinale a opção
correta:
a) Bens públicos não podem ser desapropriados, razão pela qual a União,
os estados e os municípios não podem desapropriar bens pertencentes
a qualquer ente federativo.
b) O procedimento da desapropriação compreende a fase declaratória e a
executória, esta última obrigatoriamente a ser desenvolvida na instân-
cia judicial.
c) Considera-se desapropriação indireta aquela pela qual o Estado se apropria
de bem particular sem observância dos requisitos que compõem o proce-
dimento expropriatório, como o ato declaratório e a indenização prévia.
d) A desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária de
imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social compete à
União, com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos,
em parcelas anuais e sucessivas, assegurados o valor real da indeniza-
ção e os juros legais.
e) As glebas em que forem localizadas culturas ilegais de plantas psico-
trópicas devem ser imediatamente expropriadas e especificamente
destinadas ao assentamento de colonos, para fins de reforma agrária,
garantido o pagamento das benfeitorias úteis e necessárias.
Capítulo 15
Intervenção do Estado na
Ordem Econômica
Concessão Permissão
Licitar (concorrência) Licitar
Pessoa jurídica ou consórcio Pessoa jurídica ou pessoa física
Lei autorizadora Não requer lei autorizadora
Direito Administrativo 171
6. Monopólio
No monopólio estatal, o Estado determina que ele mesmo detenha o monopólio
de determinadas atividades. No Brasil, há monopólio quanto ao petróleo, quanto
ao gás e quanto à energia nuclear.
O art. 177 da Constituição Federal dispõe:
“Art. 177. Constituem monopólio da União:
I – a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidro-
carbonetos fluidos;
II – a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III – a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes
das atividades previstas nos incisos anteriores;
IV – o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de deri-
vados básicos de petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio
de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem;
V – a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrializa-
ção e o comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção
dos radioisótopos cuja produção, comercialização e utilização poderão ser autori-
zadas sob regime de permissão, conforme as alíneas “b” e “c” do inciso XXIII do
caput do art. 21 desta Constituição Federal.”
A Lei nº 12.529/2011 trata do sistema brasileiro da defesa da concorrência.
O titular dos bens jurídicos protegidos por esta lei é a coletividade, pois se deseja
um mercado justo e honesto.
É preciso observar que o Cade hoje possui uma atuação mais dinâmica, pas-
sou de órgão para autarquia.
172 Direito Administrativo
O mercado relevante possui duas dimensões, que devem ser analisadas em con-
junto. A primeira é a dimensão geográfica, que é o espaço em que os agentes
econômicos disputam o consumidor. Já, na dimensão material, é possível substi-
tuir os produtos por outros de mesma qualidade e mesma utilidade.
O art. 36 da Lei nº 12.529/2011 trata das infrações a ordem econômica, con-
tendo a seguinte redação:
“Art. 36. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de
culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou pos-
sam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados:
I – limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a
livre iniciativa;
II – dominar mercado relevante de bens ou serviços;
III – aumentar arbitrariamente os lucros; e
IV – exercer de forma abusiva posição dominante.”
Faz-se necessário observar que as infrações amplas estão no art. 36, do inciso
I ao inciso IV.
Tanto as infrações restritivas quanto às infrações amplas estão em um rol
exemplificativo, uma vez que não é possível prever todas as condutas abusivas
dentro do mercado.
O § 3º do art. 36 traz as infrações restritivas, infrações específicas que, como
dito, estão dispostas em um rol exemplificativo.
Existe, ainda, o truste, que traz a ideia básica de monopólio. Aqui, as empre-
sas deixam de ter personalidade jurídica própria, juntam-se em um só bloco e,
então, nasce o monopólio.
Exercício
86. (Esaf – 2006 – Assistente Jurídico da União) A Administração Pública, em
sentido objetivo, no exercício da função administrativa, engloba as seguin-
tes atividades, exceto:
a) Polícia administrativa.
b) Serviço administrativo.
c) Elaboração legislativa, com caráter inovador.
d) Fomento a atividades privadas e de interesse público.
e) Intervenção no domínio econômico.
2. Administração Direta
Exercício
87. (Cesgranrio – 2012 – Advogado – CEF) A técnica de organização e distribui-
ção interna de competências entre vários órgãos despersonalizados dentre de
uma mesma pessoa jurídica e que tem por base a hierarquia denomina-se:
a) Descentralização.
b) Desconcentração.
c) Outorga.
d) Delegação.
e) Coordenação.
Exercício
88. (Cespe – 2013 – TRE – MS) A respeito da organização administrativa e da
administração direta e indireta, assinale a opção correta:
a) A chamada centralização desconcentrada é a atribuição administrativa
cometida a uma única pessoa jurídica dividida internamente em diver-
sos órgãos.
b) A estrutura básica da administração direta na esfera estadual é compos-
ta pelo chefe do Poder Executivo, que tem como auxiliares os ministros
de Estado.
c) Sociedade de economia mista, empresa pública e fundação pública de
direito público são categorias abrangidas pelo termo empresa estatal ou
empresa governamental.
d) A criação de uma diretoria no âmbito interno de um Tribunal Regional
Eleitoral (TRE) configura exemplo de descentralização administrativa.
e) A administração direta é composta de pessoas jurídicas, também denomi-
nadas entidades, e a administração indireta, de órgãos internos do Estado.
4. Autarquias
Exercício
89. (Esaf – 2004 – MRE) Conceitualmente, o que assemelha autarquia de fun-
dação pública é circunstância jurídica de ambas:
a) Serem órgãos da estrutura do Estado.
b) Serem um patrimônio personificado.
c) Serem um serviço público personificado.
d) Serem entidades da Administração Indireta.
e) Terem personalidade de direito privado.
5. Agências Reguladoras
Exercício
90. (Vunesp – 2013 – MPE – Analista – ES) Sobre as agências reguladoras, é
correto afirmar que:
a) Seus dirigentes são nomeador em cargo de confiança e podem ser exo-
nerados ad nutum.
b) Seus servidores são submetidos ao regime jurídico de trabalho celetista.
c) As decisões das agências devem ser referenciadas pelo respectivo chefe
do Poder Executivo.
d) As decisões proferidas pelas agências são em caráter definitivo, não
podendo ser questionadas no Poder Judiciário.
e) Estão sujeitas à tutela ou controle administrativo exercido pelo Ministé-
rio a que se encontrem vinculadas.
6. Associações Públicas
O art. 241 da Constituição Federal, com redação dada pela EC nº 19/1998, define
consórcio como a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferên-
cia total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade
dos serviços transferidos.
Vale mencionar que os consórcios foram inspirados no Direito dos Tratados
Internacionais.
A Lei nº 11.107/2005 atribui personalidade jurídica de direito público, nos
termos do art. 6º, § 1º; o consórcio integra a Administração Indireta de todos os
entes da federação associados (associação pública).
A natureza jurídica dos consórcios é autárquica e suas prerrogativas estão
previstas no art. 2º, § 1º, II, com a possibilidade de promover desapropriações e
instituir servidões.
182 Direito Administrativo
Exercício
91. (2011 – MPE – Promotor – RJ) A União Federal, um Estado-membro e doze
Municípios de uma mesma região firmaram protocolo de intenções, expres-
sando seu objetivo de implementar a gestão associada de determinado ser-
viço público, e constituíram uma associação pública após a ratificação do
protocolo por lei. Diante desses elementos, foi constituído:
a) Convênio personalizado.
b) Convênio de cogestão.
c) Consórcio público.
d) Convênio administrativo.
e) Consórcio despersonalizado.
Administração Indireta:
– pessoa jurídica de direito público: autarquias, autarquias fundacionais
(fundações de direito público, instituídas pelo Poder Público);
– pessoa jurídica de direito privado: empresas públicas e sociedades de eco-
nomia mista + fundações públicas de direito privado (para parte da doutri-
na, ex.: Di Pietro e Hely Lopes Meirelles).
184 Direito Administrativo
Exercício
92. (Esaf – AFT – 2006) A doutrina sempre considerou muito complexa a figura
das fundações no âmbito da Administração Pública brasileira. Em verdade,
foi constante, ao logo dos anos, a evolução dessa espécie organizacional.
No atual estágio, assinale o conceito correto a respeito das diversas catego-
rias dessa entidade.
a) A fundação pública de direito público tem natureza autárquica e inte-
gra a Administração Pública Direta.
b) A fundação de apoio às instituições federais de ensino superior tem
natureza de direito privado e integra a Administração Pública Indireta.
c) A fundação pública de direito privado vincula-se ao regime jurídico-
-administrativo e integra a Administração Pública Indireta.
d) A fundação previdenciária tem personalidade jurídica de direito público
e vincula-se ao regime jurídico administrativo.
e) A fundação pública de direito privado equipara-se, em sua natureza
jurídica, à sociedade de economia mista.
Direito Administrativo 185
Exercício
93. (Procurador Federal – Cespe – 2006) Acerca das fundações, julgue o item
subsequente:
As fundações públicas ligam-se à administração direta por um vínculo deno-
minado, pela doutrina administrativa, tutela administrativa.
Exercício
94. (Analista Seger – ES – Cespe) A pessoa jurídica de direito privado criada
por autorização legislativa específica, com capital formado unicamente por
recursos de pessoas de direito público interno ou de pessoas de suas admi-
nistrações indiretas, para realizar atividades econômicas ou serviços públicos
de interesse da administração instituidora, nos moldes da iniciativa particu-
lar, é denominada:
a) Fundação pública.
b) Sociedade de economia mista.
c) Subsidiária.
d) Agência executiva.
e) Empresa pública.
Exercício
95. Integram a administração pública indireta as sociedades de economia mis-
ta, as quais podem ser criadas para prestação de serviço público ou para
exploração de atividade econômica. Acerca disso, assinale a alternativa que
apresenta característica de sociedade de economia mista que explora ativi-
dade econômica:
a) Ser pessoa jurídica de direito privado composta por capital exclusiva-
mente público.
b) Sujeitar-se ao regime próprio das empresas privadas.
Direito Administrativo 189
Súmulas nos:
– 556/STF:
“É competente a Justiça Comum para julgar as causas que é parte sociedade
de economia mista.”
– 45/STJ:
“Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que
é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.”
Súmula nº 517 do STF:
“As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a
União intervém como assistente ou oponente.”
Não é verdadeira exceção, pois é a presença da União que desloca a compe-
tência comum estadual para a federal, e não a sociedade de economia mista, cuja
regra é o foro da justiça comum estadual.
Exercício
96. (Procurador do Estado – PB – 2008) Constitui elemento diferenciador entre
sociedade de economia mista e empresa pública o(a):
a) Regime jurídico de pessoal.
b) Composição de capital.
c) Patrimônio.
d) Natureza da atividade.
e) Forma de sujeição ao controle estatal.
Capítulo 17
Controle Interno
5. Tribunal de Contas
Exercício
97. (Fundep – 2011 – MP – MG) Analise as assertivas abaixo:
I – A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. Suas disposições obrigam
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
198 Direito Administrativo
Anotações
Direito Administrativo 201
202 Direito Administrativo
Direito Administrativo 203
Gabarito