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com/c/predimarguimaraes
hermenêutica
substantivo feminino
1. ciência, técnica que tem por objeto a interpretação de textos religiosos ou filosóficos, esp. das Sagradas Escrituras.
2. interpretação dos textos, do sentido das palavras.
Exegese
substantivo feminino
1.comentário ou dissertação que tem por objetivo esclarecer ou interpretar minuciosamente um texto ou uma palavra.
2. interpretação de obra literária, artística etc.
GUARDE ISSO: Enquanto a hermenêutica é a ciência e técnica de interpretar corretamente a Palavra de Deus, a exegese é a ciência
e técnica de expor as idéias bíblicas, ou seja aquilo que se interpretou.
A Pregação deve valer-se desses recursos e tantos outros para uma boa comunicação, sobretudo deve-se haver uma dependência
total do Espírito Santo de Deus.
Por isso, o apóstolo Paulo escreveu aos coríntios: “Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não
o fiz com ostentação de linguagem, ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E foi em
fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de
sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana; e sim, no po der de
Deus” (1 Co 2.1-5).
A homilética não é:
• Substituta da vida espiritual;
• Substituta do Espírito Santo;
• Uma garantia de ministério eficiente.
A homilética é:
• Um auxiliar no estudo e análise do texto;
• Um auxiliar na exposição de idéias;
• Uma compreensão de que o sermão tem muito a ver com o pregador. O pregador é o sermão.
• Uma compreensão de que Deus colocou no mundo recursos que devemos aproveitar.
A maioria dos cristãos primitivos, portanto, seguiu o exemplo da sinagoga, lendo e explicando de modo simples e popular as
Escrituras do Antigo Testamento e do Novo. Não se percebe muito esforço em estruturar uma pregação ou um tema organizador.
As primeiras teorias de pregação encontram-se nos escritos de Crisóstomo (345-407 A. D.), o mais famoso pregador da igreja
primitiva. Mais tarde foi Agostinho quem escreveu De Doctrina Christiana: como chegar ao assunto e como explicar o assunto. A Idade
Média não foi além de Agostinho. O maior pregador da Idade Média foi Bernardo de Claraval (1090-1153).
A grande inovação da Reforma Protestante no século XVI foi tornar a Bíblia o centro da pregação. Os discursos e ladainhas da
igreja romana cheios de rituais foram substituídos pela pregação evangélica das grandes verdades bíblicas, versículo por versículo.
Martinho Lutero e João Calvino expuseram quase todos os livros da Bíblia em forma de comentários. Os líderes da Reforma Prote stante
deram à pregação um novo conteúdo (a graça divina em Jesus Cristo), um novo fundamento (a Bíblia Sagrada) e um novo alvo - a fé viva.
Lutero enfatizava o conteúdo da pregação do evangelho (a justificação pela fé). Segundo ele a pregação evangélica deveria incluir:
tema, introdução, disposição, exposição do texto e conclusão.
Nos dias atuais tem sido grande a busca por um aprimoramento na qualidade da pregação bíblica. Acredita - se que a boa pregação
é fato crucial no crescimento de qualquer igreja, e a pregação tem sido objeto de estudos e aperfeiçoamento por líderes que desejam ver
suas comunidades fortes e crescentes.
Admiro a pregação de Jesus. Ele nos inspira, nos sustenta, e nos mostra o caminho para chegar ao coração das pessoas. Vamos
aprender com o nosso mestre.
Quero compartilhar com você quatro verdades sobre o ministério da pregação de Jesus:
Não se esqueça de que a Pregação Bíblica tem como alvo a transformação de vidas.
ð Mais que uma boa impressão: viva, prática e criativa;
ð Foco no coração e na mente das pessoas;
Resumindo a Pregação Bíblica mostra sua eficácia quando alcança as pessoas em seu tempo:
ð Falar perto do coração das pessoas;
ð Pregar com o físico, a mente, o emocional e no Espírito;
ð Olhar para a congregação com os olhos de Deus;
ð Sempre perguntar a voce mesmo antes de pregar: “Será que essa é a melhor maneira de dizer essa mensagem”
ð Entender os avanços e o progresso.
ðUsar linguagem atual.
A palavra de Deus afirma que “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”. Romanos 10:17.
Entretanto, a falta de vivência real do pregador na fé cristã traz dificuldades na proclamação da palavra.
É plano de Deus usar pessoas na comunicação de sua mensagem como Seu porta -voz. Desde os tempos do Antigo Testamento
quando Deus usou pessoas como Moisés, Elias, Eliseu, Jeremias, Isaías, Daniel e no Novo Testamento pessoas como João Batista, Pedro,
Paulo entre outros.
Estes pregadores não foram seres celestiais ou pessoas anormais. Foram pessoas comuns que Deus usou.
Mesmo diante de suas limitações e fraquezas eles foram porta-voz de Deus transmitindo mensagens ao povo de seu tempo,
podemos usar de exemplo o Apostolo Paulo 2 Coríntios 12:7.
Veremos neste capítulo de Romanos 10, como deve ser a vida devocional da pessoa que se dispõe a ser um porta -voz da
mensagem de Deus.
• A ESTRUTURA DO SERMÃO.
Qualquer explicação requer organização, ordenação, lógica e clareza. Sendo o sermão uma explicação da palavra e vontade de
Deus esse deve ser didática (facilitador no ensino e aprendizagem). A prática de pregações através dos tempos levou os estudi osos do
assunto a relacionarem alguns elementos básicos que devem estar presentes nos sermões, dando a eles uma estrutura que facilita o
desenvolvimento da mensagem.
Esses elementos são: Alvo, texto, tema, introdução, corpo, conclusão e apelo. A isso chamamos de estrutura do sermão e são
imprescindíveis, pois norteiam a linha de pensamento do pregador direcionando o ouvinte para o conteúdo da mensagem.
"A estrutura propriamente dita é a organização do sermão com suas divisões técnicas, que servem para orientar o pregador na
apresentação da mensagem."
Um sermão precisa ter UNIDADE, ORDEM, PROGRESSÃO, assim COMO COMEÇO, MEIO E FIM.
• ALVO OU OBJETIVO – É exatamente aqui que se recebe a mensagem que tem a pregar e a partir deste ponto estruturá-la para
levar a igreja.
• TEMA – Para que o ouvinte possa ter uma idéia do que você tem a falar é imprescindível o emprego de um tema. O ouvinte
realmente estará adentrando no seu sermão.
• INTRODUÇÃO – Começar bem é provocar interesse e despertar atenção. Os cinco minutos iniciais do sermão vão determinar a
atenção que os ouvintes lhe darão.
• CORPO - Essa é a principal parte. Onde deverá está o conteúdo de toda mensagem, ordenado de forma lógica e precisa. Neste
ponto também deverão ser abordadas algumas aplicações utilizadas durante o sermão como, ILUSTRAÇÕES, FIGURAS DE LINGUAGEM,
MATERIAL DE PREPARAÇÃO.
• CONCLUSÃO – “Uma conclusão desanimada, deixará os ouvintes desanimados”. Baseados no objetivo específico do sermão a
conclusão é uma síntese do mesmo e deve ser uma aplicação final à vida do ouvinte.
• APELO – É o momento em que se alcança a consciência, o coração e a vontade do ouvinte. São os frutos do sermão.
• CONGRESSOS E CONFRATERNIZAÇÕES.
Neste caso os assuntos são apresentados pelos organizadores do evento. Para o pregador, o desafio está em desenvolvê -lo. Tenha
intimidade com Deus para transmitir exatamente o que Ele quer falar.
Quase toda pesquisa serve como base para sermões. Todavia, é verdade incontestável que, quanto mais instrução tem uma pessoa,
tanto mais condições terá para preparar e apresentar sermões.
Embora exista um tema, normalmente este é geral, podendo o pregador ser mais específico. Exemplo: TEMA
DO CONGRESSO: “A videira verdadeira” João 15: 1 a 8
* Você pode falar sobre: “Como o cristão pode Ter uma vida frutífera”, “Por que o cristão deve Ter uma vida frutífera?” ou até
mesmo, “Os frutos da videira na vida do cristão”, utilizando outros textos e inserindo um subtema.
Atenção! Conheça e domine os textos bíblicos para explorar estes assuntos mais facilmente.
• TEXTO BÍBLICO.
O texto bíblico é a passagem bíblica que serve de base para o sermão.
Esse texto deverá fornecer a idéia ou verdade central do sermão. Nunca se deve tomar um texto somente por pretexto, e logo se
esquecer dele.
Segundo Jerry Stanley Key existem algumas vantagens no uso de um texto bíblico: 1 - O texto dá
ao sermão a autoridade da palavra de Deus.
• - O texto constitui a base e alma do sermão;
• - Através do texto o pregador ensina a palavra de Deus;
• - O uso do texto ajuda os ouvintes a reter a idéia principal do sermão; 5 - O
texto ajuda a unificar o sermão;
• - Permite uma maior variedade nas mensagens;
• - O texto é um meio para a atuação do Espírito Santo.
É imprescindível a escolha de um texto que se relacione com o tema do sermão, porém adequado. Vejamos o tipo de textos que
devemos evitar:
ð Texto longo cansa os ouvintes. (Salmo 119)
ð Textos obscuros causam polêmicas no auditório. (I Corintios. 11:10 – comportamento feminino no culto)
ð Textos difíceis os ouvintes não entendem. ( Efesios. 1:3 - predestinação)
• EXEGESE.
Exegese é o trabalho de exposição de um texto bíblico.
A exegese é importante para que o ouvinte possa compreender a mensagem bíblica e entender seu significado na atualidade.
Questões de data, autoria, antecedentes e circunstâncias são essenciais à tarefa de preparar sermões bíblicos. Quanto mais co nhecermos
as condições político-religiosas e socio-econômicas sob as quais foi escrito certo documento, tanto melhor poderemos compreender a
mensagem do autor e aplicá-la de acordo com isso.
Uma boa exegese acontece quando o pregador “senta-se” na cadeira do escritor do texto.
• TEMA.
O tema do sermão contém a idéia principal e o objetivo da mensagem. Deve ser estimulante e despertar o interesse, a curiosidade
e a atenção do ouvinte. Deve ser claro, simples, oportuno e obedecer o texto.
Para se desenvolver um bom tema o pregador precisa ter criatividade, hábito de leitura, visão global do sermão e ser sintético
"Que tende a ser resumido e sucinto".
Deve-se atentar para o fato de que assunto e tema não são a mesma coisa. O Assunto é algo mais genérico, enquanto que o tema
é mais específico. Um assunto, por exemplo, poderia ser a "Esperança”, e vários temas poderiam ser derivados deste assunto: "A Esperança
do Crente", "A Esperança do Mundo", etc...
Devemos sempre ter em mente que um bom tema há de fazer surgir na mente do ouvinte uma indagação. Você apresenta sobre
uma verdade alcançável que pretende falar, e os ouvintes hão de perguntar: “Mas como assim?”
O tema deve preferencialmente estar na afirmativa. A frase "Devemos honrar a Cristo obedecendo aos seus mandamentos" é
melhor do que "Não devemos desonrar a Cristo desobedecendo aos seus mandamentos".
O tema deve ser formulado, preferencialmente no tempo presente; não deve incluir referências geográficas ou históricas.
O que você acha do seguinte tema? Gênesis 12:1 "Assim como o Senhor chamou a Abrão de Ur dos Caldeus para ir para uma terra
que desconhecida, da mesma forma Ele chama alguns de nós para irmos pregar aos estrangeiros".
TIPOS DE TEMAS:
• ILUSTRAÇÕES.
São recursos usados para o enriquecimento, e o esclarecimento de uma mensagem, quando devidamente aplicada. Jesus sempre
tinha uma boa história para iluminar as verdades que ensinava ao povo.
O significado do termo ilustrar é tornar claro, iluminar, esclarecer mediante um exemplo, ajudando o ouvinte a compreender a
mensagem proclamada. O bom uso da ilustração desperta o interesse, enriquece, convence, comove, desafia e estimula o ouvinte, valoriza
e vivifica a mensagem, além de relaxar o pregador.
A ilustração não substitui o texto bíblico apenas tem uma função psicológica e didática, para tornar mais claro aquilo que o texto
revela.
As ilustrações devem ser simples, está correlacionada com a mensagem, devem fornecer fatos de interesses humanos e devem ter
um ponto alto ou clímax.
A ilustração é para o sermão o que são as janelas para uma casa. Quais
os motivos que nos devem levar a usar ilustrações?
1o) Por causa do interesse
humano.
2o) Clareza;
3o) Beleza;
4o) Complementação.
A ilustração é como uma janela. Esta nunca é mais importante do que a casa. Obs.: OS
EXEMPLOS BÍBLICOS SÃO AS MELHORES ILUSTRAÇÕES.
HISTÓRICA E CONTEXTUAL: Quando se aplica um conhecimento histórico ou explicação do contexto em que o texto está inserido.
Exemplo:
ð Fundo da agulha – Porta estreita na cidade de Jerusalém onde, os mercadores tinham dificuldades de passar com os
camelos. Mateus 19:24.
• INTRODUÇÃO DO SERMÃO.
Começar é difícil. Muitos escritores escrevem a introdução quando terminam o livro.
Alguém certa vez disse sobre um sermão: “O pregador começou por fazer um alicerce para um arranha-céu, mas acabou
construindo apenas um galinheiro”.
A introdução é tão importante quanto a decolagem de um avião que, deve ser bem feita para um vôo estabilizado. Ela, por certo ,
deve envolver o ouvinte, despertar o interesse e curiosidade e, também, ser um meio de conduzir os ouvintes ao assunto que está sendo
tratado no sermão. Uma boa introdução dá ao pregador segurança, tranqüilidade, firmeza e liberdade na pregação.
Uma boa introdução deve ser:
• Breve (em torno de 5 minutos).
• Apropriada, de acordo com o tema do sermão.
• Interessante.
• Simples. Sem arrogância, sem prometer muito.
• Cuidadosamente preparada.
Uma introdução bem estruturada, deve apresentar algumas características como, clareza e simplicidade, deve ser um elo de
ligação com o corpo do sermão e uma ordenação de pensamentos de forma lógica e sistematizada e, não deve prometer mais do que se
pode dar. É preciso estar atento para o tempo de duração da introdução que, deve ser breve e proporcional ao sermão. Evitar desculp as
que possam trazer uma má impressão.
Tipos de introdução: Você pode usar um destes tipos para iniciar um sermão:
• – ILUSTRATIVA – Uso de uma ilustração na introdução. Imagine que o assunto que será abordado seja complexo. Então, comece
com uma ilustração que explique e esclareça o que pretende dizer.
• – DEFINIÇÃO – Explicação detalha de um determinado conceito. Explique para o ouvinte o que tem a dizer. Dê a ele conceitos
significados de símbolos, termos e assuntos que ele provavelmente não conheça. Em um sermão onde o assunto é a PAZ, o pregad or
explicou, na introdução, o que é a paz, seus significados no velho e novo testamento, evolução lingüística do termo paz e a aplica ção do
termo hoje.
• O CORPO DO SERMÃO.
Aqui o pregador irá expor idéias e pensamentos que deseja passar para os ouvintes. As divisões
devem ser desenvolvidas de acordo com a realidade de hoje.
As divisões devem ter significados para os ouvintes e, não devem se desviar da mensagem principal que é a coluna do sermão, o
objetivo será finalizado e apresentado na conclusão.
O ouvinte precisa acompanhar o seu desenvolvimento. “Cada divisão, subdivisão, e até ilustrações e explicação, tem que apontar
na direção do alvo e em ordem de interesse”. Cada ponto deve discutir um aspecto diferente para que não haja repetição.
As frases devem ser breves e claras. As divisões servem para indicar a linha de pensamento a serem seguidas no sermão.
Entretanto, deve-se fazer uma discussão que é a revelação das idéias contidas nas divisões.
Resumindo...
• Devem ter unidade de pensamento.
• Elas ajudam o pregador a lembrar-se dos pontos principais do sermão.
• Elas ajudam os ouvintes a recordarem-se dos aspectos principais do sermão.
• Elas devem ser distintas umas das outras.
• Elas devem originar-se da proposição e conduzir progressivamente até o clímax do sermão.
• Elas devem ser uniformes e simétricas.
• Cada divisão deve ter apenas uma idéia ou ensino.
• O número das divisões deve, sempre que puder ser o menor possível.
• Deve girar em torno de uma única idéia principal da passagem, e as divisões principais devem desenvolver essa idéia.
• As divisões podem consistir em verdades sugeridas pelo texto.
• As divisões devem, preferencialmente e quando possível, vir em seqüência lógica e cronológica.
• As próprias palavras do texto podem formar as divisões principais do sermão, desde que elas se refiram à idéia principal.
Exemplo de divisões:
Tema: O Cristo que não muda.
Texto: Hebreus 13:8 - Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente.
Divisão I - O que não muda em Cristo?
“Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu
entendimento”. Isaías 40:28.
Detalhe importante: Deve-se observar aqui que a proposição ou proposta do sermão estará presente nas divisões do sermão. Todas
as divisões do sermão voltam sempre a questão da proposição.
Exemplo:
TEMA: "A Vida Cristã é uma Vida Vitoriosa".
PROPOSIÇÃO: "Quais são os motivos que nos levam a considerar que a Vida Cristã é uma Vida Vitoriosa?" ou “Como se faz da Vida
Cristã uma Vida Vitoriosa?” ou "Vejamos cinco motivos pelos quais podemos afirmar que a Vida Cristã é uma Vida Vitoriosa". A palavra
motivo é a palavra-chave do sermão.
Nas divisões pode-se apresentar a palavra motivo como:
Divisão I – O primeiro
MOTIVO é...
Divisão II – O segundo
MOTIVO é...
• A CONCLUSÃO.
É o clímax da aplicação do sermão
Muitos pregadores não sabem ou não conseguem concluir um sermão. Isso acontece por que estes não preparam um esboço e
suas idéias estão desordenadas, logo, não conseguem encontrar uma linha condutora da conclusão do sermão. Devo de confessar q ue
considero esta a parte mais difícil no sermão.
Logo, uma boa conclusão deve proporcionar aos ouvintes satisfação, no sentido de haver esclarecido completamente o objetivo
da mensagem. É preciso ter um ponto final para que o pregador não fique perdido.
OBS.: NÃO DEVE PREGAR UM SEGUNDO SERMÃO. (muitos fazem isso).
• O APELO.
Um esforço feito para alcançar o coração, a consciência e a vontade do ouvinte. Ao fazer o apelo, os pronomes se tornam muito
importantes. Usem os pronomes "vós" e "nós". Incluam-se nele. Evite “você”.
Apelo ou apelação cuidado com isso:
apelo
substantivo masculino
1.ato, processo ou efeito de apelar.
2.chamamento, convocação, invocação.
apelação
substantivo feminino
1.ato ou efeito de apelar.
2.jurídico (termo) recurso das decisões definitivas de primeira instância para juiz, instância ou tribunal superior; apelo.
• - SERMÃO TEXTUAL.
É aquele em que toda a argumentação está amarrada no texto principal que, será dividido em tópicos. No sermão textual as idéias
são retiradas de um texto escolhido pelo pregador.
O mais comum é o pregador usar a divisão natural do texto, onde a distinção das idéias está no texto e apenas deve ser posta em
destaque. Este tipo de divisão permite ao pregador usar as próprias palavras do texto.
Exemplo, I Corintios. 13:13 apresenta três divisões naturais, cujo tema tirado do texto, fica a critério do pregador. TEMA: As três
coisas mais importantes da vida.
• A fé;
• A esperança;
• O amor.
Repare que cada tópico (divisão) apresenta um termo ou uma passagem do texto. De tal forma que o texto pode ser bem explorado
pelo pregador.
O sermão textual exige do pregador conhecimento do texto, contexto e cultura bíblica.
• - SERMÃO TEMÁTICO.
É aquele em que toda a argumentação está amarrada em um tema, divide-se o tema e não o texto, o que permite a utilização de
vários textos bíblicos.
A divisão deriva-se do tema ou assunto apresentado e é independente do texto bíblico escolhido. No sentido técnico, o sermão
temático é aquele que deve sua estrutura e sobretudo divisões ao desenvolvimento da verdade que está em volta do tema.
Observe o exemplo:
Tema: “A PAZ QUE SÓ JESUS PODE DAR...”
• 1– ...ilumina nosso caminho Lucas 1:79.
• 2– ...liberta a nossa mente de pensamento perturbador João 14:27.
• 3 – ...retira sentimento de medo João 20:19 e 20.
4 – ...salva João 3:16.
Repare que cada tópico (divisão) apresenta uma característica da “Paz” proposta pelo tema, mas, para cada ponto há um texto
diferente, ou seja, a base do sermão é a “Paz de Jesus” que é abordada em diversos textos bíblicos.
É possível aplicar um texto bíblico diferente do texto base em cada divisão do tema.
O sermão temático exige do pregador mais cultura geral e teológica, criatividade, estilo apurado, contudo, o sermão temático
conserva melhor a unidade.
• - SERMÃO EXPOSITIVO.
É aquele que explora os argumentos principais da exegese, hermenêutica e faz uma exposição completa de um trecho mais ou
menos extenso. O sermão expositivo é uma aula, uma análise pormenorizada e lógica do texto sagrado. Este tipo do sermão reque r do
pregador cultura teológica e poder espiritual.
O sermão expositivo está diretamente ligado ao sermão textual, com a diferença de que o seu desenvolvimento é feito sob as
regras da exegese bíblica, e não abrange um só versículo, mas uma passagem, um capítulo, vários capítulos, ou mesmo um livro inteiro.
O sermão expositivo é o método mais difícil de pregar. Apreciado pelos que se dedicam à leitura e ao estudo diário e contínuo da
bíblia, deve ser feito uma análise de línguas, interpretação, pesquisa arqueológica, e histórica, bem como, comparação de textos.
É muito comum o uso do sermão expositivo em pregações seriadas como conferências e estudo bíblico.
Exemplo:
O ENCONTRO COM A VIDA
Lucas 7:11-17
A ) Pessoas entristecidas.
B ) Pessoas sem esperança.
C ) Pessoas inconformadas.
.
Divisão III - O encontro da vida com a morte.
A ) A vida é uma autoridade.
B) A morte se curva ante a vida. Divisão IV - O resultado do encontro.
Divisão III!
A ) A ressurreição do jovem.
B ) A alegria da multidão entristecida.
C ) A edificação da multidão que seguia Jesus.
D ) A conversão de muitos.
Enquanto os pensamentos da mensagem estão claros na mente, preparar a conclusão. A conclusão não deve ser longa, pois a
atenção da maioria dos ouvintes é limitada.
A introdução e o título são feitos por último. Depois de tudo pronto a visão do assunto é ma is clara e é mais fácil preparar estas
partes que despertam o interesse no sermão.
“A primeira impressão é a que fica”. Tive um professor no seminário que dizia que a postura do pregador desde que entra no
ambiente do culto, já determina a forma como os ouvintes receberão sua mensagem.
Tenho aprendido que não fica bem entrar num auditório somente para pregar, sem participar de todo o culto. A maneira como o
pregador se comporta durante o culto já determina a atenção que as pessoas lhe darão quando estiver pregando.
Outro cuidado importante a ser tomado é com relação ao público: Como são as pessoas que vão ouvi-lo? A fisionomia também
é muito importe, pois transmite os nossos sentimentos, Vejamos:
ð Ficar em posição de nobre atitude.
ð Olhar para os ouvintes.
ð Não demonstrar nervosismo.
ð Evitar exageros nos gestos.
ð Não demonstrar indisposição.
ð O assentar também é muito importante.
Observe com atenção estes aspectos errados que devem ser considerados pelo pregador:
ð Fazer uma Segunda e auto-apresentação;
ð Manter a mão no bolso ou na cintura o tempo todo;
ð Molhar o dedo na língua para virar as páginas da bíblia;
ð Fazer gestos impróprios;
ð Evitar desculpas, você começa derrotado (não confundir com humildade);
ð Chegar atrasado;
Obs.A) Caso não concorde com alguns aspectos, não aceite o convite.
• Doutrina e mudanças cabem ao pastor da igreja
• Se acredita ter recebido uma mensagem de Deus dentro desses aspectos: Fale com o Pastor.
Temos algumas formas de tomar nossos sermões simples, de tal forma que as pessoas possam entendê-lo sem perder o conteúdo.
• Crie um bom tema (lembre-se do marketing nos outdoors).
• Evite os termos teológicos. Ex: Soteriologia; Escatologia; Pneumatologia, Cristologia e etc.
• Conserve simples o esboço.
• Faça de suas aplicações os pontos fortes de seu sermão.
•
Aqui está a chave para pregar de forma que se transforme vidas.
O que mais uma pessoa se lembra de um sermão, são suas principais divisões. Torne-as passos para a ação.
Procure mostrar o que as pessoas devem fazer para melhorar ou mudar de vida.
Outro exemplo:
Texto Mateus 4:1-11
Assunto: Tentação
Tema: Pode-se resistir vitoriosamente à tentação.
Proposição: À semelhança de Cristo, devemos preencher certas condições. (palavra chave: “Condições”)
* 1 - Temos que conhecer a Palavra de Deus. (“Está Escrito”)
• 2- Temos que crer na Palavra de Deus. (“Está Escrito”)
• 3- Temos de obedecer a Palavra de Deus. (“Está Escrito”)
Conclusão: Se nós, como Cristo no deserto, conhecermos.., crermos... obedecermos..., também nos ergueremos em triunfo.
Como pregadores precisamos ser Bíblias vivas. Nossa voz deve ser a voz de Deus comunicando o relacionamento que Deus deseja
ter com o pecador, Somos portadores de Boas Novas de salvação, e as pessoas esperam ver qual o caminho pelo qual se salvar. A o
transmitirmos a mensagem de Deus, não podemos deixar dúvidas na mente de nossos ouvintes, pois aquela pode ser a última vez que
alguém poderá estar ouvindo a advertência divina. Não basta gostar de pregar, precisamos amar os ouvintes.
No capítulo seguinte, está chegando a grande hora. Você vai poder exercitar o que aprendeu...
7. EU, UM PREGADOR.
Neste último capítulo será a vez de você escrever. Essa será a aula prática. Siga o
roteiro sugerido e prepare um sermão como exercício deste curso.
Mãos a obra.
OBS: (Com Oque aprendemos: Faça um esboço em uma folha e me dê para correção, Qualquer Tema)
CONCLUSÃO
Com a aplicação das lições aqui aprendidas, teremos possibilidade de prepararmos melhores sermões. Mas não se esqueça de que
temos por base a iluminação do espírito Santo e a bíblia sagrada, que é a base indispensável para todo o sermão cristão. A bíblia é um
manancial inesgotável de iluminação, para todos os pregadores cristãos do mundo inteiro, e de todas as épocas, desde que foi iniciada a
sua compilação.
Deus, que é o autor da bíblia sagrada, jamais abandonará um filho seu que se proponha estudá -la e transmiti-la, quer seja a
pessoas já salvas, ou a pessoas ainda não salvas por Jesus Cristo.
Portanto, nada de desânimo ou pânico, ao invés disso, oração, estudo, dependência de Deus, mente aberta para a iluminação
divina, disposição, emprego de tempo para o preparo do sermão e coragem para transmitir ao povo o que Deus orientar e determinar, para
honra e glória do Seu nome.
Encerramos esta matéria, (homilética), a qual está colocado à disposição dos irmãos que se interessarem em aprimorar suas
habilidades como pregadores da palavra de Deus.
Reconhecemos que este material é limitado, visto que, há materiais muito mais extensos e profundos, relativos à pregação cris tã
(homilética), porém, a nosso ver, o que pudemos juntos aprender aqui se resume no essencial pa ra melhorar o desempenho do pregador
da palavra de Deus que não tem, ou não teve, acesso a material mais completo.
Nosso desejo é que os irmãos que estudaram este material, tenham recebido subsídios suficientes, hajam crescido e o apliquem,
tanto para o preparo, quanto para a entrega da mensagem de Deus quando, para isto, forem solicitados.
Que Deus abençoe todos os mensageiros da sua Santa Palavra, a qual tem contribuído e com certeza continuará contribuindo,
para o crescimento espiritual dos filhos de Deus, bem como para que muitos não salvos descubram a forma de alcançarem a maravilhosa
salvação eterna.
Você não fez um curso para ser pregador. Aprendeu apenas umas dicas. Leia mais, aumente seu vocabulário (pregar depende
muito de usar bem as palavras), aprenda um pouco de português (“Nós vai, nós foi” dói um pouco), e sempre estude (não apenas leia, mas
estude) a Bíblia. Cuide de sua comunhão com Deus, seja uma pessoa espiritualmente séria e zelosa.
E quando for pregar, peça a Deus que use sua mente,suas palavras, sua voz. Grande abraço de seu pastor e amigo;
Pr. Edimar Guimarães