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ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO

FUNDADA EM 21 DE DEZEMBRO DE 1964


MANTENEDORA DAS FACULDADE S DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, ADMINISTRATIVAS E DACOMPUTAÇÃO,
FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DOM BOSCO, FACULDADE DE ENGENHARIA DE RESENDE, FACULDADE DE
PEDAGOGIA E LETRAS E DO COLÉGIO DE APLICAÇÃO DERESENDE

GABRIEL DOMINGOS 15218111


FABRÍCIO SEIXAS 18278111

COEFICIENTE DE ARRASTO NOS AUTOMOVEIS

RESENDE
2020
ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO
FUNDADA EM 21 DE DEZEMBRO DE 1964
MANTENEDORA DAS FACULDADE S DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, ADMINISTRATIVAS E DACOMPUTAÇÃO,
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GABRIEL DOMINGOS 15218111


. FABRÍCIO SEIXAS 18278111

4º BIMESTRE - 2020

Trabalho apresentado para disciplina de


Propriedades Mecânicas dos Materiais, no
curso de Engenharia de Mecânica, da
Associação Educacional Dom Bosco,
mantenedora da Faculdade de Engenharia
de Resende. Como nota para o Quarto
Bimestre.
Prof. Pedro.

RESENDE
2020
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MANTENEDORA DAS FACULDADE S DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, ADMINISTRATIVAS E DACOMPUTAÇÃO,
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Sumário
1 Introdução ......................................................................................................... 4
2 Revisão Bibliográfica......................................................................................... 5
2.1 Mecânica dos fluidos ..................................................................................... 5
2.1.1 Desenvolvimento ........................................................................................ 5
2.1.2 Conceitos fundamentais e definição de fluido: ............................................ 5
2.1.3Tipos de Fluidos:.......................................................................................... 6
2.1.4 Tensão de cisalhamento Lei de Newton da viscosidade: ........................... 6
2.2 Aerodinâmica automotiva .............................................................................. 6
2.2.1 Primeiros Estudos ....................................................................................... 6
2.3 Viscosidade ................................................................................................... 7
2.4 Números de Reynolds ................................................................................... 7
2.5 Efeitos da Geometria e do Número de Reynolds: .......................................... 8
2.5 Otimização do capô e região frontal .............................................................. 9
2.7 Coeficiente de Arrasto: ................................................................................ 10
2.7.1 Atrito viscoso:............................................................................................ 10
2.7.2 Frações do arrasto e suas origens localizadas: ........................................ 11
2.7.2 Escoamento em torno de um veículo:....................................................... 11
2.7.3 Arrasto: ..................................................................................................... 12
2.7.4 Arrasto de Pressão: .................................................................................. 13
2.8 Coeficiente na prática ................................................................................. 13
3 Materiais e métodos ........................................................................................ 14
3.1 Túnel de vento ............................................................................................. 15
3.2 Experimento ................................................................................................. 16
4 Resultado e Discussão ................................................................................... 17
5 Conclusão ....................................................................................................... 19
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1 Introdução

A cada dia que se passa o cenário automobilístico está cada vez mais
competitivo, dentre tantas categorias, sendo a de um carro de passeio que
visa o conforto e economia de combustível, a um carro esporte, que tem como
finalidade a auto performance ou até mesmo um caminhão que segue em
várias finalidades, sendo elas urbanos ou para entregas em grandes
distancias , que está forte em mercados com pouca locomoção ferroviária.

Em dinâmica dos fluidos, o coeficiente de resistência aerodinâmica


também chamado de coeficiente de arrasto, é um número usado para dar a
quantidade de arrasto ou a resistência de um objeto em meio de um fluido
como o ar ou a agua, ou em outras palavras permite da a quantidade da força
de resistência ou ar ou qualquer outro fluido por parte de uma superfície. É
usado na equação do arrasto, onde o coeficiente de arrasto mais baixo indica
que o objeto terá menos arrasto aerodinâmico ou hidrodinâmico, sendo assim
um arrasto menor terá uma autonomia maior relacionado a combustíveis.
(Wikipédia, 2020)

De acordo com Marcus Vinicius Aguiar, direto de segurança veicular da


AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), o objeto com a
aerodinâmica mais perfeita é a gota d’agua, com um Cx de 0,05 e a do Fusca
variando de 0,48 a 0,49. (Portallubes, 2020)

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2 Revisão Bibliográfica

2.1 Mecânica dos fluidos

2.1.1 Desenvolvimento
Mecânica dos Fluidos é a ciência que estuda o comportamento físico dos
fluidos, assim como as leis que regem esse comportamento. As bases lançadas
pela Mecânica dos Fluidos são fundamentais para muitos ramos na aplicação da
engenharia. Dessa forma, o escoamento de fluidos em canais e condutos, a
lubrificação, os esforços em barragens, os corpos flutuantes, as máquinas
hidráulicas, a ventilação, a aerodinâmica e muitos outros assuntos lançam mão das
leis da Mecânica dos Fluidos para obter resultados de aplicação prática. Como se
pode observar, pelo exposto, poucos são os ramos da engenharia que escapam
totalmente do conhecimento dessa ciência que se torna, assim, uma das de maior
importância entre as que devem fazer parte dos conhecimentos básicos do
engenheiro. (Brunet, 2008)

2.1.2 Conceitos fundamentais e definição de fluido:


A definição de fluido é introduzida, normalmente, pela comparação dessa
substância comum sólido. A definição mais elementar diz: Fluido é uma substância
que não tem uma forma própria, assume o formato do recipiente. A Figura 1.1 ilustra
a maneira como é observado o fluido. (Brunet, 2008)

Figura 1.1 – Pag 17 Mecânica dos Fluidos 2º Edição

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Os fluidos são, portanto, os líquidos e os gases, sendo que estes ainda se


distinguem dos primeiros por ocuparem todo o recipiente, enquanto os líquidos
apresentam uma superfície livre. (Brunet, 2008)

2.1.3Tipos de Fluidos:
Do ponto de vista da mecânica dos fluidos, toda a matéria encontra-se em
somente dois estados, fluido e sólido. A diferença entre esses dois estados está na
reação de cada um deles à aplicação de uma tensão de cisalhamento ou tangencial.
Um sólido pode resistir a uma tensão de cisalhamento por uma deflexão estática;
um fluido não pode. Qualquer tensão de cisalhamento aplicada a um fluido, não
importa quão pequena ela seja, resultará em movimento daquele fluido. O fluido
escoa e se deforma continuamente enquanto a tensão de cisalhamento estiver
sendo aplicada. Como consequência, podemos dizer que um fluido em repouso
deve estar em um estado de tensão de cisalhamento igual a zero, um estado
geralmente chamado de condição de estado hidrostático de tensão, em análise
estrutural. (Frank M. White, Mecânica dos Fluidos, 2011)

2.1.4 Tensão de cisalhamento Lei de Newton da viscosidade:


Seja uma força F aplicada sobre uma superfície de área A. Essa força pode
ser decomposta segundo a direção da normal à superfície e a da tangente, dando
origem a uma componente normal e outra tangencial. Define-se tensão de
cisalhamento média como sendo o quociente entre o módulo da componente
tangencial da força e a área sobre a qual está aplicada. (Brunet, 2008)
𝜏=𝐹𝑡𝐴

2.2 Aerodinâmica automotiva

2.2.1 Primeiros Estudos


A aerodinâmica e a tecnologia veicular se juntaram lentamente ao decorrer
do tempo, tendo sucesso após inumeras tentativas. Naturalmente, projetistas de
navios e aeronaves estavam numa condição melhor, eles encontraram as formas
da natureza, peixes e passaros. Apartir dessas formas conseguiram alcançar

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caracteristicas essenciais. Para veiculos não havia coisas desse tipo. Mais tarde
viram que seria uma aproximação errada. Somente quando houve um afastamento
desse conceito, houve uma evolução na aerodinamica, podemos ver um pouco da
evolução dos automoveis ao decorrer do tempo, como mostra a figura 1.2. (Oliveira,
2012)

Figura 1.2 – Pag 14 (Oliveira, 2012)

2.3 Viscosidade
A viscosidade se refere às tensões locais em um fluido em movimento com
a taxa de deformação por cisalhamento do elemento fluido. (Ramos, 12)

2.4 Números de Reynolds


O parâmetro primário correlacionando o comportamento viscoso de todos os
fluidos newtonianos é o adimensional número de Reynolds. (Oliveira, 2012)
𝑅𝑒=𝜌𝑉/𝐿𝜇=𝑉/𝐿𝑣
V= Velocidade
L= Comprimento do escoamento

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Geralmente a primeira coisa que um engenheiro deve fazer é estimar a faixa


do número de Reynolds do escoamento em estudo. Onde Re muito baixo seu
escoamento é viscoso onde a inercia é desprezível, para Re baixos são os
escoamentos laminares, e quando o Re for alto são escoamentos turbulentos.
(Ramos, 12)

2.5 Efeitos da Geometria e do Número de Reynolds:


Um dos caminhos para a análise das camadas limite, consiste em estudar o
escoamento não viscoso, para determinar a distribuição de pressões ao longo da
camada limite essa distribuição de pressão pode se constituir em uma das
condições de contorno para a análise de camada limite propriamente dita como
ilustra a figura 1.3. (Ramos, 12)

Figura 1.3 – Comparação dos escoamentos na placa – Pag 21 (Ramos, 12)

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2.5 Otimização do capô e região frontal


A região frontal do veículo pode ser grosseiramente aproximada com um
bloco paralelepipédico as linhas de corrente em torno deste bloco são mostradas
na figura 1.4.

Para uma simplificação adicional, a tomada de agora para resfriamento do


motor, é adotada como fechada, o ponto de estagnação é formado na face vertical
frontal, por causa de uma aproximação do solo, o ar tende a fluir sobre em torno
do veículo, melhor que por baixo dele as linhas de corrente próximas do região
frontal, são portanto direcionadas para cima o escoamento é significado significa
mente defletido ao ponto de intersecção entre a face frontal do capô e lateral. A
figura 1.5 mostra a distribuição de pressão influenciada pela geometria com cantos
vivos e Campos arredondados. (Ramos, 12)

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2.6 Escoamento:
Escoamento sobre corpos imersos é uma área da mecânica dos fluidos que
estuda a passagem de um fluido envolvendo um objeto sólido. Quando o fluido é o
ar, a análise desse escoamento recebe o nome de aerodinâmica. (Prof. MSc. Bruno
Silva de Sousa, Análise da aerodinâmica de carros populares, 2013)
A forma do corpo imerso influencia muito no escoamento do ar. “Os corpos
aerodinâmicos (como aerofólios e carros de corrida) provocam poucos efeitos no
escoamento se comparados com aqueles provocados pelos corpos rombudos
(como pára-quedas e edifícios)”. (MUNSON et al., 2004)

2.7 Coeficiente de Arrasto:


Para (Gillespie, 1992) a aerodinâmica produz um grande impacto nos carros
modernos e nos caminhões, através de sua contribuição para a “carga rodoviária”.
As forças aerodinâmicas produzidas em um veículo surgem de duas fontes, forma
(ou pressão), arrasto e atrito viscoso. O fluxo bruto sobre a carroceria de um carro
é governado pela relação entre velocidade e pressão expressa na equação de
Bernoulli.

2.7.1 Atrito viscoso:


Um fluido possui duas propriedades relevantes em um estudo de
escoamento, sua densidade e sua viscosidade μ. Devido à viscosidade do fluido há
uma regra básica da mecânica dos fluidos que é, independente do escoamento, a
condição de não-escorregamento do fluido na superfície do corpo. Isso significa
que, não interessa qual seja a velocidade do fluxo, qual seja a geometria da
superfície, na superfície do corpo a velocidade relativa do fluido será sempre zero.
O escoamento do fluido ao longo de um corpo apresenta algumas características
que são de extrema relevância num estudo de aerodinâmica como é ilustrado na
figura 1.6. (Ribas)

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Figura 1.6 – (Pag 24 Projeto Aerodinâmico de um veículo para competições de Rali Cross
Country)

2.7.2 Frações do arrasto e suas origens localizadas:


A determinação dos componentes de arrasto, é feita por um engenheiro
aerodinâmico utilizando um túnel de vento, um engenheiro rastreia os pontos fracos
no escoamento em torno do veículo, ele tenta aproximar o escoamento ideal,
modificando a geometria medir o arrasto, por meio de uma balança, é o tipo caminho
para validar a medição, entretanto a balança não diz nada sobre a localização do
arrasto. É meio simples de visualização tais como a ponta de fumaça não dão mais
que uma ideia muito grosseira do escoamento, o resultado antes e depois é
interpretada como uma contribuição do arrasto, de um detalhe específico sobre
investigação entretanto entender, o escoamento requer e além de uma aproximação
pragmática, componentes de arrasto não devem ser somente correlacionado as
medições geométricas eles devem pelo menos ser explicados qualitativamente.
(Ribas)

2.7.2 Escoamento em torno de um veículo:


Geralmente o escoamento em torno de um carro, em movimento é
assimétrico com respeito a seu eixo longitudinal, porque a ocorrência de vento na
direção do movimento do veículo é rara. A velocidade do veículo V e a velocidade
natural do vento Vw, são combinadas de forma a gerar a velocidade relativa do

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escoamento, com a rotação do ângulo 𝛽 , como mostra a figura 1.7 para


simplificação o escoamento simétrico é considerado em primeiro lugar. (Ribas)

Figura 1.7 – Pag 35 (Ramos, 12)

2.7.3 Arrasto:
Um corpo imerso num meio fluido com movimento relativo entre o meio e o
fluido fica sujeito a forças de pressão. A resultante dessas forças de pressão é
chama de força hidrodinâmica quando o fluido é líquido, e força aerodinâmica
quando o fluido é um gás. Essa força resultante é chamada de força de arrasto, ou
somente arrasto. (SYLVIO R. BISTAFA, MECANICA DOS FLUIDOS NOÇÕES E
APLICAÇÕES, 2010, PAG 228)
A força de arrasto é a força total exercida por um fluido sobre um corpo na
direção do escoamento devido aos efeitos combinados de forças de cisalhamento
na parede e forças de pressão. A parte do arrasto que é devida à tensão de
cisalhamento na parede é chamada de arrasto de atrito superficial. A parte do
arrasto que é devida a pressão é chamada de arrasto de pressão. Onde o arrasto
de superfície é obtido por 𝐹𝑎𝑠 onde 𝐹𝑎𝑠=∫𝜏𝑑𝐴𝜏 como mostra em detalhes a figura
1.8. (MECÂNICA DOS FLUIDOS FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES BY YUNUS A.
ÇENGEL, JOHN M. CIMBALA)

Figura 1.8

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• onde 𝐴𝜏 = área da superfície do corpo onde agem as tensões de


cisalhamento.

2.7.4 Arrasto de Pressão:


O arrasto de pressão e proporcional a área frontal e a diferença entre as
pressões que agem na frente e atrás do corpo imerso como mostra a figura 1.9.
(MECÂNICA DOS FLUIDOS FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES BY YUNUS A.
ÇENGEL, JOHN M. CIMBALA)

Figura 1.9 (MECÂNICA DOS FLUIDOS FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES BY


YUNUS A. ÇENGEL, JOHN M. CIMBALA)

2.8 Coeficiente na prática


Para os caminhões, é mais complicado em sua otimização em termos de
aerodinâmica, e é muito fácil entender esta dificuldade, pois os caminhões são muito
mais pesados que os carros e suas áreas frontais também são muito maiores.
Falando sobre os automóveis, as indústrias automobilísticas buscam criar veículos
mais modernos e eficientes reunindo beleza, consumo reduzido e potência elevada,
assim diversificando esses coeficientes, pois para cada proposta de público um
modelo diferente. Suas carrocerias são arredondadas e possuem partes que
canalizam o ar para que flua ao redor do veículo com a menor resistência possível.
Alguns carros de alto desempenho têm até mesmo partes projetadas para levar o
ar a se mover de forma suave sobre sua parte inferior.
Em determinados modelos existem um componente chamado de aerofólios
(também chamados de “asas” ou spoilers) que ajuda a impedir que o ar “puxe” o
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carro para cima, assim criando uma sustentação para o carro, o que diminui sua
estabilidade. Hoje em dia há alguns equipamentos como os defletores que ajudam
os caminhões, possibilitando um CX (coeficiente de arrasto) menor, e assim
melhorando sua aerodinâmica.
Para cada tipo de veículo, seja ele um caminhão, ônibus ou carros de
passeios, tem um comportamento distinto um do outro, sendo assim podendo haver
variações em seu coeficiente de arrasto. Para os caminhões, seu coeficiente de
arrasto é enorme, tendo em média um Cx de 0,9 e CX 1,0. Para os automóveis de
passeios um Cx de 0,30. Por sua vez as picapes por se tratando de conceito
diferente dos automóveis, tem um Cx de 0,40, pois tratasse de um veículo um pouco
mais alto. Para os carros de F-1, chegando a um Cx de 0,70, conseguem
sustentação negativa graças a aerofólios ou defletores montados na frente e na
traseira.
Um automóvel não é apenas projetado para andar, e tendo isso em mente, é
visto que a interferência de seu coeficiente, seja ele alto ou baixo, terá um
comportamento diferente ao dirigir o veículo em específico. O consumo de
combustível está mais do que atrelado a esse estudo, pois tratando-se de um
coeficiente de arrasto alto, o consumo de combustível pode ser maior. Há maneiras
de melhorar seu coeficiente de arrasto em determinados casos, os spoilers (“asas”)
e os defletores, ajudam na aerodinâmica do veículo, seja ele um caminhão pesado
ou um automóvel de alta performance. Pelo custo alto de um teste de aerodinâmica
utilizando um túnel de vento, muitas indústrias estão optando pelo uso de software
para fazerem essas análises, isso pode acarretar alguns problemas, pelo fato que
essa analise não seja tão fiel para análise real, mas traz ótimos parâmetros.

3 Materiais e métodos
O presente estudo é realizado com o auxílio de um túnel de vento como é
ilustrado a imagem 1.10, que produz um fluxo de ar controlado para que os
resultados possam ser classificados de acordo com as variáveis controladas do
túnel de vento.

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Nesse tópico será explicado o funcionamento e construção de um túnel de


vento, e como é conduzido o experimento nele feito.

Figura 1.10

3.1 Túnel de vento


Túnel de vento é uma instalação usada para produzir um fluxo de ar que
simula diversas situações reais permitindo o estudo do comportamento de
diferentes corpos submetidos a diferentes condições de fluxo em fase experimental
de modo a reduzir tempo e custos dos testes. São muito usados na fase de testes
de diferentes produtos tais como aviões, automóveis, capsulas espaciais, edifícios,
pontes entre outros.
Túneis de vento podem ser construídos com diferentes finalidades, e sua
construção e seus componentes podem diferir de acordo com a aplicação e o
objetivo.
Um túnel de vento basicamente precisa ter uma força motriz que desloque o
ar contra o objeto estudado, dispositivos que condicionem o vento reduzindo
turbulências e vórtices para que o perfil de entrada seja controlado, elementos
capazes de criar controladamente turbulências ou perturbações de modo a
reproduzir condições reais, e depois disso, são necessários instrumentos de
medição, que apontam o comportamento do fluxo em diferentes regiões do objeto
estudado.
O túnel de vento usado nesse estudo está instalado no laboratório de
Pneumática da Faculdade de Engenharia de Resende, em Resende, sul do estado

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do Rio de Janeiro e tem como finalidade os estudos de corrente de ar em corpos


rígidos. O laboratório é coordenado pelo professor Farney Coutinho que orienta e
supervisiona os experimentos realizados no laboratório.
O túnel de vento utilizado tem um ventilador de 175CV de potência, tem 28
metros de comprimento de seção de teste, e 40 metros de comprimento total, e é
capaz de produzir ventos de até 90km/h. O túnel também tem um difusor como
contração de entrada com relação de área de entrada e saída é de 2,5 vezes. O
equipamento conta com uma colmeia para reduzir os vórtices e telas para promover
uma perda de carga, chegando na seção de teste sem turbulência e pronto para ser
condicionado de acordo com o teste a ser feito.
A aquisição de dados dos experimentos é obtida através do uso de sensores
piezo-resistivos, que medem as pressões em diversos pontos distribuídos pelo
objeto a ser estudado. Para obtenção de dados do escoamento é usado um sistema
à laser que mapeia o campo de velocidade onde é possível verificar as velocidades
ao entorno do objeto estudado. É usado também fumaça de gelo seco durante o
teste para obter dados visuais de escoamento na superfície do corpo de prova.

3.2 Experimento
Para esse experimento, após a retificação do fluxo de entrada, são usados
obstáculos para simular uma situação real. Os obstáculos geradores de turbulência
usados são a parede castelada, que é um obstáculo que provoca um déficit de
momento linear na parte inferior do escoamento logo à entrada do túnel, geradores
de vórtices e então por rugosidades no solo, que são feitos com blocos de 8 a 10
centímetros, simulando os obstáculos reais que interferem na camada limite
gerando atrito com o piso.
Como o corpo de prova em estudo tem grande altura e pouca largura e tem
quatro faces, foi feita instrumentação em cada uma das faces com dutos conectados
a sensores piezoeléctricos, que fazem a associação entre a pressão no ponto a uma
tensão e alimenta um software com essa informação em cada um dos 300 pontos
de medida no corpo de prova. Com isso foi possível monitorar as pressões em todas

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as faces e em todas as alturas do corpo de prova, que foi submetido a variações de


ângulo em relação a origem do fluxo de ar.
Uma vez obtidas as pressões nos pontos definidos do corpo de prova, a outra
etapa realizada no experimento foi o mapeamento do campo de velocidade no
entorno do corpo de prova. Para essa etapa foi usado o mapeamento com laser,
que é largamente utilizado para esse tipo de experimento. Esse tipo de técnica
consiste em incidir raios lasers sobre partículas de fumaça que permeiam o corpo
do objeto e assim pode-se determinar a velocidade das partículas pelo espectro do
reflexo das ondas de raios que incide sobre a partícula em movimento.

4 Resultado e Discussão
Tive dificuldade em escrever esse ponto, como fiz um estudo sem uma
analise de dados de um experimento, pois no começo iriamos fazer um experimento
com o Farney usando o nosso túnel de vento da faculdade, porém veio a pandemia
e acabou que não tínhamos mais essa carta na manga, então como quero falar
sobre esse tema para meu TCC do ano que vem, fiz um estudo aprofundado sobre
o conceito desse tema, assim podendo ter uma base boa para os futuros teste no
ano que vem.
O que pude entender neste assunto é que para cada finalidade que o
automóvel se submete, seu CX será um número diferente do outro, atrelado a várias
questões básicas de Mecânica dos Fluidos até questões mais avançada de
designer.
Tendo toda essa base, podemos entender que também existem acessórios
que auxiliam de forma direta em seu CX como os defletores nos caminhões e as
asas ou aerofólios para os carros funcionam como recurso para aumentar a
eficiência aerodinâmica. Para os defletores com suas medidas e ângulos corretos,
sua função é de desviar as correntes de ar para fora da composição, reduzindo a
resistência que o ar exerce sobre o veículo ao se deslocar. Em carros de alta
velocidade o aerofólio é um acessório que realmente pode salvar vidas.

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Ele ajuda a manter o carro no chão, uma vez que veículos que estão a 300
km/h podem facilmente voar. Ambos acessórios com diferentes formas, porém com
o mesmo objetivo auxiliar o fluxo de ar que passar sobre ele, assim podendo ajudar
não só sua performance como seu consumo de combustíveis, podendo ter ótimos
resultados de redução de seu consumo. O designe, e o objetivo final do automóvel
dirá quais aspectos ele terá sobre seus coeficientes de arrasto, sendo assim
podendo variar seu CX.

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ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO
FUNDADA EM 21 DE DEZEMBRO DE 1964
MANTENEDORA DAS FACULDADE S DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, ADMINISTRATIVAS E DACOMPUTAÇÃO,
FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DOM BOSCO, FACULDADE DE ENGENHARIA DE RESENDE, FACULDADE DE
PEDAGOGIA E LETRAS E DO COLÉGIO DE APLICAÇÃO DERESENDE

5 Conclusão
O coeficiente de arrasto está mais do que atrelado nas características de um
automóvel, seja ele um caminhão, ou um carro de alta performance. Para o
consumo, o coeficiente de arrasto pode ser uma peça fundamental, juntamente com
outras series de características que andam juntos. O que pode definir um CX ser
maior ou menor, será pela finalidade do automóvel, sendo assim havendo variações
em seus números desde um caminhão contendo um CX de 1,0 até um carro de
passei com um CX de 0,3. Há maneiras de melhorar seu coeficiente de arrasto em
determinados casos, os spoilers também chamados de “asas” e os defletores, que
ajudam na aerodinâmica do veículo e assim conseguindo obter um CX menor, esses
equipamentos ajudam tanto em questões de consumo de combustíveis, como em
dirigibilidade.

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