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Filosofia do Direito
Ricardo Castilho

Inicia-se o estudo definindo o socialismo como sendo a teoria que


defende a posso ou controle dos meios de produção, como o capital e a terra,
pela comunidade em conjunto sob uma administração que seja orientada pelo
interesse alheio.
Destacam-se dois períodos. O primeiro como sendo do socialismo
utópico, e o segundo, do socialismo marxista.
Enquanto os pensadores do socialismo utópico alimentavam esperança
românticado que os chefes de classes dominantes um dia despertariam para
os problemas de miséria e de desigualdade que o capitalismo acarretava, e
promoveriam então as reformas necessárias para justiça social, ou socialista
científico tinham uma posição mais radical.
Karl Marx e Friedrich Engels foram os formuladores do socialismo
moderno ou crítico, onde viam a revolução como única maneira do proletariado
obter respeito com a justiça.
Para Marx, a história determinava o conjunto das relações sociais que
compunham a essência humana e o caráter dinâmico da história exigida do
homem e das transformações.
A respeito destas transformações, deveriam se dar no ambiente, nas
relações sociais e nos sistemas dominantes, por meio das revoluções.
A premissa fundamental da obra referida se dá pelo trabalho que é o
substrato objetivo de toda a história.
Com efeito, os indivíduos vivos é que, por meio do trabalho, produzem
a história, seus meios de vida, tais como comer, vestir e morar.
O trabalho assume formas históricas, as quais estão intimamente
relacionados com diversas espécies de propriedade.
A força do trabalho, segundo Marx, é a única mercadoria que o
proletário tem para se vender, não devendo estes ter a liberdade para vender a
sua força de trabalho a quem oferecer maior valor de troca.
A doutrina econômica de Marx foi um de seus principais legados.
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O seu conceito de valor dizia que a mercadoria é algo que satisfaz a


necessidade de qualquer homem e também pode ser trocada por outra, tendo
valor de uso e valor de troca.
Marx apresentou conceito acerca da mercadoria como produto do
trabalho.
A troca de mercadorias leva o homem a criar relações de equivalência
entre os mais diferentes gêneros de trabalho, sendo chamado pelo pensador
de divisão social do trabalho.
Quanto ao conceito de mais valia, ele entendia se tratar do lucro obtido
com o acréscimo no valor entre a aquisição e revenda, que se transforma no
capital, que financia a produção.
A força de trabalho, que propicia esse lucro, não é compensada pelo
capitalismo. E nisso reside ainjustiça do sistema capitalista, de acordo com a
doutrina marxista.
Ele condenava a sociedade capitalista, defendendo a sua
transformação em sociedade socialista, pregando o fim da propriedade privada
e a socialização do trabalho.
O proletariado deveria conquistar o poder político, prevendo a
valorização da mulher na base econômica da sociedade.
Para Marx, o direito aparece como produto de desenvolvimento da
base material, compondo o que ele chamava de superestrutura.
Ele se divergia de Hegel, neste ponto, ora que entendia que o direito
tem vida própria, sendo fruto da objetivação da vontade do Espírito.
O Direito depende do Estado, e este carrega consigo uma contradição:
a tarefa de fazer o interesse particular parecer um interesse coletivo.
Analisando ainda a presente obra, pode se dizer que o positivismo foi
em sua essência, uma retomada dos valores pregados pelo empirismo, porém
em versão mais desenvolvida.
A filosofia positivista rejeita a ideia de que a explicação dos fenômenos
naturais ou sociais tenha origem em um só princípio. Contrariando a visão
dominante da época, que considerava Deus ou a natureza como causa de
todos os fenômenos.
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Pregava-se que o mundo resulta das relações constantes entre os


fenômenos que podem ser observados e analisados cientificamente. Para os
positivistas, a filosofia é apenas uma síntese da ciência.
O positivismo é uma linha teórica sociológica, porque atribui fatores
humanos à explicação dos fenômenos. Nega-se a tecnologia, bem como a
metafísica.
Sua formulação tem grande influência no socialismo de Karl Marx e do
evolucionismo de Charles Darwin.
No Brasil, a corrente naturalista cuidou de abordar a realidade social
brasileira, como a vida nas favelas e cortiços urbanos, assim como o
preconceito.
O positivismo teve grande repercussão nos processos educacionais,
especialmente na implantação de testes e avaliações nas escolas.
Para Augusto Conte, o positivismo foi concebido com reação ao
idealismo.
Chegou a uma tal radicalização que propôs a criação de templos
positivistas para culto de uma nova religião da humanidade, baseada no
materialismo científico, ideia que foi ridicularizada.
A construção do pensamento teve início com a lei dos três estágios,
que demonstra que o homem, por natureza, utiliza três métodos de
investigação, quais sejam: teológico, metafísico e positivo.
Em relação a John Stuart Mill, este pensador que nasceu em Londres
em 1806, foi um crítico ao racionalismo de Imannuel Kant. Na esteira do
empirismo, achava que o conhecimento era dado pela experiência presente, ou
da percepção de momento.
Para ele, a base do pensamento social era um homem sendo livre
quando conseguisse resistir à tentação de se deixar levar por motivos que ele
poderia controlar, sendo que o ser humano tem papel ativo em relação a sua
autodeterminação.
Em relação ao utilitarismo, argumentava que o valor moral das ações
devia ser julgado em face das consequências de seus atos. Pensava que o
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utilitarismo não era um princípio moral simplista para ser aplicado


mecanicamente, mas um projeto social de longo prazo.
No que tange o governo, discordava dos liberais que consideravam que
ele provinha de direitos naturais ou de contratos sociais. Ao contrário, o
governo devia ser olhado como elemento de permanente interesse do homem
como serem constante ao progresso. O governo só teria utilidade se
preenchesse a necessidade humana de atingir formas refinadas de felicidade.
Em relação ao Brasil, o positivismo se manifestou em especial, no
século XIX, onde se buscava emancipação de Portugal, uma espécie de
independência intelectual.
O positivismo influenciado pelo movimento evolucionismo de Spercer,
no Brasil, foi duradouro e inflamou a sociedade para reagir contra o
tradicionalismo e o providencianismo.
Na França, uma corrente de pensamento liderada pelo sociólogo Emile
Durkheim, mostrou importantes dissidente do positivismo do pensador Augusto
Comte.
A sociedade, segundo ele, era um organismo vivo, com todos os seus
elementos interligados. Neste que também era denominado como positivismo
social, a sociedade era algo mais que uma simples soma de indivíduos que
compõe: é uma entidade com atribuições e características específicas.
Isso porque, por meio da vivência social e da educação, o homem
deixa a sua condição inata de indivíduo bruto (uma espécie de retomada da
tabula rasa de John Locke) para transformar em um ser dotado de consciência,
que é formada pela sociedade.
Ele buscava provar o quanto os atos individuais são influenciados pela
conjunturas sociais que envolvem os homens.
Para isso, analisou a diferença no número de mortes voluntárias em
diferentes grupos, principalmente religiosos, comparando-as com o grau de
integração social vivenciado por aqueles indivíduos.
No que tange a escola de Frankfurt, os intelectuais alemães também
procuram participação política na vida do país.
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Esta escola se tornou conhecida por desenvolver uma “teoria crítica da


sociedade”, unindo os elementos da filosofia e da sociologia para combater o
totalitarismo, buscando compreender e promover a transformação da
sociedade.
Embora se denominassem marxistas, os participantes da Escola de
Frankfurt consideravam seus estudos estritamente científicos, no campo da
filosofia e da economia, etc.
O grupo, aliás, contestou a tese fundamental marxista, de que a
revolução é papel histórico do proletariado, afirmando que este proletariado
falhou nessa responsabilidade histórica ao permitir ascensão do sistema
totalitário como o nazismo e stalinismo.
Outro que cumpre salientar, é Theodor Ludwig, que criou o Instituto de
Pesquisas Sociais, sendo um apaixonado pela música. Ele escreveu
importantes obras, que apoiava os estudantes que invadiram a sala em que
dava aula.
Em relação a tangência da filosofia, nota-se que os filósofos da Escola
de Frankfurt basearam muitos de seus estudos na concepção psicanalítica de
Sigmund Freud.
A livre associação de ideias é a base da técnica da psicanalítica,
considerada a sua grande contribuição para a psicologia, bem como a própria
medicina.
Albert Einstein foi o pai da física moderna. Sempre desconfiou da forma
como a física pretendia explicar o Universo. Na época, cada tipo de
circunstância e inter-relação observadas pela experiência, às ciências
apresentava fórmulas e sistemas distintos para descrever os fenômenos
físicos.
Em uma das mais belas simplificações da história da ciência mundial,
conseguiu solucionar a grande questão que assolou inúmeros filósofos e
cientistas por tantos séculos: demonstrou que a matéria e energia não são
mais que uma manifestação diferente de um mesmo objeto. Com isso,
desenvolvem essa que talvez seja a mais famosa fórmula de física: E=mc2.
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No século XX, aponta-se para a existência de diversos filósofos


positivistas.
Dentre eles, Henri Bergson teve grande expressão no meio acadêmico,
onde apresentou tese referente o riso, especialmente na área crítica literária.
Aristóteles falou sobre o hábito de rir dos outros em um determinado
livro.
Os livros deste autor não eram somente tratados de filosofia, mas
textos literários primorosos, cheios de metáforas e analogias, o que lhe valeu o
premio Nobel de Literatura.
Destaca-se Carlos Cossio, que apresentou a teoria egológica. Nesta
teoria, se desenvolveu um estudo sobre o direito como tutela da conduta
humana na sociedade. Ego significa “eu”, portanto, egologia é o estudo direto
do indivíduo, do sujeito. Cada homem tem as suas especificações, portanto, é
importante, que cada homem seja participe da elaboração de todas as normas
jurídicas.
Os valores são a soma dos valores pessoais, os valores da sociedade
e mais os chamados valores do direito, que incluem justiça, solidariedade, paz,
poder, segurança e ordem.
No que diz respeito ao existencialismo, o homem tem responsabilidade
sobre o seu próprio destino, porque é dotado de livre arbítrio. Dado que o
homem tem livre arbítrio e não está preso a qualquer condição previamente
determinada, sua existência é mais importante que sua essência, por si só,
conforme expõe.
Desta forma, existir, simplesmente, retira, então, do homem as
preocupações repassadas pelas descobertas da ciência ou pelas revelações
da fé.
A própria vida é uma constante aquisição de conhecimento e
consequente construção do ser humano.
É à medida que vai vivendo, o homem procura encontrar o sentido
desta própria existência, diante das circunstâncias e dos acontecimentos que
muitas vezes não se compreende.
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A repercussão do existencialismo no Direito assume a relação com a


liberdade.
O debate jurídico ganhou praticidade, porque a liberdade deixou de ser
tomada apenas como conceito essencial e passou ser encarada como prática
diária.
Para Martin Heidegger, o existencialismo negou a metafísica clássica e
consequentemente negou Deus.
Sem a predestinação imposta pela religião, o homem era responsável
pelo seu destino, que resultava de suas próprias escolhas e de seus próprios
atos.
Essa solidão, levava o homem a viver em estado de angústia, sabendo
que a existência é transitória e que a morte é certa.
Sua doutrina define três fenômenos que regem a existência: a
afetividade, a fala e o entendimento.

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