INSTITUTO DE PSICOLOGIA
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação e Exercício Profissional em
Serviço Social – GEFESS
Programa de Extensão e Pesquisa em Saúde Urbana, Ambiente e
Desigualdades
Pesquisadora:
Profª. Dra. Alzira Maria Baptista Lewgoy
Financiamento:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq –
Edital nº 07/2011- CNPq/ CAPES/ 31/12/2011- Processo 402031/2011-3
Porto Alegre
Dezembro, 2014
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
COORDENADORA DO PROJETO:
Profª Dra. Alzira Maria Baptista Lewgoy – Grupo de Estudos e Pesquisa em
Formação e Exercício Profissional em Serviço Social-GEFESS/ UFRGS. Programa
de Extensão e Pesquisa em Saúde Urbana, Ambiente e Desigualdades/UFRGS
Pesquisadores da equipe:
Alzira Mª B. Lewgoy (Serviço Social);
Maria Inês Azambuja (Medicina);
João Henrique Godinho Kolling (Medicina);
Roberta Alvarenga Reis (Fonoaudiologia) – ano 2013
Maurem Ramos (Nutrição) – ano 2013
Consultores voluntários:
Prof. Juliana Balbinot Hilgert – PPG Odontologia Social, UFRGS (WHOQOL)
Prof. Andrea Fachel – Curso de Política Públicas, UFRGS (WHOQOL)
INSTITUIÇÕES PARCEIRAS:
Parceiros externos
a) Unidade Básica de Saúde/ HCPA- Santa Cecília
b) CRAS - Centro
c) Comunidade da Vila Sossego
ÓRGÃOS FINANCIADORES:
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................06
REFERÊNCIAS...................................................................................................... 50
ANEXOS E APÊNDICES
Um grande desafio que se põe hoje aos pesquisadores é: Como dar uma
dimensão transformadora à produção do conhecimento? E como produzir
conhecimento a partir do cotidiano, do emergente? E, especialmente um
conhecimento para desvelar os invisíveis, os sem-voz, os sem-teto, os sem-
cidadania? Yasbeck (2005) denomina este conhecimento de “contra-hegemônico”,
um conhecimento em movimento, dirigido a um novo lugar/formato de relações e
poder.
A Comissão dos Determinantes Sociais da Saúde da OMS buscou superar as
políticas descontextualizadas de promoção da saúde ao reafirmar que as condições
de vida físicas e sociais (contexto) – e não simplesmente os estilos de vida (escolha)
- são os fatores determinantes do adoecimento das pessoas (WHO, 2010). E mais,
que se estas são as causas do adoecimento, elas também têm causas – as
chamadas “causas das causas” - que é a distribuição desigual de poder, dinheiro e
recursos na sociedade, e que é preciso aumentar o reconhecimento deste fato pelos
profissionais de saúde e pela comunidade em geral (WHO, 2010).
O conhecimento deve ser transformado em ação, ou seja, ele deve servir para
intervir na realidade (AZAMBUJA et al, 2011). Quando se fala em conhecimento,
tem-se a impressão de unidade de um conhecimento social contemporâneo, com a
qual nos relacionamos. No entanto, o conhecimento “[...] é uma totalidade complexa,
que inclui em si diversidade e heterogeneidade” (BAPTISTA, 1992, p. 85).
3.1 OBJETIVOS
Geral:
Específicos:
Identificar e promover competências para o trabalho interdisciplinar diante das
demandas da formação profissional, comunidade e das políticas públicas;
1
Fonte: http://www.scielo.br/img/revistas/csp/v29n7/a10tab01.jpg
20
próprios 77
alugados 10
de tijolo 87
com até 4 cômodos 50
com banheiro interno 93
luz com relógio exclusivo do domicílio 31
com relógio de uso compartilhado 21
sem relógio (gato) 47
água 98
ligação DMAE 71
relógio entre 3 e 4 pontos dentro do domicílio 74
esgoto ligado diretamente à rede 95
fossa 4
presença de animais domésticos 61
Participação social/comunitária
Grupo/atividade religiosa 18
28
Cooperativa 0
Associação 8
Atividade de grupo na UBS 3
Meio de transporte
Onibus 89
Carro 23
Caminhão 1
Carroça 0
Em caso de doença, a família
procura o hospital 50
consulta na UBS 72
benzedeira 1
farmácia 4
igrejas 5
60 a 69 7 16 23
70 e mais 3 9 12
ign 4 2 6
Total 144 189 333
Tabela 3 Demografia social / educação – Base, 224 residentes com mais de 18 anos de um
total de 333 moradores – ficha A.
N
18 a 30 (77/78, 1 “missing”)
Sem escolaridade 1 1,4
Até primeiro grau completo 35 45,4
segundo grau em andamento ou completo 33 42,8
terceiro grau em andamento ou completo 8 10,6
31 a 50 ((70/75, 5 “missing”)
Sem escolaridade 2 2,8
Até primeiro grau completo 36 51,4
segundo grau em andamento ou completo 32 45,7
terceiro grau em andamento ou completo 0 0
Asma Brônquica 31 36
Hipertensão 49 57
Diabetes 20 24
Obesidade 19 27
Infarto do miocárdio prévio 10 10
Outras D. Coração 5 6
AVC (Derrame) 7 7
Fumo 37 54
Álcool 6 6
Ansiedade 28 33
Depressão 25 27
Esquizofrenia 0 0
Hiperatividade 10 10
Problemas de comportamento 12 12
Problemas na Escola/aprendizagem 16 16
Insônia 28 36
Uso de drogas 3 3
Outras condições psiquiátricas 4 5
Dores nas costas 48 62
Dores nos ombros 41 49
Dores nos braços 25 32
Dores articulares 38 44
Hepatite BC 6 6
Epilepsia 2 2
Def. Física 7 9
Def. Mental 2 2
Acamado 4 4
Tuberculose 4 7
Chagas 2 2
Malaria 0 0
Hanseníase 0 0
Outros 13 16
32
Discussão
Serão discutidas aqui apenas quatro das várias informações propiciadas pelos resul-
tados, ainda não completamente analisados:
Ainda, mais da metade dos domicílios recebia algum tipo de benefício social ou
previdenciário. No computo geral, o total de benefícios recebidos acresce signifi-
cativamente à renda mediana mensal da comunidade, pois representa, nos do-
micílios que os recebem (mais da metade), um valor mediano de RS 630,00, (va-
lor aproximado do salário mínimo na época – RS 678,00) sendo que a mediana
de renda do conjunto da comunidade é R$1185,00. Dos 88 domicílios com infor-
mação, 24 (27%) recebiam bolsa família. (Tabela 4).
nos com mais de 50 anos, para 45,7% nos com 31-50 anos e para 53,4% nos
com 18-30. Neste grupo mais jovem ocorreu uma expressivo aumento de ingres-
santes no terceiro grau (0 nos com 31 a 50 anos e 10,6% nos com entre 18-30
anos. Os dados sugerem uma polarização: alguns investindo em educação e
chegando ao terceiro grau mas muitos ainda com déficit educacional significativo,
maior ainda se considerarmos que moram em área central muito bem servida de
recursos educacionais.
4,00
3,00
Mean
2,00
1,00
0,00
dimgeral domfis dompsi relsoc ambliente
__
No caso da Vila Sossego, vemos que a dimensão com pior escore foi a de
ambiente e a de melhor a de relações sociais, mas de modo geral as médias dos
escores de 142 moradores de mais de 18 anos na Vila Sossego sobre a percepção
sobre sua qualidade de vida não são ruins, avaliação semelhante à relatada na
pesquisa realizada pelo DATAFAVELA mencionada anteriormente (Folha de São
Paulo, 2014).
A figura 4 a seguir mostra como estes escores se distribuem dentro de cada uma
das 5 dimensões (ver detalhes na figura 2 e no ANEXO C).
34
Figura 4 – Escores médios para cada questão das 5 dimensões avaliadas pelo
WHOQOL. Pesquisa Vila Sossego, PoA, Jan-Fev 2013.
dinheiro e quer ir até o centro a pé consegue. Eu acho que a gente tá muito bem
localizado" (AA3). "[...] É um lugar nobre, perto de tudo, maravilhoso".( AA1). " [...] Tô
há 30 anos aqui, vim com 11 anos pra cá. Aqui tem muitas coisas boas, o posto (de
saúde), tem ônibus e a gente tem conhecimento. É bom, é maravilhoso, eu gosto
daqui porque é bem no centro, que é uma coisa que a gente necessita. Quando eu
morava em Viamão era difícil de conseguir médico, aqui a gente tem o HCPA, o pos-
to, os agentes de saúde, nós temos várias ajudas aqui. Tudo que a gente precisa a
gente consegue" (AA5). "[...] Apesar de isso aqui ser uma vila é perto de tudo, é per-
to do centro, do colégio, é um ponto muito bom, é bem localizado. Tu tem tudo perto,
hospital e tal".(JA5) "[...]
Observou-se também a preservação de uma ligação afetiva entre os sujeitos
construtores e precursores da comunidade, moradores antigos, sendo este círculo a
representatividade do território para eles. Verifica-se uma dificuldade de interação
entre os moradores antigos e recentes. "[...] Em vim morar aqui em 1989, faz 25
anos. Meu marido era o presidente da associação daqui. A gente morou aqui, era
muito bom, isso aqui era maravilhoso. Não tinha barulho, pouquíssimas pessoas.
Um vizinho cuidava do outro. Eu tinha galinha aqui! Depois fui embora, fiquei muito
tempo longe e voltei. Minha filha não nasceu aqui, meu filho sim. Não tinha nada
aqui, eu desbravei tudo que tu vê aqui. Amizades que eu tenho aqui são Pessoas
velhas: a T, a D. a M a MM, a JJ e a Ma, mas muitos morreram.. E o resto é gente
nova, não conheço, não sei quem são(AA1). "[...] moro na vila, mas eu sou individua-
lista também. Porque eu não converso muito. Saio pra trabalhar, na Corte Real, é
pertinho vou a pé, volto pra casa, fecho o portão e fico na minha. Cumprimento as
pessoas, mas não converso muito"(AA3)
Um aspecto territorial presente entre os moradores é o compartilhamento da
idealização de uma nova Vila a partir da obtenção das moradias prometidas. O que
se constata pelas verbalizações dos moradores que esta expectativa fica nas mãos
dos órgãos governamentais, tornando-se uma gincana burocrática, transformando-
se para a comunidade em uma angústia coletiva, não somente as expressões mais
imediatas e concretas das realidades vividas, como também conter elementos apa-
rentemente invisíveis, mas significativos, que dizem respeito aos valores, sentimen-
tos, perspectivas que rodeiam as vidas da população. Estes aspectos objetivos da
40
por eles: “[...] quando nós moradores mais antigos, durante o estabelecimento da
Vila, batalhamos para garantir saneamento básico […] a gente buscou esgoto e
água foi devido a nossa luta [...].” (AA4). Outra manifestação referenciada foi sobre a
microepidemia da dengue, ocorrida em 2013 “[...] “Tudo em função da dengue. É, foi
uma coisa que me marcou, sim. Isolaram aquele terreno. Quando se une, dá
resultado [...] ” (AA2).
Entretanto, também foi referenciado pelos sujeitos entrevistados uma não
visualização nas conquistas alcançadas, ou seja, uma ausência de inscrição dos
sujeitos em estruturas portadoras de um sentido. Em outras palavras, verifica-se que,
muitas vezes, mesmo participando de movimentos que caracterizam a busca por
direitos e por cidadania, os moradores não enxergam tais ações como relevantes,
entendendo-as como desprovidas de caráter social, não relacionando este fato um
ato de cidadania.
De acordo com a constituição brasileira de 1988, a concepção de cidadania
reivindica o acesso, inclusão, participação e pertencimento a um sistema político já
dado. Aristóteles, definiu que cidadão é aquele que tem o direito e
consequentemente também o dever de contribuir na formação das decisões que
envolvam a coletividade, penetrando nas decisões que dizem respeito às suas
condições básicas de existência.
Assim como o filósofo, os adultos moradores antigos da Vila Sossego que
estão há mais de 30 anos na Vila, consideram também que o cidadão tem direitos e
deveres, conforme verbalizações: " [...] cidadania é assim: tu tens que cumprir teus
deveres e alguém tem que retornar isso de alguma forma. Tu tem que ser solidário,
pagar teus impostos. É uma troca. Eu pago e o governo me dá a luz que tá aqui.[...]”
( AA1). Como direitos destacaram: [...] "ter moradia digna, luz digna, uma educação
de qualidade, saúde. Professores e médicos bem pagos. Tudo fiscalizado, porque na
constituição é tudo uma maravilha, mas nada funciona. Envolve direito de ter
liberdade, estudo, saúde, Cada um tem o seu dever, mas eu acho que o governo, a
prefeitura tem um dever com a população, com a cidadania. A liberdade de estar na
rua e saber que tu estás bem, que não vai ser assaltada. Ter mais compromisso e
botar mais segurança na rua. Tu poder ter a liberdade de caminhar, voltar a hora que
quiser, ter oportunidades. Respeitar os outros. Direito de moradia, de saúde, de
42
transporte, de vida." Como deveres atribuem este ao estado "dever do governo para
nós. E nosso direito é cumprir com as obrigações. gente precisa lutar, não receber
tudo de mão beijada, que tudo os outros tem que dar. A gente tem que ir à luta e.
Dever com a população. não pisotear nas pessoas. estar junto com a comunidade."
Em relação aos jovens antigos da comunidade, o conceito sobre cidadania
não foi definido com precisão. Alguns consideram, entretanto, cidadania como
sinônimo de luta, mobilização por direito, sendo, também, uma forma de coletividade.
Outros, não definem cidadania, mas definem a palavra cidadão como um indivíduo
que precisa fazer por merecer " [...] E eu acho que onde a gente mora influi muito.
Porque não adianta andar bonita, bem vestida e depois dizer que mora num beco
sujo. E eu acho que se eu for merecedora vou morar melhor( AA3), ou que merece
reconhecimento, que tem uma existência civil. Alguns sujeitos relataram
experiências pessoais de exercício de cidadania, evidenciando diversos
entendimentos sobre o tema.
No discurso de alguns participantes, encontramos falas que apontavam no
sentido de a cidadania ser um “ato de solidariedade” ou de “amor ao próximo”,
mostrando uma visão assistencialista de promover o bem-estar do outro como um
ato de caridade, através do entendimento de cidadania restrito a responsabilidade
moral privada. O descrédito com a democracia representativa, visível nas falas dos
moradores, é perceptível neste relato: “[...] No Orçamento Participativo eles querem
que a comunidade trabalhe pra eles, que a comunidade fiscalize, mas isso é coisa
que o governo deve fazer. É uma coisa muito eleitoreira. E foi por isso que eu me
retirei. Mas eu acho que quem tem fé e persistência, como a Terezinha,
importante[...].” (AA1).
Aristóteles também refere-se aos direitos do cidadão, na concepção de
“direitos naturais”, qual seja, direitos que pertencem aos indivíduos independentes
do status que ocupam na sociedade em que vivem. Nesta perspectiva, os
moradores mostram-se não sentirem-se contemplados pelos direitos naturais, pois o
direito precisa ser conquistado, conforme relatos a seguir “[...] to lutando, é pelas
nossas unidades habitacionais. Eu acho que é uma luta e eu to há anos, eu faço
parte do Orçamento participativo há uns 8 a 10 anos.. Eles não acreditam porque,
vem em uma reunião escutam uma coisa, vai em outra reunião escutam outra e as
43
pessoas não acreditam. Acho que eles não tem razão porque vão em uma reunião,
não acompanham todas” (AA2) “[...] Uma expectativa. Porque estamos bem sem
sonhos. Tanta gente aqui que vem aqui falar, prometer e não fazem nada que eu
acho que daí isso acaba com os sonhos[...].” (AA3) “[...] Acho que se vierem na
reunião e disserem que vão arrumar a vila (fazer as casas) amanhã, as pessoas
vem. A partir de qualquer mudança as pessoas vão se mexer. Quando tem uma
reunião “forte” que vem alguém mais importante, todo mundo vai.” (AA5). “Eu acho
que se viessem e dissessem uma coisa certa, gente isso vai acontecer. Um exemplo
assim: Gente vai começar os apartamentos, vai acontecer no dia tal e naquele dia
começa a acontecer. Entendeu, pras pessoas acreditarem, olha as máquinas vão
estar lá pra começar as obras.” (AA6) “A gente ver que tá conseguindo.” (AA4).
(informação verbal)2
A investigação, também, propiciou aos professores pesquisadores que
ministram disciplinas, coordenam projetos de extensão e realizam pesquisas, um
intenso conhecimento sobre o tema da Interdisciplinaridade e comunidade, tendo em
vista a experiência concreta em uma Comunidade, no processo de formação
profissional. E por fim, a aproximação e o conhecimento sobre a Saúde Urbana,
tema este mais recente no debate acadêmico, requerendo por parte dos docentes,
maior aprofundamento e adensamento teórico.
2
Depoimento fornecido por Elisa Leivas Waquil à coordenadora da pesquisa Alzira Mª B. Lewgoy, em dezembro
de 2014.
49
REFERÊNCIAS
AZAMBUJA, M. I. R., ACHUTTI, A.A., REIS, RA et. al. (2011). Saúde urbana,
ambiente e desigualdades. Rev Bras Med Fam Com. v.6, n.19. p. 100-105. 2011.
http://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/151 , último acesso em 26/09/2014
Inequalities across Porto Alegre City Districts. In: IEA WORLD CONGRESS OF
EPIDEMIOLOGY,18., e BRAZILIAN CONGRESS OF EPIDEMIOLOGY, 7. 2008,
Porto Alegre. Anais… Porto Alegre, 2008.
BAUER, Martin W.; GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e
som: um manual prático. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
CAIAFFA , Waleska Teixeira et al. Saúde urbana: a cidade é uma estranha senhora,
que hoje sorri e amanhã te devora. Ciência & saúde coletiva, Rio de
Janeiro,vol.13,n.6,nov./dez.2008. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S1413-
81232008000600013>Acessoem: 20/10/ 2014
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 5ªed. São Paulo
Editora Atlas. 2010
KRIEGER N. et. al. Who, and what, causes health inequities? Reflections on
emerging debates from an exploratory Latin American/North American workshop. J
Epidemiol Community Health. v. 64, n.9. p.747-9. Sep, 2010.
TURNER, Victor Witter. The ritual process: structure and anti-structure. Chicago:
Aldine Publishing Company, 1969.
CAAE: 02305412.5.0000.5334
Instituição Proponente:
Situação: Aprovado
Este recadastramento dos usuários residentes na Vila Sossego faz parte do trabalho de pesquisa que a Unidade
Básica de Saúde do HCPA/ Santa Cecília, junto com a UFRGS, vem desenvolvendo nesta área. Precisamos que
alguém responsável pela família responda o questionário de recadastramento. O questionário tem duas partes –
uma sobre a habitação e outra sobre as características da família. Suas respostas vão nos ajudar a conhecer
melhor os residentes da área, para planejarmos as atividades de saúde dirigidas às necessidades dos
moradores. Caso aceite esse convite, queremos deixar claro que nada do que for dito será divulgado de forma
que possa identificá-lo. Também, responder a esta pesquisa não terá nenhuma influência no acesso as moradias,
ao atendimento na UBS HCPA/Santa Cecília ou outros benefícios assistenciais. Caso o (a) senhor (a) não queira
participar, é seu direito.
Se tiver alguma pergunta a fazer antes de decidir, sinta-se a vontade para fazê-la. O contato da pesquisadora
responsável é a Profª. Alzira Maria Baptista Lewgoy, email alzira.lewgoy@ufrgs.br ou telefone 51-33085700. Esta
pesquisa foi submetida à aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da UFRGS, fone 33165066 e email cep-
psico@ufgrs.br .
Estamos realizando um trabalho de pesquisa sobre como os moradores da Vila Sossego percebem que está a
sua vida, com base nas suas experiências nas últimas duas semanas. Para isto, gostaríamos de contar com a
sua colaboração durante alguns minutos para responder a um questionário. Serão feitas várias perguntas: sobre
sua saúde física, sua vida emocional, sua relação com amigos e familiares, seu trabalho e o ambiente da
comunidade.Esta pesquisa faz parte do trabalho que o grupo Saúde Urbana da UFRGS e a UBS/HCPA/Santa
Cecília vem desenvolvendo com a Vila Sossego. Pretendemos que ela nos ajude a caracterizar a qualidade de
vida dos moradores nesse momento, e, termos uma base de comparação para repetirmos a pesquisa depois da
urbanização da Vila. Caso aceite esse convite, queremos deixar claro que nada do que for dito será divulgado de
forma que possa identificá-lo.Também, responder a esta pesquisa não terá nenhuma influência no acesso as
moradias, ao atendimento na UBS HCPA/Santa Cecília ou outros benefícios assistenciais. Caso o (a) senhor (a)
não queira participar, é seu direito.Se tiver algum, a pergunta a fazer antes de decidir, sinta-se a vontade para
fazê-la. O contato da pesquisadora responsável é a Prof. Alzira Maria Baptista Lewgoy, email
alzira.lewgoy@ufrgs.br ou telefone 51-33085700. Esta pesquisa foi submetida À aprovação do Comitê de Ética e
Pesquisa da UFRGS, fone 33165066 e email cep-psico@ufgrs.br .
MANUAL DO ENTREVISTADOR
Confidencialidade
Enfatize que as informações prestadas são sigilosas e irão ser usadas apenas pela UBS para
recadastramento dos usuários do SUS e pela UFRGS de forma a não identificar os moradores. Se
precisares dizer de forma mais clara por exemplo diga:,“ são 100 famílias, 40% dos moradores tem
menos de 18 anos.., 60% prefere usar serviços privados de saúde... ; 40% avaliam sua qualidade de
vida como boa e 40% como ruim... os mais jovens avaliam a qualidade de vida de forma melhor (ou
pior) que os mais velhos“ ...
Termo de Consentimento Livre e esclarecido
Explique que cada pessoa que responder deve ler ou você leia. Após leitura deverá ser
assinado em duas vias o termo de consentimento livre e esclarecido. Uma via ficará com o
respondente. Este documento assegura as condições de confidencialidade explicadas antes.
Recusas
Caso o residente que atender não aceite responder ou não possa naquele momento,
preencha o que for possível de dados domiciliares e pergunte se pode voltar num outro dia, ou
consultar outras pessoas do domicílio sobre a pesquisa, e quando e como poderia fazer isto. Deixe
com o morador um cartão com seu nome e telefone de contato.
Domicílio fechado
Pergunte aos vizinhos a que horas seria mais fácil encontrar o morador. Deixe a caixa postal
um comunicado sobre a visita, o interesse em conversar com os moradores sobre a pesquisa,
afirmando que voltaremos a procurá-los, e um número de telefone para contato. Se a família estiver
cadastrada na UBS, tentar fazer contato telefônico. (Nesse caso, também, o Agente Comunitário pode
tentar visitar e apresentar (por foto) em outros dias no horário de trabalho do ACS e combinar dia para
visita em horário que talvez o ACS não esteja, como horários após as 18horas e sábados).
Aceitação
Siga as instruções abaixo, para a aplicação dos questionários.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
A aplicação dos questionários
Explique que são dois questionários, um para caracterizar o domicílio e a família e outro para
cada morador maior de 18 anos, versando sobre saúde e qualidade de vida.
Antes de iniciar o questionário, leia o documento de consentimento e solicite que o
entrevistado o assine em duas vias (2 modelos; 1 para quem vai responder sobre domicílio e família;
outro para quem vai responder só o whoqol).
ATENÇÃO:
O questionário 1 – Domiciliar será aplicado apenas uma vez em cada casa.
O questionário 2 – whoqol é individual e será aplicado a todos os moradores maiores de 18 anos.
Explique que a participação dele é muito importante e que as respostas devem ser sinceras.
Esclareça que, se ficar constrangido com alguma pergunta, basta que diga que não quer responder.
Inicie pela aplicação do questionário domiciliar e siga com o familiar e o WHOQOL do mesmo
respondente. Se há outras pessoas maiores de 18 anos na família do primeiro respondente, convide-
os a responderem o WHOQOL.
Leia cada pergunta exatamente como está escrita no questionário. Caso o entrevistado não
entenda, repita novamente. Só em último caso tente explicar a pergunta com as suas palavras,
tomando cuidado para não induzir a resposta (e anote no questionário este procedimento). Lembre-se
do treinamento feito com a coordenação e demais pesquisadores do projeto para esta coleta.
ATENÇÃO: o questionário só pode ser aplicado, em cada residência, aos moradores daquela
residência. Moradores de outras residências da Vila Sossego responderão oportunamente em suas
casas. Os questionários não serão aplicados a membros da família ou outras pessoas que estejam
visitando, mas não moram na Vila Sossego.
Caso haja morador(s) maior(s) de 18 anos na residência que não esteja(m) naquele momento,
pergunte se é possível deixar agendado um novo dia para preencher o(s) questionário(s). Pergunte o
telefone para novo agendamento com o(s) morador(s). Deixe um cartão com seu nome e telefone.
Controle de qualidade
Uma porcentagem dos entrevistados será revisitada para conferir o que foi inicialmente
registrado.
Após o término da visita
Despeça-se agradecendo. Bata na próxima casa e repita o mesmo procedimento anterior. Caso haja
mais de uma residência em um só terreno, solicite que o funcionário da UBS visite todas as casas
que estiverem neste pátio. Aguarde a confirmação do funcionário da UBS para visitar as demais
casas. Bata à porta e realize o mesmo procedimento descrito anteriormente. Quando concluir a última
casa o material deve ser entregue na sala 318 da Escola Técnica da UFRGS.
Supervisão e Coordenação
Nesta pesquisa os supervisores de campo são as bolsistas:
Gabriela Zanin (Serviço Social/UFRGS) - celular(51) 96136715
Pamela Pasqualeto Rosseto celular (51) 96948941..
Lembre-se que o supervisor de campo tem a função de auxiliá-lo, fale com ele sempre que necessário. A coordenação da
pesquisa ficara sob a responsabilidade das pesquisadoras Alzira Maria Baptista Lewgoy (cel. 99556870), e Maria Inês
Azambuja (cel. 99637889). Em caso de dúvida você também poderá contatá-las.
APÊNDICE D - Instrumento de pesquisa- Questionário Domicílio
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Programa Saúde Urbana - Projeto InterSossego
Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Formação e Exercício Profissional
em Serviço Social - GEFESS
Pesquisa: DESAFIOS INTERDISCIPLINARES NOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO
E DE TRABALHO EM SAÚDE URBANA NA COMUNIDADE
QUESTIONÁRIO DOMICILIAR
IDENTIFICAÇÃO
Código do Entrevistador:_________ Código do Domicílio:___________________________
Data:__________________ Horário de início:___________ Horário do fim:_____________
Endereço:_______________________________________________________________
Nº do Domicilio: DMAE_______________ CEE_______________ UBS:_______________
Nº de pessoas que residem no domicílio:_______
SITUAÇÃO DE EDUCAÇÃO
Marcar com um X
Não Estudou
1ª Série Primário/Ensino Fundamental
2ª Série Primário/Ensino Fundamental
3ª Série Primário/Ensino Fundamental
4ª Série Primário/Ensino Fundamental
5ª Série Primário/Ensino Fundamental
6ª Série Primário/Ensino Fundamental
7ª Série Primário/Ensino Fundamental
8ª Série Primário/Ensino Fundamental
1ª Série do Colegial/Ensino Médio
2ª Série do Colegial/Ensino Médio
3ª Série do Colegial/Ensino Médio
Ensino Superior Incompleto
Ensino Superior Completo
2. Frequência à escola:
Nº total de crianças:_____
Quantas crianças de 0 até 5 anos e 11 meses estão:
( ) Em escolinha infantil/ creche: ____ Qual?___________
( ) Fora de escolinha infantil/ creche:____
Por quê estão fora?___________________________
3. Frequência à escola:
Nº total de adolescentes:_____
Quantas crianças/ adolescentes de 6 anos a 17 anos e 9 meses estão:
( ) Na escola:_____ Qual?_________________________________________
( ) Fora da escola:_____ Por quê?____________________________________
( ) No SASE (Serviço de Atendimento Sócio
Educacional):______Qual?________________________
( ) Fora do SASE:_____ Por quê?__________________________________________
4. As crianças e adolescentes que estão fora do SASE, frequentam alguma atividade no turno
inverso que não estão na escola?
( ) Não.
( ) Sim. Qual?_____________________________________________________________
SITUAÇÃO DE RENDA
7. Qual foi a renda total de sua família nesse último mês? (totalidade dos rendimentos: salários,
benefícios sociais, alugueis) (espontânea)
R$: _______________________
10. Capacidade de consumo: Quais desses itens você possui? (contar somente itens que
funcionam; marcar um X na quantidade; cálculo de pontos será feito posteriormente).
Posse de Itens Não tem TEM
(Quantidade)
1 2 3 4 ou
mais
Televisão em cores 0 1 2 3
Rádio 0 1 2 3
Banheiro 0 4 5 6
Automóvel 0 4 7 9
Empregada Mensalista 0 3 4 4
Máquina de lavar 0 2 2 2
Videocassete e/ou DVD 0 2 2 2
Geladeira 0 4 4 4
Freezer 0 2 2 2
(* aparelho independente ou parte da geladeira
duplex)
11. Outros Itens sobre consumo: Quais desses itens você possui? (contar somente itens que
funcionam; marcar um X na quantidade; cálculo de pontos será feito posteriormente).
Posse de Itens Não tem TEM (Quantidade)
1 2 3 4 ou mais
Celular 0 1 2 3
Computador/ Notebook 0 1 2 3
Internet 0 1 2 3
TV por assinatura 0 1 2 3
Mp3/ Mp4 0 1 2 3
12. Há um profissional de saúde ou serviço de saúde onde você geralmente vai quando precisa
de atendimento, fica doente ou precisa de conselhos sobre sua saúde? (espontânea)
( ) Sim. Nome do profissional, função e local: ________________________
( ) Não
13. Há um profissional de saúde que é mais responsável por seu atendimento de saúde?
(espontânea)
( ) Sim. Nome do profissional: ________________________
( ) Não
15. Nos últimos 12 meses, a sua família ou alguém da família teve cobertura de algum tipo de
plano de saúde privado ou empresarial? (espontânea)
( ) Sim. Qual?_________________________ Quantas pessoas cobertas? ____
( ) Não
16. Durante os últimos 12 meses, a família pagou diretamente por algum atendimento de saúde?
(estimulada)
( ) Não
( ) Não sei/ não lembro
( ) Sim. Quanto gastou? R$ _________________
17. Para você, o que contribui para a saúde e qualidade de vida de sua família?
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Observações:
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APÊNDICE D- Apresentações nos Salões de Iniciação Científica-2013-2014
APÊNDICE E– Apresentações da pesquisa I Congresso de Geografia
da Saúde dos Países de Língua Portuguesa Coimbra, Portugal – 2014
APÊNDICE F- Apresentação da Pesquisa no XIV ENCONTRO DE
PESQUISADORES EM SERVIÇO SOCIAL - ENPESS- Natal/RN- 2014
APÊNDICE G– Publicização da pesquisa na comunidade Vila Sossego no jornal
"saúde, sossego" 12º edição. 2014