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Introdução
Discussão bibliográfica
Contrariando, em parte, os autores citados até agora, Curtiss et al. (2000), afirma
em um de seus artigos, baseado em um estudo com 3999 veteranos que cumpriram o
California Verbal Learning Test (CVLT), que altos níveis de ansiedade não surtem
efeito significativo em nenhum aspecto da memória. Entretanto, quando a depressão
está acompanhando a ansiedade, não só um efeito negativo é notado em memórias
antigas e suas quantidades, como também em lembranças recém-apreendidas.
Outro apoiador da ideia de não relação entre memória e ansiedade está no estudo
de Yassuda et al. (2009), que realiza uma pesquisa sobre este problema entre idosos. A
conclusão encontrada é de que não há danos na memória da amostra (de indivíduos)
decorrente da ansiedade. As causas da danificação dessa função cognitiva é
consequência de outros processos.
O fato do hipocampo, que é uma das mais importantes áreas relacionadas aos
processos mnemônicos, ser um dos principais alvos de atividade dos GR, faz com que o
estresse crônico, que pode ser gerado por sua ação, leve os indivíduos a sofrerem com
déficits de memória.
Há também, estudos que mostram que atenção (função cognitiva que possibilita
o processo de memorização), pode ser afetada negativamente pela ansiedade.
O autor salienta que nosso cérebro é como a placa mãe de um computador, que o
funcionamento depende de toda a fiação e processos que o ligam ao meio, ou seja, o
processamento depende da atenção seletiva, focalizada. Logo, para se apropriar e
apreender informações pelos órgãos dos sentidos, é preciso fazer uma espécie de filtro,
fazer a seleção e abdicar de alguns estímulos, e focar naqueles que são de uso relevante.
Em uma aula abdica-se das conversas ao redor e focaliza a atenção no que o professor
está dizendo, você ainda pode ouvir os ruídos, mas a sua atenção está com foco na fala
do professor. São essas considerações relevantes que ficam registradas em nossa
memória, para que posteriormente possam ser acessadas e utilizadas. A ansiedade entra
como fator que dificulta quando prejudica a apreensão e concentração nesses estímulos,
Beck mostra que, a partir de estudos, captou que os pacientes com transtornos de
ansiedade apresentam dificuldade em focalizar objetos específicos ou mantê-los em
atenção sustentada por um período de tempo, bem como de concentração, devido à falta
de habilidade de focalização.
Conclusão
Referências Bibliográficas