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Aos Meus Queridos e Amados Discentes, uma retrospectiva da matéria para gravar melhor,
bom Estudo.
Estas respostas foram retiradas do livro de Miguel Reale. Noções preliminares de Direito
1 – Defina “Direito”.
Conjunto de regras obrigatórias que garantem a convivência social graças ao estabelecimento
de limites à ação de cada um dos seus membros.
Lei refere-se à ligação, laço, relação, o que se completa com o sentido nuclear “jus”, que
invoca idéia de jungir, unir, ordenar, coordenar.
Como primeira finalidade, o direito procura oferecer uma visão unitária e panorâmica dos
diversos campos em que se desdobra à conduta humana. A unidade do Direito pode ser
caracterizada pela função deste ser um “manto protetor” de organização e de direção dos
comportamentos sociais. Para que essa garantia seja possível é que existem as regras, as
normas de direito como salvaguarda e amparo da convivência social. A multiplicidade do
Direito fica evidenciada nas tantas espécies de normas e regras jurídicas quantos são os
possíveis comportamentos de atitudes humanas.
O ser humano é gregário por natureza, não só pelo instinto sociável, mas também por força da
sua inteligência, que lhe demonstra que é melhor viver em sociedade para atingir seus
objetivos. Com isso, é levado a formar grupos sociais, família, escola, etc. Como conseqüência,
surgem relações de coordenação, subordinação, integração e delimitação, relações essas que
não se dão sem o aparecimento de normas de organização de conduta social.
Mundo Natural é o mundo da natureza. É constituído pelos reinos animal, vegetal e mineral. O
homem forma com os demais seres uma só unidade, no entanto, o fato do homem ser dotado
de qualidades biopsíquicas o faz dominador da natureza. Já o Mundo Cultural caracteriza-se
pelo fruto da inteligência e do trabalho do homem (produção de bens para suprir
necessidades).
- Precisa se relacionar.
- Permuta experiências.
Quando a conduta coletiva segue uma mesma diretriz traçada, atinge-se um perfeito
ordenamento social. Contudo, numa coletividade nem sempre isso acontece. Praticando o
anti-social. O ordenamento social exerce através de normas um amplo e sistemático controle
social.
Conduta e Norma realizam o “dever ser”. A norma estabelece a conduta. Podemos considerar
como conduta o procedimento moral, que pode ser bom ou mau comportamento e norma
como sendo regra, modelo, forma ou tudo que se estabelece em lei ou regulamento para
servir de pauta ou padrão na maneira de agir.
As Normas Técnicas e as Normas Éticas. As Normas Técnicas determinam o modo pelo qual
tem de ser feita às coisas para atingir um resultado perfeito, visando à obtenção de melhores
condições de segurança e de conforto. Estão vinculadas à engenharia, medicina, economia,
educação, etc. e indicam como executar um objetivo pretendido. Estas normas são
estabelecidas pela ABNT (associação brasileira de normas técnicas). As Normas Éticas são
reguladoras do inter-relacionamento humano que estabelecem deveres, obrigações para
garantirem direitos. São normas éticas as normas de religião, moral e direito.
A utilização de explosivos, por exemplo, pode ser para eliminar obstáculos e propiciar a
construção de estradas, mas, também podem ser utilizados para fins criminosos. Neste caso,
as normas técnicas estabeleceram como lidar com os explosivos para obter o resultado
desejável e as normas éticas indicarão quais os fins lícitos e justos que admitem a utilização
dos explosivos, bem como indicarão quais os fins ilícitos e injustos que tornam punível a sua
utilização.
17 – Correlacione Direito como Norma, Direito como Ciência e Direito como Ideal de Justiça.
Direito como Norma é o conjunto de regras jurídicas (código civil, código penal, CLT, etc.).
Entende-se como ciência o saber que se adquire através do conhecimento e Direito como
Ciência como sendo a ciência jurídica estudando o conhecimento. Já o Direito como Ideal de
Justiça é a teoria crítica dos conceitos de valores, sobretudo, morais e éticos.
É a capacidade de exigir o seu direito, podendo “abrir mão” dele (“facultas agendi” – direito
subjetivo). A “norma agendi” (direito positivo) assegura a “facultas agendi” (direito subjetivo).
19 – Conceitue Direito Subjetivo e Direito Positivo.
Entende-se por Direito Subjetivo o poder de ação assegurada legalmente para defesa e
proteção de toda e qualquer espécie de bens materiais ou imateriais, do qual decorre a
faculdade de exigir a prestação ou abstenção dos atos, ou o cumprimento da obrigação, a que
outrem esteja sujeito. Direito Positivo é o conjunto de regras jurídicas que se impõe às pessoas
sob a coação ou sanção da força pública em qualquer dos aspectos que se manifeste.
Estudo objetivo das relações sociais (pessoas) em uma determinada sociedade. Ex.: o Direito
Contemporâneo é totalmente diferente do Direito Imperial.
O Direito se caracteriza por sua estrutura tridimensional na qual fatos e valores dialetizam, ou
seja, obedecem a um processo dinâmico.
- Eficácia: a) jurídica – aptidão para incidir nos casos concretos, potencialmente, pode ser
aplicada regularmente. b) social – indica se a norma é ou não efetivamente utilizada pela
sociedade.
Direito Positivo é o conjunto de regras estabelecidas pelo poder político em vigor num
determinado país e em uma determinada época. Objetivamente estabelecido é encontrado
em leis, códigos, decretos, etc.
Direito Natural
Direito Positivo
- Inerente à natureza
- Não escrito
- Direito espontâneo
Sob a influência da Igreja católica durante toda a Idade Média, prevaleceu a idéia de que os
princípios componentes do Direito Natural decorreriam da inteligência e da vontade divina, ou
seja, tais princípios eram atribuídos a Deus (lei eterna).
De origem contemporânea, admite que o Direito Natural não decorra da vontade divina, mas
sim da razão humana. Estabelece a relação Direito x Moral. Por Direito entende-se o conjunto
de regras jurídicas que disciplinam as relações humanas na sociedade. Encara o
comportamento humano sob o ponto de vista externo de o seu agir. Por Moral entende-se o
conjunto de regras de condutas consideradas como válidas, quer de modo absoluto para
qualquer tempo ou lugar. Visa o comportamento humano sob o ponto de vista interno de o
seu atuar.
Comando Maior
Os princípios Constitucionais
São os pontos mais importantes do sistema normativo, pois, dão estrutura e coesão ao
edifício jurídico. Assim, devem ser estritamente obedecidos, sob pena de todo o ordenamento
jurídico se corromper, porque violar um princípio é muito mais grava que transgredir uma
norma qualquer.
Soberania
Os Princípios legais
São os aspectos mais importantes da lei posta, especialmente quando ela instaura um
subsistema normativo próprio dentro do grande sistema constitucional, como ocorre, por
exemplo, com o subsistema do Código de Processo Civil ou do Código de Defesa do
Consumidor.
As Normas Jurídicas
Pertencendo ao mundo da ética, daquilo que “deve ser” – o mundo das normas -, a
norma jurídica opera com modais deônticos.
NORMA SOCIAL – São normas impostas pela sociedade à qual eu tenho que me
submeter mesmo que no íntimo eu não concorde com determinada regra, mas tenho que
obedecer porque posso sofrer a sanção da própria sociedade que convivo. Ex: Em
Pirassununga ninguém anda de sunga pelas ruas, se eu andar de sunga pelas ruas estou
infringindo uma norma social local, mesmo que eu não concorde tenho que andar com trajes
que sejam de acordo com as normas sociais, ou seja, não posso andar de sunga pelas ruas da
cidade.
NORMA MORAL – São normas de foro íntimo, ou seja, vem do interior de cada
indivíduo, seus pensamentos, suas atitudes particulares sem envolver o todo que é a
sociedade, ou o “social”. Ex: eu não ando de sunga para não agredir a norma social, mas no
meu íntimo eu adoraria andar de sunga , que vem a ser a norma moral. Eu obedeço porém não
concordo, porque minha normal moral é só minha, pessoal e intransferível.
Sanção – É o ato de punir por uma norma infringida, quem não obedece ao comando
primário das normas jurídicas.
Coerção – É o efeito psicológico da sanção e que tem função preventiva. Age sobre o
destinatário como um aviso: se ele não cumprir a norma jurídica, poderá sofrer os efeitos
concretos da sanção. Ex: negar-se a depor.
Hierarquia
a) Normas constitucionais
b) Leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, decretos legislativos e resoluções,
medidas provisórias.
c) Decretos regulamentares.
QUANTO À APLICABILIDADE
QUANTO À SISTEMATIZAÇÃO
a) constitucionais
b) codificadas
c) esparsas
d) consolidadas
QUANTO À OBRIGATORIEDADE
a) federais
b) estaduais
c) municipais
No primeiro, fala-se de a norma jurídica ser válida quando criada segundo os critérios já
estabelecidos no sistema jurídico: respeito à hierarquia, que tem como ponto hierárquico
superior a Constituição Federal; aprovação e promulgação pela autoridade competente;
respeito a prazos e quorum; conteúdo de acordo com as designações de competências para
legislar.
No outro caso, fala-se do fundamento axiológico, cuja incidência ética seria a condição
que daria legitimidade à norma jurídica, tornando-a válida.
A INTERPRETAÇÃO JURÍDICA
A distinção da tradição jurídica consiste no seguinte:
O PROBLEMA DA LINGUAGEM
A linguagem natural emana do povo, da própria sociedade em que vive. É fruto da própria
formação histórica do povo
Para escapar disso, os cientistas buscam uma linguagem mais apurada, técnica e científica,
usando de terminologia científica. A transmissão de informações de cientista para cientista se
dá através dessa linguagem científica exata.
A interpretação seria uma espécie de tradução, através da qual o intérprete colocaria em nova
roupagem aquilo que já estava escrito na norma jurídica.
Nesse trabalho e interpretação, ela fixa o sentido e o alcance da norma jurídica, isto é, ele
traduz a norma jurídica apresentando seu sentido e alcance.
Pode suceder que o intérprete nada tenha para interpretar relativamente à fixação de sentido
e alcance, como ocorre quando não se precisa traduzir algo.
O SISTEMA JURIDICO
A maneira pela qual o sistema jurídico é encarado, suas qualidades, suas características são
fundamentais para a elaboração do trabalho de interpretação.
A idéia de sistema está presente em todo o pensamento jurídico dogmático, nos princípios e
valores dos quais ele parte e na gênese do processo interpretativo, quer o argumento da
utilização do sistema seja apresentado, quer não.
Sua influência é tão profunda e constante que muitas vezes não aparece explicitamente no
trabalho do operador do Direito – qualquer que seja o trabalho e o operador - , mas está, pelo
menos, sempre subentendido.
AS REGRAS DE INTERPRETAÇÃO
Não são só o instrumental através do qual o estudioso do Direito põe em funcionamento seu
trabalho de intérprete, mas também – conforme já dissemos – o meio mediante o qual ele
apreende e compreende o sistema jurídico e seu funcionamento.
A INTERPRETAÇÃO GRAMATICAL
Trata-se da interpretação exclusivamente do modo como está a lei posta, analisando os verbos
e a forma ideal ao qual o legislador colocar no ordenamento jurídico a sua proposta.
A INTERPRETAÇÃO LÓGICA
Leva em consideração os instrumentos fornecidos pela lógica para o ato de intelecção, que,
naturalmente, estão presentes no trabalho interpretativo.
INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA
A INTERPETAÇÃO TELEOLÓGICA
Encontrar o fim da norma, que é cobrar sem excessos, falando a verdade. A interpretação
quando considera os fins aos quais a norma jurídica se dirige.
A INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA
Se preocupa em investigar os antecedentes da norma: como ela surgiu; por que surgiu; quais
eram as condições sociais do momento em que ela foi criada; quais eram as justificativas do
projeto; que motivos políticos levaram à sua aprovação, etc.
É aquela em que o intérprete se limita a declarar o sentido da norma jurídica interpretada, sem
amplia-la nem restringi-la.
A INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA
É a que restringe o sentido e o alcance apresentado pela expressão literal da norma jurídica.
A INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA
Amplia o sentido e o alcance apresentado pelo que dispõe literalmente o texto da norma
jurídica.
MEIOS DE INTEGRAÇÃO
A chamada integração é o meio através do qual o intérprete colmata a lacuna encontrada. Ela
pressupõe, portanto, que o intérprete haja lançado mão de todas as regras de interpretação à
sua disposição, e ainda assim não tenha conseguido detectar norma jurídica aplicável ao caso
que ele está examinando.
•–> As ideologias não são superficiais, irrelevantes ou nefastas. Ela é uma ilusão mítica
(modelos de realidades), uma pseuda verdade, como tem sido os demais mitos de
fundamentação (justificação nossa origem-filosófica social e jurídica, doutrinas políticas e
seitas religiosas) criados pelo homem. Essa representação se faz necessária à medida que
oferecem um sentido a existência e a explicação ao problema da própria realidade material.
•–> Sua função é projetar algo que renove esses mitos e religiões, garantindo a construção de
um modelo que designa o saber dominante e as posições sociais ao mesmo tempo em que as
justifica.
•–> O autor rejeita a idéia de que as ideologias estão em declínio, pois o enfraquecimento de
experiências históricas, como o fascismo e o nazismo, não determinou a extinção das
ideologias e pelo contrario elas continuam mais vivas do que nunca e fortalecidas. Nas
sociedades globalizadas na esfera das relações internacionais é mais do que comum à explosão
de agrupamentos ideológicos.
•–> Desde a nossa independência surgiu um pensamento político brasileiro, constituído por
categorias ideológicas que ou são constantes e estáveis ou retornam periodicamente. As
correntes são o liberalismo conservador e o autoritarismo modernizante que vem exercendo
alternativamente a hegemonia, mas o problema está que ainda não se conseguiu identificar
cientificamente o perfil dessas correntes, pois são inúmeras as variantes interpretativas. Assim
adotando a estratégia de conciliação: um instrumento eficaz usados pelas elites hegemônicas
na sua trajetória historia do poder, onde é essencialmente um compromisso entre iguais.
•–> Helgio Trindade concluiu que o pensamento político brasileiro é uma persistente hibridez
ideológica, combinando estruturas e praticas políticas autoritárias e liberais frustrados
geralmente por crises políticas e instabilidades cíclicas, assim é nessas combinações que se
encontra o segredo da dialética dos sistemas político brasileiro no passado (fase colonial) e no
presente.
•–> A nossa cultura política foi sempre marcada pelo liberalismo conservador (elite no poder),
este fenômeno tem inviabilizado a práxis histórica de instituições justas sólidas e eficazes,
impossibilitando o processo de democracia popular participativa.
•–> Michel Foucault acredita que os interesses econômicos, sociais e políticos são
assegurados e garantidos por formas articuladas e variadas de poder, o poder não se constitui
no Estado, e sim através de aparelhos ou formas que se inserem e se reproduzem na
sociedade como um todo, que é a então ordem jurídica. Assim o direito nem sempre tem sido
um fator de harmonização e equilíbrio de interesses divergentes e nos conflitos na estrutura
sócio político. O direito enquanto instrumentalização ideológica do poder pode ser visto como
forma de coerção, opressão e violência.
•–> Marilena Chauí reconhece que é através do Estado que a classe dominante monta um
aparelho de coerção e de repressão social que lhe permite exercer o poder sobre toda a
sociedade, fazendo-a submeter-se às regras políticas. O grande instrumento do Estado é o
direito, estabelecendo das leis que regulam as relações sociais o proveito dos dominantes.
Através do Direto, o Estado (que tem suas ações dentro da lei), aparece como legal, ou seja,
como ”Estado de Direito”. E essas ações vistas como legais e não violentas devem ser aceitas.
A LEI É DIREITO PARA O DOMINANTE E DEVER PARA O DOMINADO. Desta forma se o Estado e
o Direito não fossem vistos como tais, isto é, como instrumentos coercitivos, ambos não
seriam respeitados e os dominados se revoltariam. A FUNÇÃO DA IDEOLOGIA vem para
substituir na idéia do Estado a dominação de uma classe dominante pela idéia de interesse
geral encarnado pelo Estado, e na idéia de Direito a dominação de uma classe por meio das
leis pela representação ou idéias dessas leis como legitimas, justas, boas e validas para todos
(o que é enganador porque, por exemplo ”todos são iguais perante a lei” esta na constituição
mais não é verdade, isto é uma forma de apenas se livrar da consciência pesada).
•–> A lei enquanto veículo de um sistema jurídico determinado tende a oficializar a ideologia
dominante, pois ela aparace como identificação necessária de um Estado que deve ter uma
autonomia relativa em relação a uma fração do poder, através das formas de legislações
repressivas, sendo fechadas e conservadoras. A lei, portanto é a extensão da própria violência
e coerções manipuladas pelo Estado e não a forma regulamentadoras, organizadora social ou
limite da violência.
•–> É necessário então uma nova concepção de Direito que não incida nem sobre o
jusnaturalismo ou sobre o positivismo, mas na elaboração de uma proposta jurídica
alternativas que ofereça uma estratégia democrática de participação e de emancipação. O
papel de interpretação desta proposta é que acredita que as pessoas para conseguirem as
coisas, o que querem tem que se agrupar em torno de seus interesses.
•–> Não basta mudar as instituições, os modelos políticos e econômicos, bem como a
liderança e os homens que a governam, para mudar a sociedade é necessário, antes de tudo,
mudar o homem!
•–> A verdadeira revolução só será possível pela libertação totalizadora do homem, uma
revolução cultural nos diversos segmentos da realidade socioeconômica, politico-juridica e
psicofilosófica, com objetivos de transformação critica e emancipadora, já que fazer e refazer o
homem é uma tarefa sem fim.
•–> JUSNATURALISMO: é uma doutrina a qual pode ser conhecido um direito natural (XVII e
XVIII), um fundamento de validade, ou seja, um sistema de normas de conduta intersubjetivas
diverso do sistema constituído pelos normas fixadas pelo Estado (positivista). Esse direito
natural tem validade em si, é anterior e superior ao direito positivo (que está imerso na moral)
e em caso de conflito é ele que deve prevalecer, pois Moral e Direito natural tem uma relação
de união. Assim o jusnaturalismo é uma doutrina oposta ao positivismo (pois nele só há um
direito o estabelecido pelo estado, cuja validade independe de qualquer referencia a valores
éticos, a moral e o direito formam uma relação de intersecção, assim o direito não tem
nenhuma obrigatoriedade de proteger a moral e nem que seu direito tenha valor moral).
•–> Jusnaturalismo é uma expressão equívoca (2 significados), tanto filosófico como político.
•–> Todas, porém, partem de um sistemas de normas eternas (sempre existirá), imutáveis
(perfeitas) e universais.
Resumo IED – 1º Bimestre
- Opinião é assistemática (não relaciona um conhecimento com outro), ambígua, empírica (não
ter experiência) e casual.
- ‘’Não basta, com efeito, uma sistematização do senso comum para termos uma ciência’’ -> A
ciência difere-se do senso comum por ter estudos profundos e retificáveis e não uma simples
reflexão dos fatos, assim uma organização desses reflexos não torna ciência, apenas o senso
comum.
- ‘’Na verdade, é para o real que, em ultima instancia, se dirigem as teorias científicas’’ ->
Termos a necessidade de explicar o mundo o tempo todo!
- ‘’ Todo dado é construído’’ -> o dado é uma mera informação, dessa forma começa construí-
lo para chegar em um determinado resultado.
-A ciência através do dado traz estruturas teóricas que sobre ele agem e transformam, não
fazendo apenas uma cópia desse dado. Mostrando então ser operativo (transforma) e não
contemplativo.
• intuições devem ser destruídas, dando lugar ao construído e ao dado como resposta.
• o objeto como perspectiva das ideias, o pensamento vai ao real e não parte dele.
- ‘’ a ciência é essencialmente teórica’’ -> pois a teoria é testada na prática e a ciência é vista
como um estudo na prática.
- Teoria e prática são complementares, pois a teoria sem a prática se torna vazia, sem utilidade
e a prática sem a teoria se torna assistemática, ineficaz. O conhecimento se aperfeiçoa quando
se alia a teoria com a prática.
- A ciência pura é essencialmente teórica ao passo que a ciência aplicada é objeto da prática. O
autor discorda, pois nos leva a pensar que são distintas e ambíguas, só que na verdade são
complementares uma depende da outra. Não existe teoria sem uma prática imediata e não
existe uma prática sem ser organizada ou estruturada por uma teoria.
- A distinção entre ciência e técnica é que a primeira é procedimento teórico que visa a criação
do saber, construindo e retificando conceitos. Já a técnica é a aplicação prática e concreta
dessas teorias -> ciência realizada.
- Responsabilidade social é que o cientista não pode ser neutro em suas pesquisas, ou seja,
não deve deixar de lado a conseqüência do seu trabalho para a sociedade. Um cientista neutro
sequer iniciaria sua pesquisa, não saberia o que escolher, além de limitar a descrição do
objeto, ou seja, de acrescentá-lo conteúdo dessa forma não sendo um verdadeiro cientista.
- A neutralidade axiológica (cientista ser neutro) na visão de Weber é que o cientista não deve
aproveitar sua capacidade intelectual para colocar seus pontos de vistas e até preconceitos,
em uma determinada teoria, mas também não deve ser neutro e sim ter uma participação
crítica para descobrir e construir uma explicação capaz para tais objetos.
- Diferença entre ciência e filosofia: A ciência realiza a parte analítica, ou seja, divide o todo
através do corte epistemológico se aprofundando em cada parte. Já a filosofia realiza a parte
sintética, fazendo o caminho de volta para ter a visão da totalidade. Por mais que realizam
papéis diferentes, elas se completam.
MARX:
- Utiliza a dialética materialista como método
- É extremamente otimista e acredita que as coisas estão sempre mudando para melhor
- Não se pode estudar o direito estudando só o direito (diferente de Kelsen que acredita que
deve estudar o direito pela pureza dessa matéria)
- O Direito está localizado na superestrutura, ou seja, o Direito dói formado pela criação da
superestrutura pelo grupo dominante localizada na infraestrutura, que queria se manter no
privilégio, assim tornando-se dominador e legitimador.
- Os sistemas econômicos não são imutáveis, eles mudam conforme o tempo, mas demora
muito.
- A lógica do capitalismo tem por característica o acumulo de capital e nele aqueles que detém
as riquezas também detém os meios de produção e compram o trabalho daqueles que não
tem.
- ‘’Não é a consciência dos homens que determina seu ser: mas, ao contrário, é o seu ser social
que determina sua consciência’’ -> O ser é formado, moldado pela ideologia da infraestrutura
econômica. O ser social já nasce pré-determinado por esse sistema, onde jamais é a
consciência que determinará o que ela vai ser e sim, a classe a qual pertence.
- Todo sistema econômico traz dentro de si a semente de sua destruição. As forças produtivas
e as relações de produção funcionam em cooperação, até o momento em que surge uma
contradição com relação aos meios de produção.
- Quem nós somos na sociedade determina até onde poderemos desenvolver nossa
racionalidade
- O mundo não é um complexo de coisas acabadas, mas de processos, que passaram por uma
constante transformação, essa análise dialética das coisas precisa mais do que ser apenas
afirmada, mas aplicada na realidade.
- Para a dialética nada é absoluto, ela afirma justamente o contrário, pois tudo se encontra
num processo transitório, casa conclusão a que se chegue não é nada mais do que uma nova
teoria a ser tratada, numa ascensão sem fim.