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APRESENTAÇÃO
Olá, amigos!
Engana-se quem pensa que Direito Eleitoral é matéria afeta apenas aos
Tribunais Regional Eleitorais, em verdade é matéria obrigatória nos concursos
da magistratura estadual, do Ministério Público estadual e Federal! Além das
questões de múltipla escolha, ainda há as questões dissertativas, o que
Alistamento Eleitoral 2 2
Anulação de votação 1 1
Arrecadação de Recursos 1 1
Cômputo de votos 1 1
Condições de elegibilidade 1 1
Condutas vedadas 1 1 2
Crimes Eleitorais 2 2
Filiação partidária 1 1 1 3
Inelegibilidades 1 1
Infidelidade partidária e
1 1
competência de processamento
Partidos Políticos 1 1
Propaganda Eleitoral 1 1
Registro de Candidatura 1 1
Sistemas Eleitorais 1 1
Aul Conteúdo
a
00 Direitos políticos: fundamentais e direitos políticos e a Privação dos
Direitos Políticos. Direito Eleitoral: conceito, fundamentos, fontes e
princípios.
01 Poder representativo: sufrágio, natureza, extensão do sufrágio, valor,
modo e formas de sufrágio. Organização Eleitoral: distribuição
territorial e sistemas eleitorais. Justiça Eleitoral: características
institucionais, órgãos e composições, diversificação funcional das
atividades da Justiça Eleitoral e competências da Justiça Eleitoral.
02 Ministério Público Eleitoral: composição, atribuições e a lisura do
processo eleitoral. Capacidade Eleitoral: requisitos e limitações
decorrentes do dever eleitoral – Inelegibilidades e Suspensões.
03 Alistamento eleitoral: ato de alistar, fases, efeitos, cancelamento,
exclusão, revisão do eleitorado. Elegibilidade: registro de
candidatura, convenção partidária, coligação partidária, processo de
registro de candidatura e impugnações ao registro.
Sumário
1- O QUE SÃO DIREITOS POLÍTICOS?..................................................8
2- O QUE SÃO DIREITOS FUNDAMENTAIS?........................................10
2.1- Características dos Direitos Fundamentais.........................................11
2.2- Eficácia dos direitos fundamentais....................................................13
2.3- Gerações ou Dimensões dos Direitos Fundamentais............................15
3- QUAIS SÃO AS LIMITAÇÕES DOS DIREITOS POLÍTICOS?..............18
3.1- INELEGIBILIDADES........................................................................18
3.2- CANCELAMENTOS..........................................................................21
3.3- SUSPENSÕES................................................................................26
4- O QUE É DIREITO ELEITORAL? QUAL SEU CONCEITO?...................31
5- FUNDAMENTOS DO DIREITO ELEITORAL.......................................31
5.1- SUFRÁGIO, VOTO E ESCRUTÍNIO.....................................................32
5.2- ESPÉCIES DE DEMOCRACIA............................................................34
5.3- PLEBISCITO, REFERENDO, INICIATIVA POPULAR E RECALL.................34
6- FONTES DO DIREITO ELEITORAL...................................................36
6.1- FONTES MATERIAIS.......................................................................37
6.2- FONTES FORMAIS DIRETAS.............................................................37
6.3- FONTES FORMAIS INDIRETAS.........................................................40
6.4- FONTES INFORMAIS.......................................................................41
7- PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL............................................42
7.1- PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU ANTERIORIDADE ELEITORAL..............44
7.2- PRINCÍPIO DA CAUTELA / LEGITIMIDADE DAS ELEIÇÕES....................46
7.3- PRINCÍPIO DA LISURA DAS ELEIÇÕES..............................................46
7.4- PRINCÍPIO DA MORALIDADE ELEITORAL...........................................47
7.5- PRINCÍPIO DA DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO E PERDA DO
MANDATO ELETIVO ou PRINCÍPIO DA CELERIDADE...................................49
7.6- PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO INSTANTÂNEA.........................................50
7.7- PRINCÍPIO DA DEVOLUTIVIDADE DOS RECURSOS..............................51
7.8- PRINCÍPIO DO APROVEITAMENTO DO VOTO......................................51
Relatividade
Vedação ao
retrocesso Universalidade
Aplicabilidade
Indivisibilidade
imediata
Irrenunciabilidade Interdependência
Interrelacionali
Historicidade
dade
Inalienabilidade Imprescritibilidade
Estado
Individuos Individuos
individuo em
hipossuficiência
1ª GERAÇÃO (LIBERDADE)
2ª GERAÇÃO (IGUALDADE)
3ª GERAÇÃO (FRATERNIDADE)
4ª GERAÇÃO
5ª GERAÇÃO
6ª GERAÇÃO
são, em sua grande maioria, relativos aos direitos eleitorais, vez que as
demais modalidades não podem ser privadas, apenas regulamentadas e nos
termos da Constituição Federal.
Deste modo, ninguém pode ser privado do direito de livre manifestação
que estiver nos ditames legais, de igual modo ocorre com o direito de livre
associação política, com a ocupação de cargo não eletivo e do exercício da
soberania popular.
Já com os direitos políticos há duas espécies de limitações que
podem privar seu exercício, seja na modalidade ativa (perda do direito de
votar), seja na passiva (perda do direito de ser votado) e são elas:
inelegibilidade (perda do direito passivo) ou cancelamento (perda da
modalidade ativa e passiva).
Na última modalidade (cancelamento) ainda se destaca, dentre as
várias causas as quais iremos tratar individualmente, a suspensão que, dada
a sua importância, veremos em tópico separado.
Vejamos cada uma delas com mais pormenores.
3.1- INELEGIBILIDADES
INELEGIBILIDADES
CONSTITUCIONAIS INFRACONSTI-
TUCIONAIS
3.2- CANCELAMENTOS
processo de alistamento
Irregularidades
infração à legislaçaõ eleitoral
Qualquer Eleitor
Legitimados MP
para
Cancelamentos requererem Partidos Políticos
Edital é
Instauraçã publicado
para ser
o contestado
em 5 dias
Dilação de 5 a 10
probatória dias
Decisão em 5 dias
Em 3 dias e sem
efeito suspensivo
Pode ser inter-
posto tanto pelo
Recurso eleitor, quanto por
partido político que
tome a defesa do
eleitor
pleitos, os quais são três e não dois e a alternativa “e” está errada porque a
legislação fala em “pluralidade de inscrições” como causa de cancelamento e
não em “pluralidade de domicílios eleitorais”.
Gabarito 3: C
3.3- SUSPENSÕES
Cancelamento da naturalização
Suspensão
(transitado julgado)
Condenação criminal
Hipóteses (transitado julgado enquanto durarem os
efeitos)
Improbidade administrativa
TSE
Suspensão dos direitos políticos em decorrência de improbidade administrativa
Devem-se cumular
decisão condenação
transitada ou por conduta ímproba
suspensão prazo de
proferida por improbidade que acarrete
dos inelegibilida-
órgão administrativ dano ao erário E
direitos de não
colegiado do a na enriquecimento
políticos exaurido
Poder modalidade ilícito
Judiciário dolosa
Administração Pública não gera, por si mesma, a inelegibilidade, vez que não
há a cumulação de dois importantes requisitos: a lesão ao patrimônio público
e o enriquecimento ilícito.
Gabarito 4: B
Para melhor fixar o conteúdo relativo às limitações aos direitos políticos,
segue um esquema que resume todos os pontos vistos.
LIMITAÇÕES
AOS Constitucionais Absolutas
DIREITOS
POLITICOS Inalistáveis
Analfabetos
Relativas
INELEGIBILIDADES Segunda reeleição
Desincompatibilização
Inelegibilidade reflexa
Infraconstitucionais
LC 64/90
CANCELAMENTOS Infrações às
regras do
domicílio
eleitoral
Pluralidade de
Inscrições
Falecimento do
eleitor
Falta
injustificada a 3
eleições
consecutivas
SUFRÁGIO CENSITÁRIO
era o sistema adotado no Brasil durante o império, vez que apenas
pessoas com certo grau de riqueza poderiam ter o direito ao voto;
SUFRÁGIO CAPACITÁRIO
limita o exercício ao voto de acordo com o grau de instrução do
eleitor;
SUFRÁGIO RACIAL
era a forma de sufrágio adotada pela África do sul, durante o
regime de Apartheid, vez que somente pessoas de certa etnia
podiam votar;
SUFRÁGIO RELIGIOSO
leva em conta o credo do cidadão.
DIRETO
o eleitor o exerce diretamente, sem a presença de representantes
para seu exercício
SECRETO
Não se pode identificar o voto do eleitor (resguardo de sigilo)
DE IGUAL VALOR
Cada voto possui o mesmo peso
OBRIGATÓRIO
Excetuando-se os analfabetos, os maiores de setenta anos e os
menores de dezoito anos, todos são obrigados a votar
UNIVERSAL
Excetuando-se os que têm os direitos políticos cancelados ou
suspensos, todos têm o direito e dever de votar
PERIÓDICO
O voto é exercido a cada pleito
Veja-se que nossa Constituição Federal, em seu artigo 60, §4°, inciso II,
diz que não será objeto de emendas: “o voto direto, secreto, universal e
periódico”, mas não diz nada a respeito de sua obrigatoriedade, o que
autoriza a doutrina a asseverar que a facultatividade do voto pode ser objeto
de emenda constitucional, vez que não estaria limitando o exercício do voto,
mas, sim, facultando-lhe o exercício àqueles que realmente queiram votar.
Comentários:
A alternativa “a” está errada pois o voto não é público, a alternativa “b” está
errado pois não há nem o critério competência e nem a publicidade. Já a
alternativa “d” está errada pois também afirma acerca da publicidade.
Gabarito 5: C
DEMOCRACIA DIRETA
É o modelo grego de democracia, vez que os cidadãos a
exercem de modo direto, sem a necessidade de representantes.
Hoje, é utilizada em poucos países, tais como alguns cantões da
Suíça, dada a dificuldade territorial e populacional para fazê-la
valer.
Se a consulta for
prévia ao ato -
Se a conduta for
PLEBISCITO
posterior ao ato -
REFERENDO
A iniciativa popular, por sua vez, ainda de acordo com a Lei 9.709/98,
consiste em:
“Art. 13. A iniciativa popular consiste na apresentação de
projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no
mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por
cento dos eleitores de cada um deles.”
1% do eleitorado nacional
distribuído em 5 estados
Iniciativa
Popular
três décimos dos eleitores de cada um dos cinco
estados
Diretas
Indiretas
64/90), a Lei das Eleições (Lei 9.504/97) e a Lei dos Partidos Políticos (Lei
9.095/95)
b) impróprias, as quais emprestam regras, princípios e institutos ao
Direito Eleitoral, que é o caso do Código Civil, do Código de Processo Civil, do
Código Penal, do Código de Processo Penal, a Lei dos Juizados Especiais Cíveis
e Criminais (Lei 9.099/95), lei de execução fiscal (Lei 6.830/80), etc.
Veja-se que há matérias eleitorais que só podem ser efetuadas por
meio de Leis Complementares, não se admitindo, portanto, sua feitura
mediante lei ordinária. Isto ocorre com a organização da Justiça Eleitoral
(artigo 121 da Constituição Federal) e com as Inelegibilidades (artigo 14, §9°
da Constituição Federal).
Tendo em vista que parte da organização da Justiça Eleitoral se
encontra no Código Eleitoral, esta regulamentação em específica foi
recepcionada pelo nosso ordenamento como sendo uma Lei Complementar,
mantendo-se o restante deste código como lei ordinária, daí seu caráter
misto de possuir tanto o viés de Lei Complementar, quanto o de
ordinária, dependendo do assunto que tratar.
Nossa Constituição Federal veda, ainda, a Lei delegada para tratar de
matéria eleitoral, em seu artigo 68, §1°, inciso II.
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da
República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva
do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos
Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei
complementar, nem a legislação sobre:
(...)
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
A Lei das Eleições, por sua vez, determina que até o dia 5 (cinco) de
março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao caráter
regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das
previstas naquela lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para sua
fiel execução, ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados ou
representantes dos partidos políticos.
Por meio das resoluções, o Tribunal Superior Eleitoral atua secundum
e praeter legem, permitindo, ainda, que os Tribunais Regionais Eleitorais
regulamentem a matéria dentro de seu âmbito e conforme as diretrizes por ele
repassadas.
Estas resoluções do Tribunal Superior Eleitoral, conforme vem decidindo
esta corte, têm força de lei ordinária, embora sejam passíveis de controle de
constitucionalidade por parte do Supremo Tribunal Federal.
A doutrina ainda classifica as resoluções em:
a) De cunho meramente interpretativo, sendo atos normativos
secundários e de caráter infralegal. Servem para interpretar a legislação,
possuindo, portanto, efeitos erga omnes e vinculantes ao magistrado (ex.
resolução que entende que eleitor que complete dezesseis anos até a data da
eleição pode se alistar);
b) De cunho regulamentar, sendo ato normativo primário e de caráter
de lei ordinária. Servem para regulamentar a legislação, possuindo, de igual
modo, efeitos erga omnes e vinculantes aos magistrados e, ainda, podendo
sofrer controle concentrado de constitucionalidade (por meio de ADI, ADC e
ADPF). Um exemplo deste tipo de resolução são as que regulamentam as
eleições.
Gabarito 7: C
CF
Fontes do Cpc
direito Subsidiárias Cp
eleitoral
Cpp
Resoluções
tse/tre Lei 9.099/95
Formal
Estatutos
partidos pol.
Princípios
Jurisprudencia
Indireta
Consulta
Doutrina
Informal Analogia
Costumes
REGRAS PRINCÍPIOS
Com isto, veda-se que qualquer lei que altere o processo eleitoral seja
aplicada a menos de ano e dia de uma eleição, mantendo-se a
estabilidade do pleito.
Este princípio está insculpido em cláusula pétrea, vez que se trata de
garantia individual e, conforme determina o artigo 60 da Carta Magna, em
seu §4º, inciso IV, não se podem ter emendas constitucionais tendentes a
abolir os direitos e garantias individuais.
E de outro modo não poderia ser, pois imaginemos que este princípio
não existisse no Direito Eleitoral e após dias, semanas, ou até meses do pleito,
viesse uma impugnação de identidade de eleitor com pedido de anulação do
voto e com o fito de modificar, quiçá, uma diplomação. Não haveria
estabilidade na proclamação dos eleitos e os oponentes do vencedor poderiam
utilizar deste estratagema para pleitear nova votação ou cassação de diploma,
gerando descrença no processo eleitoral.
Neste mesmo espírito, disciplina o artigo 149 deste códex, o qual dita
que:
Artigo 149. Não será admitido recurso contra votação, se não
tiver havido impugnação perante a mesa receptora, no ato da
votação, contra as nulidades arguidas”
(...)
XIV - julgada procedente a representação, o Tribunal declarará a
inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído
para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade
para as eleições a se realizarem nos 3 (três) anos subseqüentes à
eleição em que se verificou, além da cassação do registro do
candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder
econômico e pelo desvio ou abuso do poder de autoridade,
determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral,
para instauração de processo disciplinar, se for o caso, e
processo-crime, ordenando quaisquer outras providências que a
espécie comportar”
Princípio da Impersonalidade
Candidato que se beneficiar de ato feito com abuso de poder, por ele responde, tendo
participado dele ou não
Art. 22, inc. XIV DA lc 64/90
Visa estabelecer equilíbrio entre os participantes do pleito
8- QUESTÕES COMENTADAS
Gabarito 10: C
De acordo com o artigo 16 da CF/88 (Art. 16. A lei que alterar o processo
eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à
eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 4, de 1993)), este princípio equivale ao Princípio da
Anualidade Eleitoral, estando, portanto, correta a alternativa C.
Gabarito 19: C
Gabarito 22: A
C) imunidade parlamentar.
D) organização e participação de partidos políticos.
Comentários: As alternativas A, B e D estão erradas pois consistem em
direitos políticos, apenas a alternativa C não contempla um destes direitos,
sendo uma prerrogativa da função parlamentar.
Gabarito 30: C
9- LISTA DE EXERCÍCIOS
B) Errado
B) I e III apenas.
C) II e III apenas.
D) I e IV apenas.
21) (Analista Legislativo, Câmara dos Deputados, 2014, CESPE).
Acerca dos princípios do direito eleitoral, julgue os itens a seguir.
Introduzida no texto constitucional por meio de emenda, a nova redação do
dispositivo que consagra princípio da anualidade da lei eleitoral aperfeiçoou a
redação do texto constitucional, ao igualar os conceitos de vigência ou
aplicação e de eficácia.
A) Certo
B) Errado
10- GABARITO
Gabarito 1: D
Gabarito 2: C
Gabarito 3: C
Gabarito 4: B
Gabarito 5: C
Gabarito 6: D
Gabarito 7: C
Gabarito 8: D
Gabarito 9: A
Gabarito 10: C
Gabarito 11: B
Gabarito 12: D
Gabarito 13: B
Gabarito 14: A
Gabarito 15: E
Gabarito 16: D
Gabarito 17: A
Gabarito 18: B
Gabarito 19: C
Gabarito 20: D
Gabarito 21: B
Gabarito 22: A
Gabarito 23: E
Gabarito 24: A
Gabarito 25: A
Gabarito 26: B
Gabarito 27: D
Gabarito 28: C
Gabarito 29: D
Gabarito 30: C