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Matéria: Direito Eleitoral

Professora: Patrícia Gasparro Sevilha Greco


Direito Eleitoral
Prof.ª. Patrícia Gasparro Sevilha Greco
Aula 01 – Poder Representativo, Organização Eleitoral e Justiça
Eleitoral

Sumá rio
1- PODER REPRESENTATIVO...............................................................3
1.1- Sufrágio (conceito e natureza)...............................................................................................4
1.1.1- Extensão do sufrágio.......................................................................................................5
1.1.2- Valor do sufrágio.............................................................................................................9
1.1.3- Modo de sufrágio............................................................................................................9
1.1.4- Formas de sufrágio........................................................................................................10
2- ORGANIZAÇÃO ELEITORAL............................................................10
2.1- Distribuição territorial..........................................................................................................11
2.2- Sistemas eleitorais................................................................................................................11
2.2.1- Sistema Majoritário.......................................................................................................12
2.2.2- Sistema Proporcional....................................................................................................17
2.2.2.1- O quociente eleitoral..............................................................................................20
2.2.2.2- O quociente partidário...........................................................................................25
2.2.2.3- Cálculo de sobras....................................................................................................28
2.2.3- Sistema Misto................................................................................................................30
3. Justiça Eleitoral.............................................................................40
3.1- Características institucionais................................................................................................40
3.2- Órgãos e composição...........................................................................................................43
3.2.1- Tribunal Superior Eleitoral.............................................................................................44
3.2.2- Tribunais Regionais Eleitorais........................................................................................48
3.2.3- Juízes Eleitorais.............................................................................................................52
3.2.4- Juntas Eleitorais.............................................................................................................55
3.3- Diversificação funcional das atividades da Justiça Eleitoral..................................................58
3.3.1- Função Administrativa...................................................................................................59
3.3.2- Função Normativa.........................................................................................................60
3.3.3- Função Julgadora...........................................................................................................61
3.3.4-Função Consultiva..........................................................................................................62
3.4- Competências.......................................................................................................................63
3.4.1- Do TSE...........................................................................................................................64
3.4.2- Dos TRE’s.......................................................................................................................70

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3.4.3- Dos Juízes e Juntas Eleitorais.........................................................................................75
QUESTÕES COMENTADAS..................................................................80
QUESTÕES.........................................................................................80
GABARITO.........................................................................................88
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO..........................................................88

Caros amigos,

Iniciamos mais uma aula do curso de Direto Eleitoral! O conteúdo de


hoje é bastante teórico e com muitos detalhes, mas tentamos facilitar a vida
de vocês – que não é nada fácil – por meio dos esquemas.
Respire fundo e estude com a máxima concentração. Seja lá onde você
estiver lendo esse material, busque criar uma atmosfera favorável. Isole-se,
não se conecte a redes sociais ou fique checando o celular o tempo todo.
Reserve um intervalo para fazer essas coisas.
No mais, trazemos questões objetivas bem pontuais que nos auxiliarão
a reforçar o conteúdo ministrado. Serenidade e persistência! Foque em fazer o
melhor, que o resultado virá naturalmente.

Forte abraço,
Patrícia Gasparro Sevilha Greco

1- PODER REPRESENTATIVO

O Poder Representativo deriva da própria democracia, vez que,


conforme dita nossa Constituição Federal em seu artigo 1°, parágrafo único:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
(...)
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição.

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Tendo em vista que nossos representantes só atuam na medida em que


são legitimados a nos representar, devemos compreender melhor no que
consiste este nosso direito de escolha deles e de que modo ele se opera.

1.1- Sufrágio (conceito e natureza)

Cabe ao povo a escolha de seus representantes, por meio do sufrágio,


podendo este ser compreendido como “direito público subjetivo de natureza
política de elegermos e sermos eleitos, ou seja, o direito de votarmos
(alistabilidade) e sermos votados (elegibilidade), participando, assim, da vida
política do Estado e da sociedade” (FERNANDES, 2015, p. 655).

SUFRÁGIO

Direito público e subjetivo


de natureza política

Direito de votar Direito de ser votado

Alistabilidade Elegibilidade

O direito de sufrágio garante não apenas o voto ao candidato, numa


escolha eleitoral, mas, também, a realização de dois outros importantes
institutos: o plebiscito e o referendo, institutos da democracia semidireta.
Além de viabilizar a democracia semidireta, o sufrágio permite a
ocorrência da democracia representativa exercida indiretamente, vez que há a
escolha de representantes do povo, os quais exercerão seus mandatos em
nome deste.
O sufrágio é, portanto, direito do qual o voto é seu exercício e o
escrutínio é o modo de exercício.

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SUFRÁGIO Direito

Exercício do
VOTO
sufrágio
Modo de
ESCRUTÍNIO
exercício
1.1.1- Extensão do sufrágio

A Constituição Federal, em seu artigo 14, caput, lança as bases da


extensão do sufrágio, ao garantir que a soberania popular será exercida pelo
SUFRÁGIO UNIVERSAL e pelo VOTO DIRETO E SECRETO, com IGUAL VALOR
PARA TODOS.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo
voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei,
mediante:

Indicar que o sufrágio se dá em extensão universal implica dizer que


todos os cidadãos que preencham os requisitos legais estão aptos a exercê-lo
por meio do voto e, ainda, que estes requisitos legais não esbarram em
impedimentos com base em critérios discriminatórios, tais como classe social,
raça, credo ou orientação sexual e a este modelo de sufrágio que restringe
desigualmente o acesso ao exercício de voto dá-se o nome de sufrágio
restrito.
O critério que nossa Constituição toma para a alistabilidade são,
basicamente, critérios etários (ter, ao menos, dezesseis anos completos até a
data da eleição, embora a obrigatoriedade inicie-se a partir dos dezoito anos e
vá até os setenta aos que não forem analfabetos), critérios de nacionalidade
(não podem votar os estrangeiros) além de não poder ser conscrito (somente
durante o período do serviço militar obrigatório, após isto, o jovem pode se
alistar).

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Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo
voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei,
mediante:
(...)
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o
período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

1. (JUIZ, TJMS, 2008, FGV, adaptada). Analise as afirmativas a seguir:


I. O princípio da imediaticidade do sufrágio é característica do
sistema eleitoral brasileiro.
II. O sufrágio é universal, direito público subjetivo, que cabe a
todos os nacionais, sem restrições.
III. No sistema brasileiro inexiste exceção à regra do voto direto.
IV. O requisito de idade mínima, como condição de elegibilidade,
deve estar preenchido na data da posse e não na do registro, à
exceção de alguns cargos.
V. É cabível a oponibilidade de inelegibilidade de ordem
constitucional até no momento da diplomação.

Estão corretas as afirmativas:


(A) I, III e V.
(B) I, II, IV.
(C) I, IV e V.
(D) II, III e IV
(E) III, IV e V
Comentários: A afirmativa “I” está certa pois O princípio da imediaticidade do
sufrágio é característica do sistema eleitoral brasileiro, vez que adotamos o
sufrágio direto (vide item 1.1.3 desta apostila).
A afirmativa “II” está errada pois muito embora o sufrágio realmente seja
universal, um direito público subjetivo, que cabe a todos os nacionais, há
restrições de ordem etária (apenas para maiores de dezesseis anos, sendo

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obrigatória aos maiores de dezoito e menores de setenta – Art. 14, §1°,
CF/88).
A afirmativa “III” está errada pois existe exceção da regra do voto direto e
consiste na possibilidade de votação indireta para Presidente, quando seu
cargo vagar nos dois últimos anos de mandato (art. 81 da CF/88).
A afirmativa “IV” está correta pois o candidato deverá ter a idade mínima
exigida pela CF, em seu art. 14, §3°, inciso VI, na data da posse e não da nata
do registro de candidaturas (que é anterior ao pleito), conforme art. 11, §2°
da Lei das Eleições (Lei 9.504/97), à exceção dos cargos que precisem ter 18
anos, ocasião em que a idade será verificada na data do registro.
A assertiva “V” está correta pois as inelegibilidades constitucionais podem ser
opostas até a data da diplomação (matérias de ordem constitucional não
geram preclusão e podem ser arguidas a qualquer tempo).
Deste modo, estão corretas as assertivas I, IV e V
Gabarito 1: C

O voto, conforme vimos, é o exercício do sufrágio, consistindo num


direito público subjetivo e, ao mesmo tempo, em uma função sociopolítica
para o desenvolvimento da soberania popular.
O voto em nossa Carta Magna é DIRETO, SECRETO, UNIVERSAL e
PERIÓDICO sendo tais características cláusulas pétreas, pois não podem ser
mudadas por emenda Constitucional, embora a sua obrigatoriedade não seja
cláusula pétrea. Tal é a leitura do artigo 60, §4º, inciso II da Constituição
Federal:
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a
abolir:
(..)
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
Possui por características (FERNANDES, 2015, p. 658):

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CLÁUSULA
DIRETO
PÉTREA

CLÁUSULA
UNIVERSAL
PÉTREA
VOTO
CLÁUSULA
PERIÓDICO
PÉTREA

NÃO É
SECRETO CLÁUSULA
PÉTREA

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Só o próprio eleitor pode votar,


PERSONALIDADE sendo vedado voto por
procuração

O eleitor maior de dezoito anos


CARACTERÍSTICAS DO VOTO

e menor de setenta que não for


OBRIGATORIEDADE analfabeto DEVE comparecer às
urnas

Muito embora o eleitor tenha a


obrigação de votar, ele vota em
LIBERDADE quem ele quiser, podendo,
inclusive, votar em branco ou
anular o seu voto

SIGILOSIDADE O voto é secreto

Nós escolhemos diretamente


nossos representantes (há uma
única exceção no art. 81 CF/88 -
Direto caso haja vacância no cargo de
Presidente, nos 2 últimos anos
do mandato, a eleição para
novo presidente será indireta)

Art. 60, §4°, CF/88 - o voto é


PERIODICIDADE exercido de tempos em tempos

A cada cidadão equivale um


IGUALDADE voto e todos com igual valor

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1.1.2- Valor do sufrágio

O direito ao sufrágio universal foi resultado de um longo período de


lutas históricas, vez que, durante muito tempo, o direito ao voto era
exclusividade de apenas algumas classes sociais e do gênero masculino.
Com a Revolução Francesa e os ideários iluministas, o direito amplo ao
voto foi propagado e, no Brasil, somente foi recepcionado pela Constituição de
1934, a qual reafirmou os direitos de voto (inclusive o feminino) insculpidos no
Código Eleitoral de 1932.
Hoje, nosso ordenamento utiliza o sufrágio universal e igual, ou seja,
todos aqueles que preencherem os requisitos legais (idade e nacionalidade) e
não estiverem com os direitos políticos suspensos ou cancelados podem e
devem votar e a cada homem corresponde a um voto e todos com igual valor
(one man, one vote).
Há de se destacar que há o sufrágio plural, em que um mesmo eleitor
pode votar mais de uma vez, mas este modelo se contrapõe ao que nossa
Constituição disciplina, a qual, conforme foi dito, adotou o modelo de sufrágio
igual.

1.1.3- Modo de sufrágio

Quanto ao modo, o sufrágio pode ser:

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O eleitor
diretamente
elege
seu INDIRET
DIRETO
representante (utilizado
no Brasil) e deriva do
Princípio da
Imediaticidade do Voto,
O
O eleitor
intermediários
eleição de alguém
utiliza
para

pois o eleitor vota


imediata e diretamente
em seu candidato.

1.1.4- Formas de sufrágio

Quanto às formas de sufrágio, estas podem ser classificadas da seguinte


forma:

SECRETO PÚBLICO

Emitido em sigilo (modelo Realizado em publicidade (era


atual do Brasil) assim na época do voto de
cabresto, na antiga República)

2- ORGANIZAÇÃO ELEITORAL

A Justiça Eleitoral foi criada na década de trinta do século passado (XX)


e, inicialmente, todo o seu processo era administrativo e ligado ao Poder
Executivo. Após o Código Eleitoral de 1932, várias conquistas foram
consagradas em nosso ordenamento, entre elas o voto secreto, o voto
feminino e o sistema de representação proporcional em dois turnos (acerca
dos sistemas eleitorais, veremos mais sobre eles no tópico 2.2).
Atualmente, a Justiça Eleitoral é uma justiça especial federal, autônoma,
assim como a Justiça do Trabalho e a Militar o são. Ela é a única das justiças

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que não possui magistrados próprios, permanentes, “tomando emprestados”
magistrados da Justiça Comum Estadual e, no âmbito dos Tribunais, ministros,
desembargadores, juízes federais, membros do Ministério Público e juristas
(acerca da composição de cada órgão, vide tópico 3.2).
Ela desempenha as suas atividades dentro de sua competência e
circunscrição.
A competência, conforme vimos, possui lastro constitucional, vez que o
artigo 121, caput, da Constituição Federal de 1988 determina que Lei
Complementar (LC) disporá sobre a organização e competência dos tribunais
dos juízes de direito e das juntas eleitorais. Esta competência está no Código
Eleitoral (Lei 4.737/65), sendo que os seus dispositivos que tratam sobre esta
matéria foram recepcionados, pela atual Constituição, com status de Lei
Complementar e suas demais disposições com o de Lei Ordinária (possui
caráter misto).
Com relação à circunscrição da organização eleitoral, esta
corresponderá ao ente da federação ao qual vincula-se determinado processo
eleitoral, ou seja, corresponde a uma distribuição territorial. Vejamo-la!!!

2.1- Distribuição territorial

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CIRCUNSCRIÇÕES
ELEITORAIS

Nacional Estadual Municipal

Compreende o Compreende o
Compreende a União
estado-membro Município

Eleições para: Eleições para:


Eleições do
Governador, Vice, Prefeito, Vice,
Presidente e de seu
Senador, Deputados Vereadores e Juízes
Vice
Estaduais e Federais de Paz
As circunscrições estão delimitadas no artigo 86 do Código Eleitoral e
vale lembrar que a circunscrição Nacional é desempenhada pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), conforme determina o artigo 89, I do mesmo código;
já a estadual é pelos Tribunais Regionais Eleitorais instalados em cada capital
dos estados-membros e, ainda, no Distrito Federal (artigo 89, II, CE) e, por
sua vez, a Municipal pelos juízes eleitorais da Zonas Eleitorais (artigo 89, III,
CE).

2.2- Sistemas eleitorais

Sistema Eleitoral pode ser compreendido como “o conjunto de técnicas


e procedimentos que se empregam na realização das eleições, destinados a
organizar a representação do povo no território nacional” (SILVA, 1993, p.
326). Em outras palavras, e bem resumidamente, é o modo como se dá o
próprio jogo eleitoral, podendo-se, assim, declarar o vencedor do pleito.
Há três espécies de sistemas eleitorais:

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SISTEMAS
ELEITORAIS

MAJORITÁRIO PROPORCIONAL MISTO

Fique bastante atento às espécies de sistema eleitoral pois é assunto


bastante cobrado em provas dissertativas, qual já ocorreu nos concursos de
Procurador da República n°17, em que se questionou quais seriam as
características do sistema eleitoral no Brasil, e no concurso de n° 15, o qual
exigiu do candidato o conhecimento acerca do funcionamento destes sistemas,
nas eleições brasileiras, para o Executivo e o Legislativo e quais eram
adotados em cada um deles, com base na Constituição Federal.

2.2.1- Sistema Majoritário

O Sistema majoritário consiste em atribuir o mandato eletivo ao


candidato que obtiver a maioria dos votos. Ele é adotado, no Brasil, para as
eleições dos chefes do Executivo nas três esferas e de seus respectivos vices
(Prefeito e vice, Governador e vice, Prefeito e vice), além da eleição dos
senadores.

SISTEMA
MAJORITÁRIO

PRESIDENTE E GOVERNADOR PREFEITO E


SENADOR
VICE E VICE VICE

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Este sistema pode-se dar de duas maneiras:

SISTEMA MAJORITÁRIO
Ocorre quando se exige apenas a maioria dos votos
em percentual e em um único turno.
SIMPLES ou
RELATIVO
Exemplos deste subsistema: eleições para prefeitos
em cidades com até 200mil eleitores e para
senadores

Ocorre quando se exige a maioria absoluta dos


votos válidos (50% dos votos válidos mais 1), pode
ou não ocorrer em dois turnos.
ABSOLUTO
É utilizado em eleições para presidente e seu vice,
de governadortes e seu vice, e para prefeitos e
vices de cidades com mais de 200mil eleitores.

Estes dois sistemas coexistem em nosso ordenamento e a exigência


para a realização na modalidade de Sistema Majoritário Absoluto se encontra
em nossa Constituição Federal, a qual exige que eleições presidenciais (art.
28), para governador (art. 29, II) e de prefeitos em cidades com mais de
duzentos mil eleitores (art. 77) detivessem em seus resultados uma maior
legitimidade, expliquemos. Estas disposições constitucionais são
recepcionadas pelo artigo 2º, caput e §1° e artigo 3º, §2º, ambos da Lei
9.504/97 (Lei das Eleições), os quais dizem:
Art. 2º Será considerado eleito o candidato a Presidente ou a
Governador que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados
os em branco e os nulos.
§ 1º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira
votação, far-se-á nova eleição no último domingo de outubro,
concorrendo os dois candidatos mais votados, e considerando-se eleito
o que obtiver a maioria dos votos válidos.
(...)

Art. 3º Será considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver a


maioria dos votos, não computados os em branco e os nulos.
(...)
§ 2º Nos Municípios com mais de duzentos mil eleitores, aplicar-se-ão
as regras estabelecidas nos §§ 1º a 3º do artigo anterior. (destaque
nosso).

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A doutrina critica que, no sistema Simples, nem sempre o candidato


eleito têm a legitimidade para deter o cargo, vez que ele até pode ter recebido
o maior número de votos, mas isto não implica que a maioria respalda esta
decisão. Vejamos o seguinte exemplo fictício:

Eleição na Cidade "X" que tem


100mil eleitores

20mil 80mil votantes


abstenções

votos brancos
e nulos: 20mil Candidato Candidato Candidato Candidato
(ambos não A com 20 B com 15 C com 13 D com 12
são contabi- mil votos mil votos mil votos mil votos
lizados)

Neste exemplo, o Candidato A obteve a maioria simples de voto, ou


seja, obteve vinte mil votos, todavia, num universo de oitenta mil votos
válidos, o eleitorado não demonstrou, em sua verdadeira maioria, a
preferência por este candidato.
Já num paralelo, para melhor compreender como funciona o Sistema
Eleitoral Majoritário Absoluto em único turno:

Eleição na Cidade "X" que tem


300mil eleitores

60mil 240mil votantes


abstenções

votos brancos
e nulos: 40mil Candidato Candidato Candidato Candidato
(ambos não A com 105 B com 55 C com 25 D com 15
são contabi- mil votos mil votos mil votos mil votos
lizados)

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Neste exemplo acima, o Candidato A ganhou, com vantagem, em
primeiro turno, eis que teve mais que cinquenta por cento mais um dos votos.
Neste exemplo bastavam cem mil e um votos para que ele ganhasse em
primeiro turno, ao passo que recebeu bem mais - cento e cinco mil, sagrando-
se quisto pela maioria real do eleitorado, dispensando-se, assim, um segundo
turno.
E como funciona quando há um segundo turno?

Eleição na Cidade "X" que tem


300mil eleitores

240mil votantes

60mil Candidato A Candidato B Candidato C Candidato D


com 95 mil com 55 mil com 35 mil com 15 mil
abstenções votos (1º T) votos (1º T) votos (1º T) votos (1º T)
votos brancos e
no primeiro nulos em
e segundo ambos o
turnos strunos): 40mil Disputa o Disputa o
(ambos não são segundo turno segundo turno
contabilizados) e recebe 110mil e recebe 90 mil
votos (2º T) votos (2º T)

Neste exemplo que contempla um segundo turno, o candidato A não


obteve a maioria absoluta de votos e foi para o segundo turno com o segundo
candidato mais votado, de modo que, nesta nova disputa, recebeu o maior
número de votos, legitimando, de fato, a sua escolha.

O STF já pôde se pronunciar acerca da inaplicabilidade da infidelidade


partidária ao sistema majoritário, vez que, neste sistema, o eleitor vota no
candidato e não na sigla partidária, diferentemente do sistema proporcional, o
qual veremos logo a seguir.
Este posicionamento se encontra no informativo 787 do STF e acabou
gerando a Súmula do Tribunal Superior Eleitoral de nº 67, a qual diz:
A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos
candidatos eleitos pelo sistema majoritário

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Fique, portanto, atento a este tema, pois já foi objeto de questão no
concurso público para a prova de Juiz, no TJ-DFT, em 2015, pela CESPE, a
qual considerou como errada a seguinte afirmativa: “O dever de observância
da fidelidade partidária não alcança os detentores de mandato proporcional”,
vez que a fidelidade partidária não alcança, como pudemos ver, os detentores
de mandato pelo sistema majoritário, mas alcança o eleito pelo sistema
proporcional.

Quando se fala de votação qualificada (aquela que exige a maioria


absoluta dos votos, conforme vimos), sempre paira uma dúvida no eleitor e
que consiste na transmissão massiva de uma informação inverídica: anulação
de votação caso mais da metade dos eleitores anulem voluntariamente seu
voto.
Isto se trata de um equívoco acerca da interpretação do artigo 224 do
Código Eleitoral, o qual dispõe, em seu caput o seguinte:

Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas
eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do
município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais
votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de
20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.

O Tribunal Superior Eleitoral, debruçado sobre o tema, posicionou-se,


por meio do acórdão 665, de 17 de agosto de 2002, no sentido de que este
artigo não se aplica no caso de, voluntariamente, mais da metade dos
eleitores anularem seus votos, preservando-se a validade da eleição. Portanto,
esta “lenda urbana” dissipada nas redes sociais, convidando os eleitores a
anularem seus votos para que haja uma nova eleição NÃO PROCEDE!

Este assunto acerca da anulação voluntária do voto já foi objeto de


questionamento em certame: o concurso para Juiz de Direito do Estado de
Pernambuco, de 2011, pela FCC, considerou como verdadeira a seguinte

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assertiva: “não é nula a votação quando a maioria dos eleitores opta pelo voto
nulo”.

2.2.2- Sistema Proporcional

O sistema proporcional se baseia em médias aritméticas, utilizando-se,


para declarar os eleitos, do cálculo do quociente eleitoral, do quociente
partidário e do cálculo de sobras.
Este sistema visa manter e preservar a diversidades ideológico-
partidárias na eleição de órgãos de colegiado (Câmara de Deputados,
Assembleias Legislativas e Câmara de Vereadores).

CUIDADO: Muitas pessoas confundem este critério como sendo utilizado


para a eleição de senadores, vez que o Senado é um órgão colegiado também,
porém, seus eleitos são declarados vencedores por meio do sistema
majoritário simples, exatamente porque o Senado visa representar as
Unidades da Federação, daí a quantidade fixa de senadores (três) para cada
Estado-Membro da Federação.
Diversamente ocorre com os deputados estaduais, que representam os
interesses do povo e, portanto, variam de acordo com o número de eleitores
de cada Estado-Membro.
Outra pegadinha muito comum em concursos públicos é a de afirmar
que a eleição para o Congresso Nacional é pelo sistema proporcional, mas,
não se esqueça, o Congresso é formado pelo Senado (sistema majoritário) e
pela Câmara dos deputados (sistema proporcional).

CÂMARA DE
SENADO
DEPUTADOS

Sistema Sistema
Majoritáio Proporcional

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O Sistema Proporcional é utilizado para os seguintes cargos eletivos e
tem as seguintes bases constitucionais:

SISTEMA PROPORCIONAL
DEPUTADOS FEDERAIS (Art. 45, caput, CF/88)

(Art.27, caput, §1° para os


DEPUTADOS ESTADUAIS, estaduais e art. 32, §3º para
DISTRITAIS E TERRITORIAIS os distritais, ambos da
CF/88)

VEREADORES (Art. 29, inciso IV, CF/88)

O Sistema Proporcional ainda pode ser dar por três modos:

LISTA LISTA LISTA


ABERTA FECHADA FLEXÍVEL
A lista de
O partido já coloca O partido faz uma
candidatos que irão
o nome de seus lista, mas a ordem
concorrer não é
filiados, pode ser alterada
pré-fixada, ou seja,
privilegiando a de acordo com os
não possui uma
política votos atribuídos a
ordem entre os
intrapartidária cada candidato
candidatos

Vence quem o
partido indicar
Vencem os Os candidatos são
daquela lista,
candidatos mais eleitos na ordem
podendo, ou não
votados da lista desta lista
levar o critério nº
de votos recebidos.

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O Brasil adota o sistema proporcional de lista aberta vez que não é uma
lista que exiba uma ordem específica de candidatos, de modo que os mais
votados, tanto do partido, quanto da coligação, são eleitos sucessivamente.
É importante ressaltar que nosso sistema proporcional permite a opção
tanto de votar no número do candidato, quanto na legenda do partido.
E como funciona, então, no caso de coligação? Como se elegem os
candidatos nesta lista? No caso de coligações, os candidatos de todos os
partidos compõem uma única lista e os votos da coligação são todos
computados conjuntamente, de modo que os candidatos que receberem o
maior número de votos são eleitos.
Vejamos os seguintes exemplos:

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Candidato A com 20
votos

É eleito se o partido
Candidato B com 50
atingir o quociente
votos
Candidatos eleitoral e partidário

PARTIDO ISOLADO "X"


(contabilizam-se
todos os votos do
Partido X) É o segundo eleito se o
Candidato C com 35 partido atingir o
votos quociente eleitoral e
partidário

Candidato D com 15
votos

Candidato A do Partido
X com 30 votos

Candidato B do Partido
Y com 35 votos
PARTIDO Candidatos
COLIGADO (contabilizam-se
(Coligação "X", "Y" todos os votos dos
e "Z") três partidos) É o segundo eleito se a
Candidato C do Partido coligação atingir o
Z com 45 votos quociente eleitoral e
partidário

É eleito se a coligação
Candidato D do Partido
atingir o quociente
X com 50 votos
eleitoral e partidário

Os votos de legenda são computados para efeito da distribuição das


cadeiras entre os partidos (quanto mais votos um partido ou coligação
recebem, mais cadeiras eles preenchem com seus eleitos), mas não serve
para efeitos de classificar os mais votados dentro daquela lista aberta, ou seja,
para a classificação dos eleitos daquele partido ou coligação apenas se
computam os votos nominais que eles receberam.
Isto tudo ficará muito mais claro agora que passaremos a ver como são
calculadas a distribuição de cadeiras no sistema proporcional e o que são os
tão falados quocientes partidários e eleitorais, bem como se procede ao
cálculo das sobras de cadeiras.

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2.2.2.1- O quociente eleitoral

1ª ETAPA

A primeira etapa para o cálculo do quociente eleitoral consiste em saber


qual o número de cadeiras a serem preenchidas para o cargo em questão.
Assim, se estamos falando do número de cadeiras para a Câmara dos
Deputados, este valor será proporcional à população (cuidado, é população
mesmo e não número de eleitores!!!) do estado-membro em questão e a base
legal para tanto se encontra nos artigos 1º, 2º e 3º da Lei Complementar
78/93 e que diz:
Art. 1º Proporcional à população dos Estados e do Distrito Federal, o
número de deputados federais não ultrapassará quinhentos e treze
representantes, fornecida, pela Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, no ano anterior às eleições, a atualização
estatística demográfica das unidades da Federação.
Parágrafo único. Feitos os cálculos da representação dos Estados e do
Distrito Federal, o Tribunal Superior Eleitoral fornecerá aos Tribunais
Regionais Eleitorais e aos partidos políticos o número de vagas a serem
disputadas.
Art. 2º Nenhum dos Estados membros da Federação terá menos de oito
deputados federais.
Parágrafo único. Cada Território Federal será representado por quatro
deputados federais.
Art. 3º O Estado mais populoso será representado por setenta
deputados federais.

Para o cálculo de número de cadeiras da Câmara dos Deputados, então,


podemos assim resumir a legislação:

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Número máximo de deputados para um estado-membro: 70 ao estado
mais populoso
NÚMEROS Número máximo de deputados totais na Câmara: 513 (somados os de
MÁXIMOS todas as unidades federativas)

Número mínimo de deputados para um estado-membro: 8


NÚMEROS
MÍNIMOS

Número da população fornecida um ano antes pelo Instituto Brasileiro de


BASE DE Geografia e Estatística (IBGE)
CÁLCULO

QUEM O Tribunal Superior Eleitoral - TSE


FORNECE O Nº
DE CADEIRAS

E como se calculam o número de cadeiras de deputados estaduais?


Para o cálculo do número de cadeiras da Assembleia Legislativa de cada
estado da unidade da federação quem passa a fórmula é a própria
Constituição Federal, em seu artigo 27, o qual diz:
Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá
ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e,
atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos
forem os Deputados Federais acima de doze.

Com esta fórmula, se o número de deputados federais for menor que


trinta e seis, basta triplicar esta quantidade de deputados federais que
teremos o número de deputados estaduais. De outro modo, sempre que
houver mais de 36 deputados federais, ter-se-á que pegar o valor total de
deputados federais, deduzir-lhe doze e o resultado somar a 36.
A redação é um pouco complicada mesmo, não se assuste, vejamos
alguns exemplos práticos que ficará bem mais fácil. No primeiro exemplo,
veremos o cálculo de Assembleias cuja representação na Câmara Federal
ultrapassa a quantidade de 36 deputados federais.
No segundo exemplo, veremos o cálculo de Assembleias cuja
representação não ultrapassa este valor.

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Estado-membro: MINAS GERAIS


Quantidade de Deputados Federais na Câmara 53 deputados

1ª etapa
O valor é maior que 36 deputados? SIM

2ª etapa
Pega-se o valor de deputados federais e retiram-se 12 53-12=41

3ª etapa
Some o valor da 2ª etapa com 36 41+36= 77

TOTAL
77 Deputados Estaduais

Segundo exemplo, em Assembleias cuja representação na Câmara não


ultrapasse 36 deputados:

Estado-Membro: Acre
Quantidade de Deputados Federais na Câmara 8 deputados

1ª etapa
O valor é maior que 36 deputados? NÃO

2ª etapa
multiplica-se o valor por três 8X3= 24

TOTAL
24 deputados Estaduais

Com os exemplos ficou bem mais fácil, não?


Agora vejamos como se calcula a quantidade de cadeiras para as
Câmaras Municipais. Quem estipula os quantitativos máximos é a nossa

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Constituição Federal, em seu artigo 29, inciso III (alterado pela Emenda
Constitucional nº 58 de 2009), o qual repassa os seguintes números máximos
de cadeiras, tomando-se por base a quantidade de habitantes do Município:

9 VEREADORES Até 15 mil habitantes

11 VEREADORES Mais de 15 mil e menos de 30 mil habitantes

13 VEREADORES Mais de 30 mil e até 50 mil habitantes

15 VEREADORES Mais de 50 mil e até 80 mil habitantes

17 VEREADORES Mais de 80 mil e até 120 mil habitantes

19 VEREADORES Mais de 120 mil e até 160 mil habitantes

21 VEREADORES Mais de 160 mil e até 300 mil habitantes

23 VEREADORES Mais de 300 mil e até 450 mil habitantes

25 VEREADORES Mais de 450 mil e até 600 mil habitantes

27 VEREADORES Mais de 600 mil e até 750 mil habitantes

29 VEREADORES Mais de 750 mil e até 900 mil habitantes

31 VEREADORES Mais de 900 mil e até 1.050 mil habitantes

33 VEREADORES Mais de 1.050 mil e até 1.200 mil habitantes

35 VEREADORES Mais de 1.200 mil e até 1.350 mil habitantes

37 VEREADORES Mais de 1.350 mil e até 1.500 mil habitantes

39 VEREADORES Mais de 1.500 mil e até 1.800 mil habitantes

41 VEREADORES Mais de 1.800 mil e até 2.400 mil habitantes

43 VEREADORES Mais de 2.400 mil e até 3.000 mil habitantes

45 VEREADORES Mais de 3.000 mil e até 4.000 mil habitantes

47 VEREADORES Mais de 4.000 mil e até 5.000 mil habitantes

49 VEREADORES Mais de 5.000 mil e até 6.000 mil habitantes

51 VEREADORES Mais de 6.000 mil e até 7.000 mil habitantes

53 VEREADORES Mais de 7.000 mil e até 8.000 mil habitantes

55 VEREADORES Mais de 8.000 mil habitantes

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Veja-se que esta quantidade é o número máximo, podendo o município
fixar em quantidade inferior, mas, jamais, em quantidade superior a esta
estabelecida em nossa Constituição Federal.

2ª ETAPA
Após obtido o número de cadeiras a serem preenchidas, é necessário
proceder ao cálculo do QUOCIENTE PARTIDÁRIO.
Para tanto, somam-se todos os votos válidos, ou seja, todos os votos
obtidos menos os votos brancos e nulos, os quais não são contabilizados, e os
divide pelo número de cadeiras. O resultado obtido, se tiver fração inferior a
meio por cento, despreza-se e, se superior, arredonda-se para cima.
Este cálculo é comandado pelo artigo 106 do Código Eleitoral e que diz:
Art. 106. Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de
votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada
circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio,
equivalente a um, se superior.

Tomemos como exemplo hipotético o de uma cidade que chamaremos


de Lugarópolis e que possua 30 mil habitantes e dez (embora pudesse ter até
11) cadeiras de vereador.
Em um pleito municipal, obteve os seguintes dados:

Quantidade de habitantes 30mil

Quantidade de cadeiras 10

Quantidade de
abstinências
5mil

Quantidade de votos nulos


e brancos
5mil

Quantidade de votos
válidos
20mil

QUOCIENTE PARTIDÁRIO Nº VOTOS VÁLIDOS / Nº DE CADEIRAS OU:


20MIL / 10 = 2mil

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Vê-se, portanto, que em Lugarópolis um candidato a vereador precisará
obter, ao menos, dois mil votos para ser eleito, pois este é o quociente
partidário. Em outras palavras, é o valor mínimo de votos a ser atingido por
um partido ou coligação para a obtenção de uma cadeira.
Como pudemos expor em linhas anteriores, não basta, todavia, que se
atinja o cálculo do quociente eleitoral, ainda há a necessidade do cálculo do
quociente partidário, a fim de distribuir as cadeiras proporcionalmente à
quantidade de votos obtidos pelos partidos e/ou coligações.

2.2.2.2- O quociente partidário

Para se calcular o quociente partidário, divide-se o número de votos


obtidos pelo partido ou coligação pelo quociente eleitoral, o resultado obtido
indicará o número de cadeiras que cada partido ou coligação terá na
composição do órgão.
A previsão legal desta fórmula se encontra no artigo 107 do Código
Eleitoral e diz:

Art. 107. Determina-se para cada partido ou coligação o quociente


partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de votos
válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas,
desprezada a fração.

ATENÇÃO!!!! No cálculo do quociente partidário despreza-se a


fração independentemente de seu valor, diferentemente do cálculo do
quociente eleitoral, que arredonda para cima se a fração for superior a
meio!
Em 2015, por meio de uma minirreforma eleitoral (Lei nº 13.165/2015),
vieram algumas inovações neste cálculo, advindas pela nova redação do artigo
108 do Código Eleitoral e que estabeleceu uma quantidade mínima de votos
obtidos pelo candidato de coligação (10% do quociente eleitoral) a fim de que
ele possa ser considerado eleito:
Art. 108. Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido
ou coligação que tenham obtido votos em número igual ou superior a
10% (dez por cento) do quociente eleitoral, tantos quantos o respectivo
quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um
tenha recebido.
Parágrafo único. Os lugares não preenchidos em razão da exigência de
votação nominal mínima a que se refere o caput serão distribuídos de acordo
com as regras do art. 109.

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A alteração deste dispositivo visa que candidatos com pouca votação,
mas eleitos pelo quociente partidário, acabassem sendo eleitos em detrimento
de outros muito mais votados, porém com pouco quociente partidário.

Melhor exemplificando, ainda tomemos a cidade fictícia de Lugarópolis,


que teve de quociente eleitoral 2mil votos. Nela obtivemos o seguinte
resultado do pleito:

VOTAÇÃO DE
LUGARÓPOLIS

PARTIDO X COLIGAÇÃO Y COLIGAÇÃO Z PARTIDO W COLIGAÇÃO K

Candidato A com Candidato B com Candidato E com Candidato G com Candidato I com
1,9mil votos 1,5mil votos 1mil votos 3,9mil votos 2,7mil votos

Candidato C com Candidato F com Candidato H com Candidato J com


1,5mil votos 1mil votos 100 votos 100 votos

Candidato D com Candidato L com


1,1mil votos 4,5mil votos

Candidato M
com 700 votos

Observa-se que, pelo resultado obtido, os partidos e coligações


obtiveram os seguintes quocientes partidários:

PARTIDO X 0,95

COLIGAÇÃO
2
Y
COLIGAÇÃO
1
Z

PARTIDO W 2

COLIGAÇÃO
4
K

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Por este cálculo, vemos que o Partido X é o único a não levar nenhuma
cadeira e ainda sobra uma das dez disponíveis, a qual será redistribuída no
cálculo de sobras.
Antes da alteração do artigo 108 do Código Eleitoral, que incluiu seu
parágrafo único, o Partido W e a Coligação K, no exemplo dado, teriam levado,
respectivamente, 2 e 4 cadeiras, ou seja, teriam eleito todos os seus
candidatos. Porém, os candidatos H e J não obtiveram os 10% do valor do
quociente eleitoral, ou seja, duzentos votos, de modo que estas cadeiras não
lhes podem ser destinadas e irão para o cálculo das sobras partidárias,
prestigiando-se, assim, candidatos que tenham obtido melhor votação e
evitando-se que alguns sejam eleitos “de carona” com outros, como é o caso
apontado.

Para quem vai prestar concurso é bastante importante saber que os


votos das coligações somam os votos de todos os candidatos que dela fazem
parte, porém, em 2017, houve mais uma minirreforma eleitoral, a qual, por
meio da Emenda Constitucional nº97/2017, alterou o artigo 17, §1° da
Constituição Federal, VEDANDO A REALIZAÇÃO DE COLIGAÇÕES NAS
ELEIÇÕES PROPORCIONAIS a partir dos pleitos de 2020 e posteriores!!!

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos


políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e
observados os seguintes preceitos.
(...)
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua
estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e
duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o
regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua
celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital
ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e
fidelidade partidária. (destaque nosso).

O estabelecimento desta modificação a partir do pleito de 2020 ficou a


cargo do artigo 2° da Emenda Constitucional n° 97/2017:

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Art. 2º A vedação à celebração de coligações nas eleições proporcionais,
prevista no § 1º do art. 17 da Constituição Federal, aplicar-se-á a partir
das eleições de 2020.

Assim, a partir de 2020, coligações só poderão existir para as


eleições majoritárias e não mais para as proporcionais.

2.2.2.3- Cálculo de sobras

Vimos, nos exemplos anteriormente dados, que, algumas vezes, a soma


dos quocientes partidários não alcançam o número de cadeiras, de modo que
há uma aparente sobra de vagas.
Em isto acontecendo, é necessário proceder-se ao cálculo de sobras,
também denominado de “cálculo da média”, cuja fórmula é repassada pelo
artigo 109 do Código Eleitoral (com redação dada pela Lei nº 13.165/2015):

Art. 109. Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes


partidários e em razão da exigência de votação nominal mínima a que
se refere o art. 108 serão distribuídos de acordo com as seguintes
regras:
I - dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada partido ou
coligação pelo número de lugares definido para o partido pelo cálculo do
quociente partidário do art. 107, mais um, cabendo ao partido ou
coligação que apresentar a maior média um dos lugares a preencher,
desde que tenha candidato que atenda à exigência de votação nominal
mínima;
II - repetir-se-á a operação para cada um dos lugares a preencher;
III - quando não houver mais partidos ou coligações com candidatos
que atendam às duas exigências do inciso I, as cadeiras serão
distribuídas aos partidos que apresentem as maiores médias.
§ 1 . O preenchimento dos lugares com que cada partido ou coligação
for contemplado far-se-á segundo a ordem de votação recebida por
seus candidatos.
§ 2 . Poderão concorrer à distribuição dos lugares todos os partidos e
coligações que participaram do pleito (redção dada pela Lei nº
13.488/2017).

A fórmula, resumidamente, fica assim:

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CÁLCULO DA SOBRA PARTIDÁRIA

Número de votos válidos obtidos pelo partido ou


coligação / número de cadeiras obtidas após o
quociente partidário mais um

Após a obtenção do cálculo das médias, o partido que obteve a maior


ficará com a 1ª sobra. Havendo ainda mais cadeiras de sobra, procede-se a
um novo cálculo de média, acrescendo-se àquele que recebeu a cadeira do
primeiro cálculo para diminuir a sua média e, assim, sucessivamente, para
tantas cadeiras que sobrarem.
Não ficou bem claro? Não se preocupe, um exemplo pode clarear um
pouco mais a teoria! Vejamo-lo!

Imaginemos que, em certo município, numa eleição para Câmara de


Vereadores, a qual tem 10 cadeiras, tenham obtido os seguintes resultados:

Quocientes Cálculo de sobra Cálculo de sobra


Dados de Votação por da 1ª Cadeira da 2ª Cadeira
Eleitoral: 6400/10 = 640
Votação partido ou Part. A: 2000/4 = Part. A: 2000/5 =
Ausentes: 4400 coligação Partidário: 666,67 500
Part. A 2000/640 = 3
Partido A: 2000 cadeiras Part. B: 2400/4 = Part. B: 2400/4 =
Votos em branco votos Part. B 2400/640 = 3 600 600
e nulos: 5200 cadeiras
Partido B: 2400 Colig. C 1000/640 = 1
cadeira Colig. C: 1000/2 = Colig. C: 1000/2 =
Votos válidos: votos 500 500
6400 Sobra de cadeiras: 9 - 7 =
Coligação C: 2 cadeiras Logo, o Partido A Logo, o Partido B
1000 votos recebe mais 1 recebe mais uma
cadeira cadeira

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Numa visão geral, a distribuição de cadeiras, neste exemplo hipotético,
ficaria deste modo:

PARTIDOS
A / 3 1 4
CADEIRAS CADEIRAS
COLIGAÇÕE TOTAL
PELO QP PELA MÉDIA
BS 3 1 4
COLIG. C 1 0 1

Vê-se, portanto, que o cálculo das sobras, em havendo mais de uma


cadeira, pretende diluir um pouco a média daqueles que já receberam as
sobras, permitindo aos demais obter alguma cadeira remanescente, qual foi o
caso do Partido B, neste caso hipotético.

Como pudemos ver no tópico pertinente ao sistema majoritário, a


infidelidade partidária SE APLICA ao sistema proporcional, de modo que
o mandato do parlamentar não pertence a ele propriamente dito, mas, sim, ao
partido pelo qual ele se elegeu.
Caso ele resolva mudar de partido político durante o seu mandato e fora
de uma das possibilidades previstas pela Resolução 22.610/2007 do Tribunal
Superior Eleitoral, sofrerá processo na Justiça Eleitoral que poderá resultar na
perda de seu mandato por infidelidade partidária. Acerca deste tema,
debruçar-nos-emos em momento oportuno.

2.2.3- Sistema Misto

Como sugere o nome, este sistema é um meio termo entre o sistema


majoritário e o proporcional. O Brasil NÃO ADOTA O SISTEMA MISTO!
Há alguns modelos, basicamente, de sistemas mistos, um de inspiração
alemã, em que ambos os sistemas majoritário e proporcional estão atrelados
um ao outro, e o modelo japonês, em que ambos os sistemas são
independentes.

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No modelo alemão (modelo de compensação ou de correção, em
que um sistema depende do outro), a eleição se divide em duas esferas:

1ª) Metade das vagas são distribuídas em um número idêntica de


distritos e o eleitor vota nominalmente no candidato por meio do
sistema majoritário simples. Exemplo, num Estado X que elegerá 10
deputados federais, ele será dividido em seu território em 5 distritos e a
cada um deles corresponderá a um eleito pelo sistema nominal
majoritário simples;

2ª) A outra metade de vagas o eleitor elege por meio do voto


proporcional, em uma lista fechada de candidatos fornecida pelo
partido. Com base nos votos de legenda, calcula-se o percentual que
cada partido teria direito na composição das vagas, deduzindo-se
(compensando-se ou corrigindo-se) as que ele conseguiu nas vagas
majoritárias. Exemplo, neste mesmo Estado X um partido, pela
proporção de votos recebidos na legenda, tiver direito a 2 vagas, mas já
elegeu um no sistema majoritário, deverá deduzir esta vaga e eleger
apenas 1 de sua lista fechada.
Para ficar claro este sistema misto do tipo compensação ou de correção,
em que ambos os sistemas de eleição são codependentes, vejamos este
exemplo:

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VAGAS TOTAIS: 10
PARTIDO A PARTIDO B PARTIDO C PARTIDO D
obteve percentual Obteve percentual Obteve percentual Não obteve
para preencher 4 para preencher 4 para preencher 1 percentual na
vagas vagas vaga proporcional

elegeu 3 vagas pelo elegeu 1 vaga no elegeu 1 da lista elegeu 1 da lista


distrito distrito
não preenche não preenche
preenche mais 1 preenche mais 3 nenhuma vaga na nenhuma vaga da
vagas na proporcional vagas na proporcional proporcional proporcional, mas
mantém a obtida no
distrito
TOTAL: 4 TOTAL: 4 TOTAL: 1
TOTAL: 1

No modelo misto (utilizado no Japão, Rússia, Coréia do Sul, dentre


outros), também chamado de combinação, ou paralelo, ou superposto, um
tanto das vagas é preenchido pelo sistema majoritário e outro tanto pelo
proporcional, mas são independentes entre si.
Países como a Rússia adotam a proporção de 50% para as vagas
proporcionais e outros 50% para a majoritária, porém, trata-se de uma
exceção, vez que a maioria dos países que adotam este sistema acaba por
favorecer o sistema majoritário (qual acontece com a Coréia do Sul, em que
85% das cadeiras são preenchidas pelo sistema majoritário e apenas 15%
pelo proporcional).
Vejamos um exemplo em que se tome, à exemplo da Rússia, a
proporção 50% para cada sistema:

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VAGAS TOTAIS: 10
PARTIDO A PARTIDO B PARTIDO C PARTIDO D
no proporcional na proprociona na proporcional Não obteve votos
elegeu 3 vagas preencheu 2 preencheu 1 vaga no na
vagas proporcional
no majoritário não preencheu
elegeu 1 no majoritário nenhuma vaga na preencheu 1 vaga
elegeu 2 vagas majoritária na majoritária
TOTAL: 4
TOTAL: 4 TOTAL: 1 TOTAL: 1

Este tema acerca dos sistemas eleitorais é extremamente cobrado em


concursos públicos!!! Muita atenção a ele! Vejamos algumas questões:

2. (Técnico Judiciário – área administrativa, TRE-TO, 2017, CESPE).


De acordo com a CF, o sistema proporcional é utilizado para eleger:

A) deputados federais.
B) presidente da República.
C) senadores.
D) governadores.
E) prefeitos.

Comentários: O único dos cargos expostos na questão que é eleito pelo


sistema proporcional é o de deputado federal, vez todos os demais são pelo
sistema majoritário (conforme artigo 45, caput da CF/88: “Art. 45. A Câmara
dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema
proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal”).

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Gabarito: A

3. (Analista Técnico Legislativo, Câmara de Valinhos, 2017,


VUNESP). A Constituição Federal de 1988 prevê, em relação aos sistemas
eleitorais, que:
A) o sistema majoritário, pelo qual se calcula o quociente eleitoral, que é o
número de votos mínimo necessário para que um partido ou coligação
eleja um candidato, é adotado para a eleição de Vereadores e
Deputados Federais, Distritais e Estaduais.

B) o sistema proporcional de lista aberta, pelo qual o eleitor vota no


candidato ou partido de sua preferência, é adotado para as eleições de
Prefeito, Governador, Presidente da República e Senador da República.

C) o sistema majoritário, pelo qual está eleito o candidato que obtiver a


maioria dos votos apurados, independentemente da legenda partidária à
qual estiver filiado, é adotado para a eleição de Prefeito, Governador,
Presidente da República e Senador da República.

D) o sistema majoritário de maioria absoluta, pelo qual está eleito o


candidato que obtiver mais da metade dos votos válidos, é adotado
para as eleições de Senador da República e para Prefeito de cidades
com população inferior a duzentos mil habitantes.

E) o sistema proporcional de lista fechada, pelo qual o eleitor somente


pode votar apenas em uma legenda partidária, sendo eleitos os
candidatos na ordem de inscrição partidária, foi recentemente
introduzido por emenda constitucional para a eleição de Vereadores e
Deputados Federais, Distritais e Estaduais.

Comentários: A alternativa A está errada pois não é o sistema majoritário que


necessita de cálculo do quociente eleitoral, mas, sim, o proporcional
(pegadinha clássica! Fique atento!).
A alternativa B está errada porque o sistema proporcional de lista aberta, pelo
qual o eleitor vota no candidato ou partido de sua preferência, NÃO é adotado
para as eleições de Prefeito, Governador, Presidente da República e Senador
da República, para estas eleições usa-se o sistema majoritário.
A alternativa C está certa porque, de fato, o sistema majoritário, pelo qual
está eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos apurados,
independentemente da legenda partidária à qual estiver filiado, é adotado para
a eleição de Prefeito, Governador, Presidente da República e Senador da
República!!!
A alternativa D está errada porque o sistema majoritário de maioria absoluta,
pelo qual está eleito o candidato que obtiver mais da metade dos votos

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válidos, NÃO é adotado para as eleições de Senador da República e para
Prefeito de cidades com população inferior a duzentos mil habitantes, para
estes pleitos usa-se o sistema majoritário SIMPLES!!!
A alternativa E está errada porque o sistema proporcional de lista fechada,
pelo qual o eleitor somente pode votar apenas em uma legenda partidária,
sendo eleitos os candidatos na ordem de inscrição partidária, NÃO foi
introduzido por emenda constitucional para a eleição de Vereadores e
Deputados Federais, Distritais e Estaduais, em verdade, este sistema de lista
fechada não tem previsão em nosso ordenamento atual.
Gabarito: C

4. (Técnico Judiciário - Administrativa, TRE-MT, 2015, CESPE). A


respeito dos sistemas eleitorais, assinale a opção correta.

A) Serão eleitos para o cargo de vereador os candidatos registrados por


um partido ou coligação, conforme quociente eleitoral, na ordem da
votação nominal que cada um tenha recebido.

B) Nas eleições municipais, o número de eleitores determina tanto a


realização de eleição de dois turnos no município quanto o número de
vagas para a composição da câmara de vereadores.

C) Os senadores devem ser eleitos pelo sistema proporcional para


mandatos de oito anos, havendo renovação dos membros da casa a
cada quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.

D) Para que um candidato ao cargo de presidente da República ou de


governador de estado seja eleito, deve obter a maioria absoluta dos
votos válidos nas eleições.
E) Os ocupantes de cargos eletivos das casas do Congresso Nacional são
eleitos pelo sistema proporcional, cuja finalidade é propiciar a
representatividade de algumas minorias.

Comentários: A alternativa A está errada porque, de acordo com o artigo 108


do Código Eleitoral e com as alterações trazidas pela da Lei 13.165/15, não
bastam aos candidatos atenderem ao quociente eleitoral e à ordem de votação
como, ainda, devem obter votos em número igual ou superior a 10% (dez por
cento) do quociente eleitoral (Art. 108/CE: Estarão eleitos, entre os candidatos
registrados por um partido ou coligação que tenham obtido votos em número
igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente eleitoral, tantos quantos
o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que
cada um tenha recebido. Cuidado com questões que cobram apenas parte dos
requisitos, pois aí pode residir o erro dela!

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A alternativa B está errada pois o critério para a composição das Câmaras leva
em consideração o número de habitantes e não de eleitores (esta pegadinha
também é clássica, vide art. 29 da CF/88).
A alternativa C está errada pois os senadores devem ser eleitos pelo sistema
MAJORITÁRIO para mandatos de oito anos, havendo renovação dos membros
da casa a cada quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. (Art. 46,
CF/88: “O Senado Federal compõe-se de representantes do Estado e do
Distrito Federal, eleitos segundo o sistema majoritário. §1º Cada Estado e
Distrito Federal elegerão três senadores, com mandato de oito anos; §2º A
representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro
em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços”).
A alternativa D está certa um candidato a Presidente da República ou a
Governador deve, de fato, alcançar a maioria absoluta dos votos.
A alternativa E está errada pois o Congresso Nacional é bicameral, ou seja,
compõe-se da Câmara dos Deputados, eleita pelo SISTEMA PROPORCIONAL, e
pelo Senado, eleito pelo SISTEMA MAJORITÁRIO, portanto, não pense que
todo o Congresso é eleito apenas pelo sistema PROPORCIONAL, mas apenas
parte dele.
Gabarito: D

5. (Técnico Judiciário, TRE-SC, 2009, MS CONCURSOS). Considerando


os sistemas eleitorais da eleição majoritária e da representação proporcional,
assinale a alternativa INCORRETA.

A) O quociente eleitoral corresponde ao número mínimo de votos que um


partido ou coligação deve obter para participar da distribuição das
vagas.
B) O quociente partidário corresponde à quantidade de vagas a ser
preenchida por cada partido ou coligação que tenha alcançado o
quociente eleitoral.

C) As vagas não preenchidas com a aplicação do quociente partidário são


distribuídas pelo método da maior média.

D) Se nenhum partido ou coligação alcançar o quociente eleitoral, far-se-á


nova eleição.

Comentários: A alternativa A está correta pois o quociente eleitoral


corresponde, de fato, ao número mínimo de votos que um partido ou coligação
deve obter para participar da distribuição das vagas, conforme o cálculo do
artigo 106 do Código Eleitoral.

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A alternativa B está correta pois o quociente partidário realmente corresponde
à quantidade de vagas a ser preenchida por cada partido ou coligação que
tenha alcançado o quociente eleitoral, conforme fórmula do artigo 107 do
Código Eleitoral.
A alternativa C está certa, pois as sobras de cadeiras são preenchidas pelo
cálculo da maior média, conforme preconiza o artigo 109 do Código Eleitoral.
A alternativa D está errada pois se nenhum partido ou coligação alcançar o
quociente eleitoral, as cadeiras são preenchidas pelos candidatos mais votados
(exceção à regra proporcional), conforme o art. 111 do Código Eleitoral (Art.
111 - Se nenhum Partido ou coligação alcançar o quociente eleitoral,
considerar-se-ão eleitos, até serem preenchidos todos os lugares, os
candidatos mais votados).
Gabarito: D

6. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-RJ, Consulplan,


2017). Sobre o tratamento que a legislação brasileira dá aos Sistemas
Eleitorais, assinale a alternativa correta.

A) Os Senadores são eleitos pelo sistema majoritário em dois turnos.

B) Nos casos em que se aplica o sistema proporcional, vigora a lista


aberta.

C) Os membros do Congresso Nacional são eleitos pelo sistema


proporcional.

D) Adota-se, em relação aos Deputados Estaduais, o sistema distrital


misto, com lista fechada.

Comentários: A alternativa A está incorreta pois a eleição de os senadores se


dá pelo sistema majoritário simples, em um único turno, diferentemente do
que ocorre com candidatos que demandam maioria qualificada, qual ocorre
com Presidente e seu vice, Governador e seu vice e Prefeitos e seu vice em
cidade com mais de duzentos mil eleitores (conforme artigo 2°, caput da Lei
9.504/97: “Art. 2º Será considerado eleito o candidato a Presidente ou a
Governador que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em
branco e os nulos” e artigo 3°, §2° da Lei 9.504/97 “§ 2º Nos Municípios com
mais de duzentos mil eleitores, aplicar-se-ão as regras estabelecidas nos §§
1º a 3º do artigo anterior”).

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A alternativa B está correta porque o sistema proporcional brasileiro adota o
sistema de listas abertas, no qual o candidato mais votado dentro do partido
ou coligação irá ocupar a vaga destinada.
A alternativa C está incorreta pois o Congresso Nacional é bicameral e é
composto pela Câmara dos Deputados, os quais são eleitos pelo sistema
proporcional, e pelo Senado, que é eleito pelo sistema majoritário.
A alternativa D está incorreta pois não adotamos o sistema distrital misto em
nosso ordenamento.
Gabarito: B

7. (Analista Judiciário - Administrativa, TRE-MA, 2015, IESES).


Sobre os sistemas eleitorais assinale a alternativa correta:

A) O sistema eleitoral proporcional parte da necessidade de calcular o


quociente eleitoral e o quociente partidário, é aplicado no direito
brasileiro nas eleições para cargos executivos e legislativos.

B) O sistema eleitoral majoritário determina que o vencedor das eleições


seja o candidato que tiver a maioria relativa dos votos válidos e que
consiga atingir o quociente partidário.

C) O sistema majoritário é caracterizado como aquele no qual o candidato


que obtiver a maioria dos votos será declarado vencedor, sendo que no
direito brasileiro este sistema se aplica as eleições para Presidente,
Senador, Governador e Prefeito.

D) O sistema eleitoral proporcional é aquele em que o candidato é


declarado vitorioso quando consegue atingir o quociente eleitoral, sendo
que as eleições para prefeito nas cidades com mais de 200 mil
habitantes são realizadas pelo sistema proporcional.

Comentários: A alternativa A está errada pois o sistema eleitoral proporcional


é aplicado no direito brasileiro apenas nas eleições para alguns cargos
legislativos, sendo o majoritário usado para os cargos do executivo e de
senadores.
A alternativa B está errada porque o sistema eleitoral majoritário determina
que o vencedor das eleições seja o candidato que tiver a maioria dos votos
válidos, podendo ser esta maioria simples ou qualificada e não se fala, neste
sistema, em atingir o quociente partidário – típico do sistema proporcional.
A alternativa C está certa pois o sistema majoritário é, de fato, caracterizado
como aquele no qual o candidato que obtiver a maioria dos votos será

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declarado vencedor, sendo que no direito brasileiro este sistema se aplica as
eleições para Presidente, Senador, Governador e Prefeito.
A alternativa D está errada porque o sistema eleitoral proporcional não é
usado nas eleições para prefeito, vez que nestes pleitos se usa o sistema
majoritário.
Gabarito: C

8. (Analista Legislativo, Câmara dos Deputados, 2014, CESPE). A


respeito das relações entre os sistemas eleitorais e os sistemas partidários,
julgue o próximo item.

O voto proporcional tende a produzir sistemas partidários com mais de dois


partidos.

A) Certo

B) Errado

Comentários: O item está correto, pois é da lógica do próprio sistema


proporcional que haja vários partidos concorrendo ao pleito, do contrário, esta
busca pela representatividade pluripartidária não seria necessária, podendo-se
adotar o sistema majoritário para tanto.
Gabarito: A

9. (Analista Administrativo - Ciência Política, ANTT, 2013, CESPE).


Com relação aos sistemas eleitorais majoritários e proporcionais, julgue o item
subsequente.

Os sistemas eleitorais proporcionais, com listas fechadas, caracterizam-se pelo


aumento da disciplina partidária e por orientar a escolha do eleitor mais pelo
partido do que pelo candidato.

A) Certo

B) Errado

Comentários: O item está correto vez que, no sistema proporcional de listas


fechadas, o eleitor escolhe a legenda partidária, haja vista que os candidatos

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estão dispostos na ordem fechada e escolhida pelo próprio partido e não por
ordem de votação.
Gabarito: A

10. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-MA, 2009, CESPE).


Considerando-se uma eleição para o Senado Federal na qual são disputadas
duas vagas, como as que ocorrerão em 2010, assinale a opção correta,
segundo a disciplina das leis eleitorais.

A) Os votos dos candidatos de cada partido ou coligação devem ser


somados para que se definam os eleitos.

B) Os eleitos devem ser definidos de acordo com o sistema eleitoral


proporcional adotado no Brasil.

C) Devem ser eleitos os dois candidatos do mesmo partido ou coligação do


candidato a governador que vencer as eleições.

D) A eleição para o Senado Federal, nesse caso, combina o sistema


majoritário com o proporcional.

E) Devem ser eleitos os dois candidatos que receberem mais votos.

Comentários: A alternativa A está errada pois as eleições para o Senado


seguem o sistema majoritário, não se falando, portanto, em soma de votos de
candidatos ou coligações – típico do sistema proporcional.
A alternativa B está errada pois, conforme dito no item anterior, não se utiliza
o sistema proporcional para escolha de senadores.
A alternativa C está errada pois a escolha do cargo de Governador e seu vice
seguem, igualmente, o sistema majoritário, de modo que cada partido ou
coligação só pode lançar um único candidato a este cargo.
A alternativa D está errada pois, conforme dito, eleições para o Senado
seguem apenas o sistema majoritário.
A alternativa E está correta pois o Senado renova dois terços de sua
composição a cada oito anos, qual ocorreu em 2010, logo, os dois candidatos
mais votados nas eleições de renovação de dois terços são os eleitos. A título
de curiosidade, alterna-se a composição do Senado nas eleições federais, de
modo que em um pleito se renova um terço (como ocorreu em 2006 e 2014) e
no outro dois terços (como ocorreu em 2002 e 2010), isto está disciplinado no

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artigo 46, §2º da CF/88: “Art. 46. O Senado Federal compõe-se de
representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio
majoritário. § 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores,
com mandato de oito anos. § 2º A representação de cada Estado e do Distrito
Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e
dois terços).
Gabarito: E

3. JUSTIÇA ELEITORAL

A Justiça Eleitoral trata-se de uma justiça federal especializada nas


causas eleitorais. Foi criada em 1932 e tem previsão, na atual Constituição por
meio dos artigos 92, inciso V e 118 a 121.
Em alguns países, o processo eleitoral é realizado por um órgão
administrativo, ou, como em outros tempos anteriores a 1932, no Brasil, era
desempenhado pelo poder Legislativo. Todavia, em solo pátrio, nossa
Constituição preferiu jurisdicionalizar este processo, criando, com isto, a
Justiça Eleitoral.
O artigo 92, inciso V da Constituição Federal ainda assevera esta
característica de que a Justiça Eleitoral é um órgão do Poder Judiciário
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
(...)
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;

3.1- Características institucionais

Muito embora a Justiça Eleitoral não possua quadro próprio de juízes,


estes são tomados da Justiça Estadual Comum e isto se deve, sobretudo,
pela capilaridade deste tipo de magistrado, o qual está presente em maior
número de cidades, cuja competência territorial, denominada de comarca,
favorece com que haja um maior número de juízes para atender às Zonas
Eleitorais, o que não ocorreria em algumas regiões do país caso se tomasse
“emprestado” à função eleitoral magistrados de outras justiças, tais como a
federal comum ou a federal especializada no direito trabalhista.
Deste modo, nosso legislador entendeu que há uma proximidade maior
do juiz de direito em sua atuação junto ao município, favorecendo um maior
conhecimento do eleitorado que está sob sua jurisdição.
Os juízes de direito possuem plenas garantias e são inamovíveis
(artigo 121, §1° da Constituição Federal) e tem sua organização e
competência, assim como dos Tribunais e das Juntas Eleitorais, estabelecidas

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em Lei Complementar, a saber, o Código Eleitoral que, nestes temas, foi
recepcionado pela Carta Magna como sendo Lei Complementar, mas mantendo
nas demais disposições a natureza de Lei Ordinária.
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência
dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.
§ 1º Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das
juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for
aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.

Já a Lei Complementar, seguindo a mesma esteira, dita:


Art. 32. Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a um juiz de
direito em efetivo exercício e, na falta deste, ao seu substituto legal que
goze das prerrogativas do art. 95 da Constituição.

Outra característica específica dos magistrados da Justiça Eleitoral é a


temporaneidade de suas atribuições, as quais ficam restritas pelo máximo de
dois biênios consecutivos, conforme determina o artigo 121, §2º da
Constituição Federal:
§ 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão
por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo
mesmo processo, em número igual para cada categoria.

Outra característica que deriva diretamente da especificidade desta


justiça é a de que as decisões de seu órgão de cúpula são, via de regra,
irrecorríveis, salvo se contrariarem a Constituição Federal, denegarem habeas
corpus ou habeas data, ocasião esta que o Supremo Tribunal Federal se
incumbirá de apreciar. Assim dispõe o artigo 121, §3º da Constituição Federal:
§ 3º São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as
que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus
ou mandado de segurança.

Por se tratar de uma justiça que deve zelar pela lisura do processo
eleitoral, exige-se do magistrado total distância de atividades político-
partidárias, de modo que se o juiz for parente ou afim até segundo grau, ou
ainda, cônjuge de candidato a cargo eletivo registrado na sua circunscrição,
ele ficará vedado de servir nesta justiça. Isto é o que dispõe o artigo 14, §3º
do Código Eleitoral, com a redação dada pela Lei 13.165/2015:
§ 3º Da homologação da respectiva convenção partidária até a
diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral, não poderão

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servir como juízes nos tribunais eleitorais, ou como juiz eleitoral, o
cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de
candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.

Como esta alteração trazida pela Lei 13.165/2015 modificou


substancialmente o artigo 14, §º do Código Eleitoral, já objeto de
questionamento em prova, de modo que o marco inicial deste impedimento
deve ficar bem claro: da homologação da respectiva convenção partidária e
perdura até a diplomação. Vejamos com mais atenção à questão mencionada:

11. (Juiz Substituto, TJ-SC, 2017, FCC). O Código Eleitoral impede de


servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou
o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo
eletivo registrado na circunscrição. Esse impedimento alcança

A) Do início da campanha eleitoral até a apuração final da eleição.

B) Apenas os feitos decorrentes do processo eleitoral em que seja


interessado o respectivo candidato ou o partido político em que está
filiado.

C) Do início da campanha eleitoral até a apuração final da eleição e os


feitos decorrentes do processo eleitoral em que seja interessado o
respectivo candidato.

D) Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e


os feitos decorrentes do processo eleitoral. 

E) Da homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final


da eleição.

Comentários: De acordo com a Lei 13.165/2015, que alterou o artigo 14 do


Código Eleitoral, a vedação para que um juiz eleitoral atue como tal, em sendo
parente ou afim de até segundo grau, ou, ainda, cônjuge de candidato, inicia-
se a partir DA HOMOLOGAÇÃO DA RESPECTIVA CONVENÇÃO PARTIDÁRIA e
vai até a DIPLOMAÇÃO e nos FEITOS DECORRENTES DO PROCESSO
ELEITORAL, portanto, apenas a alternativa D está correta.

Gabarito: D

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Observe-se que a diplomação não é o marco final, vez que poderá haver
feitos que, mesmo após ela, continuem a tramitar. Nestes processos, o juiz
eleitoral que se encontrar em uma das hipóteses de parentesco elencadas na
lei ainda estará impedido de atuar como magistrado eleitoral neles.

3.2- Órgãos e composição

De acordo com o artigo 118 de nossa Constituição Federal, são órgãos


da Justiça Eleitoral:
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:
I - o Tribunal Superior Eleitoral;
II - os Tribunais Regionais Eleitorais;
III - os Juízes Eleitorais;
IV - as Juntas Eleitorais.

Hierarquicamente, assim podem ser dispostos:

TSE - Tribunal
Superior
Eleitoral

TRE's -
Tribunais
Regionais
Eleitorais

Juntas Eleitorais
(em época de Juízes Eleitorais
eleição)

Vejamos, doravante, a composição de cada um destes órgãos.

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3.2.1- Tribunal Superior Eleitoral

O Tribunal Superior Eleitoral (órgão de cúpula), de acordo com o artigo


119 da Constituição Federal, é composto por sete ministros, escolhidos por
meio de eleição com voto secreto.
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete
membros, escolhidos:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo
Supremo Tribunal Federal.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o
Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o
Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Para melhor fixar a composição, vejamos o quadro que segue:

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TSE
(7 MINISTROS)

MINIS- MINIS- MINIS- MINIS- MINIS- MINIS- MINIS-


TRO 1 TRO 2 TRO 3 TRO 4 TRO 5 TRO 6 TRO 7

Origem Origem
6 6
advoga- advoga-
Origem Origem Origem Origem Origem
dos in- dos in-
STF STF STF STJ STJ
Dentre um destes dicados dicados
Dentre um destes três
ministros se escolherá o
ministros se pelo pelo
Presidente e o Vice-
escolherá o STF STF
Corregedor Geral
Presidente do TSE
do TSE

No mesmo sentido dispõe o artigo 16, incisos I e II do Código Eleitoral:


Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior Eleitoral:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de três juízes, dentre os ministros do Supremo Tribunal Federal; e
b) de dois juízes, dentre os membros do Tribunal Federal de Recursos;
II – por nomeação do presidente da República, de dois dentre seis
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo
Supremo Tribunal Federal.

Veja-se, portanto que CINCO membros do TSE são eleitos em voto


secreto e DOIS são indicados pelo STF. Uma observação que recai, ainda,
sobre esta composição é a de que ela não possui, em verdade, o chamado

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quinto constitucional, pois que membros do Ministério Público não podem
compor a corte e, ainda, a indicação dos nomes dos advogados, feita por meio
de duas listas tríplices, vem do Supremo Tribunal Federal (a OAB não
participa) e os dois nomes são escolhidos pelo próprio Presidente da
República.
Além dos três ministros do STF que atuarão diretamente como ministros
do TSE, ainda são nomeados mais três suplentes, igualmente ministros do
STF.
Veja-se que os ministros do STF e do TSJ que atuarem no TSE
continuarão suas atividades nos órgãos de origem, apenas os advogados que
comporão a corte ficam vedados de advogarem na Justiça Eleitoral.

O Supremo Tribunal Federal – STF, por meio de sua Súmula 72, não
entende que estão impedidos os ministros de sua corte e que tenham atuado
no TSE com relação à causas constitucionais que envolvam matéria eleitoral:
Súmula 72 - No julgamento de questão constitucional, vinculada a
decisão do Tribunal Superior Eleitoral, não estão impedidos os Ministros
do Supremo Tribunal Federal que ali tenham funcionado no mesmo
processo, ou no processo originário.

Com relação aos impedimentos para um membro que venha a compor o


Tribunal Superior Eleitoral, estes se encontram no artigo 16, §§1° e 2° do
Código Eleitoral e são, basicamente, de duas naturezas:

1. (§ 1) Não podem fazer parte do TSE cidadãos que tenham entre si


parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o
vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido
escolhido por último; e

2. (§ 2) A nomeação que recai sobre os advogados não poderá recair


em cidadão que:

a. ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum;

b. que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada


com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de
contrato com a administração pública;

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c. que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou
municipal.

IMPEDIMENTOS

Cidadãos parentes entre Nomeação de advogados que


si (ainda que por
afinidade) até o quarto
grau (exclui-se a
nomeação mais recente e
mantém a mais antiga)
Ocupem cargo público
demissível ad nutum

sejam diretor, proprietário ou


sócio de empresa beneficiada
com subvenção, privilégio,
isenção ou favor em contrato
com a Adm. Pública

que exerça mandato político


em qualquer uma das esferas

Os advogados que compõe a corte do TSE deverão, também, de acordo


com a jurisprudência consolidada deste órgão (Ac. 2.833, de 18/12/2001, DJ
de 01/03/2002) ter DEZ ANOS de EFETIVA ATIVIDADE PROFISSIONAL.
Caso algum dos membros do TSE esteja impedido de julgar, qualquer
interessado poderá arguir a suspeição ou o impedimento do magistrado, de
acordo com os casos previstos na lei processual civil comum.
E como se dão as votações no TSE?

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VIA DE REGRA: Basta apenas a maioria de votos dos presentes, com
quatro exceções, as quais demandam a presença de TODOS os membros:

EXCEÇÕES À REGRA DA MAIORIA DE VOTOS PELOS


PRESENTES (é necessária a presença de todos os membros)
discussão acerca da legislação eleitoral frente à CF
cassação de registro de candidaturas
anulação geral do pleito
perda de diploma

Todavia, mesmo que o caso concreto se enquadre em uma das


hipóteses acima, ainda há a possibilidade, mediante construção jurisprudencial
do TSE, de que o processo seja julgado com quórum incompleto, caso ocorra
suspeição ou impedimento de ministro titular da classe de advogado e não
haja a possibilidade jurídica de convocar juiz substituto.

3.2.2- Tribunais Regionais Eleitorais

Os Tribunais Regionais Eleitorais estão em cada uma das capitais


brasileiras e, ainda, no Distrito Federal e têm sua composição prevista pela
Constituição Federal, artigo 120:
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada
Estado e no Distrito Federal.
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de
Justiça;
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do
Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal,
escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre
seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados
pelo Tribunal de Justiça.

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§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-
Presidente- dentre os desembargadores.

Num organograma fica mais fácil de visualizar esta composição:

TRE's
(7
MAGISTRADOS)

MAGIS MAGIS MAGIS MAGIS MAGIS MAGIS MAGIS


TRADO TRADO TRADO TRADO TRADO TRADO TRADO
1 2 3 4 5 6 7

Os desembargadores serão o
Indicado pelo Origem Origem
Origem Origem
Presidente e o Vice e Origem Origem próprio TRF
o Vice. Muitos
6 6
TRE’s nomeiam o Vice como Origem
Desem Desem juízes juízes (pode ser de advoga- advoga-
Corregedor Regional, outros 1 juiz
barga- barga- de de 1º ou 2º grau) dos dos
atribuem aos demais membros federal indica- indica-
dor do dor do direito direito
do TRF dos pelo dos pelo
TJ TJ do TJ do TJ
TJ TJ

O Código Eleitoral disciplina esta matéria em seu artigo 25 e determina


que QUATRO de seus membros são escolhidos por meio de votação secreta
(ambos os desembargadores e os juízes de direito) e TRÊS são por indicação
(o juiz federal (designado pelo Tribunal Regional Federal da Região) e dois
advogados (indicados em número de seis pelo Tribunal de Justiça e nomeados
pelo Presidente da República).

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O juiz federal será indicado dentre aqueles que fazem parte do Tribunal
Regional Federal (juiz federal de segunda instância, “desembargador” federal),
caso a capital do TRE também seja a sede do TRF (p. ex. a cidade de Porto
Alegre que é sede do TRF da 4ª Região e do TRE-RS).
Caso a cidade não seja sede de TRF, será indicado um juiz federal (de
primeiro grau) designado por este mesmo órgão.

Atente-se ao fato de que o Código Eleitoral fala que a composição dos


Tribunais Regionais Eleitorais pode ter de SETE a NOVE membros, em seu
artigo 13:

Art. 13. O número de juízes dos tribunais regionais não será reduzido,
mas poderá ser elevado até nove, mediante proposta do Tribunal
Superior, e na forma por ele sugerida.

Parte da doutrina entende que este artigo não foi recepcionado, todavia,
outra parte entende que há expressas disposições constitucionais que
autorizam este aumento de número de membros dos TRE’s, qual é o caso do
artigo 96, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal:

Art. 96. Compete privativamente:


(...)
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos
Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o
disposto no art. 169:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;

De todo modo, em todos os Tribunais Regionais Eleitorais de


nosso país, atualmente, a composição se baseia na quantidade de
SETE membros.
E como se dá a nomeação dos advogados que compõe a corte dos
TRE’s?

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TJ faz duas listas com três


nomes APENAS de o TJ encaminha a lista ao TRE
advogados em cada

TSE indica as listas por meio


O TRE encaminha a lista ao de edital, podendo os
TSE partidos e o MPE impugnar
no prazo de 5 dias

Se não houver impugnação,


Se a impugnação for ou esta for improcedente,
procedente, devolve-se-a ao encaminha-se a lista ao
TRE e, após, ao TJ Presidente da República
para a nomeação

Vemos, portanto, algumas semelhanças e diferenças quanto à


nomeação de advogados para comporem o TSE e os TRE’s:

DIFERENÇAS SEMELHANÇAS

Quem indica: A OAB não participa da indicação


TSE: o STF da lista tríplice
TRE: o TJ Os indicados devem notável
saber jurídico e idoneidade
moral

Veja-se que membros do Ministério Público e magistrados aposentados


não podem fazer parte desta lista (artigo 25, §2º do Código Eleitoral).
Com relação aos impedimentos, valem as mesmas regras que valem
aos ministros do TSE (Artigo 25, §§6ª e 7ª), para relembrar:

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IMPEDIMENTOS

Cidadãos parentes entre si Nomeação de advogados que


(ainda que por afinidade) até o
quarto grau (exclui-se a
nomeação mais recente e
mantém a mais antiga) Ocupem cargo público demissível ad
nutum

sejam diretor, proprietário ou sócio


de empresa beneficiada com
subvenção, privilégio, isenção ou
favor em contrato com a Adm.
Pública

que exerça mandato político em


qualquer uma das esferas

E como se dão as votações nos TRE’s?


VIA DE REGRA: Basta apenas a maioria de votos dos presentes, com
três exceções, as quais demandam a presença de TODOS os membros:

EXCEÇÕES À REGRA DA MAIORIA DE VOTOS PELOS


PRESENTES (é necessária a presença de todos os membros)
cassação de registro de candidaturas
anulação geral do pleito
perda de diploma

3.2.3- Juízes Eleitorais

Os juízes eleitorais são magistrados da justiça estadual comum que têm


esta atribuição desempenhada por um período de dois anos, podendo ser
reconduzido por mais dois anos (artigo 32, do Código Eleitoral). A exceção a

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esta regra temporal é se o magistrado for o único da comarca, ocasião em que
será juiz eleitoral indefinidamente.
Eles possuem as mesmas prerrogativas de qualquer outro magistrado e
previstos no artigo 95 de nossa Constituição Federal, a saber:
VITALICIEDADE, IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIO e INAMOVIBILIDADE.

Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:


I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos
de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de
deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais
casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do
art. 93, VIII;
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e
XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (

A atuação do juiz eleitoral, ou seja, a sua jurisdição está adstrito à Zona


Eleitoral, esta, por sua vez, não implica em ter a mesma extensão territorial
do Município, vez que cidades muito grandes, como São Paulo e Rio de
Janeiro, por exemplo, têm várias Zonas Eleitorais. De outro modo, cidades
com população muito diminuta podem ser agregadas todas em uma única
Zona Eleitoral.
Exemplo de Zona Eleitoral composta de vários Municípios:

Município
B
Município Município
A C

ZONA
ELEITORAL

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Exemplo de um Município com várias Zonas Eleitorais

ZONA
ELEITORAL
B
ZONA ZONA
ELEITORAL ELEITORAL
A C

MUNICÍPIO
X

Quando houver mais de uma vara da Justiça Comum no território da


Zona Eleitoral, caberá ao Tribunal Regional Eleitoral designar a qual delas
caberá o serviço eleitoral. Esta designação, via de regra, atende a um critério
de antiguidade no desempenho das funções (quem foi juiz eleitoral mais
recentemente será preterido por aquele que está há mais tempo sem esta
função). Todavia, no interesse da administração judiciária, o TRE pode,
excepcionalmente, por cinco votos de seus membros, substituir o critério da
antiguidade pelo de merecimento do magistrado.
A designação nas comarcas com mais de uma vara dependerá de
inscrição do magistrado interessado na seleção, exceto nas comarcas de vara
única.
A Zona Eleitoral, por sua vez, é dividida administrativamente em
seções, que correspondem aos locais que os eleitores comparecem para votar.
Para cada seção eleitoral há uma urna eleitoral.
Não confunda zona eleitoral, seção eleitoral e circunscrição eleitoral:

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Divisão territorial de Divisão territorial


acordo com o pleito: da jurisdição de um
Nacional: eleições
É a menor divisão
magistrado da Justiça Eleitoral
CIRCUNSCRIÇÃ
presidenciais ZONA
eleitoral SEÇÃO
e é de cunho
O ELEITORAL ELEITORAL ELEITORAL
administrativo.
Estadual: eleições
deputados, senado- Pode haver várias Zonas Corresponde ao
res, Governado e Vice em um único município
local onde o eleitor
Pode haver vários vota.
Municipal: eleições de
prefeito e vice e municípios em uma Para cada seção,
única Zona
vereador há uma urna.

3.2.4- Juntas Eleitorais

As juntas eleitorais só são formadas em período eleitoral e atuam na


Justiça Eleitoral em primeiro grau. Elas podem ser compostas por 3 (três) ou 5
(cinco) membros, sendo que seu presidente sempre será um juiz de direito,
não necessariamente o juiz eleitoral, podendo, ainda, haver mais de uma
Junta numa mesma Zona Eleitoral. Tal é a disposição do artigo 36, caput e
artigo 37, ambos do Código Eleitoral:

Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de direito, que


será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória
idoneidade.
Art. 37. Poderão ser organizadas tantas juntas quantas permitir o
número de juízes de direito que gozem das garantias do art. 95 da
Constituição, mesmo que não sejam juízes eleitorais.
Parágrafo único. Nas zonas em que houver de ser organizada mais de
uma junta, ou quando estiver vago o cargo de juiz eleitoral ou estiver
este impedido, o presidente do Tribunal Regional, com a aprovação

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deste, designará juízes de direito da mesma ou de outras comarcas,
para presidirem as juntas eleitorais.

Artigo 118 da CF/88


JUNTA Artigo 36 Código Eleitoral
ELEITORAL

Juiz de Direito
Presidência Pode ou não ser o juiz eleitoral

Presidente + dois membros


Composição Presidente + quatro membros

Apenas uma ou
Número de Tantas quantas permitirem o número de juízes de direito
Juntas

E como funciona a nomeação dos membros de uma junta?

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O juiz eleitoral indica os


nomes para compor a
Junta Eleitoral

O TRE publica os
nomes 10 dias antes da
nomeação no DJ

Prazo de 3 a contar da
publicação para Designa, ainda, a
impugnação sede em que as
Juntas atuarão
Podem impugnar:
qualquer partido ou Nomeação 60 dias
o MPE antes das eleições pelo
Presidente do TRE

E quem não pode compor a Junta? De acordo com o artigo 36, §3º,
incisos I a IV do Código Eleitoral e artigo 64 da Lei das Eleições (Lei nº
9.504/97), os quais ditam:

§ 3º Não podem ser nomeados membros das juntas, escrutinadores ou


auxiliares:
I – os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o
segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
II – os membros de diretórios de partidos políticos devidamente
registrados e cujos nomes tenham sido oficialmente publicados;
III – as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no
desempenho de cargos de confiança do Executivo;
IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.

Lei nº 9.504/1997, art. 64: vedada a participação de parentes em


qualquer grau ou de servidores da mesma repartição pública ou
empresa privada na mesma mesa, turma ou junta eleitoral.

Segue quadro-resumo dos impedimentos:

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Quem não pode compor a Junta Eleitoral

Candidatos e seus parentes (afins também) até o segundo grau


Cônjuge de candidato
Membros de diretório partidário devidamente registrados e com
nomes publicados
Autoridades e agentes policias
Funcionário no desempenho de cargos de confiança do Executivo
Os que pertencerem ao serviço eleitoral
Parentes em qualquer grau de alguém que atue na mesma junta
Servidores da mesma repartição pública ou da mesma empresa
privada de alguém que já atue na Junta

Para bem auxiliar os trabalhos de apuração das eleições, o Presidente


da Junta poderá nomear, dentre cidadãos de notória idoneidade,
escrutinadores em número capaz de atender a boa marcha dos trabalhos
(artigo 38, caput do Código Eleitoral). Esta faculdade dada ao Presidente da
Junta existia quando não eram utilizadas as urnas eletrônicas e a contagem
dos votos eram manual. Hoje, esta previsão legal só subsiste na remota
possibilidade de ter que utilizar o antigo sistema de votação manual, sendo
obrigatória a nomeação de escrutinadores se tal apuração se der em mais de
dez urnas (artigo 38, §1º do Código Eleitoral).
Finalmente, é importante destacar que os membros da Junta Eleitoral,
no exercício de suas funções e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas
garantias e serão inamovíveis (artigo 121, §1º da Constituição Federal).
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência
dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.
§ 1º Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das
juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for
aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.

3.3- Diversificação funcional das atividades da Justiça Eleitoral

A Justiça Eleitoral, além das funções inerentes a um órgão judicante,


tem, também, funções específicas, as quais podem ser divididas em:

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FUNÇÕES DA
JUSTIÇA
ELEITORAL

ADMINISTRATIVA NORMATIVA JULGADORA CONSULTIVA

Vejamo-las!

3.3.1- Função Administrativa

De acordo com as funções tripartites do Estado, ao Poder Judiciário cabe


a missão de julgar os processos, todavia, para bem desempenhar tal
atribuição primordial, deve utilizar-se de outras funções secundárias, qual
ocorre com a sua administração interna, ou seja, a função executiva.
A função administrativa ou executiva se reveste na capacidade de
organização interna, realizando atividades-meio para a consecução de sua
atividade fim, enquanto órgão judicante.
Na Justiça Eleitoral, esta função administrativa é muito mais fácil de se
verificar, dada a especificidade da matéria que cuida. Assim, cabe a esta
justiça especial cuidar do cadastro de eleitores, nomear e treinar mesários,
nomear escrutinadores, designação de locais de votação, revisões de
eleitorado, criação e agregação de seções eleitorais, dentre outras.
Dentre uma destas notórias atividades administrativas, destaca-se o
chamado PODER DE POLÍCIA, que investe os juízes eleitorais (ou outros
juízes de direito designados pelo Tribunal Regional Eleitoral) da atribuição do
combate à propaganda irregular. Este poder está previsto na Lei das Eleições
(Lei nº 9.504/97), em seu artigo 41, que diz:

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Art. 41. A propaganda exercida nos termos da legislação eleitoral não
poderá ser objeto de multa nem cerceada sob alegação do exercício do
poder de polícia ou de violação de postura municipal, casos em que se
deve proceder na forma prevista no art. 40.
§ 1º O poder de polícia sobre a propaganda eleitoral será exercido pelos
juízes eleitorais e pelos juízes designados pelos Tribunais Regionais
Eleitorais.
§ 2º O poder de polícia se restringe às providências necessárias para
inibir práticas ilegais, vedada a censura prévia sobre o teor dos
programas a serem exibidos na televisão, no rádio ou na internet.

O que determina, então, este PODER DE POLÍCIA?


O poder de polícia é um poder fiscalizatório e pretende manter a
paridade da concorrência num pleito, evitando-se que uma prática ilegal ou
abusiva na propaganda permaneça. Assim, o juiz eleitoral incumbido de
realizar este poder de polícia não pode aplicar multa de ofício se entender que
certa propaganda é ilegal, mas pode determinar que, por exemplo, ela pare.
Evita-se, com esta limitação ao poder de polícia que haja uma espécie
de censura prévia das propagandas eleitorais, devendo sempre ser
interpretado restritivamente a fim de não ameaçar a liberdade de expressão
previsto constitucionalmente.

3.3.2- Função Normativa

A função normativa também se trata de uma função secundária e


atípica da Justiça Eleitoral, é, também, denominada de função legislativa.
Muitos outros órgãos do Judiciário possuem esta função, na medida em
que regulamentam suas atividades internas, como, por exemplo, nos
Regimentos Internos dos Tribunais, das Portarias, Resoluções, Ofícios-
Circulares, etc.
A Justiça Eleitoral, por sua vez, novamente, possui esta função muito
mais visível em suas atividades, haja vista que a própria lei (artigo 1º, §1º do
Código Eleitoral) permite a regulamentação das normas que visem assegurar a
organização e o exercício de direitos políticos, pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 1º Este código contém normas destinadas a assegurar a
organização e o exercício de direitos políticos precipuamente os de votar
e ser votado.

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Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá instruções para
sua fiel execução.

A lei dos partidos políticos (Lei nº 9.096/95) também traz disposição


neste mesmo sentido:
Art. 61. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá instruções para a fiel
execução desta Lei.

Além da previsão no Código Eleitoral e da Lei dos Partidos Políticos (Lei


nº 9.096/95), ainda há a previsão da Lei das Eleições (Lei nº9.504/97), que
em seu artigo 105, com redação modificada pela Lei 12.034/2009, dita que:
Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior
Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem restringir direitos ou
estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei, poderá expedir
todas as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos,
previamente, em audiência pública, os delegados ou representantes dos
partidos políticos.12.034/2009

Antes da Lei 12.034/2009 havia dúvidas acerca dos limites deste poder
regulamentar dado ao Tribunal Superior Eleitoral, todavia, com a nova redação
deste artigo ela já não mais subsiste, deixando bem claro que este tribunal
NÃO PODE:
a) Restringir Direitos
b) Estabelecer sanções distintas da prevista na lei

Veja que a atuação deste poder regulamentar deve-se, portanto, ater a


simples regulamentações DO QUE JÁ EXISTE NA LEI, e tais instruções,
advindas na forma de Resoluções, devem ser precedidas de audiências
públicas, sempre que dizerem respeito ao processo eleitoral.

3.3.3- Função Julgadora

Esta é a função por excelência da Justiça Eleitoral. É a sua função


precípua! Cabe à Justiça Eleitoral julgar casos eleitorais tanto na esfera cível,
quanto na criminal.
As ações eleitorais são aquelas possíveis de ocorrer desde o alistamento
eleitoral, até a diplomação (primeira e última etapas). Mas, CUIDADO!!! Há
ações que vão além da diplomação, qual é o caso da Ação de Impugnação de

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Mandato Eletivo (AIME), a qual pode ser proposta até quinze dias após a
diplomação (CF/88, artigo 14, §10), ou execuções fiscais de multas eleitorais
aplicadas.

ETAPAS DO PROCESSO ELEITORAL

CONVENÇÕES
ALISTAMENTO REGISTROS DE
PARA ESCOLHA
ELEITORAL CANDIDATURA
DE CANDIDATOS

VOTAÇÃO E
PROPAGANDA PRESTAÇÕES DE
APURAÇÃO DOS
POLÍTICA CONTAS
VOTOS

PROCLAMAÇÃO
E DIPLOMAÇÃO
DE ELEITOS

E em casos de aparente conflito de competência? Como se tem


resolvido? Vejamos os principais deles:

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Quando o eleitor for menor infrator

Caberá à Vara da Infância e Juventude processar atos infracionais


equiparados a delitos eleitorais (STJ - Conflito de Competência n°
2003/0027202-7, Rel. Min. Feliz Fischer, DJ 18/08/2003, p. 150). Para
qualquer outra causa de natureza não infracional, caberá, então, à Justiça
Eleitoral.

Matérias interna corporis de partidos políticos

Em se tratando de questões interna corporis de partidos políticos, a


questão é da justiça estadual comum, exceto se o que se estiver se
questionando seja a validade de uma convenção partidária e o processo
eleitoral já tenha se iniciado, neste caso será de competência da Justiça
Eleitoral (STJ, CC 36.655/CE, Rel. MIn. Peçanha Martins, DJ 17/12/2004, p.
391, RSTJ vol. 188, p. 139).

Ações relativas a perda do mandato eletivo por


infidelidade partidária
Para o julgamento de tais ações a competência é da própria Justiça
Eleitoral, conforme Resolução n° 22.610/07 do TSE

3.3.4-Função Consultiva

A última das funções trata-se da função consultiva e ela é relativa a


uma exceção da regra de que o judiciário só deva se posicionar em relação a
um caso concreto. Esta função tem previsão no artigo 23, inciso XII (consultas
do TSE) e artigo 30, VII (consultas ao TRE), ambos do Código Eleitoral:
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior
XII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem
feitas em tese por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional
de partido político;

Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos tribunais regionais:


VIII –responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem
feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político;

O poder consultivo permite que o Superior Tribunal Eleitoral e os


Tribunais Regionais Eleitorais respondam a questões in abstrato (em tese),
formuladas por autoridades públicas ou partidos políticos (se a consulta for

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feita ao TSE, as autoridades públicas deverão ser da esfera federal e os
partidos políticos deverão ser órgãos nacionais de partido).
Veja-se que a consulta respondida não pode dizer respeito a caso
concreto ou de matéria que não a eleitoral e, tampouco, tem efeito
vinculante. Sempre é bom reforçar que o juiz eleitoral não tem a previsão
legal para responder às consultas, sendo-lhe, portanto, vedadas.

Consultas no TSE Consultas nos


(quem pode TRE's (quem pode
formulá-las) formulá-las)

Autoridade pública
Autoridade pública
federal

Órgão estadual de direção


partidária estadual
Órgão nacional de
(diretórios partidários
direção partidária municipais não detêm
legitimidade)

3.4- Competências

Vejamos, doravante, as seguintes modalidades de competência para


cada um deste órgãos da Justiça Eleitoral:

ORIGINÁRIAS

TSE e TRE'S RECURSAIS

COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS

JUÍZES E JUNTAS ELEITORAIS ORIGINÁRIAS

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3.4.1- Do TSE

Competência a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus


Originária do diretórios nacionais e de candidatos à Presidência e Vice-
TSE Presidência da República;
b) os conflitos de jurisdição entre tribunais regionais e juízes
eleitorais de estados diferentes;
(Art. 22,
inciso I, c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao procurador-
geral e aos funcionários da sua Secretaria;
alíneas "a"
até "j")
a alínea "d" não foi recepcionada: pelo artigo 102, I, alínea "c" de nossa
Constituição Federal, vez que é de competência do STF julgar processar e julgar,
nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os membros dos
tribunais superiores; e pelo art. 105, I, a: vez que cabe ao STJ para processar e
julgar, nos crimes comuns e nos de responsabilidade, os membros dos tribunais
regionais eleitorais.

e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral,


relativos a atos do presidente da República, dos ministros de estado e dos
tribunais regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de
se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a
impetração;
Vale observar que esta alínea não foi recepcionada em sua plenitude pela
CF, vez que mandado de segurança impetrado contra ato do Presidente
da República será julgado pelo STF, contra ato de Ministro, pelo STJ e
contra ato de membro de TRE caberá ao próprio TRE julgar, vide Súmula
n° 34 do TSE , mais adiante.

f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos


partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da
origem dos seus recursos;
g) as impugnações à apuração do resultado geral, proclamação dos
eleitos e expedição de diploma na eleição de presidente e vice-
presidente da República;
h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos
tribunais regionais dentro de trinta dias da conclusão ao relator,
formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte
legitimamente interessada;

i) as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo de


trinta dias a contar da conclusão, não houverem julgado os feitos a
eles distribuídos;
j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro do
prazo de cento e vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do
mandato eletivo até o seu trânsito em julgado;
Cuidado: o STF entendeu inconstitucional a expressão "possibiltando-se o
exercício de mandato eletivo até seu trânsito em julgado". Ademais, ainda
entendeu inconstitucional as decisões havidas até cento e vinte dias anteriores à
sua vigência, pois que deverá haver trânsito em julgado no TSE para sua abertura
e, ainda, deve versar sobre inelegibilidade (Súmula 33 TSE).

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Acerca da competência exclusiva do TSE é importante mencionarmos as


seguintes súmulas deste mesmo tribunal:
SÚMULA nº22-TSE: “Não cabe mandado de segurança contra decisão
judicial recorrível, salvo situações de teratologia ou manifestamente ilegais”.
Comentário: Esta súmula visa barrar o uso deste remédio constitucional
sempre que houver previsão recursal.
SÚMULA nº23-TSE: “Não cabe mandado de segurança contra decisão
judicial transitada em julgado.” Comentário: Se a ação versar sobre
inelegibilidade e o trânsito em julgado se deu no TSE, poderá caber ação
rescisória, vide a súmula nº 33-TSE que segue, logo abaixo.
SÚMULA nº33-TSE: “Somente é cabível ação rescisória de decisões do
Tribunal Superior Eleitoral que versem sobre a incidência de causa de
inelegibilidade”.
SÚMULA n°34-TSE: “Não compete ao Tribunal Superior Eleitoral
processar e julgar mandado de segurança contra ato de membro de Tribunal
Regional Eleitoral”. Comentário: Nestes casos, caberá ao próprio TRE
processar e julgar este mandamus.

Na prova para o concurso de delegado da Polícia Civil de Pernambuco,


de 2016, feita pela CESPE, questionou-se acerca das competências originária e
privativa para processar e julgar ações junto aos tribunais eleitorais e à
competência dos juízes eleitorais e das juntas eleitorais, assinale a opção
correta.
Foi considerada correta a seguinte assertiva:
“Em se tratando de disputa de competência para o julgamento de crime
eleitoral praticado na divisa de dois municípios, o conflito de jurisdição será
processado e julgado originariamente pelo TSE”.
Todo o “truque” para resolver esta questão residia no conhecimento do
candidato acerca do conceito da palavra “divisa”, vez que se trata de dois
municípios limítrofes, mas cada um em uma unidade da federação. Numa
primeira leitura, o candidato poderia entender que questões ligadas à conflito
de competência de município de um mesmo estado seriam de incumbência do

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respectivo TRE, todavia, por serem de unidades federativas diversas, cabe ao
TSE! FIQUE MUITO ATENTO!

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Competência II – julgar os recursos interpostos das decisões dos tribunais


Recursal do regionais nos termos do art. 276 inclusive os que versarem matéria
TSE administrativa.
O artigo 276, por sua vez diz que:
(Art. 22,
inciso II, CE) Art. 276. As decisões dos tribunais regionais são terminativas, salvo
os casos seguintes em que cabe recurso para o Tribunal Superior:
I – especial:
a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei;
b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou
mais tribunais eleitorais;
II – ordinário:
a) quando versarem sobre expedição de diplomas nas eleições
federais e estaduais;
b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.
§ 1º É de 3 (três) dias o prazo para a interposição do recurso,
contado da publicação da decisão nos casos dos nºs I, letras a e b e
II, letra b e da sessão da diplomação no caso do nº II, letra a.
§ 2º Sempre que o Tribunal Regional determinar a realização de
novas eleições, o prazo para a interposição dos recursos, no caso do
nº II, a, contar-se-á da sessão em que, feita a apuração
das sessões renovadas, for proclamado o resultado das eleições
suplementares.
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são irrecorríveis,
salvo nos casos do art. 281.

Art. 281. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior, salvo as


que declararem a invalidade de lei ou ato contrário à Constituição
Federal e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de
segurança, das quais caberá recurso ordinário para o Supremo
Tribunal Federal, interposto no prazo de 3 (três) dias.
§ 1º Juntada a petição nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes, os
autos serão conclusos ao presidente do Tribunal, que, no mesmo
prazo, proferirá despacho fundamentado, admitindo ou não o
recurso.
§ 2º Admitido o recurso, será aberta vista dos autos ao recorrido
para que, dentro de 3 (três) dias, apresente as suas razões.
§ 3º Findo esse prazo, os autos serão remetidos ao Supremo
Tribunal Federal.

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Acerca da competência recursal do TSE é importante mencionarmos as


seguintes súmulas deste mesmo tribunal:
SÚMULA nº24-TSE: “Não cabe recurso especial eleitoral para simples
reexame do conjunto fático-probatório”. Comentário: Recurso especial
eleitoral discute matéria de direitos e não de fatos, para os fatos há os
recursos ordinários.
SÚMULA nº25-TSE: “É indispensável o esgotamento das instâncias
ordinárias para a interposição de recurso especial eleitoral”. Comentário:
Apenas após o esgotamento das vias recursais anteriores é que se pode
chegar ao recurso especial.
SÚMULA nº28-TSE: “A divergência jurisprudencial que fundamenta o
recurso especial interposto com base na alínea b do inciso I do art. 276 do
Código Eleitoral somente estará demonstrada mediante a realização de cotejo
analítico e a existência de similitude fática entre os acórdãos paradigma e o
aresto recorrido”. Comentário: De outro modo não poderia ser, afinal, para
ocorrer a divergência jurisprudencial, é necessária a similitude fática ou
estaremos diante de casos diversos, cujas decisões, naturalmente, serão
distintas.
SÚMULA nº29-TSE: “A divergência entre julgados do mesmo Tribunal
não se presta a configurar dissídio jurisprudencial apto a fundamentar recurso
especial eleitoral”. Comentário: O dissídio deve se dar entre tribunais diversos,
do contrário, o tribunal regional onde ocorreu a decisão ainda não tem
jurisprudência firmada.
SÚMULA nº30-TSE: “Não se conhece de recurso especial eleitoral por
dissídio jurisprudencial, quando a decisão recorrida estiver em conformidade
com a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral”. Comentário: O recurso
especial visa uniformizar a jurisprudência, se esta já está pacificada no TSE,
não há de se falar em recurso especial.
SÚMULA nº31-TSE: “Não cabe recurso especial eleitoral contra
acórdão que decide sobre pedido de medida liminar”. Comentário: O recurso
especial deve atacar o mérito da questão em decisões definitivas e não em
sede de liminar.
SÚMULA nº32-TSE: “É inadmissível recurso especial eleitoral por
violação à legislação municipal ou estadual, ao Regimento Interno dos
Tribunais Eleitorais ou às normas partidária”. Comentário: O recurso especial
se ocupa, exclusivamente, de questões relativas à legislação federal e da
Constituição (neste último caso, poderá, inclusive, ser apreciado, em sede de
Recurso Extraordinário, pelo STF).

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SÚMULA nº36-TSE: “Cabe recurso ordinário de acórdão de Tribunal
Regional Eleitoral que decida sobre inelegibilidade, expedição ou anulação de
diploma ou perda de mandato eletivo nas eleições federais ou estaduais (art.
121, § 4º, incisos III e IV, da Constituição Federal)”. Expressa previsão legal.

12. (Analista Judiciário - Tecnologia da Informação, TSE, 2007,


CESPE). O TSE, em decisão tomada por maioria absoluta, indeferiu um
mandado de segurança impetrado contra ato do presidente do TRE-PE. Nesse
caso, com base na Constituição da República, a decisão do TSE é recorrível,
pois:
A) as decisões do TSE são recorríveis, exceto quando tomadas por maioria
qualificada de dois terços.

B) as decisões do TSE são recorríveis, exceto quando unânimes.

C) são recorríveis as decisões do TSE que indefiram recursos.

D) cabe recurso da denegação de mandado de segurança pelo TSE.

Comentários: Via de regra, as decisões do TSE são IRRECORRÍVEIS, exceto


quando contrariarem a Constituição Federal ou quando denegarem habeas
corpus ou mandado de segurança (artigo 121, §3° da CF: “Art.121, § 3º - São
irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que
contrariarem esta Constituição e as denegatórias de "habeas-corpus" ou
mandado de segurança”). Tendo isto em mente, automaticamente as
alternativas A, B e C estão erradas, sobrando apenas a alternativa D correta,
eis que é letra de lei constitucional.
Gabarito: D
VALE A PENA LEMBRAR:

DECISÕES RECORRÍVEIS DO TSE:


Decisões que contrariem a CF (cabe recurso
extraordinário so STF)
Decisões que deneguem habeas corpus ou mandado de
segurança (cabe recurso ordinário ao STF)

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Competência Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,


Administra-
tiva Privativa
do TSE I - elaborar o seu regimento interno;

II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral, propondo ao Congresso


(Art. 23, CE) Nacional a criação ou extinção dos cargos administrativos e a fixação dos
respectivos vencimentos, provendo-os na forma da lei;
III - conceder aos seus membros licença e férias assim como afastamento do
exercício dos cargos efetivos;

IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juizes dos


Tribunais Regionais Eleitorais;

V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios;

VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juizes de qualquer


Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse aumento;

VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-Presidente da República,


senadores e deputados federais, quando não o tiverem sido por lei:

VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas


zonas;

IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código;

X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em


diligência fora da sede;

XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de


Justiça nos termos do ar. 25;

XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese
por autoridade com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político;

XIII - autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que
essa providência for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo;

XIV - requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias


decisões ou das decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para
garantir a votação e a apuração;                 

XV - organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência;

XVI - requisitar funcionários da União e do Distrito Federal quando o exigir o


acúmulo ocasional do serviço de sua Secretaria;

XVII - publicar um boletim eleitoral;

XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução


da legislação eleitoral.

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3.4.2- Dos TRE’s

Competência a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios estaduais


Originária e municipais de partidos políticos, bem como de candidatos a
Privativa dos Governador, Vice-Governadores, e membro do Congresso Nacional
TRE's e das Assembléias Legislativas;

(Art. 29, I CE) b) os conflitos de jurisdição entre juizes eleitorais do respectivo


Estado;

c) a suspeição ou impedimentos aos seus membros ao Procurador


Regional e aos funcionários da sua Secretaria assim como aos juizes
e escrivães eleitorais;

d) os crimes eleitorais cometidos pelos juizes eleitorais;

OBS: Assim como aqueles praticados por: membros do Ministério


Público Eleitoral, prefeitos e deputados estaduais.

e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral,


contra ato de autoridades que respondam perante os Tribunais de
Justiça por crime de responsabilidade e, em grau de recurso, os
denegados ou concedidos pelos juizes eleitorais; ou, ainda, o
habeas corpus quando houver perigo de se consumar a violência
antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração;

f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos


partidos políticos, quanto a sua contabilidade e à apuração da
origem dos seus recursos;

g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos


pelos juizes eleitorais em trinta dias da sua conclusão para
julgamento, formulados por partido candidato Ministério
Público ou parte legitimamente interessada sem prejuízo das
sanções decorrentes do excesso de prazo.    

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Competência
Recursal dos a) dos atos e das decisões proferidas
TRE's pelos juizes e juntas eleitorais.
(Art. 29, II
CE)
b) das decisões dos juizes eleitorais que
concederem ou denegarem habeas
corpus ou mandado de segurança.

Parágrafo único. As decisões dos


Tribunais Regionais são irrecorríveis,
salvo nos casos do Art. 276.
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas,
salvo os casos seguintes em que cabe recurso para o Tribunal
Superior:
I - especial:
a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei;
b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre
dois ou mais tribunais eleitorais.
II - ordinário:
a) quando versarem sôbre expedição de diplomas nas eleições
federais e estaduais;
b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de
segurança.
§ 1º É de 3 (três) dias o prazo para a interposição do recurso,
contado da publicação da decisão nos casos dos nº I, letras a e
b e II, letra b e da sessão da diplomação no caso do nº II, letra
a.
§ 2º Sempre que o Tribunal Regional determinar a realização
de novas eleições, o prazo para a interposição dos recursos,
no caso do nº II, a, contar-se-á da sessão em que, feita a
apuração das sessões renovadas, fôr proclamado o resultado
das eleições suplementares.

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Com relação à recorribilidade das decisões dos TRE’s, ainda, temos que
verificar que ela tem previsão constitucional, conforme disciplina o artigo 121,
§4º:
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência
dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.
(...)
§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá
recurso quando:
I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de
lei;
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais
tribunais eleitorais;
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas
eleições federais ou estaduais;
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos
federais ou estaduais;
V – denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou
mandado de injunção.

Assim, num comparativo entre as hipótese de cabimento de recurso


para o TSE e para os TRE’s temos:

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TSE TRE's
Decisões que contrariem a CF (cabe forem proferidas contra disposição
recurso extraordinário so STF) expressa desta Constituição ou de
lei
Decisões que deneguem habeas ocorrer divergência na
corpus ou mandado de segurança interpretação de lei entre dois ou
(cabe recurso ordinário ao STF) mais tribunais eleitorais
versarem sobre inelegibilidade ou
expedição de diplomas nas eleições
federais ou estaduais
anularem diplomas ou decretarem
a perda de mandatos eletivos
federais ou estaduais
denegarem habeas corpus,
mandado de segurança, habeas
data ou mandado de injunção.

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Competência I - elaborar o seu regimento interno;


Administra-
tiva dos
TRE's
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional provendo-
lhes os cargos na forma da lei, e propor ao Congresso Nacional, por
(Art. 30, CE) intermédio do Tribunal Superior a criação ou supressão de cargos e
a fixação dos respectivos vencimentos;

III - conceder aos seus membros e aos juizes eleitorais licença e


férias, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos
submetendo, quanto aqueles, a decisão à aprovação do Tribunal
Superior Eleitoral;

IV - fixar a data das eleições de Governador e Vice-Governador,


deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos , vereadores e juizes
de paz, quando não determinada por disposição constitucional ou
legal;

V - constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e


jurisdição;

VI - indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em


que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora;

VII - apurar com os resultados parciais enviados pelas juntas


eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e Vice-
Governador de membros do Congresso Nacional e expedir os
respectivos diplomas, remetendo dentro do prazo de 10 (dez) dias
após a diplomação, ao Tribunal Superior, cópia das atas de seus
trabalhos;

VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem


feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político;

IX - dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais,


submetendo essa divisão, assim como a criação de novas zonas, à
aprovação do Tribunal Superior;

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Competência X - aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva responder


Administra- pela escrivania eleitoral durante o biênio;
tiva dos
TRE's XII - requisitar a força necessária ao cumprimento de suas decisões
(continua- solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força federal;
ção)
XIII - autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados, ao seu
(Art. 30, CE) presidente e, no interior, aos juizes eleitorais, a requisição de
funcionários federais, estaduais ou municipais para auxiliarem os
escrivães eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço;

XIV - requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito Federal e


em cada Estado ou Território, funcionários dos respectivos quadros
administrativos, no caso de acúmulo ocasional de serviço de suas
Secretarias;

XV - aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão


até 30 (trinta) dias aos juizes eleitorais;

XVI - cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal


Superior;

XVII - determinar, em caso de urgência, providências para a


execução da lei na respectiva circunscrição;

XVIII - organizar o fichário dos eleitores do Estado.

XIX - suprimir os mapas parciais de apuração mandando utilizar apenas os


boletins e os mapas totalizadores, desde que o menor número de
candidatos às eleições proporcionais justifique a supressão, observadas as
seguintes normas: 
a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao Tribunal Regional
que suprima a exigência dos mapas parciais de apuração;                  
b) da decisão do Tribunal Regional qualquer candidato ou partido poderá,
no prazo de três dias, recorrer para o Tribunal Superior, que decidirá em
cinco dias;                   
c) a supressão dos mapas parciais de apuração só será admitida até seis
meses antes da data da eleição;                   
d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos Tribunais
Regionais, depois de aprovados pelo Tribunal Superior;                     
e) o Tribunal Regional ouvira os partidos na elaboração dos modelos dos
boletins e mapas de apuração a fim de que estes atendam às
peculiaridade locais, encaminhando os modelos que aprovar,
acompanhados das sugestões ou impugnações formuladas pelos partidos,
à decisão do Tribunal Superior.     

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3.4.3- Dos Juízes e Juntas Eleitorais

Competência I - cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do Tribunal


Originária do Superior e do Regional;
Juiz Eleitoral

II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe


(Art. 35, CE) forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal
Superior e dos Tribunais Regionais;

III - decidir habeas corpus e mandado de segurança, em matéria


eleitoral, desde que essa competência não esteja atribuída
privativamente a instância superior.

IV - fazer as diligências que julgar necessárias a ordem e presteza do


serviço eleitoral;

V - tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas


verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e determinando
as providências que cada caso exigir;

VI - indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia de


justiça que deve ter o anexo da escrivania eleitoral;

VIII - dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a


exclusão de eleitores;

IX- expedir títulos eleitorais e conceder transferência de eleitor;

X - dividir a zona em seções eleitorais;

XI mandar organizar, em ordem alfabética, relação dos eleitores de


cada seção, para remessa a mesa receptora, juntamente com a
pasta das folhas individuais de votação;

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Competência XII - ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos aos


Originária do cargos eletivos municiais e comunicá-los ao Tribunal Regional;
Juiz Eleitoral
(continua-
ção)
XIII - designar, até 60 (sessenta) dias antes das eleições os locais das
(Art. 35, CE) seções;

XIV - nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em


audiência pública anunciada com pelo menos 5 (cinco) dias de
antecedência, os membros das mesas receptoras;

XV - instruir os membros das mesas receptoras sobre as suas


funções;

XVI - providenciar para a solução das ocorrências que se


verificarem nas mesas receptoras;

XVII - tomar todas as providências ao seu alcance para evitar


os atos viciosos das eleições;

XVIII -fornecer aos que não votaram por motivo justificado e


aos não alistados, por dispensados do alistamento, um
certificado que os isente das sanções legais;

XIX - comunicar, até às 12 horas do dia seguinte a realização


da eleição, ao Tribunal Regional e aos delegados de partidos
credenciados, o número de eleitores que votarem em cada
uma das seções da zona sob sua jurisdição, bem como o total
de votantes da zona

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Competência I - apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas zonas


Originária da eleitorais sob a sua jurisdição.
Junta
Eleitoral

(Arts. 40 e
41, ambos do II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante
CE) os trabalhos da contagem e da apuração;

III - expedir os boletins de apuração mencionados no Art. 178;

IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.


Parágrafo único. Nos municípios onde houver mais de uma junta
eleitoral a expedição dos diplomas será feita pelo que for presidida
pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais enviarão os
documentos da eleição.

Art. 41. Nas zonas eleitorais em que for autorizada a contagem


prévia dos votos pelas mesas receptoras, compete à Junta Eleitoral
tomar as providências mencionadas no Art. 195.

Art. 195. Recebida a urna e documentos, a Junta deverá:


I - examinar a sua regularidade, inclusive quanto ao funcionamento
normal da seção;
II - rever o boletim de contagem de votos da mesa receptora, a fim
de verificar se está aritmeticamente certo, fazendo dêle constar
que, conferido, nenhum erro foi encontrado;
III - abrir a urna e conferir os votos sempre que a contagem da
mesa receptora não permitir o fechamento dos resultados;
IV - proceder à apuração se da ata da eleição constar impugnação
de fiscal, delegado, candidato ou membro da própria mesa em
relação ao resultado de contagem dos votos;
V - resolver todas as impugnações constantes da ata da eleição;
VI - praticar todos os atos previstos na competência das Juntas
Eleitorais

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QUESTÕES COMENTADAS

13. (Delegado de Polícia, PC-PE, 2016, CESPE). No que se refere às


competências originária e privativa para processar e julgar ações junto aos
tribunais eleitorais e à competência dos juízes eleitorais e das juntas eleitorais,
assinale a opção correta.

A) Compete aos juízes eleitorais a expedição do diploma de candidatos


eleitos para ocupar cargos municipais.

B) Caberá ao presidente do tribunal regional eleitoral, em razão de sua


competência privativa, encaminhar à assembleia legislativa estadual
proposição de aumento do número de seus juízes eleitorais.

C) A competência originária para processar e julgar ação de cancelamento


do registro de candidatos a cargos eletivos será do TSE.

D) Em se tratando de disputa de competência para o julgamento de crime


eleitoral praticado na divisa de dois municípios, o conflito de jurisdição
será processado e julgado originariamente pelo TSE.

E) As competências das juntas eleitorais incluem a nomeação, em


audiência pública, nos respectivos prazos legais, dos membros das
mesas receptoras.

COMENTÁRIOS: A alternativa A está errada pois esta incumbência é da Junta


Eleitoral (Art. 40, IV, CE: “Art. 40. Compete à Junta Eleitoral; (...)IV - expedir
diploma aos eleitos para cargos municipais”).

A alternativa B está errada pois esta competência é do TSE (Art. 23, VI, CE:
“Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior, (...) VI -
propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer
Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse aumento;”).

A alternativa C está errada pois tais ações devem estar dentro da


circunscrição de atuação do TSE (Art. 22 do CE: “Art. 22. Compete ao Tribunal
Superior: I - Processar e julgar originariamente: a) o registro e a cassação de
registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à
Presidência e vice-presidência da República;”).

A alternativa D está correta pois municípios divisos pertencem, cada um, a um


estado da federação, de modo que o TSE tem competência para resolver
conflitos de competência entre eles (Art. 22, I, “b”, CE: “Art. 22. Compete ao
Tribunal Superior: I - Processar e julgar originariamente: (...); b) os conflitos
de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados
diferentes;”).

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A alternativa E está errada pois esta competência é do juiz eleitoral (Art. 35,
XIV, CE: “Art. 35. Compete aos juizes: (...) XIV - nomear, 60 (sessenta) dias
antes da eleição, em audiência pública anunciada com pelo menos 5 (cinco)
dias de antecedência, os membros das mesas receptoras;”).

Gabarito: D

14. (Juiz, TJ-MS, 2010, FCC). A Justiça Eleitoral brasileira:

A) Tem a sua organização e a sua competência confiadas à lei ordinária.

B) Compreende apenas três espécies de órgãos: o Tribunal Superior


Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais e os juízes eleitorais.

C) Não comporta a redução ou a elevação do número de juízes dos


Tribunais Regionais Eleitorais.

D) Tem como Corregedor-Geral Eleitoral um Ministro do Supremo Tribunal


Federal.

E) Faz parte do Poder Judiciário da União.

COMENTÁRIOS: A alternativa A está errada pois a organização e competência


da Justiça Eleitoral estão previstas em Lei Complementar e é deste modo que
a Constituição Federal recepcionou o Código Eleitoral (Art. 121, CF/88: “Art.
121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos
tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais”).

A alternativa B está errada pois, além destes, ainda há as Juntas Eleitorais


(Art. 18, CF/88: “Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral: I - o Tribunal
Superior Eleitoral; II - os Tribunais Regionais Eleitorais; III - os Juízes
Eleitorais; IV – as Juntas Eleitorais”).

A alternativa C está errada pois, ainda de que modo polêmico na doutrina, o


Código Eleitoral, em seu artigo 13, permite a elevação do número de juízes
dos TRE’s: “Art. 13. O número de juízes dos Tribunais Regionais não será
reduzido, mas poderá ser elevado até nove, mediante proposta do Tribunal
Superior, e na forma por ele sugerida”.

A alternativa D está errada pois o Corregedor-Geral será um ministro do STJ


(CF/88. Art. 119. Parágrafo único. “O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu
Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal
Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de
Justiça”).

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A alternativa E está certa pois a Justiça Eleitoral faz parte do Poder Judiciário
da União (Art. 92, CF/88:” Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: (...) V - os
Tribunais e Juízes Eleitorais;”).

Gabarito: E

15. (Técnico Administrativo, MPE-RJ, 2011, FUJB). NÃO é órgão da


Justiça eleitoral:

A) o Ministério Público Eleitoral;

B) o Tribunal Superior Eleitoral;

C) a Junta Eleitoral;

D) o Juiz Eleitoral;

E) o Tribunal Regional Eleitoral.

COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 18, CF/88: “Art. 118. São órgãos da
Justiça Eleitoral: I - o Tribunal Superior Eleitoral; II - os Tribunais Regionais
Eleitorais; III - os Juízes Eleitorais; IV – as Juntas Eleitorais”, logo, a única
questão que não se enquadra é a alternativa A.

Gabarito: A

16. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-CE, 2002, FCC).


São órgãos da Justiça Eleitoral.

A) os Juízes Eleitorais e os escrutinadores nomeados.

B) os Tribunais Regionais Eleitorais, as Juntas Eleitorais e as Mesas


Receptoras.

C) os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais.

D) o Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior Eleitoral e o Ministério


Público Eleitoral.

E) as Juntas Eleitorais, os Juízes Eleitorais e as Seções Eleitorais.

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COMENTÁRIOS: Esta é mais uma para reforçar quais são os órgãos que
compõe a Justiça Eleitoral, como vimos, de acordo com o art. 18, CF/88: “Art.
118. São órgãos da Justiça Eleitoral: I - o Tribunal Superior Eleitoral; II - os
Tribunais Regionais Eleitorais; III - os Juízes Eleitorais; IV – as Juntas
Eleitorais”, logo, a única questão que se enquadra é a alternativa C.

Gabarito: C

17. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-AP, 2006, FCC). O


Tribunal Superior Eleitoral elegerá o Corregedor Eleitoral, dentre os:

A) Desembargadores dos Tribunais Regionais Eleitorais.

B) Ministros do Superior Tribunal Federal.

C) Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

D) Membros do Conselho Nacional de Justiça.

E) Desembargadores dos Tribunais Regionais Federais.

COMENTÁRIOS: De acordo com o artigo 119 da CF/88, parágrafo único, o


Corregedor-Geral será escolhido entre um dos dois ministros do Superior
Tribunal de Justiça – STJ: “Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-
á, no mínimo, de sete membros, escolhidos: (...) Parágrafo único. O Tribunal
Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça”. Deste modo, a única alternativa que
resta é a C.

Gabarito: C

18. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-RR, 2015, FCC). Na


justiça Eleitoral:

A) cabe recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal de qualquer


decisão do Superior Tribunal Eleitoral.

B) a decisão que indefere registro de candidatura é irrecorrível.

C) não existe o recurso de agravo de instrumento.

D) não cabe recurso especial das decisões proferidas pelos Tribunais


Regionais Eleitorais.

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E) cabe recurso ordinário para o Tribunal Superior Eleitoral das decisões


dos Tribunais Regionais Eleitorais que denegarem mandado de
segurança.

Comentários: A alternativa A está errada pois, via de regra, as decisões do


TSE são irrecorríveis, exceto as que contrariarem a Constituição Federal e que
denegarem HC ou MS (Art. 121, §3° “São irrecorríveis as decisões do Tribunal
Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as
denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança”).

A alternativa B está errada pois a decisão que indefere registro de candidatura


no juízo de primeiro grau é recorrível ao TRE (art. 29, II, “a”, CE: “II – julgar
os recursos interpostos: a) dos atos e das decisões proferidas pelos juízes e
juntas eleitorais).

A alternativa C está errada pois o agravo de instrumento é possível de ser


usado, supletiva e subsidiariamente, em âmbito eleitoral, de acordo com o
artigo 15 do Novo Código de Processo Civil: “Art. 15. Na ausência de normas
que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as
disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente”.

A alternativa D está errado, pois caberá recurso especial das decisões


proferidas pelos TRE’s sempre que ferirem expressa disposição legal ou
quando houver divergência na interpretação da lei entre dois ou mais TRE’s
(Art. 276, I, CE: Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são
terminativas, salvo os casos seguintes em que cabe recurso para o Tribunal
Superior: I - especial: a) quando forem proferidas contra expressa disposição
de lei; b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou
mais tribunais eleitorais).

A alternativa E está correta pois se trata de letra de lei, CE: Art. 276. As
decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes
em que cabe recurso para o Tribunal Superior: II – ordinário (...) b) quando
denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.

Gabarito: E

19. (Procurador da República, PGR, 2008, PGR). A Justiça Eleitoral:

A) É organismo judiciário especializado em direito eleitoral, havendo


reserva de jurisdição em matéria eleitoral típica, cabendo-lhe julgar e
processar os litígios entre candidatos e os crimes de natureza eleitoral,
respeitando-se a competência por prerrogativa de função, fixada na
Constituição Federal.

B) Tem competência para administrar as eleições, desde o alistamento


{ inscrição, exclusão e transferência de eleitores) até a apuração

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eletrônica de votos, podendo requisitar servidores e responder consultas
sobre casos concretos, através do Tribunal Superior Eleitoral e dos
tribunais regionais.

C) Processa e julga o recurso contra a expedição de diploma, através do


TSE, nas eleições para Presidente e Vice da República; dos Tribunais
Regionais Eleitorais, para Governador e dos juizes eleitorais, para
Prefeito.
D) Se organiza em zonas eleitorais, as quais correspondem a cada
município integrante da Federação, e seções eleitorais com atribuições
administrativas.

Comentários: A alternativa A está certa.

A alternativa B está errada pois a justiça eleitoral tem competência durante


todo o processo eleitoral, que se inicia com o alistamento e vai até a
diplomação, e não apenas até a apuração eletrônica (há ainda, alguns
processos como a Ação de Impugnação de Mandado Eletivo – AIME que vai
além do período de diplomação

A alternativa C está errada pois, legalmente falando, não há previsão de RCED


para o cargo de presidente.

A alternativa D está errada pois as zonas eleitorais podem ou não ter a área
de um município, podendo haver zonas com vários municípios e um mesmo
município com várias zonas.

Gabarito: A

20. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-SP, 2006, FCC).


Quanto à Justiça Eleitoral, estabelece a Constituição Federal que:

A) resolução do Tribunal Superior Eleitoral, aprovada pela maioria simples


dos seus membros, disporá sobre a organização e competência dos
tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.

B) o Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de nove


membros.

C) os juízes eleitorais servirão por três anos, no mínimo, vedada a


recondução.

D) os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das


juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for
aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.

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E) são recorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as


concessivas de habeas corpus ou mandado de segurança.

Comentários: A alternativa A está errada pois, de acordo com o artigo 121 da


CF/88, cabe à Lei Complementar dispor sobre a organização e competência
dos tribunais. (Art. 121, caput, “Lei complementar disporá sobre a organização
e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais”).

A alternativa B está errada pois o Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no


mínimo, de SETE membros ("Art. 119.CF: O Tribunal Superior Eleitoral
compor-se-á, no mínimo, de sete membros").

A alternativa C está errada pois os juízes eleitorais servirão por DOIS anos,
sendo permitida a recondução por igual período (Art. 121, § 2º CF/88: “Os
juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos,
no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos”).

A alternativa D está correta e é a redação do art. 121, § 1º da CF/88.

A alternativa E está errada pois, via de regra, as decisões do TSE são


irrecorríveis, “salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias
de habeas corpus ou mandado de segurança” (art. 121, §3°, CF/88, parte
final).

Gabarito: D

21. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-RN, 2011, FCC). A


zona eleitoral corresponde:

A) À dimensão espacial dos Estados-membros ou à do Distrito Federal, em


se tratando de eleições estaduais ou distritais.

B) Ao menor núcleo de organização da Justiça Eleitoral, contendo, cada


uma, um número máximo de 400 (quatrocentos) eleitores.

C) À competência definida em relação aos juízes eleitorais.

D) À unidade previamente definida em lei complementar de iniciativa do


Tribunal Superior Eleitoral.

E) À uma organização que, na conformidade do artigo 36 do Código


Eleitoral, compreende a figura de um Juiz de Direito, seu Presidente, e 2
(dois) a 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade, com a função de
expedir os boletins de apuração.

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Comentários: A alternativa A está errada pois não há esta identidade entre a
dimensão espacial da Zona Eleitoral com a do Estado-membro, nem,
tampouco, com a do município.

A alternativa B está errada pois este conceito equivale à seção eleitoral.

A alternativa C está certa (art. 32, caput, CE: “Art. 32. Cabe a jurisdição de
cada uma das zonas eleitorais a um juiz de direito em efetivo exercício e, na
falta deste, ao seu substituto legal que goze das prerrogativas do Art. 95 da
Constituição”).

A alternativa D está errada pois, de acordo com o art. 23, inciso VIII, do
Código Eleitoral, compete privativamente ao Tribunal Superior Eleitoral
aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas
zonas. (art. 23, inc. VIII, CE: “Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao
Tribunal Superior, (...) VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas
eleitorais ou a criação de novas zonas;”).

A alternativa E está errada pois a Junta Eleitoral é formada por dois OU quatro
cidadãos de notória idoneidade e não de dois A quatro!!! Cuidado com
pegadinhas gramaticais! (Art. 36, caput, CE: “Art. 36. Compor-se-ão as juntas
eleitorais de um juiz de direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4
(quatro) cidadãos de notória idoneidade”).

22. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-CE, 2002, FCC).


Na composição dos Tribunais da Justiça Eleitoral, identifica-se, no âmbito:

A) dos Tribunais Regionais Eleitorais, a presença de três juristas de notável


saber jurídico e idoneidade moral.

B) do Tribunal Superior Eleitoral, a exigência de ser atribuída a função de


Corregedor Eleitoral a um Ministro do Supremo Tribunal Federal.

C) dos Tribunais Regionais Eleitorais, a necessidade de nomeação, pelo


Presidente da República, de dois juízes do Tribunal Regional Federal.

D) do Tribunal Superior Eleitoral, a necessidade de nomeação pelo


Presidente da República de três Ministros do Superior Tribunal de
Justiça.

E) do Tribunal Superior Eleitoral, a necessidade de eleição de três juízes


dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal.

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Comentários: A alternativa A está errada pois, na composição dos TRE’s há
dois juristas e não três (Art. 120, CF/88: “Art. 120. Haverá um Tribunal
Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. § 1º - Os
Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: (...) III - por nomeação, pelo
Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça”).

A alternativa B está errada pois a função de corregedor-geral cabe a um dos


dois ministros do STJ (Art. 119, parágrafo único: “Art. 119. O Tribunal
Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos: (...)
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-
Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor
Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça”).

A alternativa C está errada pois será nomeado apenas um juiz federal (Art.
120, §1°, inc. II, CF/88: “Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na
Capital de cada Estado e no Distrito Federal. § 1º - Os Tribunais Regionais
Eleitorais compor-se-ão: (...) II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com
sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz
federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal
respectivo;”).

A alternativa D está errada pois serão apenas DOIS ministros do STJ (Art.
119, I, alínea “b”, CF/88: “Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á,
no mínimo, de sete membros, escolhidos: I - mediante eleição, pelo voto
secreto: (...) b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de
Justiça;”).

A alternativa E está certa (Art. 119, I, alínea “a”, CF/88: Art. 119. O Tribunal
Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos: I -
mediante eleição, pelo voto secreto: a) três juízes dentre os Ministros do
Supremo Tribunal Federal;”).

Gabarito: E

23. (Juiz, TJ-PI, 2012, CESPE). Assinale a opção correta a respeito da


organização, da composição e das competências da justiça eleitoral.

A) É vedado ao corregedor geral eleitoral praticar, em correição em zona


eleitoral, atos atribuídos pelas instruções pertinentes aos corregedores
regionais.

B) É competência dos TREs a divisão das zonas em seções eleitorais.

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C) Compõem o TSE dois juízes nomeados pelo presidente da República,
escolhidos entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade
moral indicados pelo próprio tribunal

D) Compõem o TRE/PI dois juízes nomeados pelo presidente da República,


escolhidos entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade
moral indicados pelo próprio tribunal.

E) As decisões a respeito de recurso que importe a perda de diploma só


podem ser tomadas pelo TSE com a presença de todos os membros;
caso ocorra impedimento de algum, deverá ser convocado o substituto
ou o respectivo suplente.

Comentários: A alternativa A está errada pois, de acordo com a Resolução do


TSE nº 7.651/65, em seu artigo 3°, inc. V: “Art. 3º: Compete, ainda ao
Corregedor-geral: (...) V –praticar, quando em correição em zona eleitoral,
todos os atos que as presentes instruções atribuem à competência do
corregedor regional”.

A alternativa B está incorreta pois, segundo o artigo 35 do CE, “compete aos


juízes: - Dividir a zona em seções eleitorais” e não aos TRE’s.

A alternativa C está incorreta pois a indicação de advogados para o TSE é feita


pelo STF. O plenário organizará a lista sêxtupla dos advogados, de modo como
dispuser seu regimento interno (art. 16, II, CF/88: “Art. 16. Compõe-se o
Tribunal Superior Eleitoral: (...)II - por nomeação do Presidente da República,
de dois entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral,
indicados pelo Supremo Tribunal Federal”).

A alternativa D está incorreta porque a indicação dos advogados para o TRE é


feita pelo TJ, nos termos do art. 120, §1°, inc. III, CF/88: “Art. 120. Haverá
um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: (...) III - por
nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados
de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de
Justiça”).

A alternativa E está correta e corresponde ao artigo 19, parágrafo único do


CE: “Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos, em sessão
pública, com a presença da maioria de seus membros. Parágrafo único. As
decisões do Tribunal Superior, assim na interpretação do Código Eleitoral em
face da Constituição e cassação de registro de partidos políticos, como sobre
quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições ou perda de
diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros.
Se ocorrer impedimento de algum juiz, será convocado o substituto ou o
respectivo suplente”.

Gabarito: E

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24. (Assessor Jurídico Parlamentar, Câmara Municipal de


Governador Edson Lobão - MA, 2013, IMA). A respeito da organização e
funcionamento do Tribunal Superior Eleitoral, O Corregedor Eleitoral deste
tribunal, será eleito dentre os Ministros do:

A) Tribunal Regional Federal.

B) Tribunal Superior do Trabalho.

C) Tribunal Regional Eleitoral.

D) Superior Tribunal de Justiça.

Comentários: De acordo com o artigo 119, parágrafo único da CF/88: “Art.


119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros,
escolhidos: (...) Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu
Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal
Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de
Justiça”, logo, o Corregedor –Geral será um dos ministros do STJ, ou seja,
alternativa correta é a letra D.

Gabarito: D

25. (JUIZ, TJ-MG, 2008, EJEF, adaptado). Assinale a alternativa


CORRETA, considerando as assertivas fornecidas:

Nos crimes eleitorais, o Prefeito Municipal será julgado pelo:

A) Tribunal de Justiça.

B) Tribunal Regional Federal.

C) Tribunal Regional Eleitoral.

D) Juiz Eleitoral.

Comentários: De acordo com o artigo 29, I, alínea “d”, CE, cabe aos TRE’s
originariamente julgar crimes ELEITORAIS cometidos por juízes eleitorais. Esta
interpretação, combinada à do artigo 96, III da CF, permite o elastecimento
desta competência, também, aos prefeitos, membros do Ministério Público e
Deputados Estaduais. (Art. 29, I, “d”, CE: “Art. 29. Compete aos tribunais
regionais: I – processar e julgar originariamente: (...) d) os crimes eleitorais

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cometidos pelos juízes eleitorais; e Art. 96, III, CF/88: Art. 96. Compete
privativamente: III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do
Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos
crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral). Deste modo, a única alternativa cabível e correta é a C.

Gabarito: C

26. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-MS, 2013, CESPE).


Com relação aos órgãos da justiça eleitoral e suas atribuições e competências,
assinale a opção correta.
A) O Tribunal Superior Eleitoral, os tribunais regionais eleitorais e as zonas
eleitorais são órgãos da justiça eleitoral.

B) Os dois cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral que


compõem os tribunais regionais eleitorais devem ser, necessariamente,
advogados indicados pelo tribunal de justiça.

C) Compete prioritariamente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fixar as


datas para as eleições de presidente e vice-presidente da República,
senadores e deputados federais, no ano anterior ao término dos
respectivos mandatos.

D) As atribuições do corregedor-geral eleitoral são fixadas por lei ordinária.

E) Os tribunais regionais eleitorais compõem-se de dois juízes de direito


escolhidos pelo próprio tribunal.

Comentários: A alternativa A está errada, eis que ficaram faltando as juntas


eleitorais (Art. 118/CF/88: “Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral: I - o
Tribunal Superior Eleitoral; II - os Tribunais Regionais Eleitorais; III - os Juízes
Eleitorais; IV - as Juntas Eleitorais”.

A alternativa B está correta (Art. Art. 120. Haverá um Tribunal Regional


Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. § 1º - Os Tribunais
Regionais Eleitorais compor-se-ão: (...)III - por nomeação, pelo Presidente da
República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e
idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça).

A alternativa C está errada pois tais datas já são fixadas pela nossa
Constituição Federal (“Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da
República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro,
em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se
houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente”).

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A alternativa D está errada pois as atribuições do Corregedor Geral são
fixadas pelo TSE, em resolução (Art. 17/CE: “Art. 17. O Tribunal Superior
Eleitoral elegerá para seu presidente um dos ministros do Supremo Tribunal
Federal, cabendo ao outro a vice-presidência, e para Corregedor Geral da
Justiça Eleitoral um dos seus membros. § 1º As atribuições do Corregedor
Geral serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral”).

A alternativa E está errada pois os juízes de direito são escolhidos pelo


Tribunal de Justiça (Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital
de cada Estado e no Distrito Federal. § 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais
compor-se-ão: III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois
juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral,
indicados pelo Tribunal de Justiça).

Gabarito: B

27. (Auxiliar Judiciário, TJ-AM, 2013, FGV). A Justiça Eleitoral, como


parte integrante do Poder Judiciário, é composta por diversos órgãos. As
alternativas a seguir relacionam órgãos que compõem a Justiça Eleitoral, à
exceção de uma. Assinale-a.

A) Juízes Eleitorais.

B) Colégios Eleitorais.

C) Juntas Eleitorais.

D) Tribunais Regionais Eleitorais.

E) Tribunal Superior Eleitoral.

Comentários: De acordo com o art. 18, CF/88: “Art. 118. São órgãos da
Justiça Eleitoral: I - o Tribunal Superior Eleitoral; II - os Tribunais Regionais
Eleitorais; III - os Juízes Eleitorais; IV – as Juntas Eleitorais”, logo, a única
questão que não se enquadra é a alternativa B.

Gabarito: B

28. (Procurador, AL-GO, 2015, CS-UFG). A Justiça Eleitoral é o ramo do


Poder Judiciário criado em 1932, responsável por todos os trabalhos eleitorais
– do alistamento à proclamação dos eleitos. Nos termos de sua organização,
composição e competências, a

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A) Justiça Eleitoral desempenha, além da função jurisdicional, as funções
administrativa, normativa e consultiva.

B) Justiça Eleitoral não tem magistrados investidos de forma permanente


em sua jurisdição, que é exercida por juízes de direito designados pelo
período máximo de 2 (dois) anos.

C) Justiça Eleitoral é especializada em razão da matéria, motivo pelo qual o


STF e o STJ não detêm competência de julgamento em temática
eleitoral.

D) Junta Eleitoral é um órgão colegiado da Justiça Eleitoral de duração


permanente, com competência exclusiva e limitada para apuração das
eleições.

Comentários: A alternativa A está certa.

A alternativa B está errada pois, além de juízes de direito, desembargadores,


juízes federais, juristas e ministros compõe a Justiça Eleitoral em seus
tribunais. Ademais, se a Zona Eleitoral estiver em comarca de Vara única,
caberá indefinidamente àquele juiz a atribuição de magistrado eleitoral.

A alternativa C está errada pois o STF pode julgar causas eleitorais desde
tenham base de apoio constitucional.

A alternativa D está errada pois a Junta Eleitoral só tem duração durante o


período eleitoral e com competência para apreciar questões afetas à apuração.

Gabarito: A

29. (Advogado, Senado Federal, 2008, FGV). Havendo conexão entre


crime comum e outro eleitoral, a competência é do(a):

A) Justiça Comum.

B) Justiça Federal.

C) Justiça Militar.

D) Justiça Eleitoral.

E) Superior Tribunal de Justiça.

Comentários: Da leitura dos artigos 22, I e 35, II, ambos do CE, pode-se
asseverar que a competência para julgar os crimes eleitorais e os crimes
comuns que lhe forem conexos são da Justiça Eleitoral (CE art 22 Compete ao

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Tribunal superior: l-Processar e julgar originariamente: (...) d)Os crimes
eleitorais e os comuns que lhe forem conexos cometidos pelos seus próprios
Juízes e pelos Juízes dos Tribunais; Art 35 Compete aos Juízes: ll-Processar e
julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, ressalvada a
competência originária do Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais;).
Portanto, a única alternativa cabível é a D.

Gabarito: D

30. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-MG, 2013,


CONSULPLAN). Na organização interna dos Tribunais Regionais Eleitorais
atuam magistrados de diversas origens, sendo que um deles será eleito
Presidente do Tribunal. Consoante as normas constitucionais, tal cargo será
ocupado por

A) Juiz de Direito, eleito pelo Tribunal de Justiça.

B) Juiz Federal, por indicação do Tribunal Federal.

C) Ministro, oriundo do Superior Tribunal de Justiça.

D) Advogado, indicado pelo Presidente da República.

E) Desembargador, dentre os integrantes do Tribunal Eleitoral.

Comentários: Da leitura do artigo 120, §§1° e 2° da CF/88: “Art. 120. Haverá


um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: (...) § 2º - O Tribunal
Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os
desembargadores”, concluímos que somente a alternativa E está correta.

Gabarito: E

QUESTÕES

1. (JUIZ, TJMS, 2008, FGV, adaptada). Analise as afirmativas a seguir:

I. O princípio da imediaticidade do sufrágio é característica do sistema


eleitoral brasileiro.

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II. O sufrágio é universal, direito público subjetivo, que cabe a todos os
nacionais, sem restrições.

III. No sistema brasileiro inexiste exceção à regra do voto direto.

IV. O requisito de idade mínima, como condição de elegibilidade, deve estar


preenchido na data da posse e não na do registro, à exceção de alguns
cargos.

V. É cabível a oponibilidade de inelegibilidade de ordem constitucional até


no momento da diplomação.

Estão corretas as afirmativas:


(A) I, III e V.
(B) I, II, IV.
(C) I, IV e V.
(D) II, III e IV
(E) III, IV e V

2. (Técnico Judiciário – área administrativa, TRE-TO, 2017, CESPE).


De acordo com a CF, o sistema proporcional é utilizado para eleger:

A) deputados federais.
B) presidente da República.
C) senadores.
D) governadores.
E) prefeitos.

3. (Analista Técnico Legislativo, Câmara de Valinhos, 2017,


VUNESP). A Constituição Federal de 1988 prevê, em relação aos sistemas
eleitorais, que:
A) o sistema majoritário, pelo qual se calcula o quociente eleitoral, que é o
número de votos mínimo necessário para que um partido ou coligação
eleja um candidato, é adotado para a eleição de Vereadores e
Deputados Federais, Distritais e Estaduais.

B) o sistema proporcional de lista aberta, pelo qual o eleitor vota no


candidato ou partido de sua preferência, é adotado para as eleições de
Prefeito, Governador, Presidente da República e Senador da República.

C) o sistema majoritário, pelo qual está eleito o candidato que obtiver a


maioria dos votos apurados, independentemente da legenda partidária à

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qual estiver filiado, é adotado para a eleição de Prefeito, Governador,
Presidente da República e Senador da República.

D) o sistema majoritário de maioria absoluta, pelo qual está eleito o


candidato que obtiver mais da metade dos votos válidos, é adotado
para as eleições de Senador da República e para Prefeito de cidades
com população inferior a duzentos mil habitantes.

E) o sistema proporcional de lista fechada, pelo qual o eleitor somente


pode votar apenas em uma legenda partidária, sendo eleitos os
candidatos na ordem de inscrição partidária, foi recentemente
introduzido por emenda constitucional para a eleição de Vereadores e
Deputados Federais, Distritais e Estaduais.

4. (Técnico Judiciário - Administrativa, TRE-MT, 2015, CESPE). A


respeito dos sistemas eleitorais, assinale a opção correta.

A) Serão eleitos para o cargo de vereador os candidatos registrados por


um partido ou coligação, conforme quociente eleitoral, na ordem da
votação nominal que cada um tenha recebido.

B) Nas eleições municipais, o número de eleitores determina tanto a


realização de eleição de dois turnos no município quanto o número de
vagas para a composição da câmara de vereadores.

C) Os senadores devem ser eleitos pelo sistema proporcional para


mandatos de oito anos, havendo renovação dos membros da casa a
cada quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.

D) Para que um candidato ao cargo de presidente da República ou de


governador de estado seja eleito, deve obter a maioria absoluta dos
votos válidos nas eleições.
E) Os ocupantes de cargos eletivos das casas do Congresso Nacional são
eleitos pelo sistema proporcional, cuja finalidade é propiciar a
representatividade de algumas minorias.

5. (Técnico Judiciário, TRE-SC, 2009, MS CONCURSOS). Considerando


os sistemas eleitorais da eleição majoritária e da representação proporcional,
assinale a alternativa INCORRETA.

A) O quociente eleitoral corresponde ao número mínimo de votos que um


partido ou coligação deve obter para participar da distribuição das
vagas.
B) O quociente partidário corresponde à quantidade de vagas a ser
preenchida por cada partido ou coligação que tenha alcançado o
quociente eleitoral.

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C) As vagas não preenchidas com a aplicação do quociente partidário são


distribuídas pelo método da maior média.

D) Se nenhum partido ou coligação alcançar o quociente eleitoral, far-se-á


nova eleição.

6. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-RJ, Consulplan,


2017). Sobre o tratamento que a legislação brasileira dá aos Sistemas
Eleitorais, assinale a alternativa correta.

A) Os Senadores são eleitos pelo sistema majoritário em dois turnos.

B) Nos casos em que se aplica o sistema proporcional, vigora a lista


aberta.

C) Os membros do Congresso Nacional são eleitos pelo sistema


proporcional.

D) Adota-se, em relação aos Deputados Estaduais, o sistema distrital


misto, com lista fechada.

7. (Analista Judiciário - Administrativa, TRE-MA, 2015, IESES).


Sobre os sistemas eleitorais assinale a alternativa correta:

A) O sistema eleitoral proporcional parte da necessidade de calcular o


quociente eleitoral e o quociente partidário, é aplicado no direito
brasileiro nas eleições para cargos executivos e legislativos.

B) O sistema eleitoral majoritário determina que o vencedor das eleições


seja o candidato que tiver a maioria relativa dos votos válidos e que
consiga atingir o quociente partidário.

C) O sistema majoritário é caracterizado como aquele no qual o candidato


que obtiver a maioria dos votos será declarado vencedor, sendo que no
direito brasileiro este sistema se aplica as eleições para Presidente,
Senador, Governador e Prefeito.

D) O sistema eleitoral proporcional é aquele em que o candidato é


declarado vitorioso quando consegue atingir o quociente eleitoral, sendo
que as eleições para prefeito nas cidades com mais de 200 mil
habitantes são realizadas pelo sistema proporcional.

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8. (Analista Legislativo, Câmara dos Deputados, 2014, CESPE). A


respeito das relações entre os sistemas eleitorais e os sistemas partidários,
julgue o próximo item.

O voto proporcional tende a produzir sistemas partidários com mais de dois


partidos.

A) Certo

B) Errado

9. (Analista Administrativo - Ciência Política, ANTT, 2013, CESPE).


Com relação aos sistemas eleitorais majoritários e proporcionais, julgue o item
subsequente.

Os sistemas eleitorais proporcionais, com listas fechadas, caracterizam-se pelo


aumento da disciplina partidária e por orientar a escolha do eleitor mais pelo
partido do que pelo candidato.

A) Certo

B) Errado

10. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-MA, 2009, CESPE).


Considerando-se uma eleição para o Senado Federal na qual são disputadas
duas vagas, como as que ocorrerão em 2010, assinale a opção correta,
segundo a disciplina das leis eleitorais.

A) Os votos dos candidatos de cada partido ou coligação devem ser


somados para que se definam os eleitos.

B) Os eleitos devem ser definidos de acordo com o sistema eleitoral


proporcional adotado no Brasil.

C) Devem ser eleitos os dois candidatos do mesmo partido ou coligação do


candidato a governador que vencer as eleições.

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D) A eleição para o Senado Federal, nesse caso, combina o sistema
majoritário com o proporcional.

E) Devem ser eleitos os dois candidatos que receberem mais votos.

11. (Juiz Substituto, TJ-SC, 2017, FCC). O Código Eleitoral impede de


servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou
o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo
eletivo registrado na circunscrição. Esse impedimento alcança.

A) Do início da campanha eleitoral até a apuração final da eleição.

B) Apenas os feitos decorrentes do processo eleitoral em que seja


interessado o respectivo candidato ou o partido político em que está
filiado.

C) Do início da campanha eleitoral até a apuração final da eleição e os


feitos decorrentes do processo eleitoral em que seja interessado o
respectivo candidato.

D) Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e


os feitos decorrentes do processo eleitoral. 

E) Da homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final


da eleição.

12. (Analista Judiciário - Tecnologia da Informação, TSE, 2007,


CESPE). O TSE, em decisão tomada por maioria absoluta, indeferiu um
mandado de segurança impetrado contra ato do presidente do TRE-PE. Nesse
caso, com base na Constituição da República, a decisão do TSE é recorrível,
pois:

A) as decisões do TSE são recorríveis, exceto quando tomadas por maioria


qualificada de dois terços.

B) as decisões do TSE são recorríveis, exceto quando unânimes.

C) são recorríveis as decisões do TSE que indefiram recursos.

D) cabe recurso da denegação de mandado de segurança pelo TSE.

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13. (Delegado de Polícia, PC-PE, 2016, CESPE). No que se refere às
competências originária e privativa para processar e julgar ações junto aos
tribunais eleitorais e à competência dos juízes eleitorais e das juntas eleitorais,
assinale a opção correta.

A) Compete aos juízes eleitorais a expedição do diploma de candidatos


eleitos para ocupar cargos municipais.

B) Caberá ao presidente do tribunal regional eleitoral, em razão de sua


competência privativa, encaminhar à assembleia legislativa estadual
proposição de aumento do número de seus juízes eleitorais.

C) A competência originária para processar e julgar ação de cancelamento


do registro de candidatos a cargos eletivos será do TSE.

D) Em se tratando de disputa de competência para o julgamento de crime


eleitoral praticado na divisa de dois municípios, o conflito de jurisdição
será processado e julgado originariamente pelo TSE.

E) As competências das juntas eleitorais incluem a nomeação, em


audiência pública, nos respectivos prazos legais, dos membros das
mesas receptoras.

14. (Juiz, TJ-MS, 2010, FCC). A Justiça Eleitoral brasileira:

A) Tem a sua organização e a sua competência confiadas à lei ordinária.

B) Compreende apenas três espécies de órgãos: o Tribunal Superior


Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais e os juízes eleitorais.

C) Não comporta a redução ou a elevação do número de juízes dos


Tribunais Regionais Eleitorais.

D) Tem como Corregedor-Geral Eleitoral um Ministro do Supremo Tribunal


Federal.

E) Faz parte do Poder Judiciário da União.

15. (Técnico Administrativo, MPE-RJ, 2011, FUJB). NÃO é órgão da


Justiça eleitoral:

A) o Ministério Público Eleitoral;

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B) o Tribunal Superior Eleitoral;

C) a Junta Eleitoral;

D) o Juiz Eleitoral;

E) o Tribunal Regional Eleitoral.

16. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-CE, 2002, FCC).


São órgãos da Justiça Eleitoral.

A) os Juízes Eleitorais e os escrutinadores nomeados.

B) os Tribunais Regionais Eleitorais, as Juntas Eleitorais e as Mesas


Receptoras.

C) os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais.

D) o Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior Eleitoral e o Ministério


Público Eleitoral.

E) as Juntas Eleitorais, os Juízes Eleitorais e as Seções Eleitorais.

17. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-AP, 2006, FCC). O


Tribunal Superior Eleitoral elegerá o Corregedor Eleitoral, dentre os:

A) Desembargadores dos Tribunais Regionais Eleitorais.

B) Ministros do Superior Tribunal Federal.

C) Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

D) Membros do Conselho Nacional de Justiça.

E) Desembargadores dos Tribunais Regionais Federais.

18. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-RR, 2015, FCC).


Na justiça Eleitoral:

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A) cabe recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal de qualquer
decisão do Superior Tribunal Eleitoral.

B) a decisão que indefere registro de candidatura é irrecorrível.

C) não existe o recurso de agravo de instrumento.

D) não cabe recurso especial das decisões proferidas pelos Tribunais


Regionais Eleitorais.

E) cabe recurso ordinário para o Tribunal Superior Eleitoral das decisões


dos Tribunais Regionais Eleitorais que denegarem mandado de
segurança.

19. (Procurador da República, PGR, 2008, PGR). A Justiça Eleitoral:

A) É organismo judiciário especializado em direito eleitoral, havendo


reserva de jurisdição em matéria eleitoral típica, cabendo-lhe julgar e
processar os litígios entre candidatos e os crimes de natureza eleitoral,
respeitando-se a competência por prerrogativa de função, fixada na
Constituição Federal.

B) Tem competência para administrar as eleições, desde o alistamento


{ inscrição, exclusão e transferência de eleitores) até a apuração
eletrônica de votos, podendo requisitar servidores e responder consultas
sobre casos concretos, através do Tribunal Superior Eleitoral e dos
tribunais regionais.

C) Processa e julga o recurso contra a expedição de diploma, através do


TSE, nas eleições para Presidente e Vice da República; dos Tribunais
Regionais Eleitorais, para Governador e dos juizes eleitorais, para
Prefeito.
D) Se organiza em zonas eleitorais, as quais correspondem a cada
município integrante da Federação, e seções eleitorais com atribuições
administrativas.

20. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-SP, 2006, FCC).


Quanto à Justiça Eleitoral, estabelece a Constituição Federal que:

A) resolução do Tribunal Superior Eleitoral, aprovada pela maioria simples


dos seus membros, disporá sobre a organização e competência dos
tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.

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B) o Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de nove
membros.

C) os juízes eleitorais servirão por três anos, no mínimo, vedada a


recondução.

D) os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das


juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for
aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.

E) são recorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as


concessivas de habeas corpus ou mandado de segurança.

21. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-RN, 2011, FCC). A


zona eleitoral corresponde:

A) À dimensão espacial dos Estados-membros ou à do Distrito Federal, em


se tratando de eleições estaduais ou distritais.

B) Ao menor núcleo de organização da Justiça Eleitoral, contendo, cada


uma, um número máximo de 400 (quatrocentos) eleitores.

C) À competência definida em relação aos juízes eleitorais.

D) À unidade previamente definida em lei complementar de iniciativa do


Tribunal Superior Eleitoral.

E) À uma organização que, na conformidade do artigo 36 do Código


Eleitoral, compreende a figura de um Juiz de Direito, seu Presidente, e 2
(dois) a 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade, com a função de
expedir os boletins de apuração.

22. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-CE, 2002, FCC).


Na composição dos Tribunais da Justiça Eleitoral, identifica-se, no âmbito:

A) dos Tribunais Regionais Eleitorais, a presença de três juristas de notável


saber jurídico e idoneidade moral.

B) do Tribunal Superior Eleitoral, a exigência de ser atribuída a função de


Corregedor Eleitoral a um Ministro do Supremo Tribunal Federal.

C) dos Tribunais Regionais Eleitorais, a necessidade de nomeação, pelo


Presidente da República, de dois juízes do Tribunal Regional Federal.

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D) do Tribunal Superior Eleitoral, a necessidade de nomeação pelo
Presidente da República de três Ministros do Superior Tribunal de
Justiça.

E) do Tribunal Superior Eleitoral, a necessidade de eleição de três juízes


dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal.

23. (Juiz, TJ-PI, 2012, CESPE). Assinale a opção correta a respeito da


organização, da composição e das competências da justiça eleitoral.

A) É vedado ao corregedor geral eleitoral praticar, em correição em zona


eleitoral, atos atribuídos pelas instruções pertinentes aos corregedores
regionais.

B) É competência dos TREs a divisão das zonas em seções eleitorais.

C) Compõem o TSE dois juízes nomeados pelo presidente da República,


escolhidos entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade
moral indicados pelo próprio tribunal

D) Compõem o TRE/PI dois juízes nomeados pelo presidente da República,


escolhidos entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade
moral indicados pelo próprio tribunal.

E) As decisões a respeito de recurso que importe a perda de diploma só


podem ser tomadas pelo TSE com a presença de todos os membros;
caso ocorra impedimento de algum, deverá ser convocado o substituto
ou o respectivo suplente.

24. (Assessor Jurídico Parlamentar, Câmara Municipal de


Governador Edson Lobão - MA, 2013, IMA). A respeito da organização e
funcionamento do Tribunal Superior Eleitoral, O Corregedor Eleitoral deste
tribunal, será eleito dentre os Ministros do:

F) Tribunal Regional Federal.

G) Tribunal Superior do Trabalho.

H) Tribunal Regional Eleitoral.

I) Superior Tribunal de Justiça.

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25. (JUIZ, TJ-MG, 2008, EJEF, adaptado). Assinale a alternativa


CORRETA, considerando as assertivas fornecidas:

Nos crimes eleitorais, o Prefeito Municipal será julgado pelo:

A) Tribunal de Justiça.

B) Tribunal Regional Federal.

C) Tribunal Regional Eleitoral.

D) Juiz Eleitoral.

26. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-MS, 2013, CESPE).


Com relação aos órgãos da justiça eleitoral e suas atribuições e competências,
assinale a opção correta.

A) O Tribunal Superior Eleitoral, os tribunais regionais eleitorais e as zonas


eleitorais são órgãos da justiça eleitoral.

B) Os dois cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral que


compõem os tribunais regionais eleitorais devem ser, necessariamente,
advogados indicados pelo tribunal de justiça.

C) Compete prioritariamente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fixar as


datas para as eleições de presidente e vice-presidente da República,
senadores e deputados federais, no ano anterior ao término dos
respectivos mandatos.

D) As atribuições do corregedor-geral eleitoral são fixadas por lei ordinária.

E) Os tribunais regionais eleitorais compõem-se de dois juízes de direito


escolhidos pelo próprio tribunal.

27. (Auxiliar Judiciário, TJ-AM, 2013, FGV). A Justiça Eleitoral, como


parte integrante do Poder Judiciário, é composta por diversos órgãos. As
alternativas a seguir relacionam órgãos que compõem a Justiça Eleitoral, à
exceção de uma. Assinale-a.

A) Juízes Eleitorais.

B) Colégios Eleitorais.

C) Juntas Eleitorais.

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D) Tribunais Regionais Eleitorais.

E) Tribunal Superior Eleitoral.

28. (Procurador, AL-GO, 2015, CS-UFG). A Justiça Eleitoral é o ramo do


Poder Judiciário criado em 1932, responsável por todos os trabalhos eleitorais
– do alistamento à proclamação dos eleitos. Nos termos de sua organização,
composição e competências, a:

A) Justiça Eleitoral desempenha, além da função jurisdicional, as funções


administrativa, normativa e consultiva.

B) Justiça Eleitoral não tem magistrados investidos de forma permanente


em sua jurisdição, que é exercida por juízes de direito designados pelo
período máximo de 2 (dois) anos.

C) Justiça Eleitoral é especializada em razão da matéria, motivo pelo qual o


STF e o STJ não detêm competência de julgamento em temática
eleitoral.

D) Junta Eleitoral é um órgão colegiado da Justiça Eleitoral de duração


permanente, com competência exclusiva e limitada para apuração das
eleições.

29. (Advogado, Senado Federal, 2008, FGV). Havendo conexão entre


crime comum e outro eleitoral, a competência é do(a):

A) Justiça Comum.

B) Justiça Federal.

C) Justiça Militar.

D) Justiça Eleitoral.

E) Superior Tribunal de Justiça.

30. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-MG, 2013,


CONSULPLAN). Na organização interna dos Tribunais Regionais Eleitorais

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Presidente do Tribunal. Consoante as normas constitucionais, tal cargo será
ocupado por:

A) Juiz de Direito, eleito pelo Tribunal de Justiça.

B) Juiz Federal, por indicação do Tribunal Federal.

C) Ministro, oriundo do Superior Tribunal de Justiça.

D) Advogado, indicado pelo Presidente da República.

E) Desembargador, dentre os integrantes do Tribunal Eleitoral.

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GABARITO

1 16
2 17
3 18
4 19
5 20
6 21
7 22
8 23
9 24
10 25
11 26
12 27
13 28
14 29
15 30

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

ALMEIDA NETO, Manoel Carlos. Direito Eleitoral Regulador. 1ª ed. São


Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.

BAHIA, Flávia. Descomplicando Direito Constitucional. 3ª edição, Recife:


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BARREIROS NETO, Jaime. Direito Eleitoral. 8ª ed. revista e atualizada,


Salvador: Juspodivm, 2018.

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_____, Código Eleitoral. Sítio do Planalto. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4737.htm>. Acesso em Acesso
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DIDIER, Fred. Curso de Direito Processual Civil: introdução ao direito


processual civil, parte geral e processo de conhecimento I. 17ª edição.
Salvador: Ed. Jus Podivm, 2015.
FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 7ª
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ESMERALDO, Elmana Viana Lucena. Processo Eleitoral: sistematização


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REIS, Márlon; SAMPAIO JUNIOR, José Herval e MATEUS, Laudo Natel.


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ZILIO, Rodrigo López. Direito Eleitoral. 5ª ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico,
2016.

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