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MCI – Segunda Parte

Profa. Ellen Oliveira


Ciclos Operativos

¤  Ciclo operativo de um motor é a sucessão das


operações repetidas com leis periódicas que o fluido
realiza no cilindro. Os ciclos operativos dividem-se:
quanto ao tempo e quanto ao tipo de ciclo.
Entendendo a classificação quanto
ao tempo :

¤  Os motores também podem ser classificados como de


quatro tempos ou dois tempos. Durante seu
funcionamento, um motor continuamente admite uma
quantidade de ar e combustível, comprime e queima a
mistura e a deixa expandir antes de expulsá-la do
cilindro. Quando este ciclo é feito ao tempo em que o
pistão executa quatro movimentos, dois para cima e
dois para baixo, o motor é chamado de quatro tempos.
Quando o pistão realiza somente dois movimentos
durante o ciclo, um para cima e um para baixo, o motor
é chamado de dois tempos
Então… em resumo, um motor :

¤  a) Quatro tempos, é quando o ciclo se realiza em quatro


deslocamentos completos do pistão, isto é, em duas
vindas e idas do PMI ao PMS.

¤  b) Dois tempos, é quando o ciclo se realiza em dois


deslocamentos completos do pistão, isto é, em uma ida
e vinda do PMI ao PMS.
Quanto ao tipo do ciclo :

¤  Ciclo OTTO

¤  Ciclo Diesel


Ciclo OTTO

¤  O primeiro motor operando no ciclo OTTO foi fabricado


em 1862 por um alemão chamado OTTO, daí o nome.

¤  Os princípios para sua construção foram baseados nas


teorias enunciadas por BEAU DE ROCHAS, de que a
combustão se processa a volume constante. A principal
característica dos motores do ciclo OTTO é que a
ignição do combustível é feita por intermédio de uma
centelha elétrica.
Ciclo Otto
Ciclo Diesel

¤  Como o ciclo Nikolaus OTTO, os motores DIESEL


receberam o nome do seu idealizador. O primeiro motor
operando neste ciclo foi fabricado em 1892 por
RUDOLPH DIESEL. A principal característica destes
motores é que: a ignição do combustível é feita por
intermédio da compressão.
Ciclo Diesel
Motores do ciclo OTTO a quatro
tempos (Artigo disponível em
http://www.overcar.com.br/o-motor-ciclo-otto/ .
Acesso em Fevereiro de 2013)

¤  Quando inicia a admissão, a válvula de admissão está


aberta (válvula esq. representada em azul) e o
movimento do pistão aspira a mistura de ar e
combustível, num movimento de descida até o PMI.
Motores do ciclo OTTO a quatro
tempos :
¤  Ao atingir a posição mais inferior (PMI - ponto morto
inferior), a válvula de admissão é fechada, e o pistão inicia
o movimento de subida (figura mais a esquerda),
comprimindo a mistura. Até atingir o máximo de
compressão, no ponto mais superior do curso - PMS.
Motores do ciclo OTTO a quatro
tempos :
¤  Ao atingir a posição superior (PMS - ponto morto superior),
uma centelha na vela é produzida (figura mais a esquerda),
provocando a ignição da mistura, e a combustão.O
fornecimento de calor eleva a pressão da mistura que se
expande forçando o pistão para baixo (figura central),
provocando o movimento de descida do pistão, até o ponto
mais inferior.
Motores do ciclo OTTO a quatro
tempos :

¤  Ao atingir o ponto morto inferior, a válvula de escape é aberta (figura


esquerda), reduzindo rapidamente a pressão do gás, agora num
movimento de subida do pistão, liberando a maior parte dos gases
da combustão, e o ciclo é reiniciado ao atingir o ponto morto
superior (figura direita).Dessa forma, ilustramos o princípio de
funcionamento utilizado em motores Ciclo Otto 4 tempos. Existem
também ciclos com 2 tempos utilizados em motocicletas, aviões e
aplicações diversas.
Visualizando o que estudamos
anteriormente!
Motores do ciclo DIESEL a quatro
tempos
¤  Aspiração : Na fase de aspiração o pistão se desloca do PMS
ao PMI, aspirando apenas ar através da válvula de aspiração
que neste momento se encontra aberta.
Motores do ciclo DIESEL a quatro
tempos
¤  Compressão : Nesta fase o pistão se desloca do PMI ao PMS,
comprimindo o ar, com as válvulas fechadas. O ar quando
sujeito a esta compressão sofre um aumento de temperatura
que será, tanto maior, quanto maior for a percentagem
comprimida (taxa de compressão).
Motores do ciclo DIESEL a quatro
tempos
¤  Combustão:Um pouco antes do pistão atingir o PMS, o ar
atinge uma pressão de 30 a 45 kg/cm2 e uma
temperatura de 700 celsius.

¤  Por meio do injetor, o combustível é fortemente


comprimido e pulverizado para o interior da câmara.

¤  Este combustível ao encontrar o ar, que se encontra na


pressão e temperatura supracitada incendeia
espontaneamente, empurrando energicamente, o
pistão verso ao PMI.
Motores do ciclo DIESEL a quatro
tempos
¤  Descarga: Um pouco antes do pistão atingir o PMI, de onde
iniciará o quarto tempo, a válvula de descarga se abre,
permitindo a saída de uma parte dos gases de combustão
que se encontram em alta pressão. Ao deslocar para o PMS o
pistão expulsa o restante dos gases.
revisão
Motores a Dois Tempos
¤ Normalmente, um motor a 2 tempos
não usa o cárter como depósito de
óleo. A lubrificação obtém-se
adicionando 5% de óleo
directamente à gasolina durante o
abastecimento. Quando se dá a
explosão da mistura gasosa, o óleo
contido no combustível é projetado
em todas a direções do cilindro,
permitindo depois a lubrificação do
êmbolo e restantes partes móveis.
Motores a 2 tempos Ciclo OTTO
¤  O motor possui duas janelas para comunicar com o exterior e
uma entre o cilindro e o cárter como podemos verificar
abaixo:

JANELA DE ADMISSÃO, JANELA DE ESCAPE E JANELA DE COMUNICAÇÃO


Motores a 2 tempos Ciclo OTTO
¤  1 ° TEMPO: Admitindo que o motor já esteja em
funcionamento, o pitsão sobre comprimindo a mistura no
cilindro e produzindo uma rarefação no cárter. Aproximando-
se do PMS, dá-se ignição e combustão da mistura. Ao mesmo
tempo há admissão de mistura nova no cárter, devido a
rarefação que se formou durante a subida do pistão.
Motores a 2 tempos Ciclo OTTO
¤  2° TEMPO: Nesse tempo, os gases da combustão da
combustão se expandem, fazendo o pistão descer até o PMI.
O pistão neste trajéto abre a janela de exaustão, permitindo a
saída dos gases. A seguir abre a janela de transferência e a
mistura do cárte comprimida invade o cilindro, expulsando os
gases queimados.
MOTOR 2 TEMPO CICLO OTTO
Visualizando o que estudamos!
Desvantagem
¤ Os motores dois tempos são populares em razão de
seu baixo peso, baixo custo, alta potência e
respostas rápidas de aceleração. Mas eles
possuem uma característica que lhes vale a pecha
de "motores sujos": eles exigem a presença de óleo
misturado na gasolina para sua lubrificação interna.
Durante sua operação, as válvulas de admissão e
exaustão ficam momentaneamente abertas ao
mesmo tempo, permitindo que um parte do jato de
óleo e combustível que entra no cilindro saia
diretamente para o cano de escapamento. Essa é a
razão do alto consumo de combustível e da
"fumaceira" característica desses motores. Entre 25
e 35 por cento do combustível que entra num motor
dois tempos sai sem se queimar
Motores de 2 tempos DIESEL
¤  Primeiro Tempo (aspiração/ compressão):Quando o pistão
está no alto de seu curso, o cilindro contém uma carga de ar
altamente comprimido.
Motores de 2 tempos DIESEL
¤  Segundo Tempo (Combustão/ descarga):O combustível diesel
é pulverizado no cilindro pelo injetor e inflama-se
imediatamente devido ao calor e à pressão dentro do
cilindro.

¤  A pressão criada pela combustão do combustível empurra o


pistão para baixo. Este é o ciclo de potência.

¤  Quando o pistão se aproxima do fim de seu curso, todas as


válvulas de escapamento se abrem. Os gases queimados são
expelidos rapidamente do cilindro, aliviando a pressão.

¤ 
Motores de 2 tempos DIESEL
¤  Primeiro Tempo (aspiração/ compressão) : Primeiro As
válvulas de escapamento se fecham e o pistão começa a
voltar a subir, fechando as janelas de admissão e
comprimindo a carga de ar fresco. Este é o ciclo de
compressão.

¤   Quando o pistão se aproxima do topo do cilindro, o ciclo se


repete a partir do primeiro passo.
RESUMO
Classificação em relação a disposição
dos cilindros
¤ A disposição dos cilindros no motor
pode ser :
¤ Em linha;
¤  Em “V”
¤  Opostos.

¤ Para melhor entendimento: http://


carros.hsw.uol.com.br/motores-de-
carros1.htm
Motores com cilindros em linha
¤  Estes têm seus cilindros dispostos verticalmente um atrás do
outro. Uma grande vantagem que facilita a fundição do
bloco e do motor e acesso para manutenção dos
componentes do motor.
Motores com cilindros em “V”
¤  Observou-se que um motor com 8 ou mais cilinhos em
linha, surgiam vibrações que poderiam provocar trincas no
virabrequim. Diante disto, adotou-se a disposição en “V”
que fez com o girabrequim ficasse mais curto.

¤  É uma disposição muito mais difícil de fundir o bloco no


motor e dificulta a manutenção.
Motores com cilindros em “V”
Motores com cilindros opostos
¤  Nos motores em cilindros opostos, os pistões 1 e 2 estão com
suas bielas unidas ao mesmo mancal do virabrequim, e se
quando um se aproxima, o outro se afasta ao mesmo tempo
do centro de giro do virabrequim. Com isto, equilibram-se
mutuamente. Assim, consegue-se uma completa
regularidade de funcionamento do motor com poucas
pancadas e vibrações.

¤  Contudo, essas disposição dos cilindros torna difícil a


fabricação de blocos do motor e o acesso a manutenção.
Motores de vários cilindros
¤  A potência de um motor depende da quantidade de gases
de combustão que existe em cada cilindro, e estes
dependem da qtde. de combustível e ar. Para se alcançar
altas potências necessârias, se precisaria de um cilindro
muito grande, para um motor de 1 só cilindro.

¤  Por isso, se utilizam motores de vários cilindros!


Funcionamento dos motores de
cilindros múltiplos
¤  Os motores de cilindros múltiplos apresentam sempre
ordem de ignição. A ordem de ignição é a seqüência
de expansões que ocorrem nos cilindros do motor. Tem
como objetivo o equilíbrio térmico e dinâmico do
motor. O equilíbrio térmico evita que ocorra uma
concentração de calor em determinada parte do
motor. O equilíbrio dinâmico diminui as vibrações
decorrentes das forças das expansões sobre a árvore
de manivelas (virabrequim). A disposição das manivelas
no eixo depende do número de cilindros, da forma de
realização do ciclo: se 2 tempos ou 4 tempos, e da
disposição dos cilindros: se em linha ou vertical,
horizontal ou em V.
Sequência dos tempos de combustão

¤  É muito importante conhecer a sequência dos tempos ou


curso de combustão de cada motor, pois este
conhecimento será útil na montagem dos dutos que levam o
óleo Diesel da bomba injetora até os bicos injetores situados
nos cilindros.
Motor de 4 cilindros
¤  O virabrequim do motor de 4 cilindros tem a forma da letra
“W”, para se obter um maior equilíbrio das peças móveis.

¤  Os cilindros se numeram de frente para trás, quando os


pistões dos cilindros 1 e 4 estão nos Pontos Mortos Superiores,
os de número 2 e 3 se encontram no PMI, e na meia volta
seguinte do girabrequim ocorrerá o inverso.

¤  A sequência em que ocorre o tempo de combustão em


cada cilindro geralmente é 1-3-4-2 , mais raramente é
1-2-4-3.
Motor de 4 cilindros
Motores de 6 cilindros
¤  No motor de 6 cilindros ocorrem 6 combustões para cada 2
voltas, o que faz com que tenha um funcionamento mais
uniforme, e mais silencioso do que o motor de 4 cilindros.

¤  O virabrequim é feito de forma que os pistões se movem aos


pares, 1-6 , 2-5 , 3-4 . Cada munhão do virabrequim está
disposto a um terço de volta do munhão vizinho. A sequência
de combustão é 1-5-3 --- 6-2-4.
Motores de 8 cilindros
¤  A sequência de combustão será 1-5-4-2-6-3-7-8 , por
exemplo. Geralmente, pode-se ler esta sequência gravada
no bloco de cilindros do motor.
Aprenda mais!
Inglês técnico

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