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FISIOTERAPÊUTICAS NO
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
3-4
5-7
8-54
55-87
88-128
APRESENTAÇÃO
Neste ano o mundo foi assolado por uma pandemia, que modificou as
nossas vidas e colocou em evidência o trabalho realizado pelos
fisioterapeutas nas UTIs brasileiras. Respirar deixou de ser um ato
simples, e passou a ser responsabilidade de aparelhos e de
profissionais com a expertise necessária. A COVID-19 reforçou o que,
em 2010, a ANVISA já evidenciava: fisioterapeutas são essenciais nas
unidades de tratamento intensivo.
3
Por meio da Portaria n° 155, publicada em março deste ano, foi criada
a Comissão Nacional de Teleconsultoria do Sistema COFFITO/CREFITOs,
que, além de ofertar atendimentos, elaborou conteúdos para subsidiar
os fisioterapeutas brasileiros. A seguir, o profissional poderá encontrar
informações referentes aos protocolos e diretrizes clínicas para o
atendimento em unidades de tratamento intensivo a pacientes adultos,
pediátricos e recém-nascidos, com ou sem suporte ventilatório.
Boa leitura!
Dr. Roberto Mattar Cepeda
Presidente do COFFITO
4
Protocolos Clínicos e Diretrizes Fisioterapêuticas (PCDF)
nos Distúrbios Cinético-Funcionais Decorrentes da COVID-19
5
cial para nortear o profissional fisioterapeuta diante de situações clínicas incer-
tas, nesse cenário de pandemia.
A elaboração e definição dos temas dos PCDF seguiram etapas de elaboração,
a partir das seguintes perguntas norteadoras:
6
1 Assistencial:
(I) PCDF no adulto com e sem oxigenoterapia e ventilação mecânica
(II) PCDF na criança com e sem oxigenoterapia e ventilação mecânica
(III) PCDF no recém-nascido com e sem oxigenoterapia e ventilação
mecânica
7
(I)
PROTOCOLOS CLÍNICOS
E DIRETRIZES
FISIOTERAPÊUTICAS – PCDF NO
ADULTO SUSPEITO OU
PORTADOR DE COVID-19
8
(I) PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES FISIOTERAPÊUTICAS –
PCDF NO ADULTO SUSPEITO OU PORTADOR DE COVID-19
1 Considerações iniciais:
9
de função cardiovascular, respiratória, locomotora, bem como as
limitações para realização das transferências e locomoção. Abaixo uma
síntese dos potenciais candidatos ao acompanhamento com a adaptação
das recomendações de Fisioterapia no ambiente hospitalar do estudo de
Thomas et al. (2020)3:
10
As intervenções fisioterapêuticas devem ser realizadas
apenas quando houver indicadores clínicos, para que a
exposição da equipe a pacientes com COVID-19 seja
minimizada. A revisão desnecessária de pacientes com
COVID-19 dentro de sua sala seu leito/áreas de isolamento
também terá um impacto negativo nos suprimentos de
EPI.
11
Quem deve prestar a atenção fisioterapêutica e quais são os cuidados
básicos?
12
Utilize os Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs)
recomendados.
13
Nos pacientes que apresentem sp02 abaixo de 93%,
deverá ser utilizado oxigênio via cateter nasal até 6L/min
sem umidificação ou máscara reservatório sem reinalação,
para garantir uma Sp02>96% e FR<24 ipm5.
14
3 PCDF no Adulto em Ventilação Não Invasiva (VNI) e Cânula Nasal
de Alto Fluxo (CNAF))
15
Em relação à Cânula Nasal de Alto Fluxo, esta pode até ser mais
efetiva do que a VNI para tratamento da IRpA hipoxêmica, porém
deve-se ter alguns pré-requisitos8:
Outras orientações para uso são que a cânula seja adequada para o
tamanho das narinas do paciente, bem como que o paciente
mantenha a boca fechada para que não haja escape de ar. É
importante também que não se postergue a intubação orotraqueal,
caso não haja resposta entre um tempo de 30 minutos a no
máximo 1 hora.
16
Em caso de resposta satisfatória após 1 hora, reduzir Fi02 de
forma gradativa para 30%, desde que spO2 entre 93-97%,
mantendo oferta de fluxo inicial por 24 horas.
ATENÇÃO
17
Em relação à utilização de dispositivos tipo “câmara, tendas e boxes” para uso
com a VNI convencional com aparelhos de BIPAP e CPAP, O COFFITO apoia e
compreende como prudente o posicionamento das entidades representativas
da especialidade, como a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA
CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA –
ASSOBRAFIR, e das demais entidades, como a ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA
INTENSIVA BRASILEIRA – AMIB, a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MEDICINA DE
EMERGÊNCIA – ABRAMEDE e a SOCIEDADE BRASILEIRA PARA A QUALIDADE
DO CUIDADO E SEGURANÇA DO PACIENTE – SOBRASP, as quais relatam em
seu parecer9:
18
4 PCDF no Adulto em Ventilação Pulmonar Mecânica Invasiva (VPMI):
19
OPÇÕES E SUPORTE
PERÍODO OBJETIVO JUSTIFICATIVA
RESPIRATÓRIO
Minimizar PEEP, FR e
Vt;
Considerar ECMO.
20
OPÇÕES E SUPORTE
PERÍODO OBJETIVO JUSTIFICATIVA
RESPIRATÓRIO
Fazer transição de
forma cautelosa; Esforços
Impedir retorno
espontâneos
para pior estado
Impedir mudanças fortes elevam
Fase Desmame prévio do pulmão
bruscas; demanda de
causado pela VILI
oxigênio, aumenta
e edema
TRE somente na fase edema e promove
pulmonar.
final do desmame. lesão autoinflingida.
21
Volume corrente alvo: volume corrente ajustado em 6
ml/Kg ou inferior nos pacientes tipo 2. No tipo 1, é possível
tolerar 7 a 9 ml/Kg, caso haja hipercapnia, caso a Driving
Pressure esteja inferior a 15 cm H20.
22
Tolerância à hipercapnia permissiva
23
Uma consideração importante é a de que, quando existe o
filtro HMEF, o qual possui, além da capacidade de
umidificação, a capacidade de filtração > 99,9%, não existe
a necessidade de uso do HME e nem do HEPA5,15.
24
5 PCDF para Posição prona no Adulto:
Pacientes em VM
25
Figura 1 – Fluxograma de protocolo para posição prona. Adaptado de Oliveira e cols18.
Estas informações foram compiladas em recente documento publicado pela
ASSOBRAFIR19.
26
Pacientes em ventilação espontânea
27
6 PCDF para Intervenções Fisioterapêuticas a serem utilizadas e
aquelas que devem ser realizadas com cautela no Adulto:
28
Os seguintes recursos e técnicas devem ser utilizados com
cautela pelo fisioterapeuta devido à geração de gotículas e
aerossóis:
29
Recomenda-se que a aspiração das vias aéreas
fisiológicas ou artificiais, quando indicada e
necessária, seja com os devidos critérios observados
na avaliação e diagnóstico fisioterapêutico, já que
esta conduta apresenta riscos não só de lesão de via
aérea, hipoxemia, arritmias, bem como de
contaminação dos profissionais. Deve-se buscar
preferencialmente formas fisiológicas para
depuração da secreção quando possível. Dentre os
critérios para indicar a aspiração das vias aéreas estão
a identificação da presença de secreção associada a
alterações de oxigenação e/ou aumento do trabalho
muscular respiratório e/ou alterações da mecânica
respiratória.
30
Observação: Importante ressaltar a necessidade de
equipamentos de proteção individual que protejam contra
aerossóis (p. ex., máscara N95 e óculos de proteção) sempre que
forem ser realizados procedimentos que possam gerar aerossóis.
Mobilização/Recuperação funcional
31
A recomendação é que as estratégias de mobilização
e exercícios terapêuticos deverão ser instituídas,
sempre que houver viabilidade clínica e recursos
humanos e técnicos disponíveis, através de um
protocolo sistemático de mobilização, e/ou exercícios
terapêuticos precoces, aplicado ao paciente com
COVID-1923.
32
Fase 4–Paciente contactante, com
Fase 3 – Paciente contactante
bom desempenho sentado e FM
e sem drogas vasoativas:
de quadríceps > 3:
33
Devem-se evitar exercícios com intensidade acima de
3 METs ou que induzam à sensação de dispneia maior
que 3 na escala de Borg, como cicloergometria com
carga acima de 50 W, caminhada acima de 4 Km/h
em superfície plana etc. Sugere-se cautela ao realizar
exercícios em pacientes com tempo de diagnóstico
de COVID-19 ≤ 7 dias e/ou tempo entre o início dos
sintomas e o surgimento de dispneia leve ≤ 3 dias,
mesmo em pacientes com doença leve, pois esses
pacientes apresentam chance de evolução rápida
para estados mais graves Os pacientes devem ser
encorajados a manterem-se apenas funcionais,
realizando exercícios simples ou de atividade de vida
diária para evitar gastar muito tempo do dia em
atividades e posturas sedentárias.
34
Outras estratégias: assim como para o exercício físico,
técnicas como treinamento muscular respiratório e
espirometria de incentivo, que podem demandar
maior gasto energético, caso sejam utilizadas, devem
ter adequado controle de intensidade.
35
Nesses pacientes, a longa permanência na UTI,
principalmente quando combinada a ventilação mecânica
prolongada, impacta significativamente na função
pulmonar, física (incluindo perda de massa e função
muscular, neuropatia e/ou miopatia, fraqueza muscular
adquirida na UTI) e no bem-estar emocional, podendo
prolongar-se por até 5 anos após a alta hospitalar25.
37
A seguir algumas avaliações realizadas e os respectivos
instrumentos utilizados:
.
38
Os seguintes recursos e técnicas devem ser utilizados com
cautela ou evitados pelo fisioterapeuta devido ao potencial
risco de dano pulmonar:
39
Os seguintes critérios devem ser observados para o paciente ser um
candidato à realização de um TRE:
Estabilidade hemodinâmica;
40
Na interrupção da VM em Pacientes com Traqueostomia (TQT), não se
recomenda o uso da peça T (ayre). Sugere-se colocar o ventilador em
espera e desconectá-lo do paciente pela peça em Y, mantendo o
sistema de aspiração fechado e o filtro conectados à TQT.
41
É importante reforçar a necessidade de todos os equipamentos de
proteção individual, principalmente durante o procedimento de
extubação orotraqueal, sendo orientado que a menor quantidade de
profissionais esteja no leito.
Recentemente, uma técnica foi descrita pelo departamento
australiano de anestesia, a qual visa reduzir a quantidade de liberação
de aerossóis durante a extubação, com objetivo de torná-la mais
segura. A denominação para esta técnica de extubação é máscara
sobre o tubo, sendo que após a máscara usa-se um segundo filtro. O
objetivo da colocação do segundo filtro é uma maior proteção após a
extubação, devido ao risco de tosse e liberação de gotículas e
aerossóis29.
42
5 Posicionar o tubo orotraqueal ao lado da boca do paciente;
próximo ao profissional que irá extubar;
No pós-extubação deve-se:
43
2 Os profissionais devem confirmar que a integridade do EPI
está mantida;
44
Atuação do Fisioterapeuta quando o paciente estiver em
respiração espontânea:
Condutas
- Realizar paramentação específica (EPIs) antes de iniciar o
procedimento;
Recomendações
45
- Deve-se evitar a ventilação com bolsa valva máscara
(BVM) pelo elevado risco de aerolização. Em casos de
extrema necessidade, a utilização da ventilação
manual deve ser realizada por dois profissionais, não
permitindo escape de ar, sendo utilizado Cânula de
Guedel e Filtro Hepa entre a máscara e a bolsa;
46
8 PCDF na Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP):
Condutas
- Preparar os materiais necessários: filtros de barreira e
umidificador, sistema fechado de aspiração e materiais
para oxigenoterapia (cateter de baixo fluxo, máscara
facial ou máscara com reservatório
sem reinalação ou BVM);
47
- Utilizar sistema fechado de aspiração quando conectar o
paciente ao ventilador mecânico.
Condutas
- Realizar paramentação específica (EPIs) antes de
iniciar o procedimento;
Recomendações
48
- Ajustar ventilador: Fr = 10 a 12ipm; FiO2 = 100%; Relação
I:E ≤ 1:2; Ti = 1s; PEEP = 5cmH2O ou 0cmH20(ZEEP);
Sensibilidade = off ou menos sensível possível; ajustar o
alarme = Pressão de pico em 60cmH2O;
Condutas
- Verificar estabilização clínica juntamente com a
equipe para o possível retorno à posição supina e
iniciar o protocolo de RCP;
50
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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51
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MEDICINA DE EMERGÊNCIA – ABRAMEDE, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E
FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – ASSOBRAFIR E SOCIEDADE BRASILEIRA PARA A QUALIDADE DO CUIDADO
E SEGURANÇA DO PACIENTE – SOBRASP. Sobre o Uso de cápsula acrílica e sobre o uso de dispositivos acessórios,
câmara, tendas e boxes, para proteção da equipe multiprofissional no atendimento a pacientes com suspeita ou
confirmação de infecção por Coronavírus (SARS-CoV-2) em ambientes hospitalares. Comunicação official AMIB/AS-
SOBRAFIR/ABRAMEDE/SOBRASP. Disponível em: https://assobrafir.com.br/wp-content/uploads/2020/04/ASSOBRA-
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52
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54
(II)
PROTOCOLOS CLÍNICOS E
DIRETRIZES
FISIOTERAPÊUTICAS –
PCDF NA CRIANÇA
SUSPEITA OU PORTADORA
DE COVID-19
55
(II) PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES
FISIOTERAPÊUTICAS – PCDF NA CRIANÇA
SUSPEITA OU PORTADORA DE COVID-19
56
Quadro clínico da criança com infecção respiratória não grave:
57
Nestes casos, em lactentes, crianças e adolescentes que necessitam
de oxigênio suplementar para manter SaO2 ≥ 94% e, idealmente,
manter a PaO2 entre 100 a 250 mmHg, deve-se optar por:
58
Para evitar a dispersão de aerossóis no local de atendimento,
recomenda-se:
59
60
2 PCDF na criança em Ventilação Não Invasiva (VNI) e Cânula
Nasal de Alto Fluxo (CNAF):
61
proteção da equipe assistencial deve ser redobrada. No caso da VNI, as
interfaces Helmet ou Total Face devem ser utilizadas. São indicadas
máscaras sem válvula de exalação com conexão a circuitos
ventilatórios de ramo duplo, filtro trocador de calor e umidade, além
de filtro HEPA (High Efficiency Particulate Air) na extremidade distal
do ramo expiratório, antes da válvula exalatória do ventilador
mecânico.
62
2.1.2 Parâmetros recomendados
A cânula nasal de alto fluxo deve ser utilizada por no máximo 1 hora para
verificação de resposta. Os sinais de melhora são a diminuição da frequ-
ência cardíaca e respiratória em 10 a 20%, a necessidade de FiO2 para
menos de 50% e a melhora nas saturações de oxigênio.
63
Pacientes com piora da hipercapnia, acidemia, fadiga respiratória, insta-
bilidade hemodinâmica ou com estado mental alterado devem ser con-
siderados para ventilação mecânica invasiva precoce.
- Para as CNAF recomenda-se que a SpO2/FiO2 > 264 (FiO2 < 0,35 –
0,40).
- Após 2 horas de utilização da CNAF, reavaliar se há reversão do
quadro, caso haja, considerar o desmame, com redução de 1 a 2l/m a
cada 1 hora, até 5 l/m, posteriormente oxigenoterapia.
- A intubação orotraqueal é recomendada se não há melhora na
oxigenação com SpO2 92 – 97% e FiO2 < 0.4.
64
65
66
3.1 Ventilação Mecânica Invasiva:
67
VC = 3–6 ml/kg para pacientes com complacência respiratória
reduzida.
VC = 5–8 ml/kg para pacientes com complacência respiratória
preservada.
Pressão de platô inspiratório limitada em 28 cmH2O.
68
Outra sugestão para titulação da PEEP que pode ser utilizada também
na população pediátrica seria uma titulação de PEEP chamada
decremental. Esse tipo de titulação busca o menor nível de PEEP para
uma menor pressão de distensão alveolar, ou seja, avaliação do Driving
Pressure (DP). Esse valor deve ser ajustado para parâmetros < 15 cmH2O.
Assim, uma estratégia chamada de “mini titulatação da Peep” com o
objetivo de encontrar esse menor nível pressórico.
69
3.1.1 Posição Prona:
-a queda da SpO2 < 10% do basal ou SpO2 < 90% após 10 min,
- piora hemodinâmica grave (arritmias, PCR),
- suspeita de extubação não planejada, e
- SpO2/FiO2 < 221 ou PaO2/FiO2 < 150 na gasometria
arterial após 1 hora da instituição da posição.
70
Na abordagem da hipoxemia refratária, considerada quando P/F < 150; IO
> 12; OSI ≥ 10 com FiO2 > 60%, sugere-se:
71
Importante enfatizar que não é recomendado associar umidificação ativa
com o filtro trocador de calor e umidade pelo fato de ambos terem a
mesma função.
72
troca expirado, um filtro pode acentuar a resistência expiratória e im-
pactar em aumento do trabalho respiratório do paciente, além de
poder não cumprir sua função primária. Recomenda-se ao fisiotera-
peuta avaliar de maneira intensiva qualquer sinal (direto ou indireto) de
aumento de resistência de via aérea.
73
Recomendações Adicionais
74
75
3 PCDF no desmame ventilatório em pacientes pediátricos:
76
COT tamanho 3.0 – 3.5 - pressão suporte 10 cmH2O
COT tamanho 4.0 – 4.5 - pressão suporte 08 cmH2O
COT tamanho > 5 - pressão suporte 05 cmH2O
Entretanto, esses dados foram rebatidos por outro estudo que chegou à
conclusão de que a Ventilação Pressão Suporte (PSV) pode superestimar a
capacidade do paciente em tolerar o TRE, ou seja, a pressão suporte pode
“ajudar” ainda mais o paciente em tolerar carga de trabalho. Sendo assim o
mais indicado seria realizar o TRE em modalidade CPAP 5 cmH2O.
77
78
4 PCDF na Ressuscitação Cardiopulmonar Pediátrica:
79
5.2 Proteção da equipe e utilização de Equipamentos de Proteção Indivi-
dual (EPIs)
80
5.2.1 Estratégias a serem utilizadas:
81
5.3 Reconhecimento e abordagem da PCR
82
5.4 Via aérea avançada
5.4.1 Estratégias
83
A prevenção da geração de aerossóis em via aérea supraglótica e em
ventilação bolsa-máscara é menos confiável do que com o tubo traque-
al. Ventilar após intubação traqueal somente após insuflação do balone-
te para minimizar o risco de gerar aerossol. Assegure uma pressão ade-
quada no balonete para prevenir vazamentos.
84
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87
(III)
PROTOCOLOS CLÍNICOS E
DIRETRIZES
FISIOTERAPÊUTICAS –
PCDF NO RECÉM-NASCIDO
SUSPEITO OU PORTADOR
DE COVID-19
88
(III) PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES
FISIOTERAPÊUTICAS – PCDF NO RECÉM-NASCIDO
SUSPEITO OU PORTADOR DE COVID-19
89
cateter nasal; terapias de remoção de secreção brônquica – aspiração
traqueal e manobras de mobilização de secreções; ventilação com
pressão positiva manual – balão autoinflável e reanimador mecânico
manual em T; broncoscopia; inalação com sistema Venturi) podem
aumentar o risco de transmissão do vírus e infecção cruzada. Desses
procedimentos a intubação traqueal parece ser o procedimento de maior
risco.
90
Oxigenoterapia e ventiloterapia por VPM: objetivam manter as
trocas gasosas adequadas com o mínimo de efeitos adversos,
visando sua utilização por menor tempo possível. Frente à
COVID-19, mantêm-se as recomendações no sentido de primar
por estratégias protetoras, ou seja, utilizar por menor tempo e
intensidade possíveis as suplementações de oxigênio e de
suporte ventilatório invasivo, preferindo-se métodos não invasivos
e retirada precoce do tubo endotraqueal. ATENÇÃO! Enfatiza-se
aqui que o RN não tem indicação de intubação precoce!
91
Diligência à organização postural do recém-nascido – adjuvante
no processo de favorecimento da função da mecânica
respiratória:
Posição supino
Posição Canguru
Posição Lateral
Posição Prono
92
(III) Aspectos na assistência inicial (admissão):
93
Para a aspiração traqueal dos pacientes em ventilação
mecânica (VM), é recomendado o sistema fechado, visando à
redução dos riscos de aerolização e consequente contaminação
do ambiente e dos profissionais que prestam assistência.
94
assintomático e não contactante de pessoas com síndrome gripal ou
infecção sintomática pelo SARS-CoV-2, com idade entre 18 e 59 anos,
único, que possa acompanhar o recém-nascido, guardando as
recomendações já definidas para os pais.
95
Está suspensa, até novas deliberações, a entrada de qualquer outra
pessoa, incluindo avós e irmãos.
Monitore sempre!
96
2 PCDF no Recém-Nascido em Oxigenoterapia:
97
-
(IV) Prescrição do tipo: conforme diagnóstico do distúrbio cinético-fun
cional respiratório, preferindo o uso de PEEP por VNI para tratar a
hipoxemia, oriunda de desequilíbrio na relação ventilação-perfusão -
(V/Q). A forma isolada de oxigenoterapia tem sido indicada para situ
ações específicas, em especial quando há contraindicação ou -
inadaptação do RN à VNI. Em variadas situações, a VNI tem possibili
tado usar menores níveis de suplementação de oxigênio e até
mesmo FiO2 mínima de 21% (equivalente ao ar ambiente), reduzindo
lesão induzida pela toxicidade deste gás.
-
(V) Dispositivos de oferta, fluxos de gás e Frações Inspiradas de Oxigê
nio (FiO2) estimadas:
98
(VII) Oxigenoterapia por CNAF (EVITAR!): indicada para Recém-Nascidos
Termo (RNT), que não necessitem de níveis maiores de PEEP, em
pós-operatórios cardíacos e de cirurgias simples e lactentes que não
toleram VNI. Parâmetros recomendados: Fluxo – 7 L/m e FiO2 neces-
sária para manter SpO2 entre 88% e 94%. Em casos suspeitos ou
confirmados de COVID-19, evitar CNAF, analisando risco-benefício.
ATENÇÃO!
99
primário do CPAPN é o seu efeito na melhora da CRF,
promovendo a melhora na troca gasosa e a diminuição do trabalho
respiratório.
VPPIN – Ventilação com Pressão Positiva Intermitente Nasal:
modo ventilatório com ciclos inspiratórios mecânicos gerados por
uma frequência respiratória pré-estabelecida, sincronizados
(VPPINS) ou não sincronizados (VPPIN), com níveis de PEEP no final
da fase expiratória (nível menor de pressão), mais níveis de Pressão
Positiva Inspiratória (PIP) no final da fase inspiratória (nível maior de
pressão), estes gerados pelos ciclos inspiratórios mecânicos. Os
disparos dos ciclos obedecem à janela de tempo da frequência
respiratória pré-estabelecida, sendo desencadeado pelo esforço
respiratório do paciente quando sincronizado (VPPINS). Os propósi-
tos terapêuticos para prescrição da VPPIN são para situações de
distúrbios ventilatórios que requeiram melhorar os volumes de CRF
e VC/VM e/ou distúrbios do Sistema Nervoso Central (SNC), como,
por exemplo, apneia da prematuridade, com fins de melhorar a
troca gasosa, diminuir o trabalho respiratório e evitar a VPMI.
100
elétrica do diafragma (AEdi). É um modo de ventilação síncrono e
proporcional à intensidade do sinal eletromiográfico do diafragma
ao estímulo respiratório e às necessidades do paciente. Assim, o RN
controla a FR, pressão de pico inspiratório, volume corrente, tempos
inspiratório e expiratório. Pode ser utilizada nas formas por VPMI e
por VNI, sendo restrita a poucas máquinas de ventilação.
101
*ATENÇÃO! O sucesso da terapia com VNI é obtido tendo cuidado-
res que sejam hábeis na solução de problemas (“troubleshooting”)
e nos cuidados do RN.
102
(II) Modos de ventilação: caracterizam-se pelos tipos de ciclos ventilatórios
empregados durante a ventilação mecânica, se ciclos controlados e/ou
assistidos e/ou espontâneos. Ciclos controlados são iniciados e finaliza-
dos por controle do equipamento, sem participação do esforço respira-
tório espontâneo. Ciclos assistidos obedecem às características simila-
res aos ciclos controlados, diferenciando-se apenas pelo início do ciclo,
que é desencadeado pelo esforço respiratório espontâneo. Ciclos
espontâneos são iniciados e finalizados pelo controle respiratório
espontâneo. Assim, modos espontâneos contêm somente ciclos espon-
tâneos e o modo controlado, somente ciclos controlados. Modos não
sincronizados podem conter ciclos controlados e/ou espontâneos, sem
ciclos assistidos. Modos sincronizados podem conter ciclos controlados
e/ou assistidos e/ou espontâneos.
103
método de avaliação para predizer a capacidade da respiração
espontânea e a viabilidade da retirada da prótese traqueal.
104
Modo Não Sincronizado: a Ventilação Mandatória Intermitente
(IMV) é o único modo nesta categoria, pois contém somente
ciclos controlados e espontâneos, sem ciclos assistidos. Ou seja,
são ciclos mandatórios controlados – determinados por parâ-
metros ventilatórios pré-estabelecidos de frequência respirató-
ria (ciclos por minuto), tempo inspiratório (Ti), pressão inspirató
ria (PIP) e pressão expiratória (PEEP) – intervalados com ciclos
-
espontâneos. Como não há ciclos assistidos (desencadeados
pelo esforço respiratório espontâneo), com fins de sincronizar o
momento do ciclo mandatório com o ciclo espontâneo, este
modo de ventilação gera assincronismo entre a ventilação me-
cânica e a ventilação espontânea.
105
Ventilação Assistida-Controlada (A/C): este modo de ventila-
ção não permite ciclos espontâneos, tendo apenas ciclos assis-
tidos e controlados, com supremacia dos ciclos assistidos. Os
ciclos assistidos e controlados são determinados por parâme-
tros ventilatórios pré-estabelecidos de frequência respiratória
(FR – referente apenas aos ciclos controlados), tempo inspirató-
rio (Ti), pressão inspiratória (PIP) e pressão expiratória (PEEP).
Assim, a FR total é determinada pela FR espontânea, que geral-
mente faz com que todos os ciclos sejam assistidos, entrando
os ciclos controlados (por FR pré-estabelecida) apenas na
ausência ou na não detecção da respiração espontânea, pelo
mecanismo de disparo gerado pelo esforço respiratório espon-
tâneo.
Assistência Ventilatória Ajustada Neuralmente (NAVA): é um
modo de ventilação assistida que utiliza para trigger da assis-
tência respiratória o estímulo respiratório neuronal do doente,
captado através do sinal eletromiográfico resultante da ativa-
ção elétrica do diafragma (AEdi). É um modo de ventilação
síncrono e proporcional à intensidade do sinal eletromiográfico
do diafragma ao estímulo respiratório e às necessidades do
paciente. Assim, o RN controla a FR, pressão de pico inspirató-
rio, volume corrente, tempos inspiratório e expiratório. Pode ser
utilizada nas formas por VPMI e por VNI, sendo restrito
a poucas máquinas de ventilação.
106
Ventilação com Volume Garantido (VG) ou Ventilação
Volume-Alvo: pode ser utilizado como um modo de ventilação
sincronizado, sendo, portanto, percebido como um módulo aco-
plado aos modos sincronizados já existentes – PSV, A/C, IMV/SIMV
–, combinando assim as vantagens da ventilação limitada por
pressão com a ventilação controlada em volume. O ventilador
calcula a pressão inspiratória necessária para atingir o volume
pré-estabelecido e o operador marca PIP, Ti e fluxo suficientes
que permitam ao ventilador cumprir a exigência (limites superio-
res). Se houver variações súbitas na complacência e resistência do
sistema respiratório, o ventilador irá ajustar progressivamente a
pressão necessária para atingir o VG marcado, evitando-se deste
modo alterações bruscas na distensão pulmonar. Em RNPT uma
meta-análise demonstrou redução da VPMI, incidência de DBP,
LPV, entre outros.
107
1 Reduzir níveis elevados de FiO2, quando a SpO2 ultrapassar a 94%;
3
Evitar a hiperóxia pós-surfactante, reduzindo rapidamente os
níveis de FiO2;
6
No caso de necessidade de aumento do nível da PIP, quando ob-
servada a ausência da expansibilidade torácica, interpretar a
causa, e, caso seja corrigida, retornar ao nível de PIP anterior,
mínimo para expandir “um pouquinho” o tórax.
108
(IV) Procedimentos fisioterapêuticos respiratórios no bebê:
109
*Preste atenção: a Aspiração do TET deve ser por sistema fechado
de aspiração, conectado ao Y, antes de conectar o paciente à VPMI.
110
por tubo seletivo, hiperinsuflação, anemia grave, Síndromes de
Escape do Ar (Pneumotórax, Enfisema Intersticial, etc.), posiciona-
mento inadequado do TET, acidose metabólica, hipertensão pulmo-
nar, instabilidade hemodinâmica, Sepse, etc.;
111
(VII) Protocolo de Desmame e retirada da VPM: Sugere-se manter os
protocolos de extubação com as evidências até o momento, toman-
do todas as medidas de precaução quanto à desconexão e instala-
ção de oxigenoterapia de baixo fluxo ou de suporte não invasivo, e
ao uso de EPIs, observando a possibilidade de pulverização de partí-
culas.
Índices preditivos:
112
7 Evolução ponderal – se está ganhando peso! *Anotar na folha
de monitoração respiratória o peso diário.
113
4 VNI: usar VPPIN em todos os RNs com menos de 32 semanas
de idade gestacional corrigida ou com menos de 1.200 gramas,
avaliando a necessidade de uso do CPAPN ou VPPIN nos
demais. Um sinal clínico significativo para eleger o CPAPN ou
VPPIN é o trabalho respiratório aumentado e a necessidade de
uso de uma concentração maior de O2.
114
3 Retirada da VPM e extubação: se mantida a estabilidade respi-
ratória e hemodinâmica, conforme critérios preditivos:
D. Aspire o TET.
115
H. Posicione o bebê adequadamente, de forma organizada (ini-
cialmente em decúbito dorsal e com coxim na região subes-
capular).
116
D. O RN não tem indicação de intubação precoce! Além de não
haver evidências para a intubação precoce, e da pouca gravi-
dade observada até então nessa faixa etária, a VPMI não
impede a dispersão de aerossóis, pois não se utiliza cuff no TET.
117
3 Procedimentos de Fisioterapia Respiratória – seguir recomen-
dações científicas pré-existentes à COVID-19, e o princípio
“Menos é Mais”:
A. Monitore sempre!
118
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124
ANEXO I – Ventilação Mecânica Convencional no Recém-Nascido
125
ANEXO II – Suporte Pós extubação
126
ANEXO III - RN melhora em Ventilação Mecânica
127
ANEXO IV - RN não melhora em Ventilação Mecânica
128
Expediente:
Ano 2020
129
SISTEMA COFFITO/CREFITOs
Sistema do Conselho Federal e Conselhos Regionais
de Fisioterapia e Terapia Ocupacional
130