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Curso de Administração
BARRETOS
2009
FACULDADE BARRETOS
Curso de Administração
BARRETOS
2009
FACULDADE BARRETOS
Faculdade de Administração
Curso de Administração
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado, como parte dos requisitos necessários para
obtenção do título de Bacharel em Administração, sob a orientação do Profº Marcio Queiroz
da Costa.
Aprovado em:____/____/____.
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Prof. Marcio Queiroz da Costa
Graduação em Ciências Contábeis, FISO - BARRETOS/SP
Especialização em Auditoria Contábil, FISO - BARRETOS/SP
Especialização em Gestão Financeira e Planejamento Empresarial, cursando, FEB -
BARRETOS/SP.
_________________________________________
Prof. Leandro Ferreira Oliveira
Graduado em Administração
Mestre em Administração
_________________________________________
Prof. Roberto de Ávila Lima Filho
Graduado em Ciências Econômicas – PUC/SP
Pós-Graduado em Finanças Empresariais – FGV/RJ
Dedico este trabalho aos meus pais, Francisco e
Maria José, por não pouparem esforços para que a cada
dia eu me aprimorasse como ser humano. Aos meus
colegas de trabalho que com muita paciência me toleraram
e apoiaram em momentos de dificuldade. À minha irmã
querida que sempre afronta a realidade com novos
princípios e ideais. À minha amada Ana Vitória que me
trouxe muita paz em todos os momentos que necessitei.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Francisco e Maria José, pela estima e apoio a todo instante e,
inclusive, nessa caminhada acadêmica.
A minha eterna e amada Ana Vitória, que corroborou para minha ascensão espiritual,
me apoiando e confirmando o quão especiais são esses momentos.
Aos meus colegas de trabalho que possuem tamanha paciência e conhecimentos
técnicos com a linguagem e puderam colaborar de forma direta e incisiva, em especial aos
meus amigos Johnny Xavier, Cyntia Souto e Márcia Kuchinakamichi.
Aos meus amigos, Bruno “Passok” Sorati, Miguel “Tortin” de Freitas, Mauri “Tinin”,
Bruno “Olie” Oliveira, Celso “Celsão” Zapola e Conrado “Pardal” Ribeiro, que toleraram as
minhas faltas nas reuniões, nas pizzas, nos lanches e nas famigeradas cocas-colas da noite a
fora.
Ao Professor Orientador Marcio Queiroz da Costa, por ser tão solícito e paciente me
atendeu e colaborou para a elaboração deste trabalho.
A todos os professores do Curso de Administração que nos acompanharam e
embasaram de sabedoria e profissionalismo as nossas carreiras, em especial ao Coordenador
do Curso de Administração, Professor Mestre Leandro Ferreira, o Professor Celso Carvalho
de Almeida, pelos seus préstimos como o grande colaborador da Adm Executivo Jr. e ao
Professor e amigo Paulo “São Paulino” Roberto dos Santos pelos ótimos papos descontraídos.
Aos amigos Regiani Oliveira, Vitor Matos, Manoel Neto, Gabriela Lucas, André
Rebellato e Roberta Alice, da III Turma de Administração, que me deram fôlego nesse
arremate de jornada.
A todos os amigos do curso de Administração da Faculdade Barretos, em especial aos
membros da trupe: Aline Araújo, Fernanda Veraldo e Juliana Veraldo, que tornaram esses
momentos inefáveis.
“Se você quer ter sucesso na vida, tem que ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o
melhor de si.”
Ayrton Senna
PIMENTEL, Rafael Favarin Giaculli. A dificuldade para implantar o Plano de Cargos,
Salários e Remuneração no serviço público. Barretos, 2009, 51 f. Trabalho de conclusão de
curso (Graduação) - Faculdade Barretos, Curso de Administração, Barretos, 2009.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................9
1.1 Identificação do Problema ..............................................................................................10
1.2 Objetivos.........................................................................................................................11
1.2.1 Objetivo Geral:........................................................................................................11
1.2.2 Objetivo Específico: ................................................................................................11
1.3 Justificativa.....................................................................................................................11
2 PLANO DE CARREIRA ....................................................................................................13
3 O SERVIÇO PÚBLICO......................................................................................................15
3.1 Burocracia.......................................................................................................................16
3.2 Teorias X e Y de Douglas McGregor.............................................................................17
4 O SERVIÇO PRIVADO .....................................................................................................19
4.1 Motivação na Empresa Moderna....................................................................................20
5 FATORES DO SERVIÇO PÚBLICO VERSUS SETOR PRIVADO............................22
5.1 Flexibilidade ...................................................................................................................22
5.2 Motivação .......................................................................................................................23
5.3 Custos dos Sistemas de Remuneração............................................................................26
6 TIPOS DE PLANO DE CARREIRA ................................................................................28
6.1 Modelos Típicos de Plano de Remuneração...................................................................29
6.1.1 Remuneração pelos resultados................................................................................31
6.1.3 Remuneração por competência ...............................................................................32
6.1.4 Sistemas mistos de remuneração.............................................................................33
6.1.5 Sistema de remuneração funcional..........................................................................33
7 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ..................................................................................35
7.1 Métodos de Avaliação de Desempenho .........................................................................39
7.1.1 Escalas Gráficas......................................................................................................40
7.1.2 Escolha Forçada .....................................................................................................40
7.1.3 Pesquisa de Campo .................................................................................................41
7.1.4 Métodos dos Incidentes Críticos..............................................................................41
7.2 Remuneração por Competências ....................................................................................42
8 METODOLOGIA................................................................................................................44
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................45
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................47
APÊNDICE ............................................................................................................................49
APENDICE A – QUESTIONÁRIO DE ANÁLISE PRÁTICA .........................................50
9
1 INTRODUÇÃO
O Plano de Carreira teve sua origem, segundo Oliveira (2009), da Mesopotâmia, atual
Iraque e terras próximas, em 2800 a.C. onde havia o estabelecimento das atividades das
consideradas empresas da época e o início de controle das atividades das empresas. Duzentos
anos depois, no Egito, a estruturação inicial das funções de planejamento, organização e
controle, na construção das pirâmides, em seguida, na China, 2500 a.C., a descentralização do
poder com a utilização de assessores.
Mais a diante, Oliveira (2009) traz que por volta do ano de 1800 d.C., na Inglaterra, há
o início de várias inovações na administração: incentivos, bonificações, festas de natal,
métodos de trabalho, seguro de vida e de atividades operacionais nas empresas e após 1881,
nos Estados Unidos da América, com a criação da primeira Universidade com o curso de
administração – Universidade da Pensilvânia – e, logo em seguida, os pensadores Frederick
Taylor, Max Weber e Henri Fayol, pensadores marcantes da administração com postulados
que trouxeram consigo, respectivamente, estudos da administração científica, os estudos
geradores da teoria e dos estudos da burocracia nas empresas e a estruturação dos processos
administrativos. Ao chegar no século XX, ano de 1992, com Robert Monks – Nell Minow –
com a estruturação de um novo modelo de administração para consolidar melhores resultados
e maior valor para as empresas, originando governança corporativa.
O Plano de Cargos, Salários e Remuneração tem por objetivo a valorização e
profissionalização dos servidores, bem como a eficiência e continuidade na execução de seus
serviços mediante a adoção do princípio do mérito para ingresso e desenvolvimento dos
funcionários.
Assim como evidencia Bispo (2008) a efetiva liderança do gestor:
1.2 Objetivos
1.3 Justificativa
possível para não perder o seu capital humano, que além de busca de estabilidade, buscam
também desenvolvimento, uma progressão envolvendo formas de remuneração, crescimento e
satisfação profissional.
Para Ribeiro (2006, p. 276), certos cargos, por oferecerem uma variedade de tarefas
muito limitada, acabam desmotivando os funcionários, pois o serviço fica monótono,
repetitivo e sem chance de proporcionar crescimento ao servidor.
A importância de disponibilizar a oportunidade aos funcionários do serviço público de
evoluir em sua carreira, de expandir seus conhecimentos é extrema, pois o trabalho moroso e
burocrático do dia-a-dia e utilização de um possível desenvolvimento no emprego fazem com
que os funcionários sintam-se mais motivados a trabalhar em prol da organização, pois
concomitantemente, estarão trabalhando para si mesmo.
Para Fidelis (2006, p. 48), o processo de cargos e salários provoca as maiores
preocupações quando implementado em uma empresa. O fato de que qualquer trabalhador
gostaria de ser bem recompensado pela execução de suas atividades aumenta a
responsabilidade do processo de recursos humanos na elaboração de um sistema que seja
adequado tanto para a empresa quanto para o trabalhador.
O presente trabalho analisará as dificuldades da implantação do Plano de Cargos,
Salários e Remuneração e a busca de informações para identificar os critérios adotados para a
promoção e progressão de cada cargo.
13
2 PLANO DE CARREIRA
Oliveira (2009) explicita de maneira formal que o plano de carreira é uma forma
estruturada, planejada, seqüencial e de estágios que se inter-relacionam com a evolução do
indivíduo, as necessidades da organização e sua implicação na comunidade onde atua.
Aponta-se como princípio ativo do plano de carreira ou sua finalidade dar uma direção ao
profissional, correlacionar ou interligar os diversos conhecimentos e habilidades e caso
necessite, facilitar o rumo profissional de cada colaborador, além de dar segurança às decisões
do mesmo.
A idéia de Oliveira de que o plano de carreira é um processo estruturado em
consonância com a organização, o funcionário e o meio em que atua é importante, mormente,
os idealizadores dos planos não se atentam a detalhes que de tão minuciosos passam
despercebidos pelo mesmo, onde surgem os entraves ou as dificuldades da implantação do
famigerado plano. Fatores como um processo de avaliação de desempenho falho, uma análise
de custo não precisa, entre outros “aspectos intrínsecos, rastreados, de custos e de
atendimento das expectativas das pessoas e das empresas onde estes profissionais trabalham.”,
enaltece Oliveira (2009, p. 75).
O serviço público traz consigo a possibilidade da realização do plano de carreira
fixado por lei e dentre isso respeitada as dotações orçamentárias do respectivo âmbito público,
seja ele federal, estadual ou municipal. A Lei Federal 8.112, de 11 de dezembro de 1990, com
alterações subseqüentes, evidencia o regime jurídico dos servidores públicos do âmbito
federal e, por conseguinte, em seu teor, traz a criação dos respectivos planos de carreiras nos
demais patamares do serviço público. Quanto à existência do plano de carreira faz-se por
necessário quanto à motivação dos seus funcionários a trabalharem em prol ao seu
desenvolvimento e, obviamente, aos préstimos às pessoas que necessitam desses trabalhos.
Realizada uma análise quanto a existência do plano de carreira, foi questionado a
servidores públicos se conheciam o seu plano de carreira e se era “Genérico” ou “Específico”,
respectivamente, um de âmbito mais amplo a ponto de abordar toda a municipalidade, o
estado ou a união e para uma classe de servidores, como por exemplo, os da Secretaria de
Saúde ou de Educação, entre outros.
Assim analisamos o fato de que 28% do total de servidores pesquisados possuem um
plano de carreira específico e cerca de 72% alocam- se no plano de carreira genérico ou não
possuem um específico.
14
72,0%
28,0%
ESPECÍFICO GENÉRICO
3 O SERVIÇO PÚBLICO
O pessoal administrativo é formado por pessoas que na forma da lei que rege sobre a
contração de prestadores do serviço público e por se tratar de empregado do governo em
contrapartida perceberá de um salário especificado. Segundo Fidelis (2007), o salário é o
valor fixado no ato da contratação e pago ao trabalhador pelo exercício das suas atividades no
posto de trabalho. Pode ser fixado por mês (mensalista), hora (horista), dia (diarista) ou por
tarefa (tarefeiro).
A remuneração representa a contraprestação do serviço do trabalhador além do salário
fixo contratual, ou seja, é uma parte variável do vencimento fixo ou padronizado do
funcionário público. Ainda determina que os vencimentos são parcelas relacionadas ao
salário, devido no mês em referência, e os adicionais que integram a remuneração do
trabalhador, como adiantamento salarial, salário contratual e/ou descanso semanal
remunerado.
“O cargo, quando é bem definido, facilita a atribuição de valor, pois conforme sua
característica, a experiência do mercado de trabalho e o salário para contratação.”. (FIDELIS,
2007).
Fidelis (2007, p. 51) entende que é definido como incumbência, responsabilidade
exercida por um indivíduo em uma empresa e planejada dentro de critérios e limites do cargo,
na estrutura de autoridade e poder. A nomenclatura do cargo é muito importante para se saber
16
3.1 Burocracia
Acerca deste tema, é notável que a burocracia de Weber não seja tão efetiva, visto que
a cada dia perde o dinamismo e se afunda em papéis que em uma semana não passam de
sujeira acumulada em um determinado local. Ribeiro (2006, p. 86) escreve que “Max Weber é
considerado o Pai da Teoria Burocrática, cujo sentido não é aquele atribuído pejorativamente
pela sociedade, mas o de efetivamente atender à organização formal dentro de padrões de
racionalidade e eficiência.”.
Para tanto Ribeiro (2006, p. 89) acrescenta que a “exacerbada racionalidade, a omissão
das pessoas que participavam da organização e os próprios dilemas inerentes à doutrina, já
apontados por Weber, constituem até hoje problemas sem solução.”.
17
Os estudos da relação humana e de quanto são efetivas dentro das organizações traz a
necessidade de se intensificar estudos sobre esse fator. As pessoas possuem parte integrante e
18
- As pessoas tendem a evitar o trabalho; - As pessoas consideram o trabalho como algo natural
a ser realizado;
- As pessoas evitam a responsabilidade, a fim de se
sentirem mais seguras; e - As pessoas podem se controlar e assumir
responsabilidades; e
- As pessoas são ingênuas e sem iniciativa.
- As pessoas são criativas e competentes.
Quadro 2. Teorias X e Y de Douglas McGregor.
Fonte: MATTOS E VASCONCELOS (2005, p. 77).
4 O SERVIÇO PRIVADO
O serviço privado possui outras exigências e tem como principal motivo de existência
a lucratividade sendo que os fomentadores de tal fim são as pessoas. Dessa forma requer uma
equipe de trabalho que tenha cunho para trabalhar em prol aos objetivos da organização e os
objetivos pessoais que o cercam.
Fidelis (2007, p. 123) escreve:
Fidelis (2007, p. 127) comenta que Herzberg salienta que um dos tópicos principais
para decidir sobre um plano de remuneração é o equilíbrio interno e o externo da empresa,
com isso escreve que “salário é um fator higiênico, não motiva, mas se for injusto, causa
insatisfação.”. A ressalva fica expressa quanto a equidade interna e externa da organização,
como os salários frente aos demais cargos da própria organização e os cargos associado ao
mercado de trabalho onde está localizado a empresa. Além de se adaptar ao ambiente externo,
levando-se em consideração todas as contingências que este incide na organização de forma
incisiva, a organização privada também necessita de se adaptar, de forma coerente,
internamente. Seus funcionários necessitam de ser valorizados e motivados a produzir mais e
melhor. Apoiado a isso existem meios mais fáceis se comparado ao serviço público.
Fidelis (2007, p. 122) comenta que “as pessoas trabalham em troca de alguma coisa:
salário, status, poder, entre outras.”. Diante disso, metodologias como o desenvolvimento
para um programa de cargos e salários que possui como missão de prover as empresas
informações e instrumentos que permitam gerenciar, de forma ágil e confiável, a consistência
interna e a competitividade externa de suas práticas de remuneração.
Fidelis (2007, p. 129) ressalta que “os sistemas de remuneração precisam estar
relacionado com o desenvolvimento da empresa, sem permanecerem estáticos como a cultura
organizacional.”. O que se percebe no serviço privado é a facilidade de levantar métodos a
20
serem utilizados como fatores norteadores para o desenvolvimento do plano, que, por sua vez,
traz maior possibilidade de bons desempenhos e números relevantes ou lucros para a empresa.
O que não prospera no serviço público que dá prioridade a assiduidade, pontualidade,
disciplina e tempo de serviço, além da existência de leis que versam sobre o plano de carreira
dos servidores. No serviço privado o plano segue seus próprios projetos, de acordo com a
situação da empresa e o mercado que está inserida.
Mesmo assim, Vanderlei Silva (2004), explana que o funcionário do serviço privado,
normalmente as pessoas que trabalham em organizações, não tem a idéia clara do que gostam
de fazer, fazem aquilo que aprenderam e com isso se contentam com incentivos financeiros ao
contrário de uma minoria que prevê uma melhora no seu dia-a-dia ou no seu ambiente de
trabalho.
Maslow evidenciou a pirâmide da satisfação e não foi por acaso que o cume é onde
fica o fator relacionado a realização pessoal ou auto-realização.
Marinho e Oliveira (2005, p. 161) escrevem que Vieira quando cita as Teorias de
Maslow, comenta que as necessidades de auto-realização são consideradas as mais elevadas,
pois é o desejo que as pessoas sentem de maximizarem o próprio potencial. A auto-realização
precisa estar presente nos atos da organização pensando sempre em seus funcionários, mas
não apenas como uma meta e sim um objetivo. As atividades voltadas para o capital humano
da organização faz-se por necessário para que a organização se aproprie ao que realmente faz
o diferencial dentro dela. Na empresa moderna, mais especificadamente, no serviço privado
os meios de remunerar, seja ela monetária ou não, são mais amplos se comparado ao serviço
público. Desta forma Lacombe (2005, p. 147) escreve que “ao se fazer uma comparação de
valores pagos, deve considerar a remuneração mais os benefícios não monetários e não apenas
o salários.”.
Alguns outros benefícios podem ser adicionados de acordo com a produtividade.
Diante da remuneração a partir de benefícios Lacombe (2005, p. 147) exalta que “existem os
benefícios proporcionados pelo status, pelo reconhecimento, pelo conforto nas condições de
trabalho e tudo o mais que causa satisfação às pessoas que trabalham na empresa.”.
21
Salienta que essa necessidade ao ser tratada como objetivo traz a menção que para
conquistar a auto-realização é necessário alcançar os demais estágios e satisfazer os
colaboradores de tal maneira a desempenhar o seu papel da melhor forma.
22
Acentuam-se no serviço público alguns fatores que são presentes no dia a dia. A
flexibilidade na área em questão é praticamente inexistente e que ao ser evidenciada,
exatamente por sua ausência no setor público e tão presente no setor privado. A motivação
que há tantos métodos no serviço privado de serem evidenciado e tão inexeqüível no serviço
público e, por derradeiro, os custos que integram a implantação do plano de carreira que
necessariamente requer um olhar em longo prazo para encarar as promessas feitas para cada
colaborador que evolui em sua função de modo que não dê expectativas.
5.1 Flexibilidade
O modelo engessado do serviço público faz com que o serviço privado se encontre
mais e mais flexível. O poder público que se encontra atrelado às legislações e sob aprovação
do legislativo a qualquer ato é um dos fatores que deixam os passos mais morosos da
administração pública.
No serviço privado acontece o oposto onde não há empecilho, a não ser
administrativo, na mudança do plano, do programa ou prática de desenvolvimento da carreira
do profissional.
Para Ceccon (2006, p. 69) temos:
possibilidade de criarem-se os meios pelo quais se dará a promoção dentro do serviço público
municipal. Ao analisar a organização pública nos tempos mais modernos Ceccon (2006, p.
112) visa que:
5.2 Motivação
satisfação das necessidades e acrescenta que só seria motivadora uma necessidade que não foi
satisfeita.
Chiavenato (2003, p. 41) ressalta que para Maslow a pirâmide deve ser vista na
totalidade e de maneira dinâmica, e não pode ser analisada em partes isoladas.
100,0%
80,0%
60,0%
63,0%
40,0%
20,0%
20,0% 17,0% 0
0,0%
Gráfico 2: O que mais motiva o servidor público a desempenhar suas funções, Barretos/SP,
2009.
Por: Rafael Favarin Giaculli Pimentel
Ainda é possível notar alguns fatores que tiveram espaço na pesquisa como o
“ambiente de trabalho” e as “suas funções” que no caso tiveram 20% e 17%, respectivamente.
O fator “apenas para adquirir experiência” que poderia ter sido um lado explorado no tocante
de conquistar experiências no serviço público e posteriormente ingressar no serviço privado
nem se quer foi notado pelos pesquisados e findou a pesquisa com 0%.
A valorização desses funcionários também é um fator importante quanto ao fato de
estar motivado a efetivar seus préstimos diante do serviço público e foi notado, conforme o
Gráfico 3, que cerca de 75% não se sentem valorizados e 25% sentem essa valorização.
26
75,0%
25,0%
SIM NÃO
Também denominado como plano de carreira, os planos podem ser efetivos sendo eles
um plano fixado por lei, normalmente utilizado no serviço público, e os planos fixados pela
contraprestação de serviços por excelência, habilidades e desempenho, normalmente no
serviço privado.
Acentua-se normalmente o plano de carreira em uma empresa privada, onde ele se
torna usual e necessário para o crescimento de cada funcionário. Já no serviço público
encontramos entraves para a efetivação do plano que mesmo assegurado por lei, nem sempre
é efetivo, também evidencia uma sobrevalorização morosa do funcionário e além dos
dispositivos serem retrógrados, o alto custo assola o plano de carreira do setor. Assim salienta
Lacombe (2005, p. 160) quando critica o meio burocratizado do serviço público com um
sistema de remuneração funcional ao escrever que o sistema “pode inibir a criatividade e o
espírito empreendedor (...)”.
Exalta-se outro tipo de plano de carreira, onde um indivíduo se capacita e aprimora em
busca de ascensão profissional, atento ao tema, Oliveira (2009) traz algumas menções com o
único preceito o de “tirar o máximo dos ensinamentos proporcionados pelos cursos diversos”.
Destarte, Oliveira (2009) os enumera desde o início da escolha da possível carreira
profissional até os valores como humildade, paciência e inteligência.
Após pesquisa realizada em um determinado setor público foi constatado, de acordo
com o Gráfico 4, que mais de 56% dos servidores entendem que o mais correto seria
remunerar por meio do desempenho de cada servidor. Já 23% julgam que pelas habilidades
seria o melhor caminho, ao passo que 19% entendem que o tempo de serviço deve ser o mais
prezado. Assim como hoje em dia o tempo de serviço faz muita diferença no serviço público e
29
100,0%
90,0%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0% 56,0%
40,0%
30,0%
20,0%
23,0%
10,0% 19,0%
2,0%
0,0%
Gráfico 4: O fator mais prezado pelo servidor público para aplicar ao Plano de Carreira,
Barretos/SP, 2009.
Por: Rafael Favarin Giaculli Pimentel
Diversos tipos de remuneração podem ser relacionados e cada empresa entende que tal
fator é mais preponderante na hora de remunerar de acordo com que o indivíduo vem
apresentando.
Assim, Lacombe (2005, p. 146) comenta que na escolha do sistema de remuneração, é
preciso considerar as seguintes questões:
100,0%
90,0%
80,0% 72,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0% 17,0%
10,0% 7,0%
4,0%
0,0%
Gráfico 5: Preferência dos tipos de benefícios não remunerados pelo servidor público,
Barretos/SP, 2009.
Por: Rafael Favarin Giaculli Pimentel
Este sistema vem a partir do que o funcionário vem produzindo quanto a padrões,
metas e objetivos alcançados. Lacombe (2005, p. 160) escreve que “este sistema de
remuneração deve vir acoplado à administração por objetivos, pois as metas e resultados
desejados devem ser consistentes entre si e com a estratégia da empresa.”.
Acerca dos resultados tem-se a serem remunerados a partir dos padrões de
desempenho, que são valores sólidos, mensuráveis, palpáveis e significativos. Seja qual for o
caso o importante é medir o que importa, nem tudo é importante em um processo, mas os
32
princípio, por esse sistema, quanto maior o conhecimento útil para a empresa maior deve ser a
remuneração, desde que esse conhecimento seja comprovado.” (LACOMBE, 2005, p. 164).
Outro importante fator é quanto esse capital humano faz com que os produtos/serviços
tenham uma nova tendência, que satisfaça e surpreenda seus clientes, dessa forma, Lacombe
(2005, p. 164) transcreve que “as que são mais importantes para as vantagens competitivas da
empresa devem ser mais valorizadas que as demais, pois são as que agregam valor percebido
pelos clientes.”.
Por se tratar da parte pensante da organização, ou do já mencionado capital humano
Tohmatsu (2002) concorda com a assertiva e escreve quanto o assunto ao salientar que “é
mais adequado para o nível técnico em diante, pois não envolve aspectos de fácil avaliação.”.
7 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Chiavenato (2004, p. 227) comenta que essa avaliação é necessária para que elimine as
incertezas e, concomitantemente, busque concordância entre o gerente e o funcionário de
forma que as trocas de idéias façam fluir com mais intensidade. No dia-a-dia da organização,
gerente e funcionário, precisam estar com o mesmo intuito, os mesmos anseios para
conquistar suas metas.
Chiavenato (2004, p. 227) também salienta que “na realidade, a avaliação do
desempenho deve mostrar ao funcionário o que as pessoas pensam a respeito do seu trabalho e
da sua contribuição à organização e ao cliente.”. Desse modo que o funcionário vai entender
se a maneira que ele preza pela empresa é a forma o qual esperam que ele contribua.
A avaliação de desempenho é, de forma sistêmica, uma das maneiras para abranger as
possíveis evoluções funcionais de forma que os sujeitos que se inter-relacionam como o
indivíduo, o gerente, a equipe de trabalho e quem mais participar da avaliação terá um papel
incisivo diante do resultado a ser apresentado. Chiavenato afirma que:
6%
46%
48%
5,0%
32,0%
63,0%
Gráfico 7: Servidores que entendem que o seu crescimento é através do Tempo de Serviço,
Barretos/SP,2009.
Por: Rafael Favarin Giaculli Pimentel
Fato este que em conjunto com o Gráfico 6 demonstra a falta de consciência do fator
gerador da progressão da sede pública em questão que vê sua avaliação de desempenho como
preparatório para identificar o servidor como estável e que, após o período de três anos cai na
falta de maneiras de avaliações quanto o seu desempenho e a única alternativa para a
progressão se assenta sobre o tempo de serviço. Alguns servidores crêem que sua progressão
dependem dessa avaliação de desempenho inicial outros entendem que ela não exerce o seu
verdadeiro papel o que gera essa incerteza do real motivador de suas progressões.
Ainda sobre a avaliação de desempenho percebe-se que deve apresentar resultados
sistemáticos do desempenho do funcionário de forma que os resultados, o desempenho e
fatores críticos de sucesso, como Chiavenato (2004, p. 222) escreve que “muitas empresas
desenvolvem vários sistemas de avaliação para acompanhar resultados financeiros, custos de
produção, quantidade e qualidade dos bens produzidos, desempenho individual dos
funcionários e satisfação dos clientes.”.
A partir deste evento pode-se traçar um sistema de remuneração de forma que os
servidores tenham suas recompensas compatíveis com seus resultados, de maneira que
Lacombe (2005, p. 160) escreve que remunerar seus servidores pelo seu desempenho
“consiste em pagar as pessoas em função de padrões, metas e objetivos. Este sistema de
39
remuneração deve vir acoplado à administração por objetivos, pois as metas e resultados
desejados devem ser consistentes entre si e com a estratégia da empresa.”.
Segundo Ribeiro (2006, p. 280) acentua quatro métodos de avaliação, sendo eles, os
mais conhecidos, como por exemplo, o método do Ordenamento ou Escalonamento, dos
Graus Predeterminados, dos Pontos e de Comparação de Fatores. Já Fidelis (2007, p. 102) diz
que os mais comuns utilizados pelas organizações são os de Escalas Gráficas, Incidentes
Críticos e o Método de 360 Graus e a Avaliação Participativa por Objetivos.
Ribeiro (2006, p. 284) salienta ainda que na prática moderna, as empresas raramente
utilizam um método isoladamente, preferindo desenvolver métodos mistos, com os quais
procuram combinar as vantagens de cada um deles. Fidelis (2007, p. 105) complementa
Ribeiro quanto explana que os problemas de um sistema de avaliação de desempenho ficam
por conta da subjetividade inserida no processo de julgamento, o avaliador conscientemente
“interfere” em um resultado com a intenção de ajudar ou prejudicar o avaliado, efeito halo; o
avaliador deixa-se levar por uma característica marcante do avaliado, neutralizando as demais,
basear-se em acontecimentos recentes, julgar a pessoa pelos seus últimos anos, levar em conta
características pessoas extra cargo e metodologia utilizada para avaliar.
A atribuição de pontos é criticada por alguns autores, que consideram suas facilidades
e vantagens insuficientes para justificar a transformação da complexidade do desempenho do
servidor em simples números sem significado. (CECCON 2006, p. 110).
O Modelo público mais utilizado fica por conta do desempenho para cumprimento de
estágio Probatório, que Ceccon salienta:
Através de frases prontas, o avaliador devia escolher cada uma. Mesmo que idéia era
eliminar a superficialidade, a generalização e a subjetividade surge este método
(CHIAVENATO 2004, p. 232).
“Cada bloco é composto de duas, quatro ou mais frases. O avaliador deve escolher
forçosamente apenas uma ou duas frases em cada bloco que mais se aplicam ao desempenho
do funcionário avaliado.” (CHIAVENATO 2004, p. 232).
Chiavenato (2004, p. 232) salienta como vantagens do método de escolha forçada o
fim da influência pessoal do avaliador e evita o efeito de generalização na avaliação. Como
desvantagens, o estudo não traz consigo a retroação de dados, nem permite comparações e
nenhuma participação ativa do avaliado.
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Sendo este um dos métodos que traz mais informações inerentes ao que se propõe e
como Chiavenato (2004, p. 232) comenta “é um dos métodos mais completos de avaliação de
desempenho.”.
A Pesquisa de Campo “requer entrevistas entre um especialista em avaliação com os
gerentes para, em conjunto, avaliarem o desempenho dos respectivos funcionários.”
(CHIAVENATO 2004, p. 232).
Para se chegar às respostas, o método propõe quatro etapas que Chiavenato (2004, p.
233) evidencia da seguinte forma: “entrevista de avaliação inicial, entrevista de análise
complementar, planejamento das providências e acompanhamento posterior dos resultados.”.
Como prós e contras Chiavenato (2004, p. 234) enumera os prós de forma “envolve
responsabilidade de linha e função de staff na avaliação do desempenho, permite
planejamento de ações para o futuro, enfatiza a melhoria do desempenho e o alcance de
resultados” e como contras o autor traz “custo operacional elevado por exigir a assessoria de
especialista, processo de avaliação lento e demorado e pouca participação do avaliado, tanto
na avaliação como nas providências.”.
83,0%
17,0%
SIM NÃO
8 METODOLOGIA
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
propor remunerações com benefícios onde não se tornam incorporáveis ao passo que o
servidor possa alcançar sua ascensão obtendo outros tipos de benefícios.
Baseado em ambas as opiniões tem-se como ideal plano de remuneração sendo ele
variável onde a proposta fica por conta de se ter um método monetário e um de benefícios em
consonância para motivar o servidor a desempenhar suas funções de forma que não fique
insatisfeito, pois a empresa corrobora com sua família na educação, saúde, lazer e etc mas
também não tira as possibilidade do crescimento financeiro que maior poder de compra para
seu colaborador.
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REFERÊNCIAS
BERVIAN, P.A., CERVO, A.L. Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2002.
BRASIL. Lei Federal 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o regime jurídico dos
servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm> Acesso em: 30
de out 2009.
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações.
2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
_________. Gestão de Recursos Humano: tradicional e estratégia. 2. ed. São Paulo: Érica,
2007.
MEIRELLES, H.L. Direito Municipal Brasileiro. 12. ed. São Paulo: Malheiros Editores,
2001
OLIVEIRA, D.P.R. Plano de Carreira: Foco no indivíduo. São Paulo: Atlas, 2009.
APÊNDICE
50
5. Qual fator você preza como mais importante no Plano de Carreira do serviço público?
Tempo de Serviço
Desempenho
Habilidades
Entusiasmo