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1. Introdução
O mecanismo do relógio
3. A abordagem teórico-metodológica
Os entrevistados
Quadro 1
Síntese dos dados dos entrevistados
3 58 F Copeira Função
4 36 F Secretária Idade/função
5 39 F Secretária Idade/função
6 52 F Secretária Idade/função
16 34 F Secretária Idade/função
18 35 F Copeira Função
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t contexto da entrevista;
Quadro 2
Recorte de um mapa associativo de uma das entrevistas da amostra
(entrevistado: 38 anos, sexo masculino, analista de sistema)
Máquinas Velocidade/aceleração
Do telefone celular
mesmo; que foi uma
mudança começada
pelo bip.
4. Os sentidos da velocidade
Quadro 3
Associações com velocidade
16 Imagino logo o computador Exige mais de mim; organização Menor tolerância com o erro
10 Organização geral, papéis; Fax, e-mail e internet permitem Acúmulo de funções; dividir-
organizar arquivos tanto do resolver problemas a distância se em mil; ansiedade diante
computador como dos papéis da quantidade de
informações
continua
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Essa associação é feita pelas duas copeiras, “é a pressa, a vida corrida”, “é uma
correria que não tem parada, não pode parar”, ou seja, a correria aqui está as-
sociada à vida como um todo e não só ao trabalho.
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A velocidade ambígua
P — Por quê?
P — Então...
E — Eu acho que as crianças não têm noção do que era antes, do que era ler-
do. Mesmo a gente, hoje, fica irritado porque o computador demora... vou
trocar de computador. Foi muito violenta a mudança. Não sei se é bom ou
ruim, ganhou em velocidade.
E — É bom. Não sei dizer se tudo é bom. O balanço é positivo. Agora, isso
talvez torne a gente um pouco mais ambicioso com coisas que levam mais
tempo para serem resolvidas: relações pessoais, relações de saúde. Você quer
uma reposição imediata: estou resfriado, me troca o nariz, pronto, resolve.
Talvez isso crie algumas coisas...
P — Ansiedades?
E — Que não são possíveis de serem tratadas nesse mesmo tempo... Já faz um
dia que estou de cama.
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5. Considerações finais
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