GISLAINE DE AQUINO GOMES

Gestão de Recursos Humanos

A IMPORTÂNCIA DO SETOR DE RECURSOS HUMANOS

SOBRE A MOTIVAÇÃO DOS COLABORADORES DE UMA
EMPRESA

Tutor: Prof. Neivaldo Hakime Dutra

Claretiano - Centro Universitário

DOURADOS
2018
 A IMPORTÂNCIA DO SETOR DE RECURSOS HUMANOS
SOBRE A MOTIVAÇÃO DOS COLABORADORES DE UMA
EMPRESA

RESUMO:

Investir em recursos disponíveis para a evolução de uma empresa com o intuito de

permanecer dentro do mercado competitivo, que de acordo com a evolução industrial nos
últimos tempos, virou uma espécie de obrigação entre as empresas, caso a empresa não
acompanhe de forma objetiva essa evolução pode estar encaminhando para o fechamento de
suas portas. Uma das medidas adotadas entre as empresas está no investimento pessoal de
seus funcionários e por meio do setor de RH pode-se dar uma maior ênfase neste investimento
salutar e de retorno certo aos anseios empresariais. O objetivo deste estudo consiste em
mostrar de forma peremptória a importância que o setor de RH exerce dentro de uma empresa
e buscar por meio de uma revisão de literatura o que de fato existe no meio empresarial
relacionado com motivação dos colaboradores de uma empresa. Portanto, a importância do
setor de RH realmente pode fazer a diferença dentro de uma empresa e isto foi constatado
neste trabalho. O resultado da pesquisa contribui de forma objetiva para o meio empresarial
que busca diariamente melhorar o relacionamento entre seus funcionários e isso justifica a
escolha deste tema. Portanto pode-se observar que a boa relação entre os colaboradores de
uma empresa realmente faz toda a diferença e neste aspecto o setor de RH torna-se o grande
responsável para o sucesso.

Palavras-chave: recursos humanos, empresa, desenvolvimento pessoal, desempenho

profissional.
1. INTRODUÇÃO

No mundo hodierno com a evolução da economia e as inovações tecnológicas as

empresas se veem na obrigação de lutar por um espaço dentro do mercado competitivo. De

acordo com Oliveira, (2011) expandir seus negócios para manter-se na lucratividade é fator

necessário para a vida funcional de uma organização e para um crescimento satisfatório a

empresa deve investir em recursos disponíveis para o crescimento e manutenção do lucro.

Mello e Filho (2010, p. 623) reforçam que:

A complexidade do mundo moderno, caracterizado por instabilidade e incertezas,

obriga as empresas a se posicionarem com um mínimo de antecipação para
enfrentarem esse ambiente de mudanças, o que torna vital o exercício gerencial de
planejamento do empreendimento.

Oliveira (2011, p. 5) segue afirmando que: “a organização deve dispensar especial

atenção à gestão das pessoas que a compõe, visto que a competência destas está diretamente

ligada à eficiência da empresa”.

Investimentos em tecnologias, espaços físicos e pessoas se fazem necessário tendo

este último uma importância não maior que as demais, porém muito notória, já que os

colaboradores de uma empresa quando são valorizados devolvem as empresas o seu melhor.

Oliveira (2011, p.5) afirma que:

Assim, mostra-se relevante o papel da área de gestão de pessoas em uma

organização que, dentre outros objetivos, tem a incumbência de desenvolver
competências profissionais, aumentando a eficiência dos trabalhadores e,
consequentemente, da própria empresa. Pode-se então, considera-la como elemento
chave na conquista da referida competitividade ou, dito de outra forma, o sucesso na
gestão das pessoas em uma organização pode trazer vantagem competitiva.

A transformação é um processo pelo qual organizações estão passando ao longo dos

anos, exatamente para manter-se no mercado e com a mudança no cenário econômico fica

evidente a necessidade de se adequar ao contexto. O aumento da competitividade na seara

empresarial é explicado pela disputa de mercados e globalização das economias

(COUTINHO, 2006).
 O setor de Recursos Humanos (RH) neste contexto é um parceiro da empresa

direcionando seus esforços em pessoas visando à produtividade organizacional e

consequentemente ao lucro empresarial. Entendendo de forma peremptória as necessidades

básicas humanas e focando para um objetivo salutar e satisfatório de ambos, a empresa só tem

a ganhar com os resultados.

Para destacar a importância essa questão, alguns autores como Dutra, (2009) e

Oderich, (2001) citado por Oliveira, (2011, p. 8) esclarecem que:

Mudanças estão acontecendo no ambiente organizacional nos últimos tempos e estão

trazendo consigo novas formas de gerir pessoas. Por parte da empresa, a velocidade
em que produtos e serviços são atualizados e renovados e o alto grau de
competitividade que vem se instalando requer pessoas mais envolvidas e
comprometidas com o negócio e que estejam inseridas em um contínuo processo de
aperfeiçoamento e aprimoramento.

Podemos perceber que melhorar o fator motivacional de seus colaboradores torna-se

um desafio para as empresas e em especial para o RH que nos dias atuais deixa de ser aquele

responsável apenas pelas entrevistas e contratos para assumir um papel ainda maior com a

complexidade e a individualidade dos funcionários no quesito motivação e o que a

inexistência dela poderia acarretar para uma estrutura organizacional.

Buscar uma fundamentação teórica acerca da importância do RH na vida dos

colaboradores gerando assim um fator motivacional nos mesmos é o escopo deste trabalho. A

necessidade de se valorizar cada vez mais um colaborador fazendo com que ele se sinta parte

da organização e não apenas um número na folha de pagamento é função primordial do RH

que com dedicação deverá sempre buscar o melhor para o colaborador, uma vez que quanto

mais motivados e engajados em desenvolver suas funções mais resultados positivos eles

trarão. Justificando assim a nossa intenção neste trabalho.

2. DESENVOLVIMENTO

Em uma estrutura organizacional a presença de um setor de recursos humanos torna-

se parte importantíssima na permanência vital de uma empresa, Silva (2014). De acordo com

Cruz e Santana (2015, p.1) “o setor de RH tornou-se um dos fatores mais importantes para a

vantagem competitiva sustentável do negócio, estando incorporado e não desassociado das

estratégias organizacionais, sendo presente nas Organizações de forma significativa para os

resultados”. O RH pauta-se de técnicas administrativas em busca de uma estratégia

empresarial que vem consolidando nas grandes organizações nos últimos anos focado nos

aspectos humanos.

Chiavenato (2009) apud Silva (2014, p 13) “relata que as pessoas constituem o mais

importante ativo das organizações”. Neste contexto o RH busca constantemente melhorar a

competência, compromisso dos funcionários e o desempenho.

Silva (2014, p.13) intensifica a importância do papel que as pessoas assumem diante

das organizações em:

A gestão de pessoas é representada pela íntima interdependência das organizações e

das pessoas. Pessoas e organizações variam intensamente. A gestão de pessoas
dependerá da mentalidade predominante na organização, sendo que atualmente, as
organizações estenderam seu conceito de parceria incluindo nele, os funcionários,
passando a tratá-los como parceiros, onde cada um está disposto a investir seus
recursos na organização na medida em que obtiver retornos adequados. As pessoas
deixaram de ser o recurso humano para serem tratados como parceiros e
colaboradores. Os objetivos dos Recursos Humanos (RH) passaram a ser
estratégicos para as empresas com o intuito de agregar, aplicar, recompensar,
manter, desenvolver e monitorar pessoas.

Podemos começar a compreender que a efetiva participação do funcionário torna-se

parte primordial em uma organização, e que uma empresa deve focar em seus colaboradores

com o intuito de deixa-los em uma situação confortável para desenvolver suas funções

laborais com o máximo de excelência, pois o sucesso de uma organização vai depender de

vários fatores.
 “A área de Recursos Humanos (RH) é caracterizada pelas organizações e pelas

pessoas que delas participam. As organizações são constituídas de pessoas e dependem delas

para que possam atingir seus objetivos e cumprir sua missão” (SILVA, 2014, p. 15).

Ademais, a área de RH procura sempre inovar e coordenar atividades e mecanismos

com o escopo de ouvir, responder e encontrar maneiras de atender as demandas, tendo em

vista que cada pessoa responde de um jeito único aos estímulos laborais.

Para Ribeiro (2010, p.17) “o indivíduo é único e se destaca na equipe de trabalho por

suas diferenças e, para desenvolver um bom trabalho de equipe e sucesso em obter metas, é

necessário haver uma liderança bem preparada”. Portanto o papel de liderança é fundamental

no meio empresarial.

Segundo Chiavenato (1998, p. 89 apud RIBEIRO 2010 p. 17) “[...] liderança e a

influência interpessoal exercida numa situação e dirigida por meio do processo de

comunicação humana para consecução eu um ou mais objetivos específicos”.

O setor de RH vem ganhando mais importância ao longo do tempo, e “uma boa

gestão de Recursos Humanos pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma

organização” (GOMES, 2017 p.12). Portanto o desempenho de uma organização recebe muita

influência do RH formando entre elas uma relação muito próxima.

“As empresas que se empenham em atender às necessidades dos seus colaboradores

podem cultivar um ambiente de trabalho focado na produtividade, sendo a gestão estratégica

de recursos humanos o melhor caminho para alcançar esse propósito” (GOMES, 2017 p.12).

Na visão de Dantas (2001 apud GOMES 2017 p.15), “a capacidade de inovação das

empresas depende da competência dos recursos humanos, sendo os seus conhecimentos,

capacidades e atitudes uma contribuição para um desempenho mais inovador”.

 Na perspectiva humana em que destaca a pessoa como peça fundamental de uma

organização fica fácil visualizar a grande importância do setor de Recursos Humanos para

traçar de forma adequada a melhor estratégia empresarial.

Segundo Chiavenato (2000) para uma empresa ser bem-sucedida deve-se pensar em

toda sua estrutura organizacional, para isso acontecer o capital humano é de fundamental

importância. E nesta perspectiva que o setor de recursos humanos vai focar seus esforços.

A gestão de recursos humanos na visão de Storey (1995 apud GOMES 2017, p. 15)

é:

Uma abordagem distintiva da gestão dos trabalhadores, que procura alcançar uma
vantagem competitiva através do desenvolvimento estratégico de uma força de
trabalho, altamente capaz e empenhada, usando um conjunto integrado de técnicas
culturais, estruturais e pessoais.

Portanto, a capacidade que as pessoas têm enquanto peças essenciais de uma

organização acabam merecendo destaque dentro de uma organização e assim é possível notar

que sempre o RH estará envolvido em melhorar cada vez mais as necessidades laborais com o

escopo de encarar os concorrentes de igual para igual.

É bem mais barato administrar inteligência, do que tocar a empresa exclusivamente

com a força de capital financeiro, que depende da força humana (CHIAVENATO, 2000).

O capital somente será bem aplicado quando for inteligente bem investido e
administrado. Para tanto, administrar pessoas vem antes, durante e depois da
administração do capital ou da administração de qualquer outro recurso empresarial,
como máquinas, equipamentos, instalações, cliente etc. As empresas bem-sucedidas
deram-se conta disso e voltaram-se para seus funcionários como os elementos
alavancadores de resultados dentro da organização. (CHIAVENATO, 2000, p. 2).

Gomes (2017, p. 25) faz um relato interessante:

A área de RH se distingue das demais áreas, pois a mesma não trata apenas da
estratégia da empresa para o atingimento de objetivos organizacionais, como
também da estratégia para o atendimento de suas próprias necessidades. Uma vez
estabelecidos objetivos e estratégias é importante o estabelecimento de políticas de
promoção e avaliação, de acordo com as estratégias da organização, pois, como a
organização é um conjunto de pessoas que trabalham para satisfazer suas
necessidades, é fundamental que o interesse dessas pessoas esteja orientado para
atender também, aos objetivos organizacionais.

Dessa maneira, podemos deduzir que uma empresa focada na boa gestão de Recursos

Humanos é bem superior àquelas em que seus gestores ignoram essa área. A boa gestão do
RH parece transmitir a boa confiança por parte dos colaboradores que de forma simples e

objetiva transmite confiabilidade aos gestores e todos em prol do aumento mútuo da

produtividade.

O RH trabalha a motivação do colaborador para que este possa render muito mais

para a empresa. E motivação é um conceito que se invoca com frequência para explicar as

variações de determinados comportamentos e tratar gente como gente passa ser uma

obrigação no sentido literal da palavra, uma vez que isso é básico em uma empresa e tratar o

colaborador com respeito, oportunidade de crescimento, remuneração adequada e um pacote

de benefícios adequados fazem toda diferença.

Conhecer os fatores desmotivadores dos colaboradores em uma empresa torna-se

uma tarefa árdua e desafiadora, no entanto não impossível, pois quando os colaboradores

trabalham motivados, os resultados acontecem e tornam-se os melhores possíveis, como por

exemplo, a melhoria do clima, maior produtividade, redução de custos, baixa rotatividade,

entre outros (ANTUNES, STEFANO e BERLATO, 2013).

Conforme cita Boudreau e Mikovich (2010, p. 19 apud ANTUNES, STEFANO e

BERLATO, 2013 p. 2): “Os recursos humanos (RH) trazem o brilho da criatividade para a

empresa. As pessoas planejam e produzem os produtos e serviços, controlam a qualidade,

vendem os produtos, alocam recursos financeiros e estabelecem as estratégias e objetivos para

a organização”.

“A motivação impulsiona o homem a agir de determinada forma, por isso torna-se

interessante que ela esteja presente no ambiente de trabalho para que juntos, em harmonia, em

equipe possam alcançar metas e cumprir os objetivos traçados” (ANTUNES, STEFANO e

BERLATO, 2013, p. 2).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na medida em que o mundo foi evoluindo e as empresas se viram na obrigação de

acompanhar essa evolução na intenção de manter-se competitivamente no mercado começou a

busca por medidas favoráveis ao crescimento empresarial.

Durante este período, empresas focaram nos investimentos em tecnologias e

materiais, além do investimento com o material humano. Este último setor de investimento

(material humano) gerava uma necessidade por parte da empresa em ter as pessoas

comprometidas em prol do trabalho para a sucessão empresarial no mercado e neste viés a

área de RH foi de suma importância já que trabalhava diretamente com pessoas.

Assim, a empresa direcionava todo o trabalho do RH para que os colaboradores

estivessem intimamente ligados e envolvidos com a visão e missão da empresa.

O setor de RH também teve sua evolução e sua importância reconhecida por parte

empresarial que investiu em pessoas capazes de atuar diretamente sobre os colaboradores de

uma empresa e fazer com que esses colaboradores pudessem ter noção da sua importância

dentro do setor em que exerce suas funções laborais.

O setor de RH fica então incumbido de fazer com que o trabalho seja produtivo, e

assim, apareçam os resultados desejados com a utilização das habilidades disponíveis de seus

colaboradores, buscando desta forma retirarem o máximo de proveito destes colaboradores,

sem, no entanto que isso reflita de forma negativa a vida pessoal do colaborador.

As organizações buscam estratégias que se relacionam em sua totalidade com o setor

de RH em prol de resultados satisfatórios buscando um desenvolvimento de uma postura

competente e competitiva aprimorando e aflorando o talento de seus colaboradores, nessa

perspectiva fica evidente a responsabilidade do RH pela consecução de resultados

satisfatórios.
 Portanto pode-se dizer que a importância do setor de RH em uma empresa é de

fundamental importância para o sucesso no meio empresarial e fica evidente que as

instituições estão sempre investindo neste setor e buscando sempre a primazia na boa relação

entre seus colaboradores e foco no objetivo comum.

 REFERÊNCIAS

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