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1-INTRODUÇÃO:
Com o desenvolvimento dos sistemas de geração, transmissão e distribuição a ligação à terra passou
a ser ainda mais necessária com finalidade de proteger as pessoas e os equipamentos, nascendo dai
à necessidade do chamado aterramento do sistema, que nada mais é do que a ligação à terra de um
condutor "vivo", normalmente o ponto neutro do sistema de geração ou transformação, deste modo
garante-se um retorno das correntes de defeito (de seqüência zero) pela terra (caso por exemplo de
um condutor tocando o solo) para a origem das mesmas (gerador e/ou transformador) possibilitando
deste modo à operação rápida das proteções (fusíveis, disjuntores). A terra portanto pode ser
considerada como denominador comum para todos os equipamentos elétricos.
Conceitualmente é muito importante termos bem claro que o sistema de aterramento, é um item
muito importante, mas não e o único que teremos que dedicar muita atenção. Atualmente é cada vez
mais importante atuarmos sobre todos os seguimentos que compõem uma instalação elétrica,
principalmente naquelas onde equipamentos eletro-eletrônicos sensíveis (ETI) estão presentes.
2.1- ATERRAMENTO:
2.2-CONDUTOR DE ATERRAMENTO:
Condutor ou elemento metálico que, não estando em contato com o solo, faz a ligação
elétrica entre uma parte de uma instalação que deve ser aterrada e o eletrodo de
aterramento
2.3-CORRENTE DE INTERFERÊNCIA:
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Elemento condutor ligado diretamente a terra cuja finalidade original não é de aterramento,
mas que se comporta naturalmente como eletrodo de aterramento
2.6-MALHA DE ATERRAMENTO:
2.7-POTENCIAIS PERIGOSOS:
Potenciais que podem provocar danos quando aplicados ao elemento tomado como
referência
Relação da tensão medida entre o eletrodo e o terra remoto e a corrente injetada no eletrodo
Valor de resistividade resultante da avaliação das condições locais e do tratamento estatístico dos
resultados de diversas medições de resistividade do solo para aquela profundidade, efetuadas numa
determinada área ou local, e que possa ser considerada como representativo das características
elétricas do solo. [Fonte: ABNT NBR 7117/12].
2.13-SISTEMA DE ATERRAMENTO:
Conjunto de todos os eletrodos e condutores de aterramento, interligados ou não entre si, assim como
partes metálicas que atuam direta ou indiretamente com a função de aterramento, tais como: torres e
pórticos, armaduras de edificações, capas metálicas de cabos, tubulações e similares.
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
2.14-TENSÃO DE PASSO:
Diferença de potencial entre dois pontos da superfície do solo separados pela distância de um passo
de uma pessoa considerada igual a 1,0 metro.
2.15-TENSÃO DE TOQUE:
Diferença de potencial entre uma estrutura metálica aterrada e um ponto da superfície do solo
separado por uma distância horizontal equivalente ao alcance normal do braço de uma pessoa. Por
definição considera-se esta distância igual a 1,0 metro.
3
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
3.1-PRINCIPAIS FINALIDADES:
3.1.3-Manter os potenciais que surgem nas partes metálicas das carcaças e estruturas
metálicas dos equipamentos, acidentalmente energizadas, dentro dos limites considerados
seguros, para os operadores e para os próprios equipamentos;
3.2-PRINCIPAIS REQUISITOS:
3.2.2- Ter rigidez mecânica suficiente, especialmente em locais onde houver possibilidade
de danos físicos;
3.2.3- Os materiais utilizados nos sistemas de aterramento devem ser especificados de tal
maneira a suportar os efeitos da corrosão, característico dos locais onde forem instalados;
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Não deve sofrer corrosão nem afrouxar (ideal uso de solda exotérmica)
Deve estar de acordo com a NBR 13571, processo de fabricação eletrolítico com
camada de cobre mínima de 0,254mm. As hastes deverão ter gravadas em baixo
relevo as inscrições: espessura de cobre 254µ (mícrons) e a norma NBR 13571.
HASTE-SOLO - O solo junto as hastes deve estar tanto quanto possível compactado,
pois é justamente na camada de transição haste-solo onde se concentram os valores
mais elevados das componentes da resistência de aterramento.
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
O conceito físico da resistência de aterramento, pode ser facilmente entendido através do sistema típico
de aterramento/protecão representado pela Figura 3, composto da carcaça metálica aterrada de um motor
e o conjunto de dispositivos de proteção (fusíveis e/ou disjuntores) instalados nas fases, os quais deverão
interromper a corrente de falha, no caso de um curto-circuito, em um determinado intervalo de tempo, isto
quando a mesma circular através do sistema de aterramento para o neutro da fonte, transformador ou
gerador, através da terra, quando na ausência do condutor de proteção (PE), como é o caso do esquema
de aterramento do tipo TT. O mais seguro é termos a presença do condutor de proteção (PE) como no
caso do esquema de aterramento TN-S. A análise será feita primeiramente considerando-se um
Esquema de aterramento do tipo TT, com o objetivo de explicar o conceito físico da resistência de
aterramento.
Cabe observar que a interligação da carcaça metálica do motor à terra é feita através do chamado
condutor de aterramento (2), que por sua vez é conectado ao eletrodo de aterramento (4).
A oposição a corrente de falha que neste caso específico do esquema de aterramento TT tende circular
do ponto de defeito para a fonte, esta oposição à circulação da corrente é caracterizada como sendo a
chamada de resistência de aterramento.
R6 = Resistência do solo que envolve o eletrodo de aterramento (soma das diversas calotas semiesféricas
infinitesimais até o terra remoto).
6
Figura 3 – Componentes da resistência de aterramento – Esquema de aterramento TN-S
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Deve ficar claro que o circuito da figura 3 apresentada sem o (PE)
durante a aula, foi desta maneira com o objetivo de apresentar o conceito físico da resistência de
aterramento, porém na prática é muito importante do ponto de vista de segurança que a instalação do
motor ou outro equipamento elétrico seja executada com o condutor de proteção (PE) indicado na figura
3 anterior, deste modo a maior parte da corrente de defeito (curto-circuito fase-terra) irá circular pelo (PE)
e não totalmente pela terra, com a consequente redução dos potenciais de passo. Cabe observar que o
condutor de proteção (PE) deve ser instalado o mais próximo possível dos condutores das fases que
alimentam o motor, ou outro equipamento elétrico, para que desta maneira a impedância de retôrno
(sequência zero) do mesmo, no caso de um curto-circuito fase-terra tenha um valor o menor possível.
Dos vários componentes que compõem o valor total da resistência de aterramento, a resistência própria
dos condutores, das conexões e dos próprios eletrodos de aterramento, quando convenientemente
dimensionados/especificados e instalados podem ser considerados como tendo um valor de resistência
desprezível (valor de resistência aproximadamente igual a zero) em comparação com a resistência
característica do próprio meio onde foi implantado o sistema de aterramento, no presente caso o solo:
Em alguns casos visando economia, as partes metálicas dos equipamentos são ligados diretamente no
sistema de aterramento da indústria, e o (PE) não é instalado, pensando-se que a corrente de curto-
circuito fase terra irá circular igualmente pelo sistema de aterramento, geralmente constituido de uma
malha de aterramento, o que não é verdadeiro, pois a impedância de sequencia zero da mesma é muito
maior do que a que irá circular pelo condutor de proteção (PE) quando este for instalado próximo dos
condutores fase que limentam o respectivo equipamento elétrico, podendo por este motivo não
possibiitar a atuação da proteção. Conclusão: O condutor de proteção (PE) deve ser sempre
instalado, e deverá estar posicionado o mais próximo possível dos condutores das respectivas fases,
conorme pode ser visto na figura 4.
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Apesar de na prática não encontrarmos eletrodos de aterramento com este formato, o estudo teórico
para a caracterização da resistência de aterramento através do mesmo é de grande ajuda visando a
compreensão de aspectos práticos relativos não só aos eletrodos como também dos sistemas de
aterramento reais.
Figura 5 - Eletrodo ideal constituído por uma semi-esfera de raio ( r ) e diversas calotas semi-esféricas de espessura (dx)
A corrente ( l ), neste caso ideal, quando se dissipa para a terra o fará radialmente em relação a semi-
esfera. As linhas pontilhadas representam as diversas calotas semi-esféricas de espessura infinitesimal
(dx). Considerando-se o solo como um condutor pelo qual irá circular a corrente de defeito ( l ), fica
claro que quanto mais afastado do centro (O) da semi-esfera maciça estivermos, maior será a seção
transversal representada pelas diversas calotas semi-esféricas de espessura infinitesimal (dx).
dx
dR Equação. (1)
S
Sendo que o valor da área superficial das calotas semi-esféricas variáveis pode ser calculada pela
expressão:
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ρ=resistividade em Ω.m
dx dx
dR = Equação (3)
S 2 X 2
r1
dx 1 1
R Equação (4)
r 2 X 2 2 r r1
1 1
R
2 r 2 r
R Equação (5)
2 r
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Equação (5) utilizada para o cálculo da resistência de aterramento de um eletrodo semi-esférico ideal em um
solo homogêneo.
Sendo:
O cálculo do potencial em um ponto qualquer da superfície do solo distanciado de (X) metros do centro
do eletrodo semi - esférico pode ser calculado pela equação (6):
I
VX Equação (6)
2 X
A figura 6 representa a curva dos potenciais em vários pontos do solo nas proximidades do eletrodo
semi-esférico ideal em um solo homogêneo.
Figura 6- Distribuição dos potenciais no solo próximo ao eletrodo semi-esférico quando percorrido por
uma determinada corrente de curto-circuito fase-terra.
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
A resistência que a corrente (I) encontra quando circula através do sistema de aterramento (hastes
e/ou condutores) e pelo solo até a fonte da mesma é a resistência de aterramento verdadeira (R∞)
a qual é calculada pela equação (5). E é denominada de resistência de aterramento (verdadeira)
do ponto de vista operativo, ou seja a qual cujo valor deve garantir a operação num determinado
tempo bem definido, dos dispositivos de proteção tais como fusíveis e/ou disjuntores.
Os valores das tensões de toque e passo máximas admissíveis pelo corpo humano são
estabelecidas de função do tempo de eliminação do defeito ( t ) e da resistividade superficial do solo
( ρs ) e das resistências envolvidas no circuito.
Com base em experiências práticas feitas pelo Engº Charles Francis Dalziel na Universidade de
Berkeley na Califórnia, foi determinado praticamente o limite do valor da corrente a qual não
produzia fibrilação ventricular em 99,5% das pessoas de 50 kg e 70kg respectivamente num intervalo
de tempo de 0,03 ≤ t ≤3 segundos. Os valores são:
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b) Luvas e resistência das botas e meias são consideradas também iguais a ZERO;
c) A resistência que representa o corpo humano, entre mãos e entre os dois pés deverá ser igual à
Rch=1.000Ω
A resistência própria do pé humano para se fazer o cálculo das tensões de passo e de toque são
representados por um disco metálico de raio igual a (b), sendo este raio igual a (b=0,083) ou seja:
Equação ( 9 )
Sendo:
C= É um fator de correção para que seja computada a resistência efetiva dos pés na presença de
um material na superfície de espessura finita, que no caso de subestações é utilizado normalmente
a brita, sendo a espessura recomendada igual a 15 centímetros. A equação empírica (10)
possibilita o cálculo de ( C ) com um erro permissível de aproximadamente 5% em comparação com o
cálculo deste parâmetro pelo método analítico.
[ ] Equação (10)
12
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Sendo:
hs = Espessura da brita
Figura 7
Rch=1.000Ω
Rp 𝜌𝑠
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Sendo:
Rch = Resistência do corpo humano, adotada como sendo igual a Rch = 1.000 Ω;
Ichcd = Máxima corrente de curta duração admissível pelo corpo humano em ampéres (A);
Ichld= Máxima corrente de longa duração admissível pelo corpo humano em ampéres (A);
No cálculo da tensão de passo máxima admissível dois casos devem ser considerados:
a) Os defeitos de curta duração (Ichcd), determinados pelo sistema de proteção e a corrente calculada pela
equação ( 7 ) já vista:
b) Defeitos de longa duração, são aqueles que não sensibilizam os dispositivos de proteção. A corrente
permissível pelo corpo humano (Ichld) conforme TABELA 4 da ABNT NBR 15751:13 seguinte:
Nota: Normalmente os valores mais críticos são quando da ocorrência dos defeitos de curta duração,
[ ] Equação (11)
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( Rmp ) resistência mútua entre os dois pés quando comparada com ( Rp ) pode ser considerada
desprezível (Rmp Zero ). Fazendo as substituições na equação (11) teremos a equação (12) para o
cálculo da máxima tensão permissível pelo corpo humano:
[ ] Equação (12)
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Rch = Resistência do corpo humano, adotada como sendo igual a Rch = 1.000 Ω;
Ichcd = Máxima corrente de curta duração admissível pelo corpo humano em ampéres (A);
Ichld= Máxima corrente de longa duração admissível pelo corpo humano em ampéres (A);
( ) Equação (12)
Equação (13)
Equação (14)
2-Valor de resistência de aterramento até uma distância igual a duas vezes o raio do eletrodo semi-
esférico, ou seja a uma distância de (2 x r);
3-Resistência de aterramento até uma distância igual a cinco vezes o raio do eletrodo semi-esférico,
ou (5 x r);
4-Qual a máxima elevação de potencial do sistema de aterramento composto pelo eletrodo semi-
esférico (GPR- Ground Potential Rise);
5-Qual a tensão de toque em uma estrutura situada à 4 metros do centro do eletrodo semi-esférico, e
interligada ao mesmo ?
5a- Qual o valor da corrente que irá circular pelo corpo do operador que tocar a citada estrutura ?
5b- O valor de corrente que irá circular pelo corpo do operado, poderá gerar fibrilação ventricular?
6.1- Qual a tensão de passo na periferia, isto é o operador posicionado com um pé sobre o eletrodo e
o outro distanciado de um metro para fora do eletrodo semiesférico;
6.2- Qual a tensão de passo entre os pés do operador situados a 4m e 5m do centro do eletrodo
de aterramento, conforme figura 10
6a- Qual o valor da corrente que irá circular pelo operador nos dois casos 6.1 e 6.2 ?
6b- A corrente que irá circular pelo operador nos dois casos poderá causar fibrilação ou não ?
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r1
dx 1 1
R 2 X
r
2
2 r r1
sendo r 1 = ∞ = terra remoto ou de referência
1 1 100
R 15,92
2 r r1 2 3,14 1
2- Cálculo da resistência de aterramento até uma distância de duas vezes o raio do eletrodo semi-
esférico, ou seja (2 x r); logo (r1) = 2x1= 2m
1 1 100 1 1
R 7,96
2 r r1 2 1 2
3-Cálculo da resistência de aterramento até uma distância de cinco vezes o raio do eletrodo semi-
esférico, ou seja (5 x r); logo (r1) = 5x1= 5m
1 1 100 1 1
R 12,73
2 r r1 2 1 5
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
15,92
12,73
7,96
Figura 7- Eletrodo semi-esférico com raio r =1metro em solo homogêneo com resistividade de 100Ω.m
No IEEE 80 – 2000 esta elevação de potencial é denominada de GPR ( Ground Potencial Rise).
I 100
GPR Vmáximo V X 100 1592V
2 X 2 3,14 1
100
Ou pode ser calculado por R I I 100 1592V
2 r 2 1
(I)
Vmáx.=1.592V
Figura 8 - Operador fora da área do sistema de aterramento, tocando um condutor metálico aterrado no
mesmo, ficará sujeito à Vmáx. = tensão de transferência. Esta elevada diferença de potencial aparecerá em
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
todo elemento condutor que esteja interligado ao sitema de aterramento e saia para fora do sistema de
aterramento de proteção.
É o valor da tensão que aparece entre a estrutura metálica aterrada à 4 metros do centro do eletrodo
e um ponto situado no solo a um metro da mesma, isto é a 5 metros do centro do eletrodo, conforme
figura 9.
Calcula-se o potencial em um ponto distanciado de (X) metros do eletrodo semi-esférico pela equação
geral (6), neste caso (X) = 5 metros.
I
VX fazendo-se ( X) = 5 metros, pois o operador está a cinco metros de distância do
2 X
I 100
V5m 100 318V
2 5 2 3,14 5
1metro
Logo a tensão de toque (Vt) será igual a: Vt = Vmáx – V5m = 1.592 - 318 = 1.274 V
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Dados:
Valor máximo de corrente de choque que em 99,5% das pessoas não gera fibrilação ventricular pode
[ ] [ ]
Cálculo da corrente que circulará pelo corpo do operador na situação do item 5 figura 9:
Respostas: Item 5a) O valor de corrente que irá circular pelo operador é de 0,330 A (330mA)
Item 5b) O valor de corrente de 0,330 A (330mA) irá causar fibrilação ventricular.
6.2- Tensão de passo em um ponto genérico, com os pés do operador distanciados de 4 e 5 metros do
centro do eletrodo de aterramento.
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Epcd
0,116
1000 6 3000 C 0,164 19000 0,70 2181,2V
0,5
6a- Qual o valor da corrente que irá circular pelo operador nos dois casos 6.1 e 6.2 ?
6b- A corrente que irá circular pelo operador nos dois casos poderá causar fibrilação ou não ?
I 100
V2 100 795V
2 2 2 3,14 2
Vp = 1.592−795 = 797 V
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
I 100
V4 100 398V
2 4 2 3,14 4
I 100
V5 100 318V
2 5 2 3,14 5
80V <<< 2.181,2V Não irá causar fibrilação pois a corrente terá um valor de 0,00588A<<< 0,164A que é valor
máximo permissível
5.1- 0 valor da resistência de aterramento deste eletrodo ideal semi-esférico é diretamente proporcional a
resistividade do meio, no caso o solo em que o mesmo será implantado, esta constatação é valida para todos os outros
tipos de sistemas de aterramento, o que nos leva a concluir que é fundamental o conhecimento das características
elétricas do meio através do conhecimento dos valores da resistividade do mesmo, os quais deverão ser obtidos por
medições executadas no local onde será implantado este sistema de aterramento. Os valores medidos, após tratamento
matemático adequado serão utilizados para a execução dos projetos dos sistemas de aterramento em geral;
5.2- Dentre as diversas parcelas que somadas entram na composição do valor final da resistência de aterramento de um
determinado eletrodo, as que tem os maiores valores concentram-se na proximidade do eletrodo;
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
5.3- Devido a conclusão do item anterior, quando for necessário se fazer o tratamento do solo para a redução do valor da
resistência de aterramento de um determinado eletrodo, este tratamento deverá ser executado o mais próximo possível do
mesmo, procurando-se atuar principalmente na região limite de transição entre o eletrodo e o solo, deve-se atuar
preferencialmente no volume de influência e o mais próximo do mesmo.
5.4- Aproximadamente 80% do valor da resistência de aterramento (Rat) está compreendida dentro de um volume entre as
calotas semi-esféricas até uma distância aproximada igual a cinco vezes o raio do eletrodo semi – esférico, em um solo
homogêneo. De uma maneira aproximada esta conclusão pode ser extrapolada para os casos de sistemas de aterramento
reais implantados em solos heterogêneos, considerando-se nestes casos a maior dimensão do sistema de aterramento como
sendo o raio do eletrodo semi-esférico, como exemplo: se tivermos uma malha com largura e comprimento de 50m x 50m a
sua maior dimensão será a sua diagonal, no caso aproximadamente igual a 70,71m, logo o seu volume de influência iria
aproximadamente até 70,71 x 5 , esta distância poderá variar conforme a composição do solo em questão.
5.5- O valor da resistividade do meio onde será implantado o sistema de aterramento deverá ser obtido através de
medições, com a aplicação da norma brasileira ABNT NBR 7117:12.
Observações: a) Os solos na prática não podem ser considerados homogêneos, isto é com o mesmo valor de
resistividade em todas as direções e profundidades. Devido a este fato veremos posteriormente que teremos que modelar
o solo (fazer a estratificação) para posteriormente executarmos os cálculos considerando a variação dos valores de
resistividade relativas as suas diversas camadas.
b) Os solos de um maneira genérica podem ser considerados como uma matriz porosa preenchida por água de
impregnação cuja a resistividade da mesma varia de 0,03 a 10 Ω.m.
c) O valor da resistividade (ρ) depende fundamentalmente da água de impregnação e da quantidade de sais (presença de
íons) sendo que a variação do valor da resistividade depende principalmente do grau de saturação, que nada mais é do
que a fração ocupada pela água em relação ao volume total de poros.
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
TABELA I – Valores típicos de resistividade de alguns tipos de solo [Ref.ABNT NBR 7117:12]
MOLHADO: 20 - 100
ÚMIDO: 300 -1.000
CONCRETO SECO; 1.200 – 280.000
ρ (Ω.m)
Figura 11a ρ (Ω.m) Figura 11b
(m) (m)
5000 5000
1000 1000
500 500
100 100
50 50
Umidade % Salinidade %
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Umidade (%) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Salinidade (%)
ρ (Ω.m)
Umidade %
(m)
ρ (Ω.m)
5000
Figura 11c
1000
500
o
C
100
50
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Segundo tipo: Solo arenoso ou argiloso – com resistividade de 500 a 5.000 Ω.m
6.1.2- As variações de temperatura influenciam nos valores de resistividade, do solo cabendo observar
que a presença de sais abaixam o ponto de congelamento da água, sendo que o ponto de transição
fica em torno de 0 a 5 graus Celsius;
6.1.3- Nas temperaturas abaixo de zero, no ponto de congelamento da água, há um rápido aumento
do valor da resistividade, pois além do gelo ser isolante, a dilatação faz com que a área de contato
entre os grânulos componentes do solo diminua, com o conseqüente aumento da resistência de
contato.
6.1.4- Logo quando do dimensionamento das bitolas dos condutores de um sistema de aterramento,
devem ser levados em consideração não só, em paises frios, o aumento da resistividade com o
congelamento das camadas do solo, como também não deve ser permitido que os condutores se
aqueçam ao ponto de vaporizar a água contida no solo.
6.2-COMPACTAÇÃO:
A compactação tem grande influência no valor da resistividade do solo pois dela depende a maior ou menor
área de contacto entre os grãos que o compõem, conforme esquematizado na figura 12, devido a este fato
sempre quando da execução dos sistemas de aterramento, o solo deve ser compactado, durante o
preenchimento das valetas e buracos feitos para implantação dos eletrodos de aterramento. Deve ser
tomado cuidado para que durante esta operação de re-aterro das valetas a terra original não seja
misturada com entulho, brita ou outros detritos sempre presentes no canteiro de obras. A compactação
deve ser feita após a colocação de cada camada de terra de quinze centimetros de espessutra até
chegar na superfície do solo original. Importante colocar somente a terra original retirada, de volta na
valeta.
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
(1) - Quanto maior a superfície de contacto menor o valor da resistividade para um determinado tipo de solo.
(2)- Interstícios, entre os grãos do solo, que quando cheios de água aumentam a citada superfície diminuindo em
conseqüência o valor da resistividade, esta melhora se intensifica quando sais estão presentes, pois estaremos
então em presença de uma solução eletrolítica ( água sem a presença de sais conduz muito pouco)
6.3-OBSERVAÇÕES E RECOMENDAÇÕES:
6.3.1- Isto não quer dizer que a colocação de sal para diminuir a resistividade do solo seja aconselhável,
muito pelo contrário, pois o sal além de ser lixiviável facilita a corrosão dos componentes do sistema de
aterrament;
6.3.2- Nas especificações para execução de sistemas de aterramento deve ser previsto à compactação do
solo por camadas de reposição da terra, de 15 em 15 centimetros, após à implantação do respectivo
sistema;
6.3.4- A prática nos indica que normalmente após um grande período de seca o solo ainda mantém cerca de 5%
de umidade por peso e 15 % após um período chuvoso. O ideal do ponto de vista da execução de um projeto de
aterramento é o de se ter o conhecimento desta variação, e conseqüentemente da resistividade durante o
período de vários anos, onde naturalmente serão executadas medições durante o período de secas e o de
chuvas. Isto nem sempre é possível, porém este conhecimento nos leva a executar as medições após pelo
menos de um período grande de seca. O dimensionamento deverá ser executado preferencialmente com base
nos resultados das medições executadas durante a pior situação, isto é com 5 % de umidade.
A influência das chuvas irá ser sentida normalmente nos valores de resistividade das camadas mais superficiais
do solo, sendo que esta influencia maior ou menor irá depender das características específicas de cada um dos
mesmos, características tais como entre outras do maior ou menor grau de capilaridade.
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Em geral os solos na prática não são homogêneos e sim constituídos de diversas camadas com
espessuras e valores de resistividade distintas, isto é são heterogênios. Os valores de resistividade do
solo são determinadas através de medições. Os diversos valores obtidos nas medições, após sofrerem
um determinado tratamento matemático nos leva a um conjunto de valores de resistividade que irão
representar o solo medido. Com base nestes valores representativos, é executado a estratificação do
solo ou determinação do seu modelo matemático. Este modelo matemático irá possibilitar a
determinação das diversas camadas, suas profundidades (d), e os diversos valores de resistividades
() em ohms.metro das respectivas camadas, conforme pode ser visto na figura 13, constante da
ABNT NBR 7117:12.
d1
d2
d3
d4
4
13 a) 13 b)
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Em função de pesquisas já realizadas pode-se dizer que metade da corrente injetada no solo, circula
acima de uma profundidade igual à metade da distância entre eletrodos, e que grande parte da
corrente flui acima da profundidade igual à separação entre eles. Para estas conclusões pressupõe-se
a condição de solos homogêneos, não sendo as mesmas válidas para solos estratificados, nos quais a
densidade de corrente varia de acordo com a distribuição de resistividades.
Dispondo-se de dois eletrodos de corrente pelos quais se faz circular uma corrente (I), e de dois
eletrodos de potencial que detectarão uma diferença de potencial (∆V), pode-se mostrar que a
resistividade do solo é proporcional a (∆V/I), sendo o fator de proporcionalidade uma função do método
empregado. [Fonte: ABNT NBR 7117:12]. O método de Wenner é um dos métodos de prospecção
Geofísica utilizando a eletricidade, é portanto um método de prospecção elétrica, sendo que com base
nos valores medidos as condições do solo podem ser interpretadas e julgadas.
A ABNT NBR 7117:12, apresenta o método dos quatro eletrodos igualmente espaçados ou arranjo de
Wenner como um dos métodos que podem ser utilizados para a obtenção do valor da resistividade do
solo.
7.1.1.1- Quatro eletrodos auxiliares, dois de corrente e dois de potencial são utilizados (basicamente os mesmos são
hastes de 3/4" de diâmetro com 60 centímetros de comprimento) as mesmas são cravadas no solo em linha reta e
espaçadas igualmente entre si por uma distância de (a) metros.
7.1.1.2- Os dois eletrodos externos são os eletrodos auxiliares de corrente (C1 ) e ( C2 ) e os dois internos são os
eletrodos auxiliares de potencial ( P1 ) e ( P2 ). O cravamento dos eletrodos no solo é feito a uma profundidade tal
que se possa verificar um contacto elétrico adequado dos mesmos com o solo (o que normalmente acontece à 15 ou
20 cm de profundidade).
7.1.1.3- Injeta-se uma corrente ( l ) entre os eletrodos auxiliares de corrente ( C1 ) e ( C2 ), medindo-se a queda de
potencial ( Δ v ) entre os eletrodos auxiliares de potencial (P1) e (P2), conforme indicado na figura 14.
28
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Ponto
Ponto sob b
centra
medição
l
( ΔV )
7.1.1.4- A ABNT NBR 7117:12 sugere que as medições nos diversos pontos de interesse sejam executadas com um
espaçamento (a) entre os eletrodos auxiliares de corrente e potencial variando em conformidade com a equação:
V
4 a ( )
I
Equação (16) equação completa
2a a
1
a 2 4b 2 a 2 b2
Na prática os eletrodos auxiliares de corrente e potencial são enterrados a uma profundidade não
superior a (0,1 x a). Na prática o que importa é que estes eletrodos auxiliares façam um contato
elétrico o melhor possível com o solo. É também importante observar que cada instrumento de
medição possue um valor máximo limite de resistência de aterramento própria dos eletrodos auxiliares,
e que se este valor limite for ultrapassado, os valores medidos incluirão erros.
29
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
V
2 a Equação (17)
i
Que é de uma maneira muito aproximada a resistividade média do solo na profundidade igual ao
espaçamento entre os eletrodos auxiliares (a).
Um conjunto de medições com vários espaçamentos (a) entre eletrodos (equação 10), resulta em um
conjunto de valores de resistividade que quando plotadas em função dos espaçamentos, irão indicar a
variação dos valores de resistividade com a profundidade.
As leituras dos diversos valores de (R) obtidas após conectarmos o terrômetro nos eletrodos
auxiliares, de corrente e de potencial, nada mais são do que a relação entre queda de potencial (ΔV)
entre os eletrodos auxiliares de potencial (P1) e (P2) devido a corrente (i) do instrumento, a qual
circula pelo solo entre os eletrodos auxiliares de corrente (C1) e (C2), logo o que estaremos lendo no
terrômetro poderá ser representado por: R = (ΔV/i), Figura 15.
Nota: Este valor ( Δv/I ) indicado pelo terrômetro é um valor de resistência que é proporcional à resistividade
específica do solo sob medição a uma dada profundidade, a unidade é o ohm. E são estes valores que deverão ser
utilizados nas equações de Wenner para o cálculo da resistividade elétrica característica em função das diversas
profundidades, nos diversos pontos de interesse
7.1.1.6- Esquema elétrico de um Terrômetro e do circuito oferecido pelo solo [Fonte: ABNT NBR 7117:12]
i
i
Δv
Figura 15- Esquema elétrico básico de um Terrômetro com o circuito oferecido pelo solo
30
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
R1, R2, R3 e R4 - Representam as resistências de aterramento dos eletrodos auxiliares de corrente e de potenical,
notar que cada fabricante tem um valor máximo de resistência de aterramento de cada eletrodo auxiliar, para que
erros não sejam adicionados nas medições, os executantes portanto devem verificar antes das medições, qual é
este valor em função do fabricante do instrumento, para que deste modo o valor limite não seja ultrapassado em
nenhuma das medições. Caso o valor seja ultrapassado deverá se fazer um tratamento do solo para que o v alor
máximo definido pelo fabricante do terrômetro seja respeitado.
(R) = Resistência indicada pelo instrumento de medição, que é proporcional a resistividade do solo a uma dada
profundidade. Esta profundidade é considerada de maneira aproximada igual à distância de espaçameno (a) entre
os eletrodos auxiliares.
Os bornes externos (E) e (H), são os bornes de corrente (C1) e (C2) da Figura 14 que geram uma corrente, que é
medida pelo circuito de corrente do Terrômetro.
Os bornes internos (S) e (ES), são os bornes de potencial (P1) e (P2) da Figura 14, e medem a tensão produzida
no solo pela corrente citada anteriormente.
Com o valor da tensão medida entre (S) e (ES) dividida pela corrente gerada entre (E) e (H) obtem-se a
resistência indicada pelo instrumento (R) ou seja: R = ΔV / i ohms.
Cabe observar que o intrumento para medir a resistividade do solo pelo método de quatro eletrodos deve
naturalmente ter quatro bornes, os quais são internacionalmente designados pelas letras (E), (ES), (S) e (H).
Figura 16 – Terrômetro MTD 20kWe utilizado na aula prática nas medições para a determinação da resistividade
elétrica do solo sob análise.
31
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No caso da Figura 17, sendo (a) igual a quatro metros (4m), e ΔV/i = R =120W
V
2 a 2 3,1416 4 120 3.015,93.m
i
Cabe observar que existem equipamentos de medição, tais como o terrômetro modelo EN 4055 da Megabrás que
admitem a introdução do valor do espaçamento entre os eletrodos, sendo o valor da resistividade ( r) mostrado
diretamente em W.m.
ES
S
S
Figura 17 – Posicionamento dos eletrodos auxiliares em medições reais para a determinação da resistividade
elétrica do solo, espaçamento entre os eletrodos (H), (S), (ES) e (E) de (a) = 2 metros.
Das hastes auxiliares de corrente (H) e (E): O aumento das resistências próprias das hastesauxiliares de
corrente gera dois problemas:
NO CASO DO TERRÔMETRO
DIGITAL MTD 20KWe A SER
UTILIZADO NA AULA PRÁTICA
CADA UMA DAS RESISTÊNCIAS
(R1) e (R4) DEVEM TER UMA
RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO
PRÓPRIA MENOR DO QUE
5.000Ω. E as (R2) e (R3) < 1.000Ω
32
im
Figura 17- Influência das hastes auxiliares de corrente
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Das hastes auxiliares de potencial (S) e (ES): O aumento das resistências próprias das hastes auxiliares de
potencial gera dois problemas:
Cada fabricante especifica os valores máximos das resistências de aterramento que as hastes auxiliares de corrente
e potencial que determinado instrumento (terrômetro) poderá ter sem incluir erro nas medições, isto é garantir a sua
precisão, conforme foi no caso dos terrômetros da Megabrás.
O terrômetro que será utilizado na aula prática, o MTD 20 KWe da Megabrás, possui um alarme acústico, visando
evitar a realização de medições com erro. Se a corrente para a realização das medições for inferior ao valor
requerido para realizar as mesmas, ou se não circular corrente entre os bornes H (Ec) e E (Exc) o circuito de alarme
será ativado gerando um sinal audível (um bip) intermitente. Neste caso o operador deverá verificar as conexões,
bem como o estado de carga da bateria e os valores das resistências de aterramento próprias dos eletrodos
auxiliares de corrente e de potencial. Caso este último caso seja conprovado, quando por exemplo estão sendo
executadas medições em um solo com valores elevado de resistividade, deve-se molhar abundantemente as hastes
auxiliares com sal e água ou instalar diversas hastes em paralelo. Teste do circuito de alarme: Basta conectar o
equipamento com o circuito de corrente aberto, ou seja os bornes H (Ec) e E (Exc) desconectados.
7.1.1.9- VERIFICAÇÃO DO ESTADO DA BATERIA DO TERRÔMETRO MTD 20KWe A SER UTILIZADO NA AULA
PRÁTICA DE CAMPO:
Antes de iniciar as medições, é necessário verificar se a bateria interna ( recarregável) possui carga suficiente, para
tanto deve-se pressionar o botão ― Battery‖ (11), se o valor exibido no display for inferior a 1.000, a bateria necessita
ser recarregada. Esta checagem pode ser feita em qualquer instante, principalmente antes e durante as medições. A
fonte de alimentação é universal, por este motivo pode ser conectada a redes de corrente alternada com tensões
entre 90 à 240 volts. È utilizada tanto para recarregar a bateria interna como para a operação do equipamento com
alimentação direta da rede de energia. Quando ligado à rede para recarga da bateria, irá se acender uma luz
vermelha. Carga completa acende luz verde permanente.. Luz vermelha intermitente indica problema na carga da
bateria. O equipamento deve ser sempre recarregado antes da realização de medições. Cabe ob servar que o
instrumento pode também medir as tensões espúrias que eventualmente possam existir no solo. Selecione a
posição (V) na chave de Função (08) e pressione a tecla START (07) o disply indicará a tensão C.A. existiente entre o
sistema de aterramento sob medição e a haste auxiliar (E2) até 200 volts.
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Figura 19- Funções de controle do painel do Terrômetro MTD 20KWe a ser utilizado na aula prática
A nomeclatura (E) – (ES) – (S)- (H) é a indicada pela IEC. E a (Exc) – (ExT) – (ET) – (Ec) é a utilizada normalmente
pelos Terrômetros da Megabrás, a qual i mantida para facilitar a transição.
34
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Nas medições pelo método de Wenner, objetivando a obtenção do valor aproximado da resistividade média
do solo para diversas profundidades a equação (17) anterior é utilizada, para diversos valores de (a) = 1, 2,
3, 4.... O que normalmente se faz na pratica é o preenchimento da Tabela II da figura 20.
Tabela II
Figura 20 - Tabela II - Para o registro das medições de resistividade média do solo em um determinado
ponto (P) sendo (R=ΔV / i) a leitura do terrômetro, e (r) será o valor calculado da resistividade média do
solo a uma profundidade aproximada igual ( a ) calculada com as equações de Wenner, normalmente a
equação simplificada de Wenner, a equação (17).
Uma dúvida poderá surgir: até que distância (a) entre os eletrodos auxiliares de corrente e potencial,
deveremos efetuar as medições, quando não existirem limitações físicas para a realização destas medições
pelo método de Wenner ?
Como os valores medidos irão representar aproximadamente a resistividade média a uma profundidade (a)
metros (aproximadamente) e como estas profundidades de interesse estão relacionadas com as dimensões
do sistema de aterramento que se pretende projetar e instalar no solo sob análise através das medições de
resistividade. Sendo que quanto maior for as dimensões do sistema de aterramento, maior será o volume do
solo que será solicitado quando da dissipação de uma corrente de curto-circuito para a terra, que irá circular
para a fonte do mesmo. Portanto para que estas medições representem da melhor forma possível este solo
onde será implantado este futuro sistema de aterramento, deveremos medir também até maiores
profundidades.. Uma malha de aterramento com dimensões de 50 x 50 metros por exemplo, instalada a uma
profundidade de 0,80 m da superfície do solo, ao dissipar correntes de defeito fase-terra no sentido da fonte,
irá utilizar camadas do solo chamado de volume de influência que terá uma profundidade muito maior do que
os 0,80 m.
Agora, qual deverá ser aproximadamente a profundidade mínima que deveremos obter informações através
das medições pelo método de Wenner para servir de dado de entrada para este futuro projeto ?
Como um dos objetivos fundamentais das medições de resistividade do solo é o de se obter os dados de entrada
para se projetar o sistema de aterramento o mais adequadamente possível do ponto de vista do escoamento das
correntes de defeito para o solo até a fonte, é importante estimarmos até que profundidade este solo irá influenciar
nesta dissipação, ou em outras palavras, até que profundidade este solo será utilizado durante esta dissipação.
35
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Em termos práticos, podemos dizer que para que a estratificação seja executada com o maior número de
informações possíveis dos valores da resistividade do solo onde o sistema de aterramento será implantado,
deveremos executar medições aproximadamente até no mínimo uma profundidade igual à metade da maior
dimensão do citado sistema de aterramento que se pretende projetar e construir (este valor varia conforme a
composição do solo).
Exemplo 2: No caso de um sistema de aterramento ser composto por uma malha de aterramento, prevista para ser
implantada sob o solo de uma subestação, tendo as dimensões de 50m de largura por 50m, de comprimento, até
profundidade teriamos que fazer as medições até que distanciamento (a) entre os eletrodos auxiliares ?
70,71
Logo a metade da maior dimensão (diagonal) é igual a: 35,36m
d 2
Figura 21
Deveremos então executar medições pelo método de Wenner, até no mínimo com (a) = 36 m, é um valor
bastante aproximado, porém nos permite ter uma diretriz mesmo que muito aproximada de até qual
profundidade deveremos pesquisar através das medições os valores de resistividade do solo onde será
implantado o sistema de aterramento. Neste caso não precisariamos medir até uma distância de 64 metros entre
os eletrodos auxiliares.
Devem ser tomados certos cuidados para que interferências elétricas e mecânicas não alterem os resultados das
medições.
8.1.1- São causadas basicamente por corrente alternada de 60 Hz ou freqüências múltiplas ou sub-múltiplas da mesma;
8.1.2- Poderemos também ter interferências radiadas devido a campos elétricos e/ou magnéticos ou eletromagnéticos;
8.1.3- Interferências devido a correntes que circulam para a terra no sentido da fonte, devido ao desequilíbrio das cargas
pertencentes aos circuitos de distribuição, a freqüência das mesmas são geralmente de 60 Hz e em certos casos múltiplas
e sub-múltiplas das mesmas;
36
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
8.1.4- Correntes de fuga que circulam para terra no sentido da fonte, devido a falhas indevidas na isolação de
equipamentos elétricos;
8.1.6- Correntes de 400 Hz de fuga dos circuitos auxiliares de partida de aeronaves, e similares.
Observação: Nos terrômetros analógicos a interferência pode ser notada devido o ponteiro do galvanômetro do
instrumento de medição não se estabilizar (fica oscilando de um lado para o outro), o caso mais grave é aquele
em que esta oscilação não é percebida, pelo fato da freqüência da corrente interferente ser maior do que a
própria inércia do ponteiro do galvanômetro, neste caso o ponteiro não se move. Nos instrumentos digitais (mais
utilizados atualmente) as interferências em certos casos podem ser notadas pela oscilação dos valores durante as
medições, certos terrômetros tais como o terrômetro MTD 20Kwe da megabrás, Figura 19, nos permite efetuar a
medição do valor da tensão interferente, quando selecionamos a função (V) através do seletor de funções (8)
da figura 19.
8.2.1- A heterogeneidade na composição dos solos cria macropilhas naturais, que por sua vez geram as
chamadas correntes telúricas, que circulam no solo devido a esta heterogeneidade. Possuindo inclusive
potenciais próprios, que podem variar em média de aproximadamente 0.8 à 1,5 volts conforme a composição
geológica.
8.2.2 - Correntes de fuga provenientes de circuitos de tração elétrica como do metrô e trens;
Para que estas interferências não produzam erros nas medições os terrômetros devem ser fabricados com filtros
internos, logo ao se adquirir instrumentos deste tipo deve-se verificar qual a freqüência de operação do mesmo
visando evitar as interferências em 60 Hz bem como de suas hamônicas e sub-harmônicas, e se possuem
dispositivos (filtros) ou outro mecanismo para também bloquear interferências devido a corrente contínua..
8.3-INTERFERÊNCIAS MECÂNICAS:
Sempre que estivermos efetuando medições de resistividade do solo, devemos observar se objetos metálicos
enterrados não estão ocasionando interferência (erros) nos resultados. A figura 22 sugere as distâncias mínimas
a serem obedecidas, com o objetivo de minimizar essas interferências.
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
ELEMENTO CONDUTOR
ENTERRADO
Z
Y > 1,5 . dmáx. Sendo dmáx. o espaçamento entre os eletrodos auxiliares (a)
X > dmáx.
Z = qualquer
Quando não tivermos pleno conhecimento se no local das medições existem ou não elementos metálicos
enterrados, uma indica,cão da existência dos mesmos é a não variação significativa das leituras do terrômetro
(ΔV / I = R ) mesmo quando aumentarmos os espaçamentos (a) entre os eletrodos auxiliares de corrente ( C1 )
(C2 ) e os de potencial (P1 ) ( P2 ).
Quando for realmente necessário se saber o valor da resistividade do solo em locais onde existam sistemas de
aterramento com fundações metálicas ou de concreto armado, e sendo inviável a execução das medições de
resistividade do meio sem a influência deste elementos condutores, algumas alternativas apesar de nos levarem a
valores aproximados e não condizentes com as do local sob influência podem ser as seguintes:
Execução de medições em terrenos vizinhos: e que não possuam elementos metálicos enterrados.
Aconselha-se sempre que possível comparar estes resultados com os das sondagens geológicas feitas antes da
execução das fundações no terreno em que foi inviável a execução das medições. Para que se possa deste modo
deduzir, após a comparação e análise, qual o valor de resistividade mais adequada para representar o solo em
questão. Cabe observar que se medirmos no prórpio local onde existem objetos metálicos enterrados, o que nos
leverá a achar valores diferentes do da resistividade deste solo, sem estes elementos metálicos enterrados, porém
este é o valor real da resistiviade daquele local e qualquer sistema de aterramento que seja instalado irá interagir
também com estes elementos condutores enterrados, resumindo será o valor real da resistividade do sistema (solo +
elementos metálicos enterrados) .
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Retirada de amostra do solo, figura 23, neste caso a amostra é retirada por intermédio de um trado, até a
profundidade que se deseja conhecer o valor da resistividade, a compactação e a umidade deve ser tanto quanto
possível mantida como no solo original. Como se conhece o comprimento e a seção transversal, calcula-se a
resistividade após a medição da resistividade da amostra pelas fórmulas:
L RS
R logo S
S L
Equação (18) L Figura 23
Caso a medição (R) da resistência da amostra não possa ser efetuada no campo, deve-se colocar o material da
amostra em um tubo não condutor (PVC ou fibra de vidro) com as mesmas dimensões do trado, efetuando-se a
medição em laboratório. Este processo é de elevado custo e de difícil execução, principalmente quando se deseja
verificar o valor da resistividade a grandes profundidades, este processo não é muito utilizado.
As medições de resistividade devem ser executadas em toda a área onde será implantado o novo sistema de
aterramento, sendo que o número mínimo de pontos é basicamente definido levando-se em consideração os
seguintes fatores:
Dimensões do local;
Discrepância entre os valores encontrados durante as medições;
Maior ou menor importância do projeto que será executado.
Sendo que o número mínimo de pontos é estabelecido em função das dimensões do terreno conforme indicado nas
figuras 24 e 25 conforme a TABELA III da ABNT NBR 7117:12
25(a) 25(b)
25(d)
25(c)
y
x
25(e)
[ Fonte. ABNT NBR 7117:12 ]
Normalmente para executarmos o projeto, cálculo da resistência operativa de um sistema de aterramento, o primeiro
passo refere-se a caracterização do meio (local/solo ) onde o mesmo será implantado, o que normalmente é feito
através de medições para determinar o valor da resistividade que o caracterize. Normalmente são executadas
diversas medições, obtendo-se para cada ponto medido e para cada espaçamento escolhido, uma série de valores, os
quais podem ser vistos na Tabela IV seguinte. Criteriosa análise desses valores encontrados deve ser feita, com o
objetivo de que se chegue a conclusão de quais dos valores medidos podem ou não ser considerados como realmente
40
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
representativos do meio onde será implantado o novo sistema de aterramento. Esta análise é conhecida como análise
de aceitação dos valores, a qual é normalmente executada utilizando-se um dos seguintes critérios:
10.1- CRITÉRIO DA MÉDIA ARITMÉTICA COM EXCLUSÃO DE VALORES (o mais utilizado na prática).
10.1.2- Calcula-se os desvios dos vários valores medidos com relação à média;
10.1.3- Calcula-se os desvios médios percentuais com relação a média dos vários valores medidos;
10.1.4- Se todos os desvios médios porcentuais com relação a média forem menores ou iguais à 50% ,
podemos dizer que todos os valores obtidos através das medições de resistividade nos respecivos pontos e
espaçamentos são representativos do solo em questão, sendo que a média aritmética dos mesmos poderá ser
considerada como a representativa das resistividades do solo sob análise. E serão estes os valores a serem
utilizados para a determinação do modelo matemático do solo ou estratificação e consequentemente utilizados
para a execução do projeto do sistema de aterramento a ser implantado neste solo.
10.1.5 - Quando os desvios percentuais com relação à média forem maiores do que 50%, os seguintes
procedimentos devem ser seguidos:
10.1.5.1-Verificar se o valor da resistividade no ponto e profundidade onde o desvio foi maior que a média, se o
mesmo é muito menor com relação ao valor médio das resistividades medidas naquele ponto e profundidade, se
isto ocorrer, simplesmente se abandona o valor medido neste ponto, calculando-se uma nova média aritmética
com os valores medidos nos pontos restantes no mesmo ponto e na mesma profundidade sob análise;
10.1.5.1 - Verificar se o valor da resistividade no ponto onde o desvio foi maior que a média se o valor da
resistividade neste ponto é muito maior do que o valor médio no respectivo ponto e profundidade, se isto se verificar,
dois procedimentos poderão ser seguidos;
a) Dimensionar o sistema de aterramento considerando-se este ponto com valor mais elevado de
resistividade, sendo que neste caso estaríamos superdimensionando o sistema de aterramento;
b) Excluir este valor e calcular a média com os valores dos pontos restantes na mesma profundidade,
tratando este ponto, com alto valor de resistividade, de maneira especial, como por exemplo executando no
local uma malha com um quadriculado com menor espaçamento. Inclusive pode-se considerar este ponto a
parte efetuando uma estratificação específica para o mesmo, afim de que possamos tomar os devidos
cuidados.
Exemplo 3: Projetar um sistema de aterramento, configuração em malha a ser implantada em uma subestação
cujo terreno tem as dimensões representadas na figura 26 .
Para que possamos executar os cálculos do projeto deveremos inicialmente efetuar as medições da resistividade,
escolher os valores de resistividade representativos do local (solo) onde será implantada a malha, traçar a curva de
resistividade característica do mesmo, representando-o em seguida pelo modêlo matemático representativo deste
solo ou estratificação.
41
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
a=120m
b=100m
Figura 26- Terreno com 12.000m2 onde deverá ser implantado um sistema de aterramento
(a)m Ponto A( x-x ) Ponto B ( y-y ) Ponto C (x-x ) Ponto D ( y-y ) Ponto E ( x-x) Ponto E(y-y )
A Tabela V nos indica os valores da resistividade, calculados com a aplicação da equação (12)
simplificada de Wenner:
2 a R Ω.m
42
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
(a)m Ponto A (x-x ) Ponto B ( y-y ) Ponto C ( x-x ) Ponto D ( y-y ) Ponto E ( x-x) Ponto E(y-y )
A Tabela VI é obtida calculando-se a média aritmética dos valores medidos de (R = V / I), ou seja para
a = 2 metros:
O valor da resistividade média é calculado utilizando-se a fórmula = 2·a (ΔV/I) = = 2·a (R) ou
seja:
Repete-se este procedimento anterior para os diversos espaçamentos ( a ) = 4, 8, 16, 32 obtendo-se a Tabela V
2 89,83 1128,8
4 32,78 823,93
8 6,42 322,54
16 0,94 94,83
32 0,013 2,55
43
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
mesmo para todos os demais pontos, a = 4, 8, 16, 32 iremos gerar a Tabela VII
(x-x) (y-y)
Na seqüência deveremos calcular o desvio médio porcentual com relação à média (Dm%), para cada
ponto medido, para deste modo podermos executar as verificações de quais os desvios irão
ultrapassar 50%, com relação a média:
Fazendo o mesmo para todos os pontos teremos a Tabela VIII dos desvios médios porcentuais em
relação a média. Tabela esta que deve ser analisada segundo o Critério da média aritmética com
exclusão de valores
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Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
(a ) metros Ponto A(x-x) Ponto B(y-y) Ponto C(x-x) Ponto D(y-y) Ponto E(x-x) Ponto E(y-y)
Cabe observar que para camadas superficiais (a as quais podem ser bastante influenciadas pelas
condições climáticas ( chuva, seca ) e para as camadas mais profundas, na região do lençol freático poderão ser
encontrados valores dos desvios médios porcentuais maiores que 50%. Nestes casos pode-se aceitar valores
maiores dos desvios, a critério do projetista. Os erros que poderão ser cometidos no início e no final da curva
podem ser considerados pequenos quando fom aplicadas as curvas padrão e auxiliar .
Tabela IX – Resistividade média calculada com a aplicação do critério da média aritmética com exclusão de valores.
2 1244,07
4 823,93
8 358,08
16 123,15
32 2,55
c) Ponto E(y-y) a =2m D% = 51,03 temos que no Ponto E(y-y) a =2m o valor medido foi de ρ2m = 552,92 Ω.m
(Tabela V), portanto ρm >>> ρ2m pois ρm = 1128,8 Ω.m, LOGO este valor pode ser abandonado.
c) Ponto E(y-y) a =8m D% = 53,25 temos que no Ponto E(y-y) a =8m o valor medido foi de ρ8m = 150,80 Ω.m
(Tabela V), portanto ρm >>> ρ8m pois ρm = 322,54 Ω.m, LOGO este valor pode ser abandonado.
45
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
a) Ponto C(x-x) a = 16 m, Dm% = 61,8 % temos que no Ponto C (x-x) , a = 16m temos ρ16m = 36,19 Ω.m
AGORA o valor da resistividade média é igual a ρm = 94,83 Ω.m – LOGO ρm >>> ρ 16m podemos
abandonar o valor de ρ16m = 36,19 Ω.m (Tabela V) e calcular nova média com o restante dos valores.
b) Ponto E(x-x) a =16m D% = 154,42 temos que no Ponto E(x-x) a =16m o valor medido foi de ρ16m = 241,27
Ω.m (Tabela V), portanto ρm <<< ρ 16m pois ρm = 94,83 Ω.m, LOGO, adotando-se a primeira opção
citada este valor não é abandonado, calcula-se então a média considerando-se este valor.
c) Ponto E(y-y) a =16m D% = 57,25 temos que no Ponto E(y-y) a =16m o valor medido foi de ρ16m = 40,21
Ω.m (Tabela V), portanto ρm >>> ρ 16m pois ρm = 94,83 Ω.m, LOGO este valor pode ser também
abandonado.
d) Ponto (B(y-y) a=32 m D%=57,65 temos que no Ponto B( y-y) a=32 m o valor medido com (a) =32 m foi
ρ32m = 4,02 Ω.m (Tabela V), ρm << ρ 32m pois ρm = 2,50 Ω.m (Tabela VI), LOGO este valor não é
abandonado
Pelo critério da média geométrica deveramos extrair a raiz (n) dos (n) valores medidos, ou seja:
√ Equação (21)
√ 1048,57Ω.m
Repetindo o cálculo anterior para (a) = 2, 4, 8, 16, 32 iriamos gerar a Tabela X seguinte:
4 802,08
8 301,24
16 74,51
32 2,45
46
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
11-ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO:
Com base nas medições executadas no local onde será implantado o sistema de aterramento, após o
tratamento matemático utilizando-se o critério da média aritmética com exclusão de valores, traça-
se a curva de resistividade característica representativa do solo em questão, e na seqüência efetua-se
a estratificação do solo, o que é mesmo que representa-lo através de um modêlo matemático
aproximado do solo onde será implantado o sistema de aterramento e cuja configuração básica é o
da figura 27:
d3=∞ 3 = .............m
Na prática, não existe solo homogêneo, como foi considerado quando da análise do método de
Wenner, ao contrário os solos são normalmente formados de diversas camadas, aproximadamente
paralelas a superfície do mesmo, em virtude da própria formação geológica natural ao lon go dos
diversos anos. Em casos raros de falhas geológicas, as diversas camadas apresentam-se inclinadas ou
até verticais. O método de modelagem que será analisado considera as camadas aproximadamente
horizontais, uma vez que os de falhas geológicas são muito raras.
A mais simples estrutura de solo, além do solo homogêneo, é o solo com duas camadas, o mesmo é utilizado
como ponto de partida para a execução de modelagens matemáticas mais complexas. Esta modelagem é
executada de tal maneira que o solo no qual foram executadas as medições pelo método de Wenner seja
representado não pela curva representativa de resistividade, a qual é normalmente uma curva variável, e sim por
um modelo matemático ou estratificação, com valores de resistividade ( ρ 1 ) bem definidos até uma determinada
47
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
profundidade (d1) também definida, uma segunda camada com resistividade ( ρ 2 ) que se estende, no caso dos
solos de suas camadas até o infinito, conforme representado na figura 28.
d1 ρ1=600Ω.m
∞ ρ2=150Ω.m
A figura 29 representa uma estrutura de duas camadas, possuindo uma camada superior com resistivi dade
(ρ1) até uma profundidade ( d1 ), e uma camada inferior, considerada como estendendo-se até o infinito, com
uma resistividade correspondente (ρ2 ).
Enquanto a distância (a) entre (C1) e (C2) for pequena em comparação com (d1) a diferença de potencial
(Δ v) entre (P1) e (P2), durante a medição pelo método de Wenner, quase não é afetada pela camada mais
profunda, pois a corrente injetada circulará preferencialmente pela primeira camada (camada mais
superficial).
Porém
Porémquando
quandoa separação
a separação( a ) entre os eletrodos
(a) entre auxiliares
os eletrodos de medição
auxiliares de for aumentada,
medição maior será a influência
for aumentada, maior será a
da camada inferior,
influência da camadana diferença
inferior,dena
potencial ( Δv de
diferença ) como mostra (∆v)
potencial figuracomo
19.| Se a estrutura
mostra for 30.
figura homogênea ( solo for
Se a estrutura
teórico, não existente
homogênea na prática teórico,
(solo homogênio, ) este valor (Δ v) não na
não existente será lterado,
prática) isto éde
o valor o valor da resistividade
(∆v) não não irácom o
sofrerá alteração
mudar comda
aumento o aumento
distânciadoentre
espaçamento entreauxiliares,
os eletrodos os eletrodos (a).é o valor da resistividade não sofrerá alteração no
isto
seu valor com o aumento do espaçamento entre os eletrodos (a).
48
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Figura 29 Figura 30
Quando a resistividade 2 1 a resistividade aumenta com com o aumento da distância (a) entre
os eletrodos auxiliares e vice – versa conforme as figuras 31 e 32.
Figura 31 Figura 32
Consequentemente pela análise da correlação entre a distância (a) de separação entre os eletrodos
auxiliares e a variação dos valores de resistividade ( ) pode-se concluir como a resistividade varia
com a profundidade. As curvas das figuras 31 e 32 anteriores são traçadas com base nos valores
obtidos através de medições pelo método de Wenner em um determinado solo real com estrutra de
duas camadas.
A estratificação do solo pode ser determinada através de métodos gráficos, podendo o método
simplificado ser utilizado para um solo de duas camadas com curvas características de resistividade
com formatos típicos, como veremos na sequência, e o método gráfico com a utilização das curvas
de Hummel, ―curvas padrão‖ e as ―curvas auxiliares‖.
Sendo portanto nosso objetivo apresentar não só a teoria básica que nos possibilita após diversos
cálculos determinar as respectivas curvas, mas também como as diversas etapas seguintes devem
ser gerenciadas para que com base nos valores medidos, depois de matematicamente tratados,
49
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
sejam utilizados para se executar a estratificação ou determinação do modelo matemático do solo sob
análise.
O solo teórico mais simples é o solo homogêneo, e o solo encontrado na prática cuja estrutura
pode ser considerada como a mais simples é o solo composto por duas camadas, conforme
esquematizado na figura 33, é de dificil obtenção na realidade mas é o modelo que servirá como base
para a dedução da fórmula universal de estratificação, a qual irá ser utilizada para solos de duas e
mais camadas em conformidade com o tratamento matemático que será analisado a seguir.
Assumindo-se que a estrutura do solo é o da figura 33, ou seja um solo de duas camadas, e
supondo-se que uma corrente de ( i ) amperes seja injetada no ponto (C) fluindo para determinado
ponto remoto, o potencial ( Vp) que irá aparecer em um ponto ( P) afastado do ponto (C) de uma
distância de (a) metros pode ser expresso pela equação (21)
(i)A
d1 (C) a (P) 1
∞ 2
1 I 1 Kn
2 n 1
Vp (volt )
2 a a 2 2nd1
2 Equação (21)
2 1
K Equação (22)
2 1
50
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
d1
(a) (a) (a) 1
2
1 I Kn Kn
1 4 n 1 2 n 1
V
2 a 2 2 (volt )
2 d1 2 d1 Equação (23)
1 4n 1 n
a a
A fórmula para o cálculo da resistência específica ou resistividade para uma estrutura de solo de
duas camadas pode ser obtida pela substituição da Equação ( 23) na Equação simplificada de
Wenner (24).
V
2 a .m Equação (24)
I
51
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Kn Kn
1 4 n 1 2 n 1
1 d
2
d
2 Equação (25)
1 4n 1
2
1 n 1
2
a a
2
1
2 1 1 Equação (26)
K
2 1 2 1
1
Em outras palavras, curvas mostrando a relação entre (d1/a) e ( ) são obtidas para diversos valores de (K)
1
2
ou ( ) . Por conveniência de aplicação na prática, curvas de relação entre (a/d1) o inverso de (d1/a)
1
e de ( ) são apresentadas na figura 35. Estas curvas são as chamadas de curvas padrão aplicáveis
1
em solos com estrutura de duas camadas. Estas curvas padrão também serão utilizadas para executar
a estratificação no caso de solos com três ou mais camadas.
Logaritmizando a equação universal de estratificação para duas camadas, anterior pode-se construir uma
família de curvas teóricas em papel bi-logaritmo ( ρ / ρ 1 ) em função de ( d1 / a ) para uma série de valores de ( K )
ou (ρ2/ρ1) para toda a faixa de variação destes valores, como pode ser visto na figura 35.
Por conveniência em aplicações práticas, esta família de as curvas são representadas, em função de ( a / d1 ) nas
abscissas e (ρ 2/ ρ1 ) nas ordenadas. Estas são as chamadas de curvas padrão, aplicáveis nos solos com
estrutura de duas camadas.
Os valores de ( ρ1) , ( ρ2) e ( d 1 ) de determinado solo, cuja curva característica de resistividade tenha sido
obtida através de medições pelo método de Wenner, podem ser obtidos pela comparação dessas curvas traçadas
em função de ( a ) e ( ρ ) do solo sob estudo, com as curvas padrão.
52
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
𝝆𝟐 𝝆𝟏
𝝆𝟐
𝝆𝟏
11.4.1- MÉTODO GRÁFICO POR COMPARAÇÃO DE CURVAS PARA UM SOLO DE DUAS CAMADAS:
1-Traça-se a curva característica representativa da resistividade do solo sob análise em papel bi-logaritmo transparnte com escala
identica às das curvas padrão;
2- Reforça-se a lápis a origem das curvas padrão (ponto de encontro entre os eixos da ordenada ( ρ 2 / ρ 1 ) e abscissa ( a / d1 ).
3- Colocar a curva característica representativa da resistividade (ρ x a) traçada, sobre as curvas padrão pesquisando qual a curva
padrão que mais se identifica com o primeiro trecho da mesma, seguindo-se as seguintes condições de coincidência:
3a- Deve-se obter o maior trecho possível de coincidência da curva característica representativa da resistividade (ρ x a), com
uma das curvas padrão; \
3b- Atendida a condição anterior por duas curvas padrão , optar pela coincidência com aquela curva padrão mais próxima do eixo
horizontal;
3c- Atendidas as condições 3a e 3b anteriores optar quando houver dúvida pelo trecho de coincidência da curva padrão mais próxima
a origem das curvas padrão, ponto de encontro entre os eixos (ρ2 / ρ1) e (a /d1);
Importante: Quando se estiver procurando esta coincidência os eixos verticais e horizontais da curva do solo sob estudo não devem se
inclinar em relação aos eixos das curvas padrão, resumindo os eixos verticais e horizontais das duas curvas devem ser deslocados
sempre paralelamente um em relação ao outro.
4- encontrado o maior trecho de coincidência com uma das curvas padrão, identificado pelo valor (ρ2/ρ1). transcreve-se a origem das
curvas padrão, (anteriormente reforçada a lápis) para o papel (gráfico) bi-logarítmico, onde foi traçada a curva de resistividade
característica do solo sob estudo, transcrevendo no lado deste ponto o número da curva padrão coincidente. Este ponto é chamado de
POLO.
2
Número da curva padrão coincidente Equação (27)
1
54
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
ρ(Ω.m)
Para se determinar o número mínimo de camadas, que poderemos estratificar um solo cuja
curva característica da resistividade foi traçada com base em medições executadas pelo
método de Wenner, podemos utilizar a seguinte regra prática:
1-Conta-se o número de trechos crescentes da respectiva curva, soma-se este valor ao número
de trechos decrescentes da mesma + 1
Figura 37
55
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Admite-se que o solo representado pela Figura 38 (solo que poderá ser estratificado em pelo menos três camadas),
possui somente duas camadas, ignora-se portanto o trecho assinalado com linha pontilhada na Figura 39
devido a este procedimento, o solo poderia ser caracterizado como tendo somente duas camadas, o que nos
possibilitaria portanto a utilização das curvas padrão, que normalmente são utilizadas para solos com duas
camadas para a determinação das resistividades da primeira e da segunda camadas bem como da espessura da
primeira camada.
Agora se na seqüência tivéssemos uma equação que nos permitisse transformar estas duas camadas de solo
resultantes em uma só equivalente, isto é transformar por paralelismo as duas camadas produzidas pelo processo
anterior em uma só, poderíamos voltando a curva da Figura 38, novamente estar em presença de um solo com
somente duas camadas, o que nos permitiria novamente a aplicação das curvas padrão.
ρΩ.m
d1 ρ1
d2 ρ2
∞ ρ3
(a) m
Figura 38 – Curva característica de resistividade solo de três camadas Figura 39- Estratificação
56
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
d1 ρ1 deqn ρeqn
d2 ρ2 ≈
∞ ρ3 ∞ ρn+1
(ρeqn) é a resistividade equivalente (paralelismo) das duas camadas de resistividade (ρ1) e (ρ2) de espessuras
(d1) e (d2− d1) respectivamente.
n
di deqn
eqn i 1
di d1 (d 2 d1) [dn (dn 1)] Equação (28)
...........
n
i 1
i 1 2 n
Sendo:
Que é a chamada Equação de Hummel, que nos possibilita calcular a média ponderada das (n) camadas
em paralelo.
A equação anterior para duas camadas pode ser escrita da seguinte forma:
1 2 d 2
eqn
1d 2 d1 2 d1
Equação (30)
ou
57
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
2 d2
eqn 1 d1
1 2 d2 Equação (31)
1
1 d1
Por estarmos trabalhando com um processo gráfico, se utilizarmos a fórmula anterior estaríamos
misturando um processo analítico com um gráfico, o que não é recomendável, além deste fato, ao
substituirmos o valor de (d2) estaríamos em presença de uma indeterminação, como pode ser visto a seguir:
2
eqn 1 d1
Equação (32)
1 2
1
1 d1
A representação gráfica da fórmula de paralelismo de camadas, pode ser conseguido por meio do traçado das
chamadas curvas auxiliares. As curvas auxiliares portanto são na realidade a representação gráfica da fórmula de
redução de camadas, ela nos possibilitam efetuar o paralelismo graficamente das camadas de determinado solo. As
curvas auxiliares estão representadas na figura 41.
58
MÉTODO DE ESTRATIFICAÇÃO GRÁFICA POR COMPARAÇÃO DE CURVAS PARA SOLOS DE MAIS DE DUAS
CAMADAS:
1-Traça-se a curva característica representativa da resistividade do solo no qual foram executadas as medições
pelo método de Wenner em papel bi-logarítmico transparente com escala idêntica ao das curvas padrão e auxiliares;
2- Reforça-se a lápis a origem das curvas padrão ( ponto de encontro entre os eixos das ordenadas ( ρ2 / ρ1 ) e a
abcissa ( a/d1 );
4- Coloca-se a curva de característica da resistividade traçada, do solo sob estudo, sobre as curvas padrão e
procura-se a coincidência do primeiro trecho da primeira, com uma das curvas padrão, seguindo-se as seguintes
condições de coincidência;
4a-Deve-se obter o maior trecho possível de coincidência da curva característica de resistividade do solo sob
estudo, com uma das curvas padrão;
4b- Atendida a condição anterior por duas curvas padrão , optar pela coincidência com aquela curva padrão
mais próximo do eixo horizontal;
4c- Atendidas as condições 3a e 3b. anteriores optar quando houver dúvida pelo trecho de coincidência da
curva padrão mais próxima à origem das curvas padrão ( ponto de encontro entre os e i x o s ( ρ 2 / ρ 1 ) e
(a/d1);
Importante: Quando se estiver procurando esta coincidência os eixos verticais e horizontais da curva do solo sob
estudo não devem se inclinar em relação aos eixos das curvas padrão, resumindo os eixos verticais e horizontais
das duas curvas devem ser deslocados sempre paralelamente um em relação ao outro;
5- encontrado o maior trecho de coincidência com uma das curvas padrão, identificado pelo valor ( ρ 2/ρ 1 ) .
transcreve-se a origem das curvas padrão, (anteriormente reforçada a lápis) para o papel ( gráfico ) bi -logarítmico,
onde foi traçada a curva de resistividade característica do solo sob estudo, transcrevendo no lado deste ponto o
número da curva padrão coincidente. Este ponto transcrito é chamado de POLO;
8- A seguir coloca-se a curva representativa do solo em estudo, sobre as curvas auxiliares, de tal maneira que a O
POLO ( anteriormente transcrito para o papel bi-logaritmico) coincida com a origem das curvas auxiliares;
9- Com uma linha tracejada a lápis copia-se a curva auxiliar de mesmo número da padrão a qual foi anteriormente
obtida coincidência;
59
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
10- Volta-se novamente agora para as curvas padrão, procurando-se novamente o maior trecho de coincidência do
segundo trecho da curva sob estudo com uma das padrões, sendo que agora mais uma premissa deve ser
observada;
10.1- A origem das curvas padrão deve permanecer sobre a curva auxiliar tracejada que foi transferida
para o papel transparente bi-logarítmico, onde foi traçada a curva representativa da resistividade do solo
sob ensaio. Os eixos das curvas padrão e sob estudo devem permanecer paralelos, como observado
anteriormente;
11. Encontrado o novo maior trecho de coincidência, deve-se repetir os procedimentosdescritos nos itens de 1 ao 7.
Exemplo 4: Os valores de resistividade representivos do solo de um determinado local onde deverá ser projetado e
implantado um sistema de aterramento, foi obtido através do método de Wenner cujos valores constam da Tabela XI,
determinar o modelo matemático representivo do mesmo (estratificação) pelo método de comparação de curvas
constante na ABNT NBR 7117:12.
Tabela XI
12- ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO PELO MÉTODO SIMPLIFICADO - [Ref. ABNT NBR 7117:12]:
Se ao traçarmos a curva representativa da resistividade em função da profundidade de determinado solo, valores que
foram obtidos após as medições pelo método de Wenner e também após o tratamento matemático dos diversos valores
encontrados pelo método da média geométrica ou aritmética com exclusão de valores e se a mesma apresentar os
formatos característicos das figuras 42 ou 43, poderemos estratificar u tilizando o método simplificado para solos
de duas camadas, descrito a seguir.
60
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Figura 42 Figura 43
1- Prolonga-se a curva característica do solo sob análise ( a) até interceptar o eixo das ordenadas,
neste ponto de intercessão estará indicado o valor da resistividade da primeira camada ( 1) ;
2- Traça-se a assíntota à curva ( a ) característica da resistividade do solo sob estudo, até que a mesma
intercepte o eixo das ordenadas esta intercessão irá definir o valor da resistividade da segunda camada
( 2) ;
2
Equação (28)
3- Calcula-se:
1
4- Com o resultado do item 3 anterior determina-se o valor de (Mo) com auxilio da Tabela XII – (Mo)
2
;
em função de
1
Observação: A determinação da resistividade aparente ( a) será feita com os seguintes valores:
61
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
𝜌𝑚
𝑑
Figura 44 - curva ρ xa
Tabela XII
Exemplo 5 - Estratificar o solo cujos valores representativos do mesmo, são os da tabela abaixo, cabe
observar que estes valores foram obtidos pela aplicação do método da média geométrica de uma série de
medições executadas em um solo, em diversos pontos, através do método de Wenner:
a (metros) ( ).m
1 1500
2 1500
4 1400
8 1020
16 600
32 450
64 420
Um solo não homogêneo apresenta um valor de resistividade para cada tipo de sistema de aterramento implantado
no mesmo, pois dependendo das dimensões e da geometria deste sistema as correntes irão se dissipar de maneira
diferente. Podemos dizer que a dissipação das correntes para o solo irá depender basicamente dos seguintes
fatores:
A resistividade aparente, é portanto um valor que deve ser calculado e que procura levar em consideração
todas influências supra citadas, sob o ponto de vista da dissipação decorrente para o solo.
O conceito de resistividade aparente, também pode ser apresentado sob a seguinte forma:
A resistência de um sistema de aterramento implantado em um solo homogêneo pode ser escrita da seguinte forma:
Se o mesmo sistema de aterramento for agora implantado em um solo real não homogêneo, a equação que o
mesmo irá obedecer será a seguinte:
63
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
R´ a F ( g ) Sendo: a – a resistividade aparente, será função não só de todos os
parâmetros de não uniformidade do solo, como também das dimensões e da
geometria do sistema de aterramento;
Solo homogêneo equivalente - é aquele solo no qual determinado sistema de aterramento nele implantado, terá o
mesmo desempenho do ponto de vista de dissipação de corrente como se fosse implantado em um solo
homogêneo. A resistividade deste solo homogêneo equivalente seria a chamada resistividade aparente.
Ao definirmos e calcularmos a resistividade aparente, tornamos possível a utilização para os cálculos de sistemas
de aterramento implantados em solos não homogêneos de todas as fórmulas que foram desenvolvidas para o
cálculo de sistemas de aterramento com base em solos homogêneos.
1- Estratifica-se o solo;
3- Calcula-se o coeficiente de penetração ( θ ) o qual nos indica qual o grau de penetração da corrente, que deverá
ser dissipada no solo, através de determinado sistema de aterramento, pela equação seguinte;
r
Equação (34)
d eqn
Sendo ( r ) = raio do anel equivalente ao sistema de aterramento considerado. Segundo Endrenyi [Refs. 2 e 24 ] cada sistema
de aterramento é transformado em um anel equivalente de Endrenyi , cujo raio ( r ) é a metade da maior dimensão do sistema
de aterramento.
( d eqn
) = espessura equivalente a ―n‖ camadas
13.1.1.1- Sistema de aterramento composto por hastes verticais em linha, igualmente espaçadas de um
distância (e):
64
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
en 1
r Sendo: (e)= espaçamento entre hastes em metros Equação (35)
2
(n)= número de hastes em paralelo
13.1.1.2- Sistema de aterramento composto por eletrodo horizontal com comprimento igual a (L):
L
r Sendo: (L) = comprimento do eletrodo em metros Equação (36)
2
A
r Sendo: (A) = área da malha em metros quadrados Equação (37)
l 2
r Sendo: (l ) = lado do quadrado vazio Equação (38)
2
13.1.1.5- Sistema de aterramento com configuração qualquer outra distinta das anteriores:
A
r Sendo: (A) = área abrangida pelo sistema de aterramento
D Equação (39)
(D) = Maior dimensão do sistema de aterramento
n 1
Equação (40)
eqn
13.1.1.7- Determinação da resistividade aparente é feita com auxilio da curva de J. Endrenyi [Ref.28],
representada na Figura 45, entrando com os valores calculados no item 3 (θ) e no item 5 ( ), obtendo-
se o valor de (N) pela curva de J. Endrenyi.
65
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Exemplo 6 - Calcular o valor da resistência de aterramento operativo de uma malha implantada no solo cujo
modêlo matemático é o da figura 46-a, com as dimensões indicadas na figura 46-b.
d1=3m 50m
1 350.m
40m
d2=10m 2 700
Equação (42)
3 100.m
66
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Figura 47
67
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
O sistema de aterramento mais simples de ser dimensionado é aquele composto por um eletrodo vertical,
uma haste de aterramento, de comprimento (L) e diâmetro (d), o qual é muitas vezes menor do que o
respectivo comprimento.
Além do aspecto da resistência de aterramento, as hastes devem ser especificadas para resistir os efeitos
da corrosão causada pelo meio onde as mesmas forem implantadas.
1- Possuir uma camada mínima de 0,254mm (254 mícrons) de espessura de cobre, sendo que o cobre
deverá revestir um núcleo de aço carbono pelo processo de eletrodeposição, a mesma deve obedecer a
norma ABNT NBR 13571:96 ―Haste de aterramento aço-cobreada e acessórios‖. E devem possuir
gravadas em baixo relevo 254 µ, e a norma que a fabricação deve obedecer que é a NBR 13571
especifica.
2- Devem possuir um núcleo de aço carbono SAE 1010/1020 conforme ABNT NBR 6006.
De uma maneira geral os sistemas de aterramento devem ser dimensionados para durar no mínimo 50
anos. As conexões dos condutores de aterramento as hastes devem ser executados com solda
exotérmica.
Nota: Uma análise do tipo de solo através da determinação do (PH) pode ser útil, pois o cobre comporta-se
muito bem do ponto de vista de corrosão, em solos alcalinos, isto é PH = 7 ou maior que 7, e o aço
galvanizado é mais resistente em solo ácidos, isto é com PH menor que 7.
A Figura 49 nos fornece as característica básicas dos diversos tipos de hastes fabricadas.
Tabela XIII
Como acessórios, podemos citar as luvas de acoplamento, e os parafusos de cravamento, Figura 50. Os
parafusos de cravamento deverão ser aparafusados nas luvas de acoplamento antes de se executar o
cravamento das hastes, durante a execução de um sistema de aterramento composto por hastes
conectadas em série, para deste modo evitar que a luva de acoplamento sofra amassamento durante a
operação de cravamento. As hastes podem ser conectadas entre si em série, através das luvas de
acoplamento ou através de solda exotérmica, recomenda-se que estas interligações entre hastes sejam
executadas por solda exotérmica.
Figura 49 - Haste de aterramento, em conformidade com a ABNT NBR 13571 - Deve possuir gravado em baixo
relevo a espessura da camada de cobre ( 254µ) e a norma de fabricação ABNT NBR 13571
69
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
1-Devido a Rudemberg:
a 4 L
Rat Ln Ω Sendo: L = comprimento da haste em metros
2 L d Equação (43)
d = diâmetro da haste em metros
ρa= resistividade aparente do solo em Ω.m
2-Devido a Dwight:
a 8 L
Rat Ln 1 Ω Equação (44)
2 L d
3- Devido a Liew-Darveniza
a 1 2L Equação (45)
Rat Ln Ω
2 L d
Ao aplicarmos as fórmulas acima, os valores da resistência de aterramento calculadas irão seguir a seguinte tendência:
4-Simplificação: Pode-se chegar no valor da resistência de aterramento de uma haste com boa aproximação,
através da divisão da resistividade do solo pelo comprimento da haste:
a
Rt Ω Equação (46)
L
5- O eletrodo semi-esférico equivalente a uma haste, de comprimento (L) e diâmetro (d) tem um raio igual (R) igual a
L Equação (47)
R (Ω)
8 L
Ln 1
d
(R) (L)
70
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Os eletrodos verticais (hastes) com seção circular, isto é tendo um número infinito de arestas, dissipam melhor as
correntes do que outros eletrodos verticais de outros formatos, tais como os em forma de cantoneira, logo devem ser
sempre que possivel utilizados eletrodos verticais com este tipo de seção (circular). L1
e2
d L2
e1
Figura 52 Haste com seção circular Figura 53- haste com formato de cantoneira
4 S
Seção transversal da cantoneira = seção do circulo equivalente: d Equação (48)
Sendo S L1 e1 L2 e2 e1 e2 Equação (49)
Geralmente os solos não são homogêneos, e para se calcular a resistência de aterramento de uma haste cravada em um
deste tipo de solo, como a haste poderá penetrar em várias camadas do mesmo com valores de resistividade diferentes,
considera-se do ponto de vista de dispersão de corrente que a resistiviadade aparente de um sistema de aterramento
pontual, isto é composto de uma só haste, pode ser considerada como sendo aproximadamente igual à resistividade
equivalente ( das ( n ) camadas que compõem o respectivo solo.
d1 d ρ1
L ρ2
haste
71
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
n
di
eqn i 1 Equação (50)
di
n
i 1
i
Exemplo 7 - Calcular o valor da resistência de aterramento de um sistema composto por uma haste com três metros de
comprimento e ¾‖ de diâmetro, cravada 0,5 m da superfície de um solo cujo modelo matemático é o da figura 55.
0,5m
d1=1m
d2=6m
Figura 55
Normalmente nos projetos de sistemas de aterramento, duas premissas básicas devem ser obedecidas, conforme o caso, a
primeira diz respeito ao de se obter um determinado valor de resistência de aterramento do ponto de vista operativo das
proteções do sistema elétrico em questão, o outro diz respeito à segurança dos operadores no que diz respeito as
tensões de passo e de toque. Quanto a primeira premissa, para calcularmos o valor da resistência de aterramento do
ponto de vista operativo, deveremos após executarmos as medições de resistividade no local previsto para a implantação
do sistema de aterramento, e esfetuar o tratamento matemático e a estratificação, a determinação da resistividade
aparente deverá ser calculada de maneira aproximada no caso de uma haste, considerando-se de uma maneira
aproximada a mesma igual a resistividade equivalente às (n) camadas), pela aplicação da equação (50). Utilizando-se
na sequencia uma das equações anteriormente fornecidas, geralmente a mais conservativa, equação (43) para a
determinação da resistência de aterramento do ponto de vista operativo.
Agora se após os cálculos e implantação do sistema de aterramento o valor obtido através de medição não atender ao
valor projetado, mesmo que através dos cálculos tenha sido obtido um valor menor ou igual, poderemos procurar diminuir
este valor, para obter um valor menor ou no máximo igual ao necessário para que se tenha a adequada operação dos
dispositivos de proteção, deve-se utilizar um dos seguintes critérios, ou mais de um deles em conjunto:
72
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
b-Tratar o solo, atuando no valor da resistividade do mesmo, o tratamento é tão mais eficiente quanto maior for o valor da
resistividade do solo no local onde será implantado o sistema de aterramento;
c-Aumentar o comprimento da haste, dependendo das características do solo as quais devem ser definidas através de
medições e traçado da curva característica de resistividade e da estratificação;
d-Aumentar o diâmetro da haste, NÃO É EFICIENTE, para se ter uma idéia, o aumento de 2 vezes o diâmetro normalmente
só reduz a resistência de aterramento de 11%, e o aumento de custo é muito maior pois o volume aumenta quatro vezes. Não
se aconselha, portanto esta alternativa.
Ao serem interligados hastes em paralelo, o distanciamento entre as mesmas é de normalmente 3 metros, que é o chamado
distanciamento econômico. Deve-se ter em mente que este distanciamento é um distanciamento onde os volumes de
influência normalmente se sobrepõem, diminuindo a eficiência do sistema de aterramento como um todo. Em solos
homogêneos (teóricos) o distanciamento ideal entre os eletrodos é de 4 vezes (L), sendo (L) o comprimento da haste, em
solos reais com diversas camadas de resistividade que varia com a profundidade, sugere-se quando for o caso, determinar a
área do volume de influência através de medições.
A interligação de hastes em paralelo tem como conseqüência uma superposição das áreas de influência
das hastes consideradas de maneira individual, o que irá alterar a resistência de cada uma delas. A
redução prejudicial causada por esta influência fica atenuada quando se afastam as hastes entre si.
Porém o que acontece normalmente na prática é a utilização do chamado distanciamento econômico que
é aquele igual ao comprimento das respectivas hastes, naturalmente vai existir a superposição das áreas
ou volumes de influência, com a consequente diminuição da efetividade do valor da resistência de
aterramento do conjunto. Esta influência deve-se a chamada resistência mútua.
O cálculo da resistência de aterramento de (n) hastes em paralelo Rp(n) é executado pela equação (51):
1 1 1 1 1
.... Equação (51)
Rp (n) R1 R 2 R3 Rn
73
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
1
Rp ( n) n Rp (n) Resistência de aterramento de ( n) hastes em paralelo
1
h 1 Rh Equação (52)
Rh Resistência de cada haste do conjunto levando-se em consideração a presença das demais, através da
influência devido a superposição das áreas de influência das demais hastes em paralelo com a mesm
Cálculo de Rh:
n
Rh Rhh Rhm Ω Rhm definido para h≠m
Equação(53)
m 1
Sendo:
Rh= Resistência de cada haste do conjunto levando-se me consideração a presença das demais, devido a área
de influência.
Rhh=Resistência individual de cada haste de aterramento sem a interferência das demais;
Rhm= Acréscimo da resistência da haste (h) por influência da haste (m)
Rhm só é definido para h≠m para h=1 , m=2 e assim por diante
L= Comprimento da cada haste de aterramento em metros
Rhh= RESISTÊNCIA INDIVIDUAL DE CADA HASTE DE ATERRAMENTO SEM A INTERFERÊNCIA DAS DEMAIS:
a 4 L Equação (54)
Rhh Ln
2 L d
Rhm= ACRÉSCIMO DA RESISTÊNCIA DA HASTE (h) POR INFLUÊNCIA DA HASTE (m). Rhm SÓ É
DEFINIDO PARA h≠m PARA h=1 , m = 2 E ASSIM POR DIANTE
74
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Cálculo de Rhm
ehm
a b L 2 ehm 2
Rhm Ln
4 L ehm 2 b L 2 Ω superfície solo
Equação (55) b
L
Equação (56)
haste (h) haste (m)
Figura 56
Equação (57)
Cabe observar que para o cálculo da resistência de aterramento de (n) hastes em paralelo Rp(n) não foi
considerado o efeito dos cabos de interligação entre as mesmas, uma vez que em termos de segurança,
a eliminação deste efeito conduz a valores mais conservativos. Para facilitar os cálculos nos quais seriam
aplicadas as fórmulas apresentadas anteriormente, são apresentadas as TABELAS seguintes para hastes
com comprimentos, diâmetros e espaçamentos comumente utilizados:
75
TABELAS XIII até XXIV da Resistência de
aterramento R(Ω) e Coeficiente de redução (k) para
hastes interligadas em linha reta.
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
TABELA XIII
TABELA XIV
TABELAS: [Ref.9] = Volume 7 Eletrobrás- ―Aterramento e proteção contra sobretensões em sistema aéreos de
distribuição‖ Daisy S.F.G./Fernando F.M./Sônia de M.G. e [Ref.29] = ABNT NBR 16527:16 Aterramento para Sistemas de
Distribuição
76
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TABELA XV
TABELA XVI
77
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
TABELA XVII
TABELA XVIII
78
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
TABELA XIX
TABELA XX
79
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
TABELA XXI
TABELA XXII
80
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TABELA XXIII
TABELA XXIV
81
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Exemplo 8- Calcular o valor da resistência de aterramento do sistema composto por três hastes, configuração em
linha, interligadas em paralelo, instaladas em um solo cuja estratificação é o da figura 57. Dados o comprimento (L)
das hastes igual a 3 metros, diâmetro Ө=3/4”, espaçamento (e) = 3 metros entre as mesmas.
d1=5m
1 400.m
d2=12m 2 300
3 100.m
∞
Figura 57
Exemplo 9 - Calcular o valor da resistência de aterramento de sete hastes cravadas numa configuração em linha
reta, espaçadas entre si de 3 metros, as mesmas tem diâmetro de ½‖ e um comprimento igual a 3 metros. O solo
após medições, tratamento matemático e estratificação pode ser representado pela figura 58.
d1=5m
1 400.m
d2=12m 2 300
3 100.m
∞
Figura 58
Exemplo 10- A resistência de aterramento do ponto de vista operativo deve ser igual a 58,4Ω . Calcular o
número de hastes em paralelo, configuração em linha para obter o valor desejado, num solo cujo modêlo matemático
é o da figura 59 abaixo, as hastes tem um diâmetro de 3/4‖ com comprimento de 3 metros.
d1=1m 1 350.m
d2=6m 2 470m
3 130.m
Figura 59
82
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Em certos casos, principalmente em locais onde o valor da resistividade do solo é muito alta (acima de 5.000Ω.m) e
quando não se consegue alcançar o valor da resistência de aterramento necessária do ponto de vista operativo,
mesmo com a colocação de hastes em paralelo, uma outra alternativa é a de se fazer o tratamento do solo com um
produto que atenda as exigências que serão analisadas a seguir no item ― 16.2 - APLICAÇÃO PRÁTICA DE PRODUTOS
PARA O TRATAMENTO DO SOLO‖.
Rnht ―n‖ hastes em linha tratadas Rnh ―n‖ hastes em linha não tratadas
Os fabricantes de uma maneira geral não fornecem o valor de Kt motivo pelo qual um dos métodos práticos
aproximados de obte-lo é por intermédio de medições a serem executadas no local onde se pretende executar o sistema
de aterramento com tratamento do solo. As medições são feitas pelo método da queda de potencial, conforme ABNT
NBR 15749:09. Mede-se primeiramente a resistência de aterramento de uma haste sem tratamento do solo Rh
executa-se em seguida o tratamento do solo, fazendo-se em seguida uma nova a medição, obtendo-se o valor de
Rht
O valor de Kt aproximado é obtido pela seguinte equação:
Rht
Kt equação (59)
Rh
Sendo: Kt - Coeficiente de redução do valor da resistência devido ao tratamento do solo;
83
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Kt = 1 (um) significa que o tratamento do solo não adiantou nada pois o rendimento calculado será igual a zero;
Kt = ZERO significa que temos um rendimento de 100%, isto é tratamento do solo foi extremamente eficiente, pois a
resistência da haste após o tratamento apresentou um valor igual a zero ( exemplo extremo e teórico );
Quanto menor for o valor de (Kt) mais eficiente será o tratamento do solo. O (Kt) normalmente na prática varia de 0,05
a 0,5.
Cabe observar que quanto maior for o valor da resistividade do solo, maior será a eficiência do tratamento e
consequentemente o seu rendimento.
Para uma determinada região pode-se determinar o valor do coeficiente de redução do valor da resistência de aterramento
(Kt) registrando-se em um gráfico os seus diversos valores em função da resistividade do solo. Após um determinado
periodo destas determinações obteremos uma série de pontos conforme a Figura 61. A evolvente dos mesmos irá
gerar uma curva larga e alta para pequenos valores de resistividade e baixa e estreita para valores altos de resistividade.
A curva assim determinada nos fornecerá não só os valores limites de (Kt), como também o provável valor do mesmo
para um determinado valor de resistividade do solo da região sob estudo.
1.500Ω.m 3.500Ω.m
ᵨ
Figura 61-(Kt) em função da resistividade do solo ( ) da região sobre estudo
Para a mesma região deverá ser traçado um gráfico com o número de eventos (medições) e os valores de resistividade
medidos (normalmente com a utilização do método de Wenner), Figura 62. No caso específico exemplificado, 10% dos
valores medidos são menores do que 1.500Ω.m e 5% maiores do que 3.500Ω.m, os valores de resistividade que mais
84
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
ocorrem para esta região em específico, ocorrem na faixa dos 1.500Ω.m até 3.500Ω.m. Para a esta região específica
poderemos com a utilização da curva da Figura 61 determinar o valor de (Kt).
Com base nas curvas das Figuras 61 e 62 traçadas para uma determinada região, se estivermos planejando a
implantação de um sistema de aterramento com tratamento do solo com o mesmo produto e em um determinado local
desta mesma região, e se o valor da resistividade do solo medido for igual a 2.000Ω.m, poderemos dizer que o valor de
(Kt) , com base na curva da Figura 61 deverá estar entre os valores 0,4 e 0,2, a favor da segurança poderiamos adotar
um valor de (Kt) = 0,4 , na realidade, o valor, no presente caso deverá ser aproximadamente igual a (Kt) ≈ 0,32.
Exemplo 11- Dimensionar o sistema de aterramento composto por hastes em linha interligadas em paralelo,
tratadas com um produto específico para tratamento do solo, cujo ( Kt )=0,38, dados: espaçamento entre
as hastes de 3 metros, diâmetro das mesmas de ½‖ e comprimento de 3 metros. O solo após
medições pelo método de Wenner, tratamento matemático e estratificação esta representado na figura
63 . Valor da resistência de aterramento desejado do ponto de vista operativo deve ser de 25 Ω.
85
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
d1=5m 1 400.m
d2=12m 2 300.m
3 100.m
Figura 63
O tratamento do solo deve ser executado pela aplicação de produto especifico escolhido com base no
atendimento de exigências a seguir descritas. Após escolhido qual o produto a ser utilizado, a aplicação
deverá ser no volume de influência mais próximo do eletrodo de aterramento a ser tratado, após a
aplicação do produto o solo deve ser sempre compactado. Deve ser evitado o tratamento do solo através
de produtos químicos, pois os mesmos normalmente necessitam de manutenção, por serem os produtos
químicos normalmente lixiviaveis.
Para a escolha adequada do produto específico a ser utilizado no tratamento do solo as seguintes exigências
devem ser atendidas:
2-DEVE SER NEUTRO (Ph) COM RELAÇÃO AOS MATERIAIS DO SISTEMA DE ATERRAMENTO;
3.1-VIDA ÚTIL
3.2-ALTAS CORRENTES ( ALTAS TEMPERATURAS)
3.3-ALTOS POTENCIAIS ( COLAPSO DE CRISTAIS)
3.4-ALTAS FREQUÊNCIAS ( NÃO INDUTIVO E NÃO CONTER COMPONENTES FERROMAGNÉTICOS)
4-SER DE BAIXO CUSTO;
5-SER DE FÁCIL APLICAÇÃO;
6- NÃO SER LIXIVIÁVEL;
7- NÃO SER POLUENTE;
8-SER HIGROSCÓPICO;
86
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16.3-ALGUNS PRODUTOS E A ANÁLISE QUE DEVE SER EXECUTADA PARA ESCOLHA FINAL:
caracteristica abaixa neutro vida altos altos altos baixo fácil lixiviável poluente higroscópico
ᵨ materiais
de
útil ( i)
temp.
( v) ( f) custo aplicação
aterramento
Produto
SAL Sim Não Não Sim Sim Sim sim Sim Sim Não Não
CARVÃO só Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não Não
quando
muito
alto
SAL + CARVÃO Sim Não Não Sim Sim Sim Não Não Sim Não Não
BENTONITA- Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Não Sim
(SILICATO HIDRATADO
DE ALUMINIO)
SULFATO DE Sim Não Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não Sim
COBRE+SODA
CAÚSTICA+BENTONITA
(LABORGEL)
SULFATO DE COBRE + Sim Não Sim Sim Sim Sim Não Não Não Sim Sim
FERRO CIANETO muito
FÉRRICO
SULFATO DE COBRE Sim Não Sim Sim Sim Sim Não Não Não Sim Sim
+PRUSSIATO DE
POTÁCIO
GEM Sim Sim sim Sim Sim Sim Não Sim Não Não Sim
FASTSIS/FASTGEL Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Sim Não Não Sim
87
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
A quantidade de água que se mistura com o GEM é na base de 5,7 a 7,6 litros de agua pot´vel por
saco de GEM.
A camada de GEM normalmente utilizada na parte de baixo e de cima das fitas ou dos
condutores de aterramento (eletrodos horizontais) que se deseja fazer o tratamento do solo é de
aproximadamentex 25mm, podendo esta espessura ser aumentada caso o projetista julgue
necessário, podendo chegar até 100mm de cada lado do eletrodo. Aplica-se a camada sob a fita
de aterramento, espera-se de 15 a 20 minutos para colocar a fita ou condutor sobre o GEM e
aplica-se a outra camada de 25 mm sobre o eletrodo horizontal que está sofrendo o tratamento.
16.3.1.3- FASTGEL:
Resistividade 2 Ω.m
È um produto não tóxico que não agride o meio ambiente. Possui PH neutro o que não facilita a
corrosão;
È fornecido em embalagens de 12 kg ( 1 dose), tem uma densidade quando seco de
0,000925g/mm³;
Possue o poder de aumentar o volume quando for colocado agua, o que irá proporcionar um
melhor contato entre haste ou condutor de aterramento com o solo;
Possue alta condutividade, e quanto maior for o valor da resistividade do local, maior será a
eficiência de sua aplicação;
88
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
16.3.1.3- FASTSIS:
Resistividade 2 Ω.m
È um produto não tóxico que não agride o meio ambiente, produzido a partir de mistura
balanceada de carbono, é higroscópico.
Possui 11,53, PH neutro o que não favorece a corrosão;
È fornecido em embalagens de 12 kg ( 1 dose), tem uma densidade quando seco de
0,0001118g/mm³;
Possue o poder de aumentar o volume quando for colocado agua, o que proporcionará um maior
contato entre haste ou condutor de aterramento e o solo;
Quanto maior for o valor da resistividade do local, maior será a sua eficiência em diminuir o valor
da resistência de aterramento;
As seguintes considerações estão referenciadas nas instruções de aplicação dos produtos para
tratamento do solo fabricados atualmente:
Figura 64 B
Figura 64 A Figura 64 B
89
Equação (61)
Sendo:
Equação (62)
Sendo:
Equação (63)
Equação (64)
Sendo:
90
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Ar
Solo d h
a 4 L 2 L 2 h h2
Rc Ln Ln 2 2 ........ equação (65)
2L d h L L
Quando (L) , for MUITO MAIOR DO QUE (h) o que geralmente acontece, pode-se usar a
equação seguinte:
a 4 L 2 L
Rc Ln Ln 2 equação (66)
2L d h
a 4 L L 2 h L2 2 h (2 h) 2 L2
Rc Ln 1 Ln equação (67)
2L d 2 h L L
91
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
a 2 L
Rc Ln 1
L h d
equação (68)
Ao aplicarmos as fórmulas acima, os valores da resistência de aterramento calculadas irão seguir a seguinte tendência:
Exemplo 12: Calcular o valor da resistência de aterramento operativa de um sistema composto por um
eletrodo horizontal constituído por um condutor de cobre eletrolítico nu tempera meio duro classe 3A (19
fios) com bitola de 70mm² a ser instalado à 0,80m de profundidade, dados a estratificação da figura 67 o
diâmetro do condutor de 10,6 mm. Dados: L= 60 m, h= profundidade da instalação= 0,5m, bitola do
condutor = 70mm² , diâmetro = d= 10,50mm = 0,01050m
d1=2m 1 180.m
2 700
d2=8m
3 200.m
∞
Figura 67
92
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Ar
Solo dc h
dh
Lh
Lc
dc=diâmetro do eletrodo horizontal (cabo) em metros
Lc= comprimento do eletrodo horizontal (condutor) em metros
Lh= comprimento das hastes em metros
dh=diâmetro das hastes em metros
S=espaçamento entre as hastes em metros
Rc=resistência de aterramento do cabo em Ω
Rh= resitência de aterramento das hastes em Ω
Rm= resistência mútua em Ω
Rt= resistência total do sistema hastes + cabos em Ω
h= profundidade em que foi instalado o eletrodo em metros
n=número de hastes em paralelo
Resistividade aparente =
Fórmula devidoFigura
a E.D.Sunde: Rc=Resistência
68 - Hastes de aterramento
em linha interligadas comdocondutor
cabo de cobre nu
a 2 Lc
Rc Ln 1 Equação (68)
Lc h dc
93
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a 4 Lh 2 Lh j n 1
Rh Ln
2 n Lh dh
j 2 j equação (69)
S
Resistência mútua: Rm= Resistência de aterramento mútua entre cabo e hastes
a 2 Lc equação (70)
Rm Ln
Lc Lh
R1 R2 Rm 2 Rc Rh Rm ²
Rt Equação (71) [Ref. 18]
R1 R2 2 Rm Rc Rh 2 Rm
94
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Exemplo 13: Calcular o valor da resistência de aterramento operativa de um sistema composto por
cinco hastes em linha reta interligadas por um cabo de cobre eletrolítico nu, tempera meio duro , classe
3A, 19 fios, com seção nominal de 95mm² dados:
Espaçamento entre as hastes =S= 3 metros, diâmetro das hastes= dh= ¾”,
comprimento das hastes=Lh= 3 metros
Comprimento do cabo Lc= 12 metros, diâmetro do cabo = dc= 12,5mm , profundidade do
cabo=h=0,5metros
Resistividade aparente = = 100Ω
Lado (b)
ea
eb eb
ar
solo h
Malha d
a 2 Lt Lt
Rat Ln K1 K 2 Equação (72)
2 Lt h d A
95
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
na =número de condutores
Lc b na a nb Equação (75) perpendiculares ao lado (a)
nb=número de condutores
b
na 1 perpendiculares ao lado (b)
eb Equação (76)
a
nb 1 Equação (77)
ea
Comprimento da malha
y
Largura da malha Equação (78)
96
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
dc
b
solo h
dc
Para h <<<< A
a 2 Lc Lc
Rc Ln K1
K 2
Lc h dc
Equação (79)
A
97
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
a 2 Lc Lc
Rm Ln K1 K 2 1 Equação (83)
Lc Lh A
Sendo;
Rc Rh Rm 2
4 Lh Rt
R1h Ln Rc Rh 2 Rm
2 Lh dh Equação(85)
Equação (86)
Sendo:
98
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Exemplo 14: Calcular a resistência de aterramento da malha da figura 71a instalada em um solo cuja estratificação é o da
figura figura 71b, Dados: Condutor bitola 70 mm² (dc= 0,0106m = 70mm²) h = 0,5m
4m
20m ∞ n 1 130.m
Exemplo 15: Calcular a resistência de aterramento da malha da Figura 72a instalada em um solo cuja
estratificação é o da Figura 72b, colocando-se hastes na periferia, espaçadas de 4 em 4 metros, hastes com
diâmetro de ½‖ e 3 metros de comprimento: Dados: Condutor bitola 70mm² (dc= 0,0106m) h = 0,5m
4m
20m ∞ n 1 130.m
20m
99
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
R L
= Sendo R nth 4n 4 Equação (89)
e 8L
Ln 1
d
Equação(87) Equação (88)
Quadrado vazio
Simbologia
Hastes
( e ) metros Cabos
l metros
TABELA XXV
1 nth ᵦ
Rnhqvazio R1h Kqvazio sendo Kqvazio
nth
4 2,7071
Equação (90) Equação (91) 8 4,2583
12 5,3939
a 4 L 16 6,0072
R1h Ln 20 6,4633
2L d 24 6,8363
28 7,1479
32 7,4195 100
36 7,6551
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
(e)metros
2 3 4 5 9
(d ) pol.
(d ) pol.
101
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Exemplo 16- Dimensionar o sistema de aterramento, na configuração quadrado vazio com hastes com as seguintes
características: hastes fabricadas pelo processo de eletrodeposição com camada de cobre mínima = 0,254mm de
espessura ( hastes de alta camada), diâmetro = ½‖ comprimento = 3 metros, para se obter uma resistência de
aterramento de 25Ω. O modêlo matemático representativo do solo ou estratificação é o da figura 73.
d1=5m
Espaçamento entre as hastes (e) = 3 metros
1 400.m
d2=12m 2 300
3 100.m
Figura 73
Sistema de aterramento onde as hastes são implantadas uniformemente distanciadas de uma distância de (e)
metros, na periferia e no centro, todas as hastes são interligadas por cabos de cobre nu, formando um quadrado
cheio conforme a figura abaixo.
R
= Sendo R
L
Equação (92)
a 8L
Ln 1
d
Quadrado cheio Simbologia
Hastes
102
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
1
Rnhqcheio R1h Kqcheio sendo Kqcheio
nth
a 4 L
R1h Ln nth
2L d
d1=5m
1 400.m
d2=12m 2 300
3 100.m
Figura 75
103
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
23 - ATERRAMENTO PROFUNDO
O sistema de aterramento só pode ser considerado um ATERRAMENTO PROFUNDO se as desigualdades
seguintes forem cumpridas:
1
x eqn Eq.(95) Lx 0,2 Lm Eq.(96)
2
Lm
CÁLCULO DE Lmínimo = (Lm):
Lm=deqn + Lx
Lx x Sendo: Lx = 0,2Lm
Lm = deqn + 0,2Lm
∞ Lm − 0,2 Lm = deqn
Lm = 1,25 deq
Ratp ≈
Equação (97)
23.1.1-VANTAGENS:
3-Sistema econômico para mesmo valor de ( Rat ) desejado, comparado com outros sistemas de
aterramento;
23.1.2- DESVANTAGENS:
Figura 77- Cravador de hastes para execução de aterramento profundo, com martelete elétrico
105
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Exemplo 18. A resistência de aterramento do ponto de vista operativo deve ser menor ou no máximo
igual a Rdej.= 25Ω projetar um sistema de aterramento profundo para atender as condições solicitadas,
dados: deqn =12m, Rdej.= 25Ω , resitividade equivalente a (n) camadas eqn = 335Ω, resistividade
106
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
As bitolas mínimas necessárias considerando a necessidade dos condutores suportarem os esfôrços mecânicos
são:
Para o aço (protegido contra corrosão de acordo com normas aplicáveis) – 38 mm2 (5/16‖).
O condutor deve ter uma seção (S) capaz de suportar a circulação de uma corrente máxima (If) durante um tempo
(t) em que a temperatura se eleve acima de um valor limite suportável (Tm), considerando uma temperatura
ambiente (Ta) e que toda energia térmica fica retida no condutor devido a pequena duração da corrente de curto.
Quando houver possibilidade de religamento do sistema mesmo após o curto-circuito, o tempo total em que o
sistema fica energizado é o que deve ser considerado no cálculo, desprezando-se o tempo que o mesmo ficou
desligado.
t r r 10 4
S If
k Tm Equação (98)
TCAP Ln 0
k 0 Ta
S é a seção, expressa em milímetros quadrados (mm2);
t é o tempo, expresso em segundos (s), normalmente igual ao tempo da interrupção da corrente de defeito
obtida pela atuação do dispositivo de proteção;
TCAP é o fator de capacidade térmica, em joule por centímetro cúbico vezes graus Celsius [J/(cm3C)];
107
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
24.3- CONDUTORES:
A equação de ONDERDONK para o dimensionamento da bitola dos condutores leva em consideração a corrente
de curto-circuito plena (If). Esta corrente irá circular pelo condutor de aterramento no ponto onde ocorreu o
curto-circuito, normalmente subdividindo-se quando encontra os eletrodos de aterramento. Esta subdivisão é
aproximadamente proporcional as resistências equivalentes no ponto onde esta corrente de defeito é injetada, este
fato nos leva a possibilidade de que os condutores componentes dos eletrodos de aterramento (malha, cabos
horizontais, hastes em linha com cabos de interligação) sejam dimensionados levando em consideração valores de
corrente inferiores a corrente de curto-circuito plena.
Caso a seção do condutor calculada pela equação de ONDERDONK resulte em um valor inferior ao estabelecido
pelo CRITÉRIO MECÂNICO deve ser utilizada a seção mínima estabelecida por este último critério.
108
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
24.4-CONEXÕES:
As conexões nos sistemas de aterramento, entre cabos e hastes e/ou entre cabos e cabos são de extrema
importância, e tem influência direta no dimensionamento das bitolas dos condutores, como por exemplo, o fato da
utilização de conexões do tipo solda oxiacetilênica, a qual pode aparentemente levar a uma economia, porém como
teremos que aumentar a bitola, a mesma poderá não resultar vantajosa. O valor de ( Tm ) é função do tipo de
conexão a ser utilizada conforme pode ser visto na Tabela XXX. Os valores de ( K f ) para as conexões de
aterramento mais utilizadas estão listados na Tabela XXXI. Assim, a equação para o cálculo da bitola dos
condutores de aterramento pode ser simplificada para:
(S) em mm²
(t) em segundos
Tm
Conexão o
( C)
Mecânica (aparafusada ou por pressão) 250
Emenda tipo solda oxiacetilênica 450
109
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Onde a temperatura de fusão da conexão for inferior à temperatura de fusão do condutor, deve-se
utilizar a temperatura da conexão no cálculo da constante ( Kf ). A Tabela XXXI exemplifica o ( Kf ) para o cobre,
considerando o limite de fusão da conexão.
Conexão Kf
Mecânica (aparafusada ou por pressão) 5,8
Emenda tipo solda oxiacetilênica 4,7
Emenda com solda exotérmica 3,8
Exemplo 19- Calcular a bitola de um condutor de cobre macio, de uma malha de aterramento, cujas
conexões são executadas por solda exotérmica, dados:
If 18kA
If=18.000A
t 0,9s
inominal
tr1 tr2 tempo (s)
110
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
ATERRAMENTO DO SISTEMA nada mais é do que uma ligação intencional do ponto neutro do sistema de alimentação à
―TERRA‖ (solo) no caso de instalações ―ON SHORE‖, ou no caso de instalações ―OFF SHORE‖ como no caso de NAVIOS e
PLATAFORMAS MARITMAS, a ligação é feita ao CASCO metálico do navio e nas PLATAFORMAS MARITMAS (no anel de
aterramento) ou na própria ESTRUTURA METÁLICA das mesmas. O ATERRAMENTO DO SISTEMA deve ser considerado
para todos os sistemas de alimentação elétrica, visando controlar e manter dentro de limites previssíveis a tensão do sistema em
relação à ―TERRA‖. Também deve ser previsto um fluxo de corrente que permita a detecção de um contato indesejável entre
os condutores vivos do sistema e a ―TERRA‖ (curto-circuito de uma fase para terra) promovendo em consequencia o
desligamento automático do sistema de alimentação. Cabe observar que no esquema (IT) a resistência de isolação deve ser
continuamente monitorada e um alarme deve ser acionado em um centro de controle com operador, quando houver uma ligação
indesejável de uma das fases à ―TERRA‖, pois para este tipo de esquema de aterramento, não é necessário que haja o
desligamento da alimentação no primeiro curto-circuito fase-terra.
Os SISTEMAS DE ATERRAMENTO principalmente nas instalações que possuem equipamentos eletro-eletrônicos sensíveis
(ETI) (atualmente a maioria) devem ser especificados/dimensionados levando-se em consideração dois aspectos básicos:
a) O primeiro, relativo a segurança de pessoas animais e equipamentos, são especificados e dimensionados os SISTEMAS DE
ATERRAMENTO com configurações e dimensões adequadas, sendo os mesmos normalmente enterrados a uma profundidade
de 60 à 80 centimetros;
É importante observar que os principais riscos em instalações elétricas e imediações são causados pela circulação de correntes
perigosas e/ou elevações de potencial indesejados causados por correntes de defeito, como no caso de um curto-circuito para
terra. A DIFERENÇA DE POTENCIAL entre equipamentos e/ou equipametos e partes metálicas aterradas é uma das
principais causas dos acidentes por choque elétrico, motivo pelo qual é extremamente importante o estudo e a correta
implantação de um SISTEMA DE EQUALIZAÇÃO ENTRE OS POTENCIAIS dos diversos elementos metálicos (aterrados)
que possam ser ao mesmo tempo acessados pelos usuários.
111
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
As instalações elétricas de uma maneira geral, se não forem submetidas a uma série de medidas de segurança e proteção, os
riscos de ferimentos e até morte por eletrocussão, serão altos.
O perigo para os operadores e demais pessoas não está somente em tocar um elemento energizado, seja uma PARTE VIVA*,
um BARRAMENTO ENERGIZADO por exemplo (neste caso entendido como sendo um CONTATO DIRETO ou uma massa sob
tensão, como por exemplo a carcaça metálica de um motor em curto-circuito, de uma fase para a carcaça CONTATO
INDIRETO, mas também em tocar de maneira simultânea um outro elemento que esteja com um potencial diferente do
primeiro.
Como regra geral podemos considerar os operadores e as demais pessoas como estando sempre em contato com o solo, a
―TERRA‖ no caso de instalações terrestres (ON SHORE), e com o convés metálico ou o piso metálico no caso de instalações
(OFF SHORE) como em NAVIOS e PLATAFORMAS MARITMAS respectivamente, sendo então considerados o convés e o
piso metálico como sendo o ―TERRA‖ NATURAL destas unidades maritimas, consequentemente o contato simultâneo com
outro elemento condutor qualquer que esteja em um potencial diferente pode ser perigoso ou até causar um acidente fatal, e
portanto não deve ser permitido, o que nos leva a implantação de um rígido SISTEMA DE EQUALIZAÇÃO DOS POTENCIAIS.
Os CONTATOS DIRETOS, aqueles ocasionados pelo contato de pessoas com as PARTES VIVAS, tais com barramentos
energizados, condutores sem isolação e similares, são mais raros, pois normalmente são devido a imprudência, negligência
e/ou desconhecimento dos envolvidos. Os CONTATOS INDIRETOS são mais frequentes e imprevisíveis, representando maior
perigo devido a este fato, a norma brasileira ABNT NBR 5410 dá mais enfase à proteção contra os choques elétricos que
podem ser causados devido aos CONTATOS INDIRETOS, não desprezando naturalmente os CONTATOS DIRETOS..
CONCEITOS:
*PARTE VIVA‖: Parte condutora que em condições normais, apresenta ou pode apresentar diferença de potencial em relação à
―TERRA‖ . São PARTES VIVAS, os condutores ativos e as partes condutorasde componentese equipamentoselétricos
*PROTEÇÃO PASSIVA‖: Consiste na limitação da corrente elétrica que pode atravessar o corpo humano ou em impedir o
acesso de pessoas às partes vivas . São medidas que não levam em conta a interrupção de circuitos quando ocorre alguma
falta.
*PROTEÇÃO ATIVA‖: Consiste na utilização de métodos e dispositivos que proporcionam o secionamento (abertura)
automática do circuito, quando houver uma falta que possa trazer perigo para os operadores e demais usuários.
112
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
As medidas de proteção por seccionamento automático da alimentação não dependem da qualidade da instalação. De acordo
com estas medidas, um determinado dispositivo de proteção deve ocasionar a abertura (seccionamento) da alimentação do
circuito quando ocorrer um defeito, falta para a ―TERRA‖ impedindo que esta situação possa ocasionar perigo para os
operadores e usuários em geral. A efetividade destas medidas de proteção exigem uma coordenação entre o ESQUEMA DE
ATERRAMENTO utilizado e as CARACTERÍSTICAS DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO.
TABELA XXXII - CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS- [Ref.5]
PROTEÇÃO TIPO
CONTRA DE PROTEÇÃO *PROTEÇÃO PASSIVA *PROTEÇÃO ATIVA
a) Um retomo de baixa impedância à fonte, das correntes de defeito devido à falhas de isolação dos equipamentos em geral,
possibilitando que os dispositivos de seccionamento da alimentação atuem em um tempo que não comprometa a segurança,
mantendo portanto dentro dos limites às tensões de toque e passo abaixo dos tempos máximos admitidos.
113
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b) A limitação das sobretensões transitórias dentro de limites pré-estabelecidos, tais como as causadas peio chaveamentos de
cargas indutivas/capacitivas, faltas para terra, induções causadas por descargas atmosféricas. Sendo que essas limitações de
sobretensões evitam as sobresolicitações elétricas resultantes que podem por em risco as pessoas e/ou equipamentos/componentes.
Essas limitações podem ser obtidas de diversas maneiras dentre as quais pela atuação conjunta de dispositivos de proteção de surtos
(sobretensões transitórias) – (DPS) devidamente aterrados.
São três os modos de ligação dos Esquemas de aterramento de segurança em baixa tensão segundo as normas ABNT NBR
5410 + IEC 60364 + NFC 15-100):
Conforme a configuração das ligações e tipo de aterramento da alimentação ( fonte) e das respectivas cargas, podemos ter
os seguintes tipos de esquemas de aterramento: (TN ) + ( TT ) + ( IT ).
N = massas ligadas ao ponto da alimentação aterrado (em corrente alternada, o ponto aterrado normalmente é o ponto neutro do
transformador ou gerador que irá alimentar as cargas).
Sendo que o esquema ( TN ) permite três possibilidades, esquemas (TN – C) + (TN-S) + ( TN-C-S) conforme
Figura 80. Esquema ( T-T ) , Figura 81, e o esquema ( I -T ) de acordo com a Figura 82
114
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
115
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
If
O ESQUEMA DE ATERRAMENTO DE BAIXA TENSÃO (BT) a ser utilizado para fazer a alimentação de
EQUIPAMENTOS ELETRO-ELETRÔNICOS SENSÍVEIS – ETI deve ser exclusivamente do tipo (TN-S),
conforme item 6.4.8.3.1 da ABNT NBR 5410:04 e NOTA 1 dos item 5.4.3.5 e 5.4.3.6 da mesma.
de corrente
Figura 83- pelas carcaças (TN-C)
a) ESQUEMA metálicas
e dosb)equipamentos, o que não
ESQUEMA (TN-S) é admissível,
- Pode-se o que
notar no demonstra
ESQUEMA a) a
circulação de corrente pelas carcaças metálicas dos equipamentos, o que não é admissível, o que 116
demonstra a inconveniência da utilização do ESQUEMA ( TN-C)
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Figura 84 - Esquema de aterramento (TN-S) - sem circulação de corrente indevida pelas carcaças
Figura 6- ESQUEMA TN-S – Sem circulação de corrente indevida pelas carcaças
2.2
25.4 - CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DOS ESQUEMAS DE ATERRAMENTO (TN-S):
a) Um retomo de baixa impedância à fonte, das correntes de defeito devido à falhas de isolação dos equipamentos em geral,
possibilitando que os dispositivos de seccionamento da alimentação atuem em um tempo que não comprometa a segurança,
mantendo portanto dentro dos limites às tensões de toque e passo abaixo dos tempos máximos admitidos.
b) A limitação das sobretensões transitórias dentro de limites pré-estabelecidos, tais como as causadas peio chaveamentos de
cargas indutivas/capacitivas, faltas para terra, induções causadas por descargas atmosféricas. Sendo que essas limitações de
sobretensões evitam as sobresolicitações elétricas resultantes que podem por em risco as pessoas e/ou equipamentos/componentes.
Essas limitações das sobretensões transitórias devem ser complementadas com a aplicação da s diversas medidas para minimiza-
las/elimina-las, dentre essas diversas medidas, podemos citar a aplicação adequada de dispositivos de proteção de surtos
(sobretensões transitórias) – (DPS) devidamente aterrados.
117
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
O ESQUEMA DE ATERRAMENTO (IT) com o neutro aterrado através de alta resistência vem sendo
adotado mais recentemente, com correntes de defeito à ―TERRA‖ normalmente limitada em 5 amperes em
baixa tensão e de 10 à 20 A, em média tensão.
O detector mais simples e comum é o que tem três lampadas com o mesmo brilho, se houver um
defeito, a lâmpada da fase que apresentou defeito irá apagar. Existe outro tipo de detector, relé detector de
terra que monitora a tensão no resistor de aterramento, cuja tensão será elevada quando houver um
defeito fase – terra, pois irá circular por ele a corrente de curto-circuito.
25.5.1.- SEGURANÇA PESSOAL: Pois não irão ocorrer arcos elétricos e explosões no caso de um curto
circuito fase-terra, pois as correntes que irão circular estão sendo controladas, e com valores como já vimos
bem baixos. Atenção deve ser prestada para o fato da existências das capacitâncias distribuidas pelos
componentes do sistema, as quais podem acidentalmente fazer circular correntes pelos operadores até o
―terra‖ ( casco ou piso metálico da plataforma marítma ) podendo causar choque elétrico grave.
25.5.2- CONTINUIDADE NA OPERAÇÃO: Pois na primeira falta não haverá desligamento, é importante
observar que quando da primeira falta fase-terra, as outras duas fases sãs ficarão sujeitas à uma sobretensão
de (1,73) vezes a tensão nominal fase-terra, o que irá facilitar a ocorrência de um outro defeito nas mesmas,
logo o primeiro defeito deve ser detectado e eliminado o mais rapidamente possível.
ATENÇÃO: Estas correntes apezar de terem um valor baixo, ainda assim podem provocar centelhamento
indesejado com potencial para promover a ignição em locais com atmosféra explosiva, principalmente
quando houver curto-circuito para a terra intermitente.
Exemplo 21: Caracterizar o tipo de cada um dos seguintes esquemas de aterramento, das figuras 87 até
figura 91 e qual ou quais deles é ou são o(s) ideal ou ideais para alimentar um Data Center justifique a
resposta.
118
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
119
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Outro aspecto IMPORTANTE a ser considerado é o de que normalmente para certos equipamentos
sensíveis, como por exemplo em CENTROS DE PROCESSAMENTO DE DADOS a atuação do sistema de
aterramento deve ser eficiente tanto para as baixas freqüências como para as altas (como já foi dito
anteriormente), o que não pode ser obtido pelos sistemas de aterramentos de proteção em 60 Hz (sub-
sistemas de aterramento de energia), os quais são projetados para atuar adequadamente em baixas
freqüências (60Hz).
Os aterramentos de referência de sinal não são projetados para serem submetidos às correntes de curto-
circuito as mesmas devem retomar pelo chamado condutor de proteção (PE). O qual deve estar sempre
no mesmo eletroduto dos condutores fase, de preferência também no mesmo cabo, afim de que a
impedância de retorno (seqüência zero) seja reduzida.
120
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
2- Garantir um "plano de referência de sinal" estável para todas as freqüências de operação, através da
utilização do aterramento de referência de sinal, normalmente chamado na instalação de ( ETI ) de "terra
de referência de sinal";
3 - Baixa impedância para todas as freqüências de operação (60Hz a 30MHz), e não ressonância para as
mesmas.
121
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
em sistemas de aterramento de equipamentos cujas frequências estejam situadas abaixo de 10 MHz. Este
tipo
O quadriculado da malha de referência de sinal deverá ter dimensões tais que equalizem os potenciais
numa faixa de frequência desde corrente contínua até 30 MHz. Com base na teoria de comunicação de
ondas conduzidas, sabe-se que se o comprimento físico do condutor for da ordem de 10 à 20 vezes menor
que o comprimento de onda da maior frequência interferente, as diferenças de potencial ao longo deste
condutor serão mínimas. Logo as dimensões do quadriculado da malha de referência de sinal devem ser
calculadas pelas seguintes equações:
C
( ) Equação (101)
( L) Equação 102
f 20
122
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Sendo:
(L) = Largura da malha em metro
( ) = Comprimento de onda em metros por ciclo
(f) = A mais alta frequência interferente em ciclos por segundo (Hz)
300 106 m / s
( ) 10
30 106 Hz (ciclos / s)
10
( L) 0,5m Quadriculado da malha de referência de sinal = 0,5 x 0,5 metro
20 20
Quando as normas fazem referência a equalização dos potenciais, querem dizer que deverão ser
convenientemente executadas interligações elétricas objetivando a redução da diferença de potencial
entre dois pontos de uma instalação, referências de potencial ou entre duas edificações. Na prática esta
diferença não pode ser reduzida a zero, e sim reduzida a valores desprezíveis do ponto de vista da
segurança pessoal e das exigências relativas aos próprios equipamentos. Quanto a segurança pessoal, as
diferenças de potencial na frequência industrial (60hz), deverão estar abaixo dos valores limites de
tensão de toque, 50 V em locais secos, 25V em locais úmidos e 12V locais onde houver possibilidade de
imersão. Quanto as exigências relativas aos equipamentos, ela irá variar para cada caso, dependendo do
tipo dos mesmos, podendo variar para os ( ETI ) de alguns volts a menos de 1V.
Fica claro que ao circular uma corrente por um condutor haverá uma queda de potencial, que será maior
ou menor dependendo do valor da corrente e da impedância do mesmo.
124
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Cabendo observar que na maioria das instalações, executadas em conformidade com a ABNT NBR
5410:04 a maior parcela de corrente irá circular pelo condutor de proteção (PE) e não pelos condutores
de equalização, logo a queda de potencial neste últimos tende a ser de pequeno valor. Quando a corrente
for de alta frequência, como é o caso das correntes associadas aos raios, a queda de potencial (e) é de
maneira aproximada, obtida pelo produto da indutância do condutor (L) pela taxa de variação da
corrente com o tempo (di/dt). Neste caso onde altas frequências estão envolvidas deveremos fazer as
interligações com condutores que possuam uma impedância a menor possível, o que é conseguido com a
utilização de fitas de cobre, cabendo observar que quanto maior for a relação entre a largura e a
espessura dessas fitas, menor será a indutância própria das mesmas.
Exemplificando:
16 1,21
25 1,16
35 1,13
50 1,09
50x1mm 0,84
70x1mm 0,77
300x1mm 0,49
500x1mm 0,40
Podemos concluir pelo acima exposto, que nas altas frequências as interligações através de FITAS
preferencialmente de cobre irão resultar em uma diminuição considerável na indutância (L) destas
interligações.
125
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Cria-se um barramento de equipotencialização principal – BEP (item 6.4.2.1.1 da ABNT NBR 5410:04 )
onde todos os equipamentos irão ser conectados, caso o potencial se elevar no sistema de aterramento da
edificação A, o potencial do BEP irá igualmente se elevar e com a mesma o potencial de todos os
equipamentos interligados nela, consequentemente podemos facilamente concluir que a diferença de
potencial entre todos esses equipamentos será aproximadamente zero, não devendo haver portanto
ruptura da rigidez dielétrica interna dos mesmos, a Figura 96 exemplifica uma edificação não equalizada
e as figuras 96 e 97 uma que está equalizada.
Cabe observar que com descargas atmosféricas não há possibilidade de uma equalização igual ao que se
consegue em 60 Hz, porém desde que bem estudada poderá minimizar as diferenças de potencial e os
possíveis danos consequentes destas diferença
Figura 96
Δv1 e Δv2 representam a diferença de potencial entre os sistemas de aterramento na entrada de energia
(Z1) e da centreltelefônica (Z3) com relação ao sistema de aterramento do sistema de proteção contra
descargas atmosféricas (Z2) , este sistema não está equalizado, confome as normas ABNT NBR
5419:2015 e ABNT NBR 5410. A diferença de potencial entre os aterramento deverá causar queimas.
126
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Figura 97
97
O potencial se eleva, porém a diferença de potencial entre os vários componentes da instalação será
aproximadamente igual a zero.
127
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
O equivalente físico de uma barra de equalização de potenciais pode ser representada por um barco, o
qual mesmo que sofra ―balanço‖ devido as ondas, internamente ao mesmo as pessoas e equipamentos
manterão entre si uma mesma posição relativa, Figura 99
A equalização dos potenciais deve ser executada preferencialmente abaixo da superfície do solo, o mais
perto possível do ponto por onde entram os condutores e outros elementos metálicos.
Sempre que possível deveremos fazer com que todos os elementos metálicos que entram em uma
instalação, o façam por um único ponto, a figura 100 exemplifica uma instalação inapropriada, pois
poderão existir diferenças de potencial ( Δv ) entre estes elementos metálicos. Na figura 101 vemos uma
instalação apropriada, pois na mesma não existirão diferenças de potencial entre os elementos
condutores que entram na edificação, bem como o aterramento destes elementos está sendo executado
logo na entrada e em um único ponto.
128
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
No caso de edificações com diversos andares, sempre que possível deve-se executar a equalização de
potenciais no nível do andar, conforme esquematizado na Figura 102
Figura 102
129
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Cabe observar que para descargas atmosféricas a equalização dos potenciais é praticamente impossível, o que
geralmente se faz é uma interligação critérios, depois de estudar cada caso em particular, É importante citar que
dependendo de como esta interligação é executada as condições de segurança podem piorar.
130
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Quando da ocorrência de uma falta para terra em uma instalação, as correntes dissipadas para o solo
através do sistema de aterramento provocam diferenças de potencial entre:
b) partes metálicas aterradas e o solo (tensão de toque) - caso de estruturas-suporte, carcaças metálicas
de equipamentos e similares;
c) circuitos que de alguma forma estejam conectados ao sistema de aterramento e a pontos distantes da
superfície do solo ou a outros sistemas de aterramento afastados (potencial de transferência). É o
caso dos circuitos de controle e comunicação, cabos pára-raios, blindagem de cabos de potência e
similares, é uma das formas mais perigosas devido aos elevados valores, dos potenciais de
transferência conforme Figura 104 [Ref.ABNT NBR 15749:09].
Legenda
Ie Corrente de ensaio (A)
Ve Elevação de potencial da malha de aterramento (V)
ET Tensão de toque (V)
EP Tensões de passo (V)
h Profundidade da malha de aterramento (m)
Figura 104 — Tensões que aparecem em uma instalação quando a corrente de defeito 131
para terra, circula através do sistema de aterramento para o solo até a fonte do mesmo .
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
A maneira mais eficiente de se verificar os valores da resistência ôhmica do eletrodo de aterramento bem
como dos potenciais de passo e toque calculados em projeto, são através de medições executadas após a
implanatação do sistema de aterramento em questão. O resultado destas medições tem diversas
finalidades, entre elas podemos citar: o de verificação dos níveis de segurança em instalações antigas, o
de comissionamento de instalações novas. As medições de campo tem basicamente os objetivos de:
Durante as medições visando diminuir o risco de acidentes devido aos potenciais perigosos que possam
surgir nas proximidades do eletrodo, sistema de aterramento ou estruturas condutoras aterradas, deve
se tomar os seguintes cuidados:
a) utilizar calçados e luvas com nível de isolamento compatível com os valores máximos de tensão que
possam ocorrer no sistema sob medição;
b) evitar a realização de medições sob condições atmosféricas adversas, visando evitar acidentes por
possíveis descargas atmosféricas;
c) evitar que pessoas estranhas ao serviço e animais se aproximem dos eletrodos auxiliares utilizados
durante a medição.
132
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
remoto) por meio de um eletrodo auxiliar de potencial (S), conforme indicado na Figura 105 [Ref.ABNT
NBR 15749:09]
Legenda
I Corrente de ensaio
S Borne para o eletrodo auxiliar de potencial
H Borne para o eletrodo auxiliar de corrente
E Borne para o sistema de aterramento sob medição, no caso
uma malha de aterramento
Os eletrodos auxiliares de corrente e de potencial são constituídos de uma ou mais hastes metálicas
interligadas, cravadas no solo de tal forma que garantam a menor resistência de aterramento próprio
possível do conjunto. È importante observar que em solos de alta resistividade a resistência de
aterramento própria dos eletrodos auxiliares, principalmente o de corrente podem introduzir erros no
resultado das medições. Sugere-se portanto verificar os valores máximos admitidos pelo fabricante do
terrômetro que está sendo utilizado. No caso do terrômetro da Megabrás utilizado na aula prática o valor
máximo da resistência própria do eletrodo de corrente deve ser ≤ 4.5kΩ.
Durante a medição, o eletrodo auxiliar de potencial deve ser deslocado ao longo de uma direção
predefinida, a partir da periferia do sistema de aterramento sob medição, em intervalos regulares,
133
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Fazendo-se a leitura do valor da resistência em cada uma das posições ocupadas pelo eletrodo auxiliar de
potencial, obtém-se a chamada curva característica da resistência de aterramento em função da distância
conforme indicado na Figura 106.
( d=0,618 x D)
PATAMAR
134
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
influência do sistema de aterramento sob ensaio ( E ), a curva irá se assemelhar à "a", com um
―patamar‖ bem definido;
O trecho horizontal ―patamar‖ das curvas "a" e "c" da Figura 107 representam o valor da resistência de
aterramento do sistema sob ensaio. Do ponto de vista prático, pode-se dizer que o trecho horizontal
―patamar‖ é atingido quando obedecido o disposto no item 1.1.3. Para um solo homogêneo (teórico) o
―patamar‖ encontra-se a uma distância de 61,8% x (d) sendo (d) a distância entre sistema de aterramento
sob medição (E) e eletrodo auxiliar de corrente (H) conclusão que pode ser extendida para solos reais,
desde que se verifique se o ―patamar‖ foi realmente encontrado, mediante o sugerido no item 28.3.2
anterior.
a) nas medições reais, de modo geral, a curva resistência de aterramento em função da distância é
levantada até que se obtenha o trecho horizontal ou ―patamar‖;
135
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Rv
Legenda
X Área de influência do sistema de aterramento sob medição E
Figura 107 — Curvas típicas de resistência de aterramento em função das posições relativas dos
eletrodos auxiliares de potencial e de corrente[ Ref. NBR 15749:09].
influência se a porcentagem entre a diferença dos valores medidos com o eletrodo de potencial em ( S1 ) e
( S 2 ) e o valor medido em ( S ) não ultrapassar 10 %.
A fim de evitar erros nos valores medidos, o eletrodo de corrente ( H ) deve ser posicionado de forma que,
entre esse eletrodo e o sistema de aterramento a ser ensaiado, não existam condutores de eletricidade
enterrados, tubulações metálicas, contrapesos contínuos de linhas de transmissão bem como elementos
metálicos similares enterrados.
Para solos não homogêneos e/ou sistemas de aterramento complexos, torna-se difícil determinar a
localização adequada de ( Sn ).
Outra vantagem do deslocamento supracitado é que, caso o eletrodo de corrente ( H ) não esteja
suficientemente afastado de ( E ) tal fato pode ser constatado durante as medições, uma vez que,
conforme já comentado, a curva resistência em função da distância não apresentará o patamar típico.
Para minimizar erros no resultado do ensaio, as medições devem ser executadas com os eletrodos de
corrente e potencial alinhados e na mesma direção e sentido.
O efeito do acoplamento entre os cabos de interligação dos circuitos de corrente e potencial torna-se um
fator importante nas medições de resistência de aterramento com valores muito baixos, particularmente
envolvendo sistemas de aterramento de grande porte, os quais exigem grandes comprimentos de cabos
para a realização das medições.
Considerando-se que, na faixa de 60 Hz, o acoplamento indutivo entre dois cabos lançados paralelamente
pode ser tão alto quanto 0,1 /100 m, os erros cometidos nas medições podem ser consideráveis.
137
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
c) passíveis de análise, em cada caso, nas medições envolvendo resistências entre 1,0 e 10 .
NOTA: O procedimento usual para evitar (ou minimizar) os efeitos do acoplamento entre os condutores de
interligação é afastar fisicamente os dois circuitos.
A maneira mais simples de aumentar as correntes de ensaio é reduzir a resistência de aterramento dos
eletrodos de corrente (uma vez que a tensão já está determinada pelas características do instrumento de
medição). Isto pode ser feito aumentando-se o número de hastes em paralelo, ou utilizando-se hastes de
maior comprimento e/ou diminuindo-se a resistividade do ponto de instalação do eletrodo auxiliar de
corrente através de um tratamento do solo provisório no local do mesmo.
Para garantia da exatidão das leituras, o valor máximo admissível da resistência de aterramento de cada
eletrodo auxiliar é usualmente especificado pelos fabricantes dos instrumentos de medição.
A resistência de aterramento do eletrodo de corrente usualmente deve ser inferior a 500 . Como regra
prática, a relação entre a resistência de aterramento do eletrodo de corrente e a resistência do sistema de
aterramento sob ensaio não deve exceder 1 000:1, sendo preferíveis relações abaixo de 100:1.
Recomenda-se verificar com o fabricante do instrumento que está sendo utilizado, qual o valor máximo
permitido da resistência de aterramento dos eletrodos auxiliares de corrente e de potencial.
Potenciais galvânicos, polarização e correntes contínuas parasitas podem interferir seriamente nas
medições feitas com instrumentos de corrente contínua. De modo geral, os instrumentos usados operam
em corrente alternada (não necessariamente senoidal).
Correntes alternadas parasitas, circulando no solo, no sistema de aterramento sob ensaio ou nos circuitos
de ensaio, também podem interferir. O procedimento mais comum para minimizar o problema é realizar os
ensaios com uma freqüência diferente das correntes parasitas presentes. Instrumentos que permitem
138
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
variar a freqüência da tensão aplicada são particularmente adequados para o caso. A utilização de filtros
e/ou instrumentos de banda estreita são também alternativas viáveis. Para os instrumentos que utilizam
uma corrente de freqüência superior à industrial, recomenda-se, além de utilizar filtro de banda e do
sistema de retificação sincrônica, que cumpram com a equação abaixo:
F
2n 1 f Equação 104
2
onde
n é número inteiro.
Em C.3.3 é determinado o valor máximo de tensão espúria, provocada por corrente parasita, mínimo
admissível para um medidor de resistência de aterramento sem provocar erro.
Em determinadas situações torna-se muito difícil ou mesmo impossível a aplicação do método da queda
de potencial conforme descrito anteriormente. Entre estas situações, destacam-se as seguintes:
Além disso, em sistemas de aterramento de grandes dimensões, a reatância pode ser significativa quando
comparada com a resistência e, neste caso, é mais adequado analisar a impedância (que é função da
freqüência) cuja medição deveria ser feita injetando-se correntes com freqüências próximas de 60 Hz.
139
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Nos casos de subestações onde são evidentes as limitações apresentadas, existe a alternativa de se
utilizar como circuito de corrente uma linha de transmissão desenergizada que chegue à instalação e,
como circuito de potencial, um circuito de comunicação (por exemplo: telefônico), ou mesmo uma linha de
transmissão cuja rota seja afastada do circuito de corrente.
A utilização de instrumento em alta freqüência entre 20 kHz e 30 kHz permite a obtenção de patamares
em menores distâncias em comparação com as distâncias obtidas com freqüências próximas à ind
29.1 -PRINCÍPIO:
O levantamento dos perfis de potenciais na superfície do solo e das tensões de toque e passo devem ser
realizados com injeção de alta corrente.
Nas medições de potenciais na superfície do solo devem ser utilizados voltímetro e amperímetro ou instrumento
dedicado que cumpra com as condições descritas nos parágrafos 7.2 e 7.3 da ABNT NBR 15749:09, conforme
indicado na Figura 73. O circuito elétrico é formado além do voltímetro e amperímetro, tambem de um gerador.
Para medição de tensões de passo e de toque em determinados locais, como casas, edificações simples e locais
onde não há suspeita de fortes correntes parasitasém , também se pode introduzir a medição com terrômetro.
Figura 108 - Circuito elétrico para a medição das tensões de passo e toque e resistência de aterramento
O circuito de injeção de corrente deve ser estabelecido de uma forma análoga à da medição da resistência de
aterramento, sendo que normalmente o eletrodo auxiliar de corrente deve receber um tratamento do solo
adequado, afim de que a resistência de aterramento específica dos mesmos seja minimizada, para que deste
140
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
modo haja uma circulação de corrente com valor adequado possibilitando que sejam feitas as medições dos
valores de tensão de passo e toque.
29.3-CIRCUITO DE POTENCIAL:
As medições de potenciais devem ser efetuadas nos pontos assinalados em projeto ou em regiões estratégicas dos
sistemas de aterramento. Deve ser usado um voltímetro de alta impedância de entrada, não inferior a 1 MΩ/V.
Os voltometros eletrônicos por terem alta impedância de entrada devem ser os utilizados.
Esta medição deve ser feita entre as partes metálicas, estruturas metálicas, carcaças de equipamentos ligadas ao
sistema de aterramento sob ensaio e o eletrodo auxiliar de potencial o qual deve ser cravado no solo com um
afastamento de um metro da estrutura na qual se deseja medir a tensão de toque, conforme indica a Figuras 108
e 109.
141
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
No caso da medição das tensões de passo, a tensão deve ser medida entre dois eletrodos auxiliares, cravados no
solo, afastados de um metro entre sí, conforme indica a Figuras 110 e 111.
A fonte pode ser um grupo motor-gerador ou um transformador isolador (abaixador ou não) ligado a uma
rede primária ou secundária de distribuição que passe nas proximidades do sistema de aterramento sob
ensaio.
É recomendável que se utilize uma fonte de alimentação com tensão de saída ajustável.
Para efeito de medição dos potenciais na superfície do solo, quanto maior for a corrente injetada maiores
serão as tensões medidas e, portanto, maior a confiabilidade dos valores obtidos devido à menor
143
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
influência relativa das correntes de interferência. Entretanto, além das possíveis limitações da fonte de
injeção de corrente, existem os problemas relativos à segurança do pessoal envolvido nas medições.
Para produzir tensões na superfície do solo desde frações até dezenas de volts, pode-se estabelecer
como regra prática, uma tensão de ensaio do gerador/fonte de alimentação da ordem de 100 V.
Os locais preferenciais para medição dos potenciais na superfície do solo são os descritos a seguir:
a) é fato bem conhecido (e comprovado não só por simulações teóricas, mas também por ensaios de
campo) que as maiores tensões na superfície do solo (tensões de toque, passo e outros) surgem nas
regiões periféricas dos sistemas de aterramento. Assim, desde que, por limitações de tempo, nem
sempre é possível se fazer um mapeamento completo da instalação, tal fato deve ser levado em conta
na seleção das regiões a serem investigadas. Naturalmente, o fato de selecionarem-se as regiões
periféricas como preferenciais não significa que a região central deva ser ignorada, mas sim que pode
ser pesquisada com menor detalhe;
Nota: No caso de sistemas de aterramento projetados com técnicas de espaçamento não uniforme,
onde a densidade de condutores é muito maior na periferia do que no centro, a região central deve
também ser investigada com rigor, tendo em vista a possibilidade de se encontrar tensões
significativas nesta região.
b) outro aspecto importante diz respeito à medição das tensões de toque nas partes metálicas aterradas
conforme indicado anteriormente. Desde que, de antemão, não se saiba em qual ponto, em torno da
parte metálica investigada, é obtida a maior tensão, recomenda-se realizar várias medições (no
mínimo três) em direções diferentes (particularmente as direções que se afastem dos condutores
enterrados do sistema de aterramento e/ou as que se aproximem da periferia);
c) cabe lembrar que para os ensaios com todo o sistema de aterramento interligado, correntes acima de
100 A são, de modo geral, necessárias para que as tensões medidas na superfície do solo sejam
desde frações até dezenas de volts.
As medidas devem ser referidas ao valor real de corrente de malha ( I M ), determinada para a pior
condição de defeito para a terra. Desta forma obtém-se a equação abaixo:
Ve I M
VR Equação 105
Ie
144
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Sendo:
VR é a tensão real durante uma falha para a terra, expressa em volts (V);
Uma das investigações que podem ser realizadas no ensaio de injeção de corrente é a determinação da
resistência de contato pé-brita (ou solo), bem como a tensão aplicada diretamente sobre a pessoa.
Neste caso, utilizam-se dois pesos de 25 kg, barra de contato da base de 200 cm² cada e duas
resistências, uma de 1 000 (simulando a resistência do corpo humano) e outra de 3 000 , conforme
montagem indicada na Figura 112. Para melhorar a resistência de contato peso-brita, é comum utilizar-se
um feltro umedecido solução salina saturada. Além disso, é interessante fazer a investigação com a brita
primeiramente seca e depois molhada no ponto de medição.
A tensão que surge sobre a "pessoa" é a tensão medida nos terminais da resistência de 1 000 . Para a
determinação da resistência de contato peso-brita, são necessárias duas medições: com a resistência de
1 000 e com a resistência de 3 000 . Reportando-se aos circuitos equivalentes representados na
Figura 112, as seguintes relações podem ser obtidas:
V1K R
Vf V1K CT Equação (106)
1 000 2
V3K R
Vf V3K CT Equação (107)
3 000 2
2V3K V1K
RCT Equação (108)
V1K V
3K
1 000 3 000
V1K
Vf V1K 2 RCP Equação (109)
1 000
V3K
Vf V3K 2RCP Equação (110)
3 000
145
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
V3K V1K
RCP Equação (111)
V V
2 1K 3K
1 000 3 000
onde
V1K é a tensão medida nos terminais do resistor de 1.000 , expressa em volts (V);
V3K é a tensão medida nos terminais do resistor de 3.000 , expressa em volts (V);
RCT é a resistência de contato pé-brita, simulando a tensão de toque, expressa em ohms ();
Nota: Na realidade, a tensão ( V1K ) aplicada com uma resistência de 1.000 não é exatamente a
mesma que a existente no caso de 3.000 , tendo em vista não se tratar de fonte de tensão constante e
sim resultado de queda de tensão provocada pela dispersão da corrente pelo solo. Contudo, a
aproximação considerada é, para fins práticos, admissível.
146
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Legenda:
S solo B pedra britada (brita)
F feltro embebido em água e sal P peso de 25 kg
L 1,0 metro para tensão de passo V voltímetro eletrônico
147
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ANEXO I
1- ESTRATIFICAÇÃO EXEMPLOS
148
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149
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
150
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
151
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
152
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d1=3m 50m
40m
d2=10m
A 40 50
eqn
10
538,5
r
2,52
3 7 deqn 10 10
350 700
n 1 100
0,19 N 0,73
eqn 538,5
153
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Exemplo 7- Calcular o valor da resistência de aterramento de uma haste cravada em um solo cujo modêlo
matemático é o da figura 55, a mesma tem um diâmetro de 3/4‖ e um comprimento igual a 3 metros.
0,5m
d1=1m 1 350.m
d2=6m 2 470
3 130.m
figura 55
Equação (50)
Exemplo 8- Calcular o valor da resistência de aterramento do sistema composto por 3 hastes, configuração em linha
interligadas em paralelo, instaladas em um solo cuja estratificação é o da figura 57. Dados comprimento das hastes
tres metros, diâmetro 3/4‖ e espaçamento (e) igual entre as mesmas de 3 metros.
e12
d1=5m L b12
1 400.m
1 2 3 Figura 57- a
d2=12m 2 300
3 100.m
Figura 57
A resistência da haste (h) em paralelo com as outras hastes é igual a resistência da haste (h) mais os acréscimos
das resistências devido a superposição das áreas de influência das outras hastes que estão em paralelo, a equação
que representa este fato é a seguinte:
n
Rh Rhh Rhm Sendo o acréscimo da resistência da haste (h) devido a influência da haste (m)
m 1
Só é definido para h≠m, para h=1, m≠h logo m=2 e m=3 teremos então:
154
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
a 4 L a 43
R11 Ln Ln 0,342 a
2 L d 2 3,14 3 3
0,0254
4
b L e12
2
a
2 Vide figura 57- a
R12 Ln 12 2
4 L e12 b12 L 2
b13 b31
1 2 3
Figura 57-b
R13
a 6,70 3 6
Ln 2
2 2
0,0253a R31 R13
4 3,14 3 6 6,70 32
R1 R11 R12 R13 0,342 a 0,047 a 0,0253a 0,4143a
Logo poderemos escrever: R2 R22 R21 R23 0,047 a 0,342 a 0,047 a 0,4360 a
R3 R33 R31 R32 0,0253a 0,047 a 0,342 a 0,4143a
155
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
1 1,2863
Rp (n) 0,180634 a
0,140 a
K ( n) 0,410 K (3)
0,342 a Vide tabela apostila coeficiente (k) para três hastes
a N eqn
Coeficiente de penetração=
n 1
Coeficiente de divergência
eqn
n 1 100
0,29
eqn 335
156
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Exemplo 9 - Calcular o valor da resistência de aterramento de sete hastes cravadas numa configuração em linha
reta, espaçadas entre si de 3 metros, as mesmas tem diâmetro de ½‖ e um comprimento igual a 3 metros. O solo
após medições, tratamento matemático e estratificação pode ser representado pela figura 58.
d1=5m
1 400.m
d2=12m 2 300
3 100.m
Figura 58
Através da curva
a 335 0,88 295.m logo a resistência de sete hastes em configuração em linha reta é igual a
R7h 0,074 295 21,83
Exemplo 10- A resistência de aterramento do ponto de vista operativo deve ser igual a 58,4Ω . Calcular o número
de hastes em paralelo, configuração em linha para obter o valor desejado, num solo cujo modêlo matemático é o da
figura 59, as hastes tem um diâmetro de 3/4‖ com comprimento de 3 metros.
d2=6m 2 470m
3 130.m
figura 59
SEGUNDO ETAPA:
Rat 58,4
Rat a F (g ) F (g) F (g) 0,13138
Logo a 444,5
TERCEIRO ETAPA:
157
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Entrar na TABELA correspondente com base no diâmetro, no comprimento e espaçamento, achando -se o coeficiente
menor ou igual ao encontado no cálculo de F (g ) executado na SEGUNDA ETAPA.
No caso o coeficiente 0,111 < 0,131 o citado coeficiente corresponde à quatro hastes em paralelo configuração em
linha espaçadas de 3 metros entre si.
e(n 1) 3(4 1)
deqn 2
QUARTA ETAPA: Calcula-se a resistividade aparente para quatro hastes: 0,75
deqn 6
n 1 130
0,29 Pela curva J.Endreny ( fig.30) em função de R1 R1 R12 R13 e Ө
eqn 444,5
Valor este menor do que o valor da resistência desejada, podemos então diminuir mais o número de hastes em paralelo.
Rat 58,4
QUINTA ETAPA: F (g) 0,146
a 400 procurar na TABELA novamente com base no diâmetro,
comprimento e espeçamento, qual o coeficiente menor ou igual a 0,146, no caso é o 0,140, coeficiente este para
tres hastes em paralelo configuração em linha.
e(n 1) 3(3 1)
deqn 2 n 1 130
SEXTA ETAPA: Cálculo ( a ) para 3 hastes: 0,5 0,29
deqn 6 eqn 444,5
LOGO
Rat 3h // 0,140 417,8 58,4
158
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Exemplo 11- Dimensionar o sistema de aterramento composto por hastes alinhadas, tratadas com GEM, dados,
espaçamento entre si igual a 3 metros, diâmetro de ½‖ , comprimento = 3 metros. O solo após
medições, tratamento matemático e estratificação esta representado na figura 63. (Kt)=0,38
d1=5m 1 400.m
d2=12m 2 300
1° TENTATIVA: COM 4 HASTES EM PARALELO
3 100.m
Figura 63
a 4 L 309 43
Rnt Kt Kn Ln R4t 0,38 0,321 Ln 13,39
2 L d 2 3 1
0,0254
2
13,39Ω <<< 25Ω deveremos portanto otimizar o sistema, diminuindo o número de haste em paralelo, poderemos admitir
como sendo constante o valor da resistividade aparente, fazemos as considerações que serão vista a seguir, e quando
encontrarmos valores de resistência próximos do desejado, ai sim faremos os cálculos para determinar a resistividade
aparente para aquele número de hastes mais adequadas para resolver o problema.
Kt K 3 0,406
Kt x K (3)------------------ X X 13,39 13,39 1,26 13,39 16,87
Kt K 4 0,321
159
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Kt K 2 0,564
Kt x K (2)------------------ X X 13,39 13,39 1,39 13,39 18,61
Kt K 3 0,406
3(2 1)
2 0,125
12
a 4 L 332 43
Rnt Kt Kn Ln R2t 0,38 0,564 Ln 25,86
2 L d 2 3 1
0,0254
2
Logo maior do que o desejado,
3(3 1)
2 0,25 N ≈ 0,69 a 335 0,96 322.m
12
a 4 L 322 43
Rnt Kt Kn Ln R3t 0,38 0,406 Ln 18,05
2 L d 2 3 1
0,0254
2
Exemplo 12: Determinar o valor da resistência de aterramento de um sistema composto por um eletrodo
horizontal constituido por um cabo de cobre nú, bitola 70mm², com 60 metros de comprimento, instalado a uma
profundidade (h) de 0,50m, num solo cuja estratificação é dada pela figura 67
d1=2m 1 180.m
2 700
d2=8m
160
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
( L) (60)
26 200
qn 406,5.m 2 2 3,75 0,5
2 6 deqn 8 406,5
180 700
a 4 L 2 L
Rc Ln Ln 2
2L d h
333 4 60 2 60
Rc Ln Ln 2 11,93
2 3,14 60 0,01050 0,50
a 2 L 333 2 60
Rc 1 11,32
L h d 3,14 60 0,5 0,01058
Ln 1 Ln
Exemplo 13: Calcular o valor da resistência de aterramento de um sistema composto por cinco (5)
hastes em linha reta interligadas por um cabo (eletrodo horizontal) dados:
a 2 Lc
Rc Ln 1
Lc h dc
161
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
100 2 12
1 12,49
Rc Ln
3,14 12 0,5 0,0127
a 4 Lh 2 Lh j n 1
Rh Ln
2 n Lh dh
j 2 j
S
100 43 2 3 1 1 1 1
Rh Ln 10,0
2 3,14 5 3 1 / 2 0,0254 3 2 3 4 5
Resistência mútua:
a 2 Lc
Rm Ln
Lc Lh
100 2 12
Rm Ln 5,52
3,14 12 3
Resistência total :
Rc Rh Rm 2
Rt
Rc Rh 2 Rm
162
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Exemplo 14: Calcular a resistência de aterramento da malha da figura 71a instalada em um solo cuja
estratificação é o da figura 71b: Dados: dc= 0,0106m h = 0,5m
20m ∞ n 1 130.m
4m
Quadriculado de 4x4m
A 20 20
LISTA DE MATERIAIS PARA A EXECUÇÃO
3,14
1,13
130
0,4 DA MALHA
deqn 10 322,4
1 ESCOVA CHATA- T 313
1 ESCOVA EM VÊ- T 314
1-LIMPEZA MOLDE- B 136 A
1 MOLDE TAC Y4Y4
N 0,88 a 322,4 0,88 283,7.m 25 METAL DE SOLDA 90 PLUS F 20
1 MOLDE XBC Y4Y4
comprimento 20 20 METAL DE SOLDA 200 PLUS F20
y 1 2 ALICATES L 160
l arg ura 20
a 2 Lc Lc
Rc Ln K1 K 2
Lc dc h A
283,7 2 240
240
Rc Ln 1,37 5,3457 7,48
240 0,0106 0,5 20 x 20
163
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Lc b na a nb
Sendo: na= número de condutores perpendiculares ao lado (a)
nb= número de condutores perpendiculares ao lado (b)
Exemplo 15- Calcular a resistência de aterramento da malha de exemplo 14 anterior, instalando-se hastes de 3
metros de comprimento e ½‖ de diâmetro na periferia da mesma, as mesmas deverão estar espaçadas de 4 em 4
metros uma da outra.
a 2 Lc Lc
Rc Ln K1 K 2
Lc dc h A
283,7 2 240
1,37 240 5,3457 7,48
Rc Ln
240 0,0106 0,5 20 x 20
a 2 Lc Lc
Rm
Lc Lh
Ln K 1 K 2 1
A
1
R20 hastes R1h Kqvazio Kqvazio
nth
a 4 L 283,7 43
R1h Ln Ln 103,11
2 L d 2 3,14 3 1
0,0254
2
1 1 0,1149 6,4633
Kqvazio 0,087713
nth 20
Exemplo 16- Dimensionar o sistema de aterramento, na configuração QUADRADO VAZIO com hastes com as
seguintes características: hastes fabricadas pelo processo de eletrodeposição com camada de cobre mínima =
0,254mm de espessura (hastes de alta camada), diâmetro = ½‖ comprimento = 3 metros, para se obter uma
resistência de aterramento de 25Ω. O modêlo matemático representativo do solo ou estratificação é o da figura 73.
PRIMEIRA TENTATIVA COM 3 HASTES EM UM LADO espaçamento (e) =3 metros
d1=5m
1 400.m
d2=12m 2 300
3 100.m
Figura- 73
l 2 6 2
84 r
nth 4n 4 logo: 8 4n 4 n 3 (hastes em um lado) 2 2 0,354
4 deqn 12 12
n 1 100
0,3 da curva de J. Endreny ( figura 30) obtemos N 0,95
eqn 335
a 4 L 318 43
a N eqn 0,95 335 318 R1h Ln Ln 115,6
2 L d 2 3 1
0,0254
2
165
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
1 1 4,2583 0,1528
R8 = K8 X R1h K8 = 0,206
nth 8
Coeficiente 0,1528 – da TABELA III ou cálculo, coeficiente 4,2583 da Tabela I
Exemplo 17 - Dimensionar o sistema de aterramento, na configuração QUADRADO CHEIO com hastes com as
seguintes características: hastes fabricadas pelo processo de eletrodeposição com camada de cobre mínima =
0,254mm de espessura ( hastes de alta camada), diâmetro (d) = ½‖ comprimento (L)= 3 metros, para se obter uma
resistência de aterramento de 25Ω. O modêlo matemático representativo do solo ou estratificação é o da figura 75.
Espaçamento entre as hastes (e) = 3 metros
Primeira tentativa com 9 hastes no quadrado cheio
d1=5m
número de hastes de um
1 400.m lado
d2=12m 2 300
3 100.m
n 1 100
Figura-75 0,3
eqn 335
da curva de J. Endreny ( figura 30) obtemos N 0,97 a N eqn 0,97 335 325
1 1 0,1528 5,8971
R9 = K9 X R1h K9 = 0,2112
nth 9
Coeficiente 0,1528 – da Tabela III ou cálculo, coeficiente 5,8971 da Tabela III quadrado cheio
R9 = 0,2112 X R1h =
a 4 L 325 43
R1h Ln Ln 118,17
2 L d 2 3 1
0,0254
2
Com o aumento do número de hastes no quadrado cheio o valor da resistência de aterramento aumentou devido ao
fato de um maior número de áreas de influência estarem se sobrepondo.
Cabe observar que se aumentarmos uma haste em um dos lados teriamos um aumento no número total de hastes
dado pela equação:
nth (n 1) 2 n 2 2 n 1 32 2 3 1 16hastes
166
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
Exemplo 18 A resistência de aterramento do ponto de vista operativo deve ser menor ou no máximo igual
a Rdej.= 25Ω projetar um sistema de aterramento profundo para atender as condições solicitadas,
dados:
deqn =12m, Rdej.= 25Ω , resitividade equivalente a (n) camadas ᵨeqn=335Ω, diâmetro das hastes d= ½‖
x 4 L 100 4 15
Ratp Ln Ln 9
2 L d 2 3,14 15 0,0254
1
2
Exemplo 19- Calcular a bitola de um condutor de cobre macio, de uma malha de aterramento, cujas
conexões são executadas solda exotérmica, dados:
If 18kA
t 0,9s
Cobre macio, conexões com solda exotérmica:
t r r 10 4
S If mm2
k Tm
TCAP ln 0
k 0 Ta
If 18kA
t 0,9 s
r 0,00393
r 1,724
k 0 234
TCAP 3,422
167
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
OPINIÃO DO AUTOR :
Testes feitos em laboratório, demonstraram que os fios e cabos bimetálicos (aço – cobre) recozidos
podem ser aquecidos por correntes de curto-circuito, sem maiores problemas até 800º C, perdendo a
rigidez mecânica com 850º C, enquanto que os condutores de cobre tornam-se moles ( perdem a rigidez
mecânica ) a partir de 450ºC. Na TABELA seguinte estão representados os valores mais usualmente
adotados para a temperatura máxima dos condutores. Cabe observar que os valores da TABELA foram
obtidos através de ensaios laboratoriais na década de 80-90. Estamos sugerindo e esperando que estes
ensaios sejam repetidos brevemente, com condutores fabricados atualmente, com a utilização de técnicas
e materiais mais atualizados.
TABELA
168
Engº GALENO LEMOS GOMES PROIBIDA A REPRODUÇÃO
If 18kA 18.000 A
t 0,9 s
r 0,00393
r 1,724
k 0 234
TCAP 3,422
O que nos leva à seguinte seção do condutor, com (Tm) = 400ºC devido ao anteriormente exposto:
Adotar bitola 95mm², cobre macio, classe 3, 19 fios ( cobre nu) para que o cobre não perc a rigidez
mecânica.
S If Kf t mm 2
If 18kA
t 0,9 s
Kf 3,8 Kf da tabela 3 pág. 88
S 18 3,8 0,9 64,88mm2