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Revisão tributário 2º Bimestre:

Prova 100% objetiva

1. Elisão e Evasão:
Art. 116 p. único CTN  Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá
desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de
dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos
constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem
estabelecidos em lei ordinária. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
Elisão – fuga licita da tributação
 Relação que o planejamento tributário tem com a elisão. Utilização de
técnicas de elisão para se pagar menos tributo.
Evasão – fuga ilícita da tributação

O que é a Teoria do Propósito Negocial e o que com ela se pretende:

2. Atos ou negócios jurídicos condicionais – art. 117 CTN


 Podem estar sujeitos a condições suspensivas ou resolutivas, e que no
Direito Tributário isso interfere diretamente no momento em que se
considera ocorrido o fato gerador de uma obrigação tributária.
 Condição suspensiva: o fato gerador ocorre tão somente quando houver
o implemento dessa condição.
 Condição resolutiva/ resolutória: o fato gerador ocorre no momento da
celebração do negócio jurídico, pouco importando se esse negócio será
ou não desfeito.

3. Tributação na atividade ilícita


 Lembrar que “tributo não tem cheiro”, pago o tributo não em razão da
existência de um fato gerador ilícito, não existe
circunstância/conduta/situação jurídica que seja ilícita que crie o fato
gerador. Mas se o indivíduo auferiu renda, deve pagar o imposto de
renda, ainda que tenha sido de origem ilícita.
 Direito tributário olha para o resultado econômico do ato criminoso, não
se importa com o ato criminoso em si.
 Não pode ter fato gerador ilícito, mas pode tributar o resultado
econômico auferido da conduta criminosa.
 Art. 118 CTN.
4. Sujeição passiva:
 Responsável tributário – se o sujeito passivo na condição de
responsável se precisa ou não ter uma relação com o fato gerador, art.
121 p único II c/c 128 do CTN – tem que ter vinculo, mas tem que ser
uma vinculação INDIRETA e MEDIATA.
 Ele não tem vínculo direto e imediato, porque ele senão ele é o
contribuinte.
 Mas também não pode ser um completo estranho.
 Ex. empregador que retém na folha o imposto de renda outro exemplo é
quando compra uma casa e fica responsável pelo pagamento dos IPTUs
anteriores.

5. Solidariedade:
 Interesse comum Art. 124 I - pluralidade de contribuintes
 Previstas em Lei art. 124 II – pluralidade de sujeitos passivos – podendo
ter responsáveis e um contribuinte, ou todos na figura de responsáveis.
Se tiver vários contribuintes, se enquadra no inciso anterior.
o Sujeição passiva indireta relacionada ao inciso II.
 Ausência de benefício de ordem – quando existe você está diante da
subsidiariedade. No caso da solidariedade afasta-se o efeito de
benefício de ordem. Cobra-se de quem quiser, na ordem que quiser. E
cada um responde pela totalidade da dívida.

6. Efeitos da solidariedade
 O pagamento feito por um dos coobrigados aproveita aos demais.
 A isenção (dispensa legal do pagamento de tributo) e a remissão
(perdão de dívida) exonera a todos, via de regra.
 Exceção dos casos em que a isenção ou remissão são concedidas
em caráter individual.
o Ex. leva em consideração as características de um sujeito –
ex. maior de 60 anos, limite de renda e de propriedades,
tem direito a isenção – ai pega um imóvel em que tem 3
coproprietários, todos tem apenas esse imóvel, dentro do
limite de renda, mas só um deles é maior de 60 anos. Um
desses três com direito a isenção, tira a cota parte
proporcional ao que era devido por ele, e o restante fica
para os demais coobrigados. Remanesce a obrigação dos
demais.
o Não permanece sobre a totalidade da dívida, RETIRA a
quota parte proporcional do coobrigado que tem direito a
isenção.
 A própria definição de isenção é que é a dispensa legal do
pagamento de um tributo.
 Pode cobrar uma situação em que todos estão isentos, ou que só
um está isento.
 Art. 125 do CTN
7. Capacidade tributária passiva. – art. 126 CTN
 Um menor pode ser sujeito passivo de um tributo, mas ele será
representado pelos seus pais.
o Não é automática a responsabilidade dos pais sobre tributos
gerados pelos filhos menores, é necessário que sejam atos que
de alguma forma realizam uma intervenção ou omissões de que
eles são responsáveis.
o Tem que ter a impossibilidade de cobrar o tributo do menor.
o Os pais tem que ter colaborado com a pratica do fato gerador.

8. Responsabilidade por sucessão:


 Responsabilidade na aquisição de bens imóveis:
o Arrematação em hasta pública
o Sempre que compra um imóvel, é responsável por sucessão
pelas dívidas que acompanham o imóvel, salvo o que conste no
título a prova de sua quitação.
o Quando compra um imóvel em leilão, e arremata, há
responsabilidade por sucessão sim, mas se sub-roga no preço
pago pela arrematação do bem imóvel. Responsabilidade está
limitada.
 Responsabilidade do espólio e dos herdeiros na sucessão causa mortis.
o Falecido o sujeito passivo de uma obrigação tributária, o espólio
se torna responsável pelo crédito tributário devidos pelo de cujos,
até a data da morte, data em que se considera aberta a sucessão
hereditária. Dai os herdeiros são responsáveis por sucessão
pelas dívidas tanto do espólio como do de cujos. Em relação aos
fatos até a partilha.
o O limite da responsabilidade dos herdeiros vai até o montante do
quinhão que lhes foi deixado a título de herança.
 Responsabilidade dos sócios:
o Sumula 435 STJ -- Súmula 435 - Presume-se dissolvida
irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu
domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes,
legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-
gerente. (Súmula 435, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
14/04/2010, DJe 13/05/2010)
 Sócio que abandona a atividade da empresa e deixa de
avisar o fisco, pode ter contra si redirecionada a cobrança
do débito que estava originariamente sendo cobrado da
empresa. Presume-se fraudulenta.
 Tem que provar que não agiu conforme o art. 135.
o Art. 135 III do CTN
o Sócio não responde automaticamente pelas dívidas de uma PJ,
tem que estar presente os requisitos do 135 III do CTN e 50 do
CCB.
o Desconsideração de personalidade jurídica – confusão
patrimonial, uso abusivo da personalidade jurídica, desvio de
funcionalidade.
o Necessidade de o sócio praticar atos: São pessoalmente
responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações
tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes
ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
 Responsabilidade por infrações:
o Denuncia espontânea
 Consegue a exclusão de toda e qualquer penalidade/multa
 Está sujeito a incidência de juros e correção monetária
 De acordo com o entendimento do STJ a denúncia
espontânea não se aplica aos casos de descumprimento
de obrigação acessória.
 E também de acordo com o entendimento do STJ, salvo
disposição contrária em Lei, você não pode se valer de
denuncia espontânea e parcelamento. Ou seja, para que
reste caracterizada a denuncia espontânea, tem que pagar
o crédito tributário integral e em dinheiro/ a vista.
 A fiscalização é o limite ao momento em que pode fazer a
denúncia espontânea. Fiscalização relativa ao tributo que
você pretende realizar a denuncia espontânea.
 Ex. você está diante de um ICMS relativo a 2017 em que
não houve o pagamento de um determinado período, ai o
empresário recebe o termo de inicio de ação fiscal (termo
que sinaliza o inicio da fiscalização/ documento que
materializa da fiscalização ou pelo menos o início dela) em
2020, pedindo pra entregar documento relativos aos anos
de 2016 a 2020. Não pode mais fazer a denuncia
espontânea.
 Ex. 2 – Se você eventualmente tem um IRPJ ou CSSL que
não pagou em razão da venda de mercadorias, o
faturamento é o primeiro índice considerado para a
apuração de lucro liquido. Nesse caso pode fazer denuncia
espontânea para fazer o pagamento dos demais tributos
em aberto.

9. Lançamento do tributo – art. 142 CTN


 Só pode ser realizado por autoridade administrativa, que tem
competência para essa função
 O particular no máximo pratica atos que tem o mesmo efeito, mas que
não se confundem com o lançamento. – ato de declaração do particular
que constituem o crédito, mas não se confundem com o lançamento. –
não esquecer gia, icms, adcpf
 Modalidades art. 146, 148 e 149 do CTN:
o DECLARAÇÃO
o OFICIO
o HOMOLOGAÇÃO
 Ficar atento a quando o sujeito passivo declara o tributo mas não paga.

o Ex. devia apurar e declarar 100, mas dos 100 pagou 70, ou não
pagou nada, vai direto para a dívida ativa.
o O fisco não precisa lançar o tributo no caso de não pagamento,
ou pagamento a menor, já vai direto para a dívida ativa.
o A fazenda está dispensada a lançar, justamente porque o ato de
declaração do particular se equipara em tudo ao lançamento.
 Principal atributo do lançamento é conferir exigibilidade ao crédito
tributário
 Lembrar das hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito,
previstas no art. 151 do CTN
 Moratória é prorrogação da data de vencimento do tributo e só pode
ocorrer por intermédio de Lei.
 Com relação ao depósito, lembrar da súmula 112 do STJ
o Somente quando for integral e em direito, tem o condão de
suspender a exigibilidade. Bem móvel e imóvel não tem esse
condão de suspender a exigibilidade.
o É uma faculdade que o sujeito passivo tem, mas uma vez
realizado só poderá ser levantado após o transito em julgado da
decisão que solucionar a lide estabelecida entre particular e
fazenda pública.
o As defesas e recursos, sua interposição tempestiva ou sua
apresentação defesa, suspendem a exigibilidade do crédito
tributário. Não precisa de depósito junto com a defesa ou recurso.
 Basta a apresentação de defesa ou interposição de
recurso – art. 151 III do CTN

10. Liminares e tutelas de urgência –


 Liminares e tutelas antecipadas – art. 151 IV e V – se fundem na tutela
de urgência de natureza cautelar
 Pode falar liminar, pode falar tutela antecipada e pode falar também
tutela de urgência de natureza cautelar – os dois primeiros são os que
estão na literalidade do CTN, mas o correto mesmo seria chamar tudo
de tutela de urgência de natureza cautelar.
 Decisões do juiz tem condão de suspender a exigibilidade,
 Não previnem os sujeitos passivos do risco da mora, como o depósito
previne.
11. Extinção do crédito tributário:
 Pagamento – art. 156 – feito o pagamento, tem a extinção do crédito.
 Art. 165 - Guardar que o pagamento indevido, seja qual for o motivo
desse pagamento indevido, gera direito à restituição. Tem o direito de
pedir de volta o que pagou a mais.
o Prazo de cinco anos.
 Pode pedir de volta na via administrativa ou judicial.
o Se entrou na via judicial direto, entra com a AÇÃO DE
REPETIÇÃO INDÉBITO
o Se entrou com pedido administrativo primeiro, tenho que
esperar o resultado do pedido administrativo, e se ao final for
negada a restituição, não tem mais cinco anos para ingressar
com a ação de repetição indébito (a propósito, nem seria a
ação cabível) –
 Se entrou na via administrativa com pedido de repetição
indébito ou de restituição e é negado, tem que lembrar
do art. 169 – tem dois anos a partir de quando foi
notificado da decisão que denega – ação anulatória de
decisão denegatória de pedido de restituição.
 O lançamento eficaz ocorre com a notificação
 PRESCRIÇÃO E DECADENCIA – causa extintiva do crédito tributário
– art. 156 V do CTN
o Decadência: é o prazo que a Fazenda Pública tem para
lançar/ constituir o crédito tributário – prazo de 5 (cinco) anos.
Termo inicial – art. 173 I do CTN (quase todos os casos) –
começa a contar no primeiro dia do ano seguinte.
 Ex. ISS, ou ICMS, ou IRPJ = TODOS SEM
PAGAMENTO PELO SUJEITO PASSIVO, não pagou
nada, não declarou nada, e o fato gerador ocorreu em
20/06/2017, o prazo começa a correr em 01/01/2018, e
o fisco tem até 01/01/2023 para notificar o sujeito
passivo do crédito tributário que terá que ser lançado
nos termos do art. 149 V do CTN – lançamento de oficio,
substituível pelo lançamento por homologação.
 Prazo de 5 anos, contados do fato gerador, é UM CASO
ESPECÍFICO – TRIBUTO SUJEITO AO LANÇAMENTO
POR HOMOLOGAÇÃO, em que tem o pagamento a
menor, sem dolo, sem fraude e sem simulação.

o Prescrição:
 Consiste no prazo que a FP tem de promover a
execução fiscal de um crédito que já foi constituído –
prazo de 5 anos – primeiro dia após o vencimento da
dívida.
 De acordo com o entendimento do STJ, para de contar o
prazo prescricional no momento do termo de abertura da
execução fiscal. – art. 174 I. – momento em que a FP
distribui/protocola a ação de execução fiscal.

REVISANDO AS AULAS QUE DER TEMPO:


Aula dia 06/10/2020
Dois tipos de fatos geradores, no que tange a determinadas obrigações.
Duas modalidades de fatos ferradores de obrigações tributárias.
1. Fato gerador da obrigação principal – situação que está definida em Lei
como necessária para que nasça no consequente de uma norma
jurídica, a obrigação tributária
 Consiste em um acontecimento com conteúdo econômico, licito,
desejável e de possível realização e que implica no dever do
sujeito pagar determinado tributo/ levar dinheiro aos cofres
públicos.
 Também abarca outro objeto – a própria multa
 Está no âmbito da endonorma ou norma primária
 Fato gerador da obrigação principal que tem como objeto o
pagamento de uma multa é perinorma ou norma secundária –
consequência de um ilícito.

2. Fato gerador da obrigação acessória: consiste no dever de o sujeito


praticar alguma conduta/ realizar alguma conduta / praticar algo no
interesse da arrecadação de tributos.
 Pode ser chamado também Deveres de colaboração do particular
para com o fisco ou Dever instrumental ou formal
 Fazer ou não fazer do indivíduo no interesse da arrecadação e
fiscalização de tributos.
 Ex. com relação ao IRPJ- apresentar uma declaração de imposto
 Atenção ao GIA ICMS – guia de informação e apuração de ICMS
– declara o quanto apurou a título de imposto, o quanto utilizou
na conta gráfica – quanto mais crédito tiver na conta gráfica,
menos tributo vai ter que pagar.

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