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(x, y) ∈ D(f ),
f (x, y) ≤ f (x0 , y0 ).
Dizemos que f (x0 , y0 ) é o valor máximo de f.
Definição 2: Seja z = f (x, y) uma função de duas variáveis. Dizemos que (xo , y0 ) ∈
D(f ) é o ponto de mı́nimo absoluto ou global de f se, para todo
(x, y) ∈ D(f ),
f (x, y) ≥ f (x0 , y0 ).
Dizemos que f (x0 , y0 ) é o valor mı́nimo de f.
Exemplos:
1. Seja a função f (x, y) = 4 − x2 − y 2 . O ponto (0,0) é um ponto de máximo
absoluto pois para todo (x, y) ∈ D(f ),
4 − x2 − y 2 ≤ f (0, 0)
Teorema do Valor Extremo para Funções de Duas Variáveis: Seja R uma região
fechada no plano xy, e seja f uma função de duas variáveis contı́nua em R. Então,
existe pelo menos um ponto em R onde f tem um valor máximo absoluto, e pelo
menos um ponto em R onde f tem um valor mı́nimo absoluto.
Exemplo: Um fabricante que é um monopolista fabrica dois tipos de lâmpadas.
De sua experiência, o fabricante determinou que se x lâmpadas do primeiro tipo
e y lâmpadas do segundo tipo forem feitas, cada uma delas poderá ser vendida
pelos valores (100 − 2x) e (125 − 3y), respectivamente. O custo de fabricação de x
lâmpadas do primeiro tipo e y lâmpadas do segundo tipo é de (12x + 11y + 4xy).
2
Quantas lâmpadas de cada tipo devem ser produzidas para que ele obtenha o lucro
máximo, e qual é o lucro máximo?
Solução: A função do lucro obtida com a venda das lâmpadas x e y é dado por:
f (x, y) = x(100−2x)+y(125−3y)−(12x+11y +4xy) = 88x+114y −2x2 −3y 2 −4xy.
Como x e y representam o número de lâmpadas, exigimos que x ≥ 0, y ≥ 0.
Ainda como (100 − 2x) é o preço de venda de lâmpadas do primeiro tipo, exigimos
que 100 − 2x ≥ 0 ⇒ x ≤ 50.
Analogamente y ≤ 125/3. Logo o domı́nio de f é a região fechada, definida pelo
conjunto {(x, y)/0 ≤ x ≤ 50 e 0 ≤ y ≤ 125/3}.
É uma região retangular cuja fronteira consiste nos lados do retângulo. Como f é
uma função polinomial, então ela é contı́nua em seu domı́nio, assim podemos aplicar
o teorema do valor extremo.
∂f (x, y) ∂f (x, y)
Devemos procurar os pontos crı́ticos: = 0; =0
∂x ∂y
Obtemos x = 9 e y = 13. Aplicamos o teste da derivada segunda e temos que f terá
um valor máximo relativo em (9, 13). Este máximo vale f (9, 13) = 1137.
O valor máximo absoluto de f deve ocorrer neste ponto ou na fronteira do domı́nio
de f. Vamos comparar f (9, 13) com os valores funcionais na fronteira.
Para a parte da fronteira no eixo x com x ∈ [0, 50], temos f (x, 0) = 88x − 2x2 ⇒
0 00
g(x) = 88x − 2x2 ⇒ g (x) = 88 − 4x; g (x) = −4. Implicando que g tem um
valor máximo relativo de 968 em x = 22. Além disso, g(0) = 0; g(50) < 0. Como
f (9, 13) = 1137 > 968, o máximo absoluto de f não ocorre no eixo x.
Para a parte da fronteira do eixo y com y ∈ [0, 125/3], temos f (0, y) = 114y − 3y 2 ⇒
0 00
h(y) = 114y − 3y 2 ⇒ h (y) = 114 − 6y; h (y) = −6. Implicando que h tem um
valor máximo relativo de 1083 em y = 19. Além disso, h(0) = 0; h(125/3) < 0. Como
f (9, 13) = 1137 > 1083, o valor máximo absoluto de f não ocorre no eixo y.
Vamos considerar agora a parte da fronteira sobre a reta x = 50, com y ∈ [0, 125/3] ⇒
f (50, y) = y(114 − 3y) − 600 − 200y. Se fizermos a comparação f (50, y) < f (0, y) =
y(114 − 3y) temos que o valor máximo absoluto de f não ocorre sobre a reta x = 50.
Finalmente, vamos considerar a parte da fronteira sobre a reta y = 125/3, com
x ∈ [0, 50] ⇒ f (x, 125/3) = x(88 − 2x) − 1375/3 − 500/3x < f (x, 0) = x(88 − 2x).
Concluı́mos que o valor máximo de f não está sobre a fronteira, mas sim no ponto
(9, 13). Ou seja, 9 lâmpadas do primeiro tipo e 13 lâmpadas do segundo tipo devem
ser produzidas para o lucro máximo de 1137 u.m.