SÃO CARLOS
2010
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS
SÃO CARLOS
2010
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE
TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO,
PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
A José Donizeti Luiz e Sebastiana da Silva Luiz, meus pais. A Junio e Tais, meus
irmãos.
À Deborah Maria Stefanini, minha noiva, pelo amor e apoio incondicional, e à sua
família, pelo apoio moral.
Aos meus amigos, Alexandre Tsuchida, Danilo Yamamotu, Bruno Mello, Fernando
Bottura e outros tantos, pela amizade.
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo analisar um motor de partida convencional com motor elétrico
motor. Por fim realizam-se simulações da dinâmica desse motor que confirmam a viabilidade
do uso desse tipo de motor de corrente contínua para partida de motores a combustão.
This work has aims to analyze a conventional starter motor with in series excitement. It
addresses the steps of starting and operating functions of the parts that make up the starter. It
examines the electric and constructive characteristics of motor , with support from a software
based on finite element method can visualize the internal electromagnetic configuration to the
motor. Finally, are carried out simulations of the motor dynamics that confirm the feasibility
1 Introdução........................................................................................................................ 08
1.1 Objetivos...................................................................................................................... 09
1.2 Disposição do trabalho................................................................................................ 09
2 Máquinas de Corrente Contínua..................................................................................... 09
2.1 Princípios de Funcionamento das Máquinas DC......................................................... 10
2.1.1 Espira estacionária em um campo magnético variável no tempo
(fem de transformador)............................................................................................... 11
2.1.2 Espira em movimento em um campo estático (fem de movimento).............. 12
2.1.4 Tensão induzida em uma espira girante entre pólos de faces cilíndricas.......... 13
2.1.5 A inserção do comutador na armadura.............................................................. 17
2.1.6 O torque induzido numa espira......................................................................... 18
2.2 Características do motor DC...................................................................................... 21
2.2.1 Campo................................................................................................................ 22
2.2.2 Armadura e comutador...................................................................................... 23
2.2.3 Fluxo de energia e perdas nas máquinas DC..................................................... 25
2.2.4 Dinâmica para máquinas DC em regime permanente....................................... 27
3 O motor de partida.......................................................................................................... 30
3.1 Operação do motor de partida..................................................................................... 31
4 Análise do MP.................................................................................................................. 35
4.1 Características construtivas........................................................................................ 35
4.2 Simulação pelo método dos elementos finitos FEMM.............................................. 38
4.3 Características eletro-dinâmicas do motor de partida............................................... 39
4.3.1 Ensaio do motor de partida como gerador em vazio........................................ 41
4.3.2 O motor de partida em regime permanente....................................................... 46
4.3.3 Dinâmica do Motor de Partida........................................................................... 50
5 Conclusões e considerações finais.................................................................................... 54
Referências............................................................................................................................ 55
Apêndice................................................................................................................................ 56
8
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
(1)
(2)
Onde:
Interessante é notar que a variação no fluxo com o tempo pode ser causada de
três maneiras:
Supondo o primeiro caso para uma espira, então a relação entre tensão induzida
, vetor campo eletrodinâmico E, vetor indução magnética ou vetor densidade de fluxo B e
a Lei de Faraday relacionam-se tais que:
(3)
Onde:
(4)
(5)
O que implica:
(6)
Onde:
transformador.
12
Figura 1: Lei de Faraday: uma espira sob variação de B (SADIKU, 2004 p.338)
(7)
(8)
O que implica:
(9)
Figura 2: Espira em movimento imersa num campo B estático (SADIKU, 2004 p.339).
(10)
Ou ainda:
(11)
(12)
Figura 5: Espira retangular com visão de seus trechos (CHAPMAN, 2005 p.474).
C. Segmento cd. Sobre a face polar norte, a velocidade é perpendicular à , que está na
direção radial e aponta para dentro do rotor, e o produto aponta para fora da
página. A tensão induzida no segmento é:
(13)
(14)
Figura 6: Tensão induzida em espira única de comprimento l girando sobre um campo B. Chapman, 2005 p.477
(15)
Uma forma de contornar isso foi construir dois condutores semi cilíndricos
adicionando-os nas pontas das espiras conjuntamente a dois contatos fixos posicionados de
modo que os seus terminais tenham sempre a mesma polaridade (CHAPMAN, 2005, p. 479).
Esses contatos fecham a malha da espira e toda vez que a tensão induzida muda de polaridade,
esses dispositivos também alternam as pontas das espiras, de modo que a saída continua com
mesma polaridade.
Até o momento trabalhou-se com o efeito gerador, que é resultado direto da Lei
de Faraday, entretanto, se com uma fonte externa impuser-se uma corrente sobre a espira
mergulhada num campo constante do exemplo, essa espira, devido à força de Lorentz,
tende ao movimento. Esse efeito é denominado efeito motor, e ambos estão presentes nas
máquinas rotativas DC.
(16)
(17)
(18)
(19)
onde é o ângulo entre e . O torque é essencialmente zero quando a espira não está sob os
pólos. Enquanto a espira retangular do exemplo está sob as faces polares, o torque para cada
segmento é, acompanhando a ilustração dada pela Figura 8:
20
Com base na Figura 8, acima e supondo que se tem ainda a espira retangular,
pode-se calcular o torque induzido em cada trecho da espira:
A. Segmento ab. Nesse segmento a corrente da bateria está na direção normal e saindo
para fora da página. O campo magnético aponta na direção radial com sentido para
fora do rotor, perpendicular sob a superfície dos pólos.
B. Segmento bc. Nesse segmento, a corrente flui na direção radial. A força induzida neste
trecho é dada por
Então:
C. Segmento cd. Sobre a face polar norte, a corrente entra na página e é perpendicular à
. O produto aponta na direção tangencial
O torque total sobre a espira é a soma dos torques em cada trecho, dado por
(CHAPMAN, 2005, p.482):
(20)
(21)
(22)
2.2.1 CAMPO
Pode ser enrolamento de campo tipo serie, esse enrolamento possui pouco
número de espiras ( ) e é feito com fios de grande capacidade de condução. É projetado para
operar em série com o circuito da armadura, geralmente causa pequena queda de tensão
devido à sua pequena resistência elétrica, consumindo parcela pequena da tensão terminal
(tensão induzida) aplicada a um motor (gerador).
Pode-se ter (9a) máquina DC com enrolamento de campo tipo shunt excitado
separadamente, (9b) máquina DC com campo shunt ou em paralelo, (9c) com campo excitado
em série, e, máquina DC com campo composto acumulativo e com campo composto
diferencial, (9d) e (9e) respectivamente.
24
Figura 9: Configurações Campo-Armadura para máquinas DC. (CATHEY, 2001 pg. 242)
A. Enrolamento Imbricado: O enrolamento possui tantas vias internas, por onde circulam
as correntes de armadura, quanto o número de pólos da máquina e sobre o comutador
deve-se apoiar igual número de escovas.
As escovas são dispostas alternadamente e agrupadas de acordo com sua polaridade,
formando os terminais positivo e negativo, aos quais se conecta o circuito utilizador.
A corrente que passa pelo circuito utilizador é igual à corrente que circula nos
condutores vezes o número de pólos.
O enrolamento imbricado ou paralelo, pelas suas características, é conveniente para
máquinas com tensões relativamente baixas e correntes de elevada intensidade.
B. Enrolamento Ondulado: O enrolamento possui apenas duas vias, e cada uma delas
possui metade dos condutores induzidos. Embora se necessitem somente duas
escovas, é possível usar tantas escovas quantos forem os pólos da máquina. As
escovas positivas e negativas são dispostas à 180 (graus elétricos) entre si,
alternadamente.
A corrente que passa pelo circuito utilizador é fornecida em partes iguais pelas duas
vias internas, agrupadas em paralelo; o valor de sua intensidade, portanto, é o dobro do
valor da corrente que percorre os condutores do enrolamento
O enrolamento ondulado ou em série é conveniente para máquinas que devem
produzir /consumir tensões elevadas e correntes de baixa intensidade.
Figura 10: Enrolamento de armadura: Imbricado e Ondulado (MARTIGNONI, 1971, pg. 23).
Onde
: resistência da armadura [Ω];
: corrente na armadura [A];
(25)
Onde
: queda de tensão nas escovas [V]
27
3. Perdas no núcleo: Perdas no núcleo são as perdas por histerese e correntes de fuga
que ocorrem dentro das partes ferromagnéticas da máquina. Essas perdas variam com
o quadrado da densidade de fluxo e, para o rotor, com a velocidade de rotação.
4. Perdas mecânicas: Perdas decorrentes associadas com efeitos mecânicos, como atrito
mecânico e atrito de ventilação. Essas perdas variam com o cubo da velocidade de
rotação da máquina.
5. Perdas extras: Perdas que não podem ser categorizadas nas quatro categorias
anteriores e podem ser tomadas como equivalentes a 1% da potência nominal.
Perdas
Perdas
Perdas no extras
mecânicas
perdas núcleo
(26)
(27)
(28)
Onde,
(29)
(30)
Onde.
[Ae] (31)
Onde
Figura 12: Comportamento não linear do fluxo e corrente de campo (CHAPMAN, 2005, p. 537).
30
Se essa não linearidade for ignorada, ou for considerado que a máquina opera
fora da saturação, o comportamento para cada configuração de motor DC, por exemplo, fica
aproximadamente como é exemplificado na Figura13.
muito grande na prática, em relação aos outros motores. Com essas características seu uso é
muito interessante para partida em carga.
3 O MOTOR DE PARTIDA
Figura 14: Relação torque-velocidade-temperatura para partida do motor combustão (Denton, 2004).
32
É nesse cenário que entra o motor de partida, que é construído para operar
nessas condições específicas, e para essa finalidade. Ele deve operar em toda faixa de
temperatura para a qual foi projetado, oferecendo torque e velocidade compatíveis para que o
motor do veículo alcance velocidade inicial necessária para firmar todo o ciclo de combustão.
Figura 15: Esquema do circuito elétrico de partida. Fonte: Denton, 2004, p151.
Uma vez que o pinhão chega ao fim de curso, após a atracação total, o contato
principal dentro do solenóide se fecha, fazendo a corrente circular direto da bateria para
dentro do circuito do MP, que começa a girar.
torque que age no virabrequim do motor (CARDOSO, 2008, p.22). A inércia e resistência de
atrito do motor são superadas e o motor começa a girar por conta própria devido a combustão
interna.
O ciclo de funcionamento dos motores faz com que o torque necessário para
mover o motor varie numa forma oscilante, em conseqüência, a velocidade do MP, enquanto
acoplado, também varia. A Figura 17 mostra as curvas típicas relacionando velocidade do
motor à combustão e corrente do MP em contraposição ao tempo de acionamento, onde
podemos observar a variação cíclica presente na forma de onda devido ao ciclo de combustão
dos motores.
contato auxiliar, uma mola no solenóide em conjunto com o garfo faz o pinhão retornar à sua
posição de repouso, desacoplando-o da cremalheira, e fazendo desligar o contato principal do
solenóide. Caso o giro do motor supere o giro do MP antes desse ser desligado, uma catraca
interna do bendix não deixa o MP girar solidário a rotação do motor. Em breves instantes o
induzido do MP, desconectado da alimentação, deixa de girar.
Os motores de partida podem ser de dois tipos, com enrolamento de campo ou,
com arquitetura mais moderna, com imãs permanentes. No caso do motor de partida com imã
permanente, como o fluxo magnético não é tão intenso, costuma-se adotar uma caixa de
engrenagens internas ao MP para aumentar seu torque, ao que chamamos planetária. A
grande vantagem desse MP é a considerável redução de dimensão e peso, ou seja sua adoção
gera economia de materiais.
Na Figura 19 pode-se ver com maior detalhamento o MP em corte com destaque para
as peças que o compõem, o presente trabalho, porém, procurou focar a atenção no motor do
MP. Chama-se parte dianteira do induzido o lado onde o bendix desliza, é o lado onde se
destacam os componentes mecânicos que permitem o atracamento do motor elétrico do MP ao
motor de combustão.
38
Na parte traseira do induzido fica o coletor de lâminas ou comutador, onde são ligados
os condutores entre si. Essa ligação somada às disposições das bobinas, determina o tipo de
enrolamento da armadura, que nesse caso é do tipo ondulado com duas voltas por espira, onde
os condutores são fios de cobres com dimensão de de diâmetro.
A corrente elétrica que flui pelo enrolamento da armadura flui através do contato feito
por quatro escovas deslizantes sobre o coletor, simetricamente deslocadas entre si. Embora
uma configuração com duas escovas pudesse ser utilizada, os fatores confiabilidade e preço
motivaram esse layout. Se apenas duas escovas fossem utilizadas, as dimensões do coletor e
das próprias escovas, para conduzir a mesma corrente, seriam desestimulantes
economicamente falando, por outro lado a configuração com quatro escovas permite que, caso
uma elas falhe, se as condições não forem severas, ainda sim o MP parta.
posição das escovas, estas são fixas. De qualquer modo, o fato de as escovas estarem fixas
implica que o fluxo devido às correntes na armadura está também praticamente fixo no
espaço.
a) b)
Por exemplo, por meio do uso do método dos elementos finitos é possível
conhecer características como conjugado e fluxo magnético, densidade de fluxo e intensidade
de campo (Migliolo, 1997), para isto é necessário resolver as equações de Maxwell, definindo
condições de contorno e características do meio.
Como já foi visto em capítulos anteriores uma das configurações possíveis para
motor DC é a configuração de campo ligado em série com a armadura. Nesse caso as
resistências e indutâncias presentes ficam em série e a corrente de armadura e corrente de
campo é uma só.
(33)
A tensão terminal neste tipo de motor, , para regime permanente pode ser
encontrada aplicando a LKT no circuito equivalente. É razoável considerar a queda de tensão
sobre as escovas, aqui identificada por .
(34)
Ainda sim, a tensão induzida e torque induzido são produzidos tais como dados
pelas Equações 29 e 30:
(29)
(30)
41
Figura 21: Característica torque velocidade motor DC-Série (CHAPMAN, 2005 p.565).
(35)
Onde:
P : é o número de pólos;
Z : é o número total de condutores nas ranhuras que estão sob as faces polares;
a : é o número de caminhos paralelos.
de campo.
Pela lei de Faraday, uma tensão induzida irá aparecer nas espiras da armadura e
conseqüentemente nos terminais do motor. Como a corrente de armadura é nula, na Equação
34 a tensão nos terminais do motor, , é igual a força contra-eletromotriz induzida. Então
tem-se:
ϕ (36)
O enrolamento série original, como foi visto, é constituído por 4 espiras por
pólo com condutor de alumínio com seção transversal de aproximadamente 10 mm2, e foi
substituído por um enrolamento de 20 espiras por pólo com condutor de aproximadamente
1,5mm2 de cobre. Com este artifício pode-se montar o experimento.
de 99,55A. Nessa figura o maior valor de B é mostrado em cores mais escuras, chegando até
1,3 T. Também pode-se ver que, para essa corrente de campo, a simulação do fluxo
concatenado pela armadura é de 1,07mWb, bem próximo do valor calculado através dos dados
44
do ensaio , de 1,02mWb, de modo geral para valores inferiores a 400 Ae ambas as curvas do
ensaio em vazio, de ensaio físico e simulada através do FEMM, concordam razoavelmente
bem. A partir de valores superiores a 400 Ae para força magneto motriz, as curvas têm
comportamentos distintos.
Tabela 1: Valores de fluxo mútuo para o MP, reais e simulados, para diferentes correntes de campo.
-4
Φ (10-4 Wb)
Ea=Vt(vazio)(V) i’f(A) F.M.M. (A-esp) if (A) Φ (10 Wb)
FEMM
0,28 4,54 90,80 22,70 2,82 2,44
0,47 8,45 169,00 42,25 4,75 -
0,64 11,83 236,60 59,15 6,46 6,38
0,77 14,60 292,00 73,00 7,78 -
0,88 16,85 337,00 84,25 8,89 9,09
0,95 18,60 372,00 93,00 9,60 -
1,01 19,91 398,20 99,55 10,2 10,7
1,13 22,26 445,20 111,30 11,4 -
1,16 23,50 470,00 117,50 11,7 12,6
1,16 24,50 490,00 122,50 11,7 -
- - 800 200 - 21,0
- - 1200 300 - 29,0
- - 1600 400 - 34,5
- - 2000 500 - 38,3
(37)
e por meio do gráfico da Figura 23 vê-se que para até cerca 300A de corrente de campo, a reta
é uma boa aproximação:
(38)
3.5
Fluxo concatenado pela Armadura (mWb)
2.5
1.5
0.5
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Corrente de Campo (A)
(39)
(29)
(30)
Onde
Um torque de carga também deve ser inserido dentre essas equações. Como a
potência nominal desse MP é de 0,8 kW e a velocidade de rotação típica de um motor a
combustão é de 100 rpm, o que implica uma velocidade de cerca de 1000 rpm no MP, ou,
=105 rad/s_(f=16,7Hz). Adotando então que o torque seja proporcional ao quadrado da
velocidade, , pode-se supor KT = 0,7x10-3 Nms-2. O torque resultante, ou aparente, aparece
como dado na Equação 40:
(40)
(41)
(42)
(43)
A partir das equações e dados apresentados até aqui pode-se, com auxílio de
um script feito no programa computacional Matlab, simular o comportamento em RP para o
motor de partida em questão. Seguem-se os gráficos que expõem o comportamento do MP.
49
55
50
45
40
35
Torque (Nm)
30
25
20
15
10
500
450
400
350
Corrente(A)
300
250
200
150
100
50
(44)
(45)
Onde
: é constante de tempo;
: é a velocidade angular;
52
(46)
Os produtos entre funções como ω(t) X ia(t) e ia(t) X ia(t) caracterizam o motor
de corrente contínua – excitação série como um sistema não-linear.
(47)
(48)
Tabela 2: Valores da mútua rotacional para o MP, reais e simulados, para diferentes correntes de campo.
Gaf (Vs/(rad.A))
Ea=Vt(vazio)(V) F.M.M. (A-esp) If (A) Gaf (Vs/(rad.A))
FEMM
0,28 90,80 22,70 2,49x10-4 2,18x10 -4
0,47 169,00 42,25 2,25x10-4 -
0,64 236,60 59,15 2,19x10-4 2,19x10 -4
0,77 292,00 73,00 2,13x10-4 -
0,88 337,00 84,25 2,11x10-4 2,19x10 -4
0,95 372,00 93,00 2,06x10-4 -
1,01 398,20 99,55 2,05x10-4 2,18x10 -4
1,13 445,20 111,30 2,05x10-4 -
1,16 470,00 117,50 1,99x10-4 2,18x10 -4
1,16 490,00 122,50 1,91x10-4 -
- 800 200 - 2,13x10 -4
- 1200 300 - 1,96x10 -4
- 1600 400 - 1,75x10 -4
- 2000 500 - 1,55x10 -4
(49)
Dinâmica do MP:Corrente
400
350
300
250
Corrente(A)
200
150
100
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Tempo(s)
1000
800
Velocidade (rpm)
600
400
200
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Tempo(s)
Quanto aos resultados alcançados pode-se dizer que a configuração elétrica do MP,
sendo um motor DC-série, é muito conveniente para esse tipo de aplicação, pois tem alto
torque de partida e grande velocidade final, resultados esses confirmados por simulação.
Ainda sim, por causa da pequena resistência interna, baixa nível de tensão nominal e
grande torque de carga, através do MP fluem normalmente altas correntes e há uma grande
taxa de perda de energia por efeito Joule, o que implica admitir que o motor de partida é
especialmente projetado para funcionamento por curto período de tempo.
56
REFERÊNCIAS
BIM, E. Máquinas Elétricas e Acionamento. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 455p.
CATHEY, J. J. Electric Machines: Analysis and Design applying Matlab. 1. ed. New York:
McGraw-Hill, 2001. 530 p.
DENTON, T. Automobile Electrical and Electronics Systems. 3. ed. Elsevier, 2004. 476p.
plot(n,Tind,'r','LineWidth',2)
hold on
plot(n,Tres,'LineWidth',2)
title('Simulação MP:Torque X Velocidade')
xlabel('Velocidade (rpm)')
ylabel('Torque (Nm)')
figure(2)
plot(n,I,'LineWidth',2);
title('Simulação MP:Corrente X Velocidade')
xlabel('Velocidade (rpm)')
ylabel('Corrente(A)')
clear all;
clc;
%parâmetros do motor
Vbr=2.4; %queda de tensão nas escovas
Vb=12; %tensão nominal da bateria
rbc=0.0065; %Resistência interna na bateria+cabo
figure
plot(t,30/pi*x(:,2),'LineWidth',2) %velocidade em rpm
title('Simulação: Dinâmica do MP:Velocidade')
xlabel('Velocidade (rpm)')
ylabel('Tempo(s)')