Você está na página 1de 27

Morte celular

Disciplina de Processos
Patológicos/Patologia Geral
Prof. Luciano Martins
luciano.martins@fametro.edu.br
Dois tipos de morte celular:

Autólise
A apoptose resulta sempre da ativação de proteases
(caspases), as quais induzem as modificações funcionais
e morfológicas características desse processo de “suicídio”
Doenças associadas com o aumento da apoptose:
 AIDS  destruição apoptótica dos linfócitos TCD4 
indução da permeabilização da membrana mitocondrial

 Doenças neurodegenerativas: Alzheimer e Parkinson 


apoptose precoce dos neurônios  demência progressiva,
perda cognitiva e memória

 Infarto do miocárdio por isquemia  necrose das células


que dependem dos vasos afetados e apoptose das células
vizinhas pela geração de EROS

 Doenças hepáticas induzidas por toxinas e alcoolismo


Doenças associadas com a diminuição da apoptose

 Câncer  carcinoma mamário, linfoma folicular,


próstata, ovário…

 Doenças autoimunes  falhas (no timo) na apoptose


de células T que reagem com substâncias do próprio
organismo. Ex.: Lupus eritematoso sistêmico,
Glomerulonefrite…

 Infecções virais  inibem apoptose das células


infectadas. Ex.: Herpesvírus, Papilomavírus,
Poxvirus…
Apoptose:
alterações morfológicas

 A célula se encolhe e o citoplasma fica denso;


Apoptose:
alterações morfológicas
 A cromatina se torna condensada e disposta em
grumos colados à carioteca - fragmentação do DNA
por endonucleases;
Apoptose:
alterações morfológicas
 O núcleo se fragmenta;

 A membrana citoplasmática emite projeções e


forma brotamentos que contêm fragmentos do
núcleo;
Apoptose:
alterações morfológicas
 Fragmentação das células em múltiplos brotos
(corpos apoptóticos) que são fagocitados por
leucócitos.
Necrose
 Morte celular seguida de autólise pelas
enzimas lisossômicas
 Anatomia patológica das células necróticas:
 Eosinofilia – RNA citoplasmático perdido e
proteínas desnaturadas;
 Alterações nucleares (cariólise, picnose,
cariorréxe).
Hematoxilina e Eosina - HE
Necrose por coagulação (isquêmica): macroscopicamente
a área fica saliente e esbranquiçada. Alterações
microscópicas: cariólise, citoplasma com aspecto coagulado e
contornos celulares nítidos (por dias ou semanas). Etiologia:
isquemia.
Necrose por liquefação: caracterizada por digestão das células
mortas, transformando o tecido em uma massa mole e liquefeita
(grande quantidade de enzimas lisossômicas). Comum após
anóxia ou hipóxia (no cérebro, adrenais ou mucosa gástrica) e
por infecções purulentas, com grande quantidade de neutrófilos
e outras células inflamatórias.
Necrose gangrenosa: termo utilizado para membro que
sofreu necrose de coagulação ou liquefativa. Quando ocorre
infecção, há uma acentuada destruição proteica e putrefação.
Necrose gordurosa (esteatonecrose): ocorre quando há
destruição de gordura por liberação de enzimas,
principalmente no pâncreas (liberação de lipases), as quais
desintegram a gordura desse órgão e da cavidade peritoneal.
Também ocorre nas mamas (traumatismos).
Ácidos graxos + cálcio = saponificação.
Necrose caseosa: tecido esbranquiçado, granuloso,
amolecido (destruído), com aspecto de massa de queijo. A
lesão decorre de mecanismos inflamatórios [macrófagos e
linfócitos T auxiliares (CD4)] - Granulomas. Comum na
tuberculose.

Baço
Necrose caseosa - Granuloma
Necrose caseosa
Necrose hemorrágica: quando há presença de hemorragia
no tecido necrosado.

Infarto hemorrágico pulmonar Infarto hemorrágico intestinal

Você também pode gostar