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Ao citar as economias de escala da firma, Sylos faz referência, além das economias de
escala de vendas (financeiras e de distribuição), também a economias de escala de
comercialização, que são os gastos em vendas de implantação, ou seja, gastos em marketing e
investimentos a fim de aumentar sua extensão de mercado, reduzindo seu preço com o intuito
de atrair novos consumidores e, com isso, aplicar barreiras a entrada, pois as empresas que
entram precisam operar em larga escala para se estabelecer. Um exemplo atual é o cupom
distribuído pela plataforma IFOOD, onde a empresa visa aumentar suas vendas e seu
mercado por oferecer um preço menor. Portanto, nem sempre essas economias de escala são
eficazes e conseguem ser revertidas em lucros.
STEINDL (1952)
Schumpeter dialoga todos seus trabalhos entre si, e obtêm a teoria baseada no
desenvolvimento econômico através de uma consequência endógena do próprio sistema,
diferentemente de outros autores os quais adaptam análises do desenvolvimento econômico a
partir de variáveis exógenas (perspectiva estática), com as firmas se adaptando aos choques
no mercado.
Para ele, o desenvolvimento econômico é obtido devido a mudança causada
internamente ao sistema capitalista, sendo descontínuo e espontâneo do sistema, por não
mudar de forma contínua e incremental ao longo do tempo, se modificando e renovando a
todo momento.
É adotada a forma de um ciclo para explicar o fluxo circular da vida econômica, onde
sintetiza-se a vida econômica em equilíbrio (utilizando sempre os mesmos métodos de
produção), obtendo como exemplo o fluxo sanguíneo, o qual passa sempre pelos mesmos
“canais”. Porém, há um rompimento do ciclo produtivo causado pelas inovações
tecnológicas, segundo ele, que são caracterizadas por mudanças descontínuas que criam um
novo ponto de equilíbrio.
Schumpeter trabalha o desenvolvimento adotando e incorporando o conceito de
INOVAÇÕES, sendo essas promovidas pelos empresários empreendedores , responsáveis por
criarem novas necessidades e demandas, sendo essa a alavanca para o desenvolvimento
econômico. Tais mudanças deslocam o equilíbrio da economia de forma que jamais retorna
para o ponto que se encontrava no passado.
Primeiro passo é a criação, logo, no segundo, os consumidores demonstram interesse
e há a criação de uma nova necessidade e demanda. Exemplo: redes sociais.
Há quatro meios de adquirir as inovações: i) novos produtos ou qualidades; ii) novos
métodos de produção; iii) novas fontes de matéria prima; iv) novas organizações industriais.
Exemplo de novas organizações industriais: surgimento de montadoras de veículos japonesas.
Na época as empresas obtinham produção verticalizada, a toyota inovou através da produção
enxuta, com um sistema produtivo flexível, através da terceirização de peças e especialização
na montagem.
Essas inovações só são possíveis devido ao empresário inovador, o qual possui
atributos especiais: i) intuição, ii) psiquê, iii) reação ao meio social. Esse empresário busca
inovação para buscar obter o poder de monopólio, o qual é gerado através de inovações de
sucesso que concentrem todo o mercado novo para si, sendo única e exclusiva, porém apenas
por tempo limitado, devido ao longo do tempo as firmas irem se incentivando a disputar e
tomar parcelas de mercado diferenciando e inovando seus produtos ou métodos produtivos.
Pois caso não busquem esse poder, seus produtos se tornarão obsoletos, devido a seus
concorrentes se adaptarem às inovações. Sendo que todo o processo de inovação consiste,
segundo Schumpeter, em uma ‘Destruição Criadora’, que é o efeito causado a partir da
criação de um novo produto ou método produtivo o qual cria uma nova demanda e nova
necessidade destruindo assim velhos métodos e eliminando empresas que não se adaptarem.
Logo, as firmas necessitam de investimento para conseguirem se adaptar ao novo mercado,
juntamente com o emprego de mão-de-obra, o que faz com que a produção cresça, crescendo
também a produtividade junto com o salário e a renda, impactando o produto da economia.
Chega-se ao nível de estabilidade onde os agentes estão todos adaptados Às novas tendências,
onde o crescimento da economia deprime até um novo processo inovador.
Todo esse processo cria e é possível através do crédito, que é a criação do poder de
compra por parte dos bancos. Nem todo empreendimento tomador de crédito obtêm sucesso,
mas os que conseguem, equilibram os efeitos de perda dos que não alcançaram, fazendo-se
necessária uma estrutura financeira.