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RECICLAGEM

DE PAPEL

Aloma Ribeiro Pires


Juan Carlos Valdés Serra
Autores

Aloma Ribeiro Pires


Graduanda de Engenharia Ambiental pela Fundação Universidade
Federal do Tocantins.

Juan Carlos Valdés Serra


Professor Doutor TITULAR da Fundação Universidade Federal
do Tocantins (UFT). Curso Engenharia Ambiental. Palmas-TO.
Brasil.
Sumário

Autores.................................................................................................................2
Introdução.............................................................................................................4
Reciclagem do Papel............................................................................................5
Referências Bibliográficas.................................................................................10
Introdução

Num mundo onde cada pessoa gera 1kg de lixo por dia, é preciso cada vez mais
entender e promover processos que colaborem com o descarte adequado. O papel
representa um volume significativo nas empresas. Fazer o descarte corretamente,
entendendo seus benefícios e quais tipo de papel entram no processo, é um grande
diferencial. A solução mais apropriada para esse material é a reciclagem.
É fácil afirmar que a reciclagem do papel ajuda o planeta, mas é importante entender
de que forma isso acontece. A matéria prima para a produção do papel são as árvores. A
reciclagem do papel reduz a decapitação de árvores; reduz a poluição do solo e dos lençóis
freáticos; barateia o custo comercial do papel; e, consequentemente, diminui o volume de
resíduo que é descartado.
A grande parte do papel que entra para a reciclagem é composta por papéis onde nada
foi impresso, papéis em branco, chamadas de “aparas”. As cores e texturas que o papel
reciclado vai apresentar dependem, em grande parte, de qual papel foi recolhido para o
processo de reciclagem.
Dentro da lista de papéis que podem ser reciclados entram papel tipo sulfite, caixas de
papelão, envelopes, jornais, cadernos, revistas, listas telefônicas e embalagens longa vida.
Porém, existem também os papéis que não são recicláveis. Papéis metalizados (como os
usados para embalagens de comida), papéis plastificados (como a embalagem de produtos
de limpeza, como o sabão em pó), e papéis que foram utilizados para higiene.
Reciclagem do Papel

É o reaproveitamento do papel não funcional para produzir papel reciclado. A


reciclagem de papel impede seu acúmulo em aterros sanitários, gasta menos energia, gera
renda e diminui o consumo de recursos naturais como água e madeira. Atualmente a sua
aceitação é crescente, especialmente no mercado corporativo. Para ser produzido é preciso
moer, molhar, tingir e secar o papel. A principal diferença está na necessidade da utilização
de vários produtos químicos para retirar as impurezas do papel, como a soda cáustica, o que
pode ser também perigoso para o meio ambiente, se não for feito de maneira correta.
Para ser reciclado, o papel não deve conter impurezas, como: barbante, metal, madeira
e plástico. As etapas deste processo são:
Coleta seletiva: É necessário preservar a integridade do papel para facilitar a coleta. A
coleta seletiva evita a contaminação do papel, aumentando seu valor, diminuindo os
custos da reciclagem.

Imagem 1 - Coleta Seletiva

Fonte: Larplasticos

Triagem: Após a coleta, o papel sofre uma seleção rigorosa, inicialmente retirando
matérias perigosas para o equipamento ou processo (metais, vidros). Depois resíduos
que normalmente vem junto com o papel, como grampos, clipes, elásticos. Então são
retirados materiais impróprios, como papéis sulfurizados, encerados ou parafinados). A
eficiência desta operação será determinante para a futura formação dos lotes.

Imagem 2 - Triagem

Fonte: Condomínios verdes


Classificação: A classificação do papel usado é feita em função da sua qualidade,
origem e presença de matérias toleradas. Por exemplo, papéis muito impregnados de
tintas e vernizes (capas de revista e cartões de visita) tem menos valor que papéis de
escritório.

Imagem 3 - Classificação

Fonte: Visuarea

Trituração: Esta operação consiste na fragmentação, em dimensões pré-determinadas,


de alguns lotes de papel, como revistas, jornais e aparas. As operações finais do
processo correspondem ao enfardamento e a venda do papel usado as indústrias de
reciclagem, que farão a sua transformação em papel pronto para ser reutilizado.

Imagem 4 - Triagem

Fonte: Setor reciclagem

O processo industrial de transformação de papel usado é semelhante ao de papel virgem,


mas menos intensivo.
A reciclagem do papel é conseguida através do reaproveitamento das fibras de celulose
existentes nos papéis usados. O papel pode ser fabricado exclusivamente com fibras
secundárias (papel 100% reciclado) ou ter a incorporação de pasta para papel. As fibras
podem ser recicladas cinco a sete vezes. A degradação das fibras implica na adição de
alguma porcentagem de pasta de papel virgem para manter a qualidade.
As fases do processo industrial de reciclagem de papel são:
Desagregação ou preparo da massa: mistura do papel velho com água, de modo a
enfraquecer as ligações entre as fibras. O processo inicia, com a matéria–prima sendo
colocada em uma esteira e transportada até o equipamento denominado Hidrapulper.
Imagem 5 - Preparação da massa

Fonte: USP

Em seguida é acrescida de água efetuando-se a desagregação, isto é, a matéria-prima é


transformada em pequenos pedaços de papel, formando uma suspensão fibrosa chamada de
massa.
Filtragem e depuração da massa: A filtragem e depuração consiste na remoção de
impurezas menores da massa tais como: areia, plástico, palitos, isopor e pastilhas de papel.
Após a depuração a massa segue para os engrossadores, onde é extraída a água, conferindo
à suspensão fibrosa consistência em torno de 5%, posterior mente a massa é estocada nas
torres de massa.

Imagem 6 - Massa com impurezas no Hidrapulper

Fonte: Recicoleta

Máquina de papel: Na seção de prensagem, onde se utiliza energia mecânica no


desaguamento, a folha passa entre dois rolos de aço, sendo a água deslocada para um
ou dois feltros. Usualmente três ou quatro nips de prensagem são empregados. Quando
a folha deixa a seção de prensagem, apresenta um teor de sólidos de 40 a 45%.

Imagem 7 - Massa no inicio da prensagem

Fonte: USP
Imagem 8 - Prensagem

Fonte: USP

Na seção de secagem, onde se utiliza energia térmica para o desaguamento, a folha passa
sobre cilindros de ferro rotatórios, aquecidos com vapor, e a maior parte da água remanescente
é evaporada.
Imagem 9 - Cilindros de secagem

Fonte: USP

Ao sair desta seção, o teor de sólidos do papel aumenta para cerca de 90 a 95%. O
produto passa por uma série de cilindros de secagem aquecidos, onde atinge umidade da
ordem de 8%.

Imagem 10 - Secagem a vapor

Fonte: USP

O cartão em formação passa por uma seção de calandragem, para obter gramatura e
superfície uniforme, finalmente o produto sofre as operações de acabamento, rebobinamento e a
embalagem.
Imagem 11 - Sistema de controle de gramatura e umidade

Fonte: USP

Imagem 12 - Seção de acabamento e rebobinagem

Fonte: USP
Referências
História e reciclagem de papel: entenda o processo e como fazer. Disponível em:
https://www.reciclasampa.com.br/artigo/historia-e-reciclagem-de-papel:-entenda-o-processo-
e-como-fazer. Acesso em: 18 mar. 2021.

Reciclagem do papel. Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2021.


Disponível em: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/reciclagem/reciclagem4.php.
Acesso em: 18/03/2021.

RICCHINI, Ricardo. Reciclagem industrial de papel. Setor Reciclagem desde 2000. Acesso
em: 02/04/2021.

SOUSA, Cyntia Santos Malaguti de Sousa; BARATA, Tomás Queiroz Ferreira. Papelão:
Composição, tipos, características, processos de fabricação e aplicações. Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo. Universidade de São Paulo (USP). Acesso em: 02/04/2021.

SOUSA, Derlicio Carlos Goes; MATOS, Leandro Lisboa; ARAUJO, Myllane Kerly Sa,
LIMA, Elon Vieira. A importância da reciclagem do papel na melhoria e qualidade do
meio ambiente. XXXVI Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 2016.

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