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II - A PROBLEMÁTICA DO CONHECIMENTO
O primeiro filósofo a criar uma teoria a partir da intuição foi Platão. A teoria das
formas tenta fundamentar um conhecimento verdadeiro para além do mundo dos
fenômenos, e para ele o mundo sensível está em constante mudança, e por isso é
impossível conhecê-lo - “não se pode conhecer uma coisa que deixa de ser ela
mesma na sucessão do tempo.”
Formulou Aristóteles a sua teoria do movimento. Sócrates é, é saber quais são suas
propriedades individualizantes, bem como propriedades da classe a que pertence, a
de homem. As características que fazem com que uma coisa seja particular não são
nem comuns e nem essenciais para a sua classificação, pois são meros acidentes.
Por fim, temos a contribuição dos gregos para o pensamento social. Platão com a
sua A república e Aristóteles com a Política foram os primeiros a sistematizar
reflexões sobre a vida social.
1. Opinião x ciência
A dóxa (opinião) é emitida a todo momento e por todas as pessoas, sem que haja
uma argumentação sólida para comprová-las. De onde vem essa capacidade de
emitir opiniões? Vem da enorme quantidade de informação que possuímos,
chamada de senso comum.
Podemos dizer, então, que toda e qualquer observação pressupõe uma teoria,
mesmo que esta seja de senso comum. Todo fato pressupõe uma teoria, seja ela
científica ou não. Os fatos só existem enquanto tal para as teorias. Os fatos que
hoje são básicos certamente não o foram no passado. Isto significa que, em algum
momento da história, eles foram gerados e sustentados por uma teoria.
3. Em direção à ciência
Em uma passagem de Mênon de Platão, ficou claro que para Sócrates a ciência é
um conhecimento "amarrado" e possui um encadeamento racional. Pode-se afirmar,
que a ciência se apresenta como conjuntos de proposições (teorias) coerentes, isto
é, onde não há nenhum tipo de contradição interna. São proposições amarradas no
encadeamento racional, e em segundo lugar, as teorias são, tanto quanto possível,
despidas de subjetividade e valorações.
Devemos discutir também o aspecto observacional das teorias. Foi comentado que
as teorias não derivam da observação e questionamos a própria ideia de observar,
concluindo que a observação é precedida por algum tipo de teoria. No fundo, esta
afirmação questiona um dos pilares da ciência moderna, que é o papel da
expectativa na construção das teorias. Popper tem acentuado que as teorias
científicas são conjecturas e não derivam da experiência.
Isto deriva do fato de que as teorias - quaisquer que sejam - são compostas por
certos tipos de proposições que não se referem diretamente à observáveis: são os
conceitos teóricos. Os conceitos teóricos - que na maioria das vezes têm grande
poder explicativo - constituem o cerne das teorias e as próprias conjecturas.