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Escola Estadual São José

PROJETO SOCIOEDUCATIVO
AMBIENTAL - 2016
Justificativa
Atualmente, vivemos num ambiente onde a natureza é profundamente
agredida. Toneladas de matérias-primas, provenientes dos mais diferentes
lugares do planeta, são industrializadas e consumidas gerando rejeitos e
resíduos, que são comumente chamados lixo. Seria isto lixo mesmo? Em uma
concepção moderna, o lixo se caracteriza por uma massa heterogênea de
resíduos sólidos, resultante das atividades humanas, os quais podem ser
reciclados e parcialmente utilizados, gerando, entre outros benefícios, proteção
à saúde pública e economia de energia e recursos naturais.

Mais de 50% do que chamamos lixo e que formará os chamados "lixões" é


composto de materiais que podem ser reutilizados ou reciclados. O lixo é caro,
gasta energia, leva tempo para decompor e demanda muito espaço. Mas o lixo
só permanecerá um problema se não dermos a ele um tratamento adequado.
Por mais complexa e sofisticada que seja uma sociedade, ela faz parte da
natureza. É preciso rever os valores que estão norteando o nosso modelo de
desenvolvimento e, antes de se falar em lixo, é preciso reciclar nosso modo de
viver, produzir, consumir e descartar. Qualquer iniciativa neste sentido deverá
absorver, praticar e divulgar os conceitos complementares de REDUÇÃO,
REUTILIZAÇÃO e RECICLAGEM. 

Reduzir: Podemos reduzir significativamente a quantidade de lixo quando se


consome menos de maneira mais eficiente, sempre racionalizando o uso de
materiais e de produtos no nosso dia a dia.

 Reutilizar: O desperdício é uma forma irracional de utilizar os recursos e


diversos produtos podem ser reutilizados antes de serem descartados,
podendo ser usados na função original ou criando novas formas de utilização. 

Reciclar: é o termo usado quando é re-feito, por indústrias especializadas, o


produto de origem industrial, artesanal e agrícola, que foi usado e descartado
ao fim de seu ciclo de produção e utilização.

Coleta Seletiva de Lixo é um é um processo educacional, social e ambientalista


que se baseia no recolhimento de materiais potencialmente recicláveis (papéis,
plásticos, vidros, metais) previamente separados na origem. Esses materiais,
após seu beneficiamento-enfardamento e acúmulo para comercialização, são
vendidos às industrias recicladoras, que os transformam em novos materiais. A
reciclagem é parte do processo de reaproveitamento do lixo, protegendo o
meio ambiente e a saúde da população. Para que haja uma otimização da
reciclagem, é necessário trabalhar a comunidade com os princípios da Coleta
Seletiva de Lixo. O sistema deve ser implantado em bairros, escolas,
escritórios, postos de combustíveis, centros comerciais e outros locais que
facilitem a coleta de materiais recicláveis. Um programa de Coleta Seletiva de
Lixo é parte de um sistema amplo de gestão integrada dos resíduos sólidos
que contemple também a coleta regular e disposição final adequada dos
resíduos inaptos para reciclagem (materiais tóxicos). A Coleta Seletiva de Lixo
não é uma atividade lucrativa do ponto de vista de retorno financeiro imediato.
No entanto, é fundamental considerar os ganhos ambientais e sociais, que são
bastante expressivos. A Coleta Seletiva de Lixo é parte integrante e
fundamental de um projeto de reciclagem e, quando bem gerenciada,
contribuirá decisivamente para aumentar a eficácia na reciclagem.

DINÂMICA DO PROJETO

O ideal é que a comunidade escolar seja envolvida nas decisões relativas ao


projeto, constituindo um esforço coletivo para o sucesso da ação. Para garantir
participação e representatividade, é importante que seja formada uma
comissão interna, com um ou mais representantes de cada segmento da
comunidade escolar: coordenação, professores, funcionários da limpeza,
outros funcionários, alunos. No caso dos alunos, é importante que estejam
representados os vários períodos e séries. Os mais novos vão sendo
preparados para gerenciar o projeto assim que os mais velhos forem saindo da
escola. A cada ano é importante refazer a comissão, incluindo alunos dos anos
iniciais, de maneira a manter a representatividade de todos os ciclos. Para
formar a comissão interna, é preciso encontrar as pessoas que já estejam
sensibilizadas para as questões ambientais. O convite para participar da
comissão pode ser um dos pontos fortes para engajar as pessoas na ação, por
isso é importante dar atenção a forma como será executado. Se for uma
convocação poderá criar resistência ao trabalho por parte dos “escolhidos”,
reduzindo o entusiasmo, que é o componente mais importante para o sucesso
do projeto.

1º - Forma-se uma comissão (alunos e professores).

2º - Uma das etapas mais importantes para a implantação da coleta seletiva


depois da formação da comissão de trabalho, é conhecer o resíduo produzido
pela escola.

Sugere-se que sejam verificados os tipos e quantidades de resíduos


gerados em cada local da escola. Essa é a base para planejar a adequação
das lixeiras, a coleta interna e o armazenamento do resíduo até que seja
colocado para a retirada. Além disso, a partir do levantamento sobre as
características dos resíduos, é possível planejar atividades educativas, com as
informações sobre quais e quantos materiais são jogados fora e
desperdiçados. O meio mais fácil para conhecer o resíduo da escola é
conversar com o pessoal da limpeza, pois eles têm considerações importantes
para o planejamento da coleta seletiva. Eles poderão informar quantos sacos
de lixo são gerados diariamente, onde ficam armazenados até serem coletados
pelo caminhão, quais são os materiais mais produzidos em cada um dos
ambientes da escola. É bom que a comissão faça um reconhecimento do
resíduo armazenado e tire fotos, para documentar o volume destes gerados
antes da implantação da coleta seletiva e para o monitoramento da ação. Caso
seja possível, pode-se pesar os sacos de lixo gerados pela escola em um dia
(dica: com o auxílio de uma balança de banheiro). Depois é possível estimar
com os alunos quanto lixo é gerado em uma semana, um mês, um ano. Esse
passo é complementado pelo próximo.

3º - Definir quais são as lixeiras necessárias e onde colocá-las.

O objetivo principal é saber em quais ambientes da escola os materiais


recicláveis são gerados, para colocar as lixeiras nos locais certos. Para isso,
pode ser feita uma pesquisa na escola para descobrir essas informações,
envolvendo os membros da comissão interna. A equipe pode andar por todas
as salas e áreas da escola (nenhum ambiente pode ser esquecido!) verificando
que tipos de resíduos existem nas lixeiras. Tudo deve ser anotado! As
informações devem ser anotadas em planilhas, com o ambiente, o tipo de
material gerado e a quantidade aproximada. É importante fotografar alguns
aspectos interessantes que forem descobertos durante a pesquisa.
4º - Conseguir as lixeiras

Comprar as lixeiras necessárias é uma possibilidade, mas não é a única. Pode-


se transformar os mais diversos recipientes em lixeiras. Caixas grandes de
papelão servem como coletores internos, se forem encapadas ou pintadas,
para identificação. Também pode-se identificar as próprias lixeiras que já estão
disponíveis na escola. As lixeiras para recicláveis não precisam ser diferentes
das outras, precisam apenas de identificação adequada. A “produção” e/ou
identificação de lixeiras para as classes pode ser trabalhada com os alunos e
aproveitada da melhor maneira possível, envolvendo-os no projeto de coleta
seletiva.

4º - Planejar ações de educação ambiental.

Sensibilizar e informar a comunidade escolar para que participe da coleta


seletiva é a parte mais importante do processo. De nada vai adiantar todo o
trabalho previsto nos passos anteriores se as pessoas não tiverem informações
sobre o funcionamento da coleta seletiva na escola e não separarem os
recicláveis. Instalar lixeiras diferentes não basta! As pessoas precisam ser
sensibilizadas, motivadas e informadas para que participem da coleta seletiva!
Um passo importante é listar todos os grupos de pessoas que fazem parte da
escola. Dessa maneira poderão ser planejadas ações de educação ambiental
que consigam alcançar cada um desses grupos. Vários tipos de ações de
educação ambiental podem ser empregados.

5º - Marcar o início da coleta seletiva interna na escola.

Os passos anteriores exigem muito trabalho e dedicação, por isso vale a pena
planejar uma atividade especial para marcar o início da coleta seletiva na
escola. Esse dia destaca a instalação e reorganização das lixeiras e o início da
coleta seletiva efetivamente.

Será desenvolvida uma gincana interna para recolher o lixo.

Esse momento pode ser aproveitado também como uma grande ação de
comunicação, com o objetivo de aumentar a participação da comunidade
escolar. No senso comum, implantar coleta seletiva é sinônimo de sair
espalhando lixeiras coloridas, mas, para que a coleta seletiva funcione
efetivamente, não é bem assim. É necessário muito planejamento e vários
passos anteriores à instalação das lixeiras.

6º - Fazer o monitoramento da coleta seletiva.

Pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes são resíduos especiais, pois contêm


substâncias prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana. Por isso não
devem ser destinados à coleta regular ou à coleta seletiva. Não vai para a
coleta seletiva Papel vegetal, papel celofane, papel carbono, papel higiênico
usado, papel toalha usado, guardanapo de papel usado, papéis sujos ou
engordurados, fotografias, fitas adesivas, etiquetas adesivas, papéis
plastificados Embalagens de plástico metalizadas (salgadinhos, bolachas,
barrinha de cereal) Espelhos, vidros de janelas, vidros de automóveis,
lâmpadas, tubos de televisão, ampolas de medicamentos, cristal, vidros
temperados Madeira, isopor, retalhos de tecidos, esponja de louça, bituca de
cigarro, pilha, bateria Para descartá-los, procure pontos de entrega específicos
(em supermercados, bancos, farmácias, casas de materiais de construção),
que encaminham esses resíduos para tratamento.

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