A Assembleia dos Estados Gerais de 1789 ocorreu em Versalhes em 5 de maio. O Terceiro Estado, composto principalmente por burgueses e camponeses, era o mais oprimido e explorado pelos privilégios do Clero e da Nobreza. Em junho, o Terceiro Estado declarou-se a Assembleia Nacional da França e jurou não se separar até que uma constituição fosse estabelecida.
A Assembleia dos Estados Gerais de 1789 ocorreu em Versalhes em 5 de maio. O Terceiro Estado, composto principalmente por burgueses e camponeses, era o mais oprimido e explorado pelos privilégios do Clero e da Nobreza. Em junho, o Terceiro Estado declarou-se a Assembleia Nacional da França e jurou não se separar até que uma constituição fosse estabelecida.
A Assembleia dos Estados Gerais de 1789 ocorreu em Versalhes em 5 de maio. O Terceiro Estado, composto principalmente por burgueses e camponeses, era o mais oprimido e explorado pelos privilégios do Clero e da Nobreza. Em junho, o Terceiro Estado declarou-se a Assembleia Nacional da França e jurou não se separar até que uma constituição fosse estabelecida.
A sociedade francesa da segunda metade do século XVIII possuía dois
grupos muito privilegiados: o Clero ou Primeiro Estado, composto pelo Alto Clero, que representava 0,5% da população francesa, era identificado com a nobreza e negava reformas, e pelo Baixo Clero, identificado com o povo, e que as reclamava; a Nobreza, ou Segundo Estado, composta por uma camada palaciana ou cortesã, que sobrevivia à custa do Estado, por uma camada provincial, que se mantinha com as rendas dos feudos, e uma camada chamada Nobreza Togada, em que alguns juízes e altos funcionários burgueses adquiriram os seus títulos e cargos, transmissíveis aos herdeiros. Aproximava-se de 1,5% dos habitantes. Esses dois grupos (ou Estados) oprimiam e exploravam o Terceiro Estado, constituído por burgueses, camponeses sem terra e os "sans-culottes", uma camada heterogênea composta por artesãos, aprendizes e proletários, que tinham este nome graças às calças simples que usavam, diferentes dos tecidos caros utilizados pelos nobres. Os impostos e contribuições para o Estado, o clero e a nobreza incidiam sobre o Terceiro Estado, uma vez que os dois últimos não só tinham isenção tributária como ainda usufruíam do tesouro real por meio de pensões e cargos públicos.[31]
O encontro da Assembleia dos Estados Gerais em 5 de maio de 1789 em Versalhes.
A França ainda tinha grandes características feudais: 80% de sua economia era agrícola. Quando uma grande escassez de alimentos ocorreu devido a uma onda de frio na região, a população foi obrigada a mudar-se para as cidades e lá, nas fábricas, era constantemente explorada e a cada ano tornava-se mais miserável. Vivia à base de pão preto e em casas de péssimas condições, sem saneamento básico e vulneráveis a muitas doenças. A reavaliação das bases jurídicas do Antigo Regime foi montada à luz do pensamento Iluminista, representado por Voltaire, Diderot, Montesquieu, John Locke, Immanuel Kant, etc. Eles forneceram pensamentos para criticar as estruturas políticas e sociais absolutistas e sugeriram a ideia de uma maneira de conduzir liberal burguesa. A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luís XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14 de Julho de 1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.[31] Em fevereiro de 1787, o ministro das finanças, Loménie de Brienne, submeteu a uma Assembleia de Notáveis, escolhidos de entre a nobreza, clero, burguesia e burocracia, um projeto que incluía o lançamento de um novo imposto sobre a propriedade da nobreza e do clero. Esta Assembleia não aprovou o novo imposto, pedindo que o rei Luís XVI convocasse os Estados-Gerais. Em 8 de agosto, o rei concordou, convocando os Estados Gerais para maio de 1789. Fazendo parte dos trabalhos preparatórios da reunião dos Estados Gerais, começaram a ser escritos os tradicionais cahiers de doléances, onde se registraram as queixas das três ordens. O Parlamento de Paris proclama então que os Estados Gerais deveriam se reunir de acordo com as regras observadas na sua última reunião, em 1614. Aproveitando a lembrança, o Clube dos Trinta começa imediatamente a lançar panfletos defendendo o voto individual inorgânico — "um homem, um voto" — e a duplicação dos representantes do Terceiro Estado. Várias reuniões de Assembleias provinciais, como em Grenoble, já o haviam feito. Jacques Necker, de novo ministro das finanças, manifesta a sua concordância com a duplicação dos representantes do Terceiro Estado, deixando para as reuniões dos Estados a decisão quanto ao modo de votação — orgânico (pelas ordens) ou inorgânico (por cabeça). Serão eleitos 291 deputados para a reunião do Primeiro Estado (Clero), 270 para a do Segundo Estado (Nobreza), e 578 deputados para a reunião do Terceiro Estado (burguesia e pequenos proprietários). Entretanto, multiplicam-se os panfletos, surgindo nobres como o conde d'Antraigues, e clérigos como o bispo Sieyès, a defender que o Terceiro estado era todo o Estado. Escrevia o bispo Sieyès, em janeiro de 1779: “O que é o terceiro estado? Tudo. O que é que tem sido até agora na ordem política? Nada. O que é que pede? Tornar- se alguma coisa”.[32] Assembleia Nacional (1789)
Juramento do Jogo da Péla.
A classe média foi a única que abriu as chamas da revolução. Eles estabeleceram a Assembleia Nacional e tentaram pressionar a aristocracia a espalhar seu dinheiro uniformemente entre as classes superior, média e baixa. Em 10 de junho de 1789, Emmanuel Joseph Sieyès disse que o Terceiro Estado, agora reunido como comunas, deveria verificar seus próprios poderes e convidar os outros dois estados a participar, mas não esperar por eles. Eles passaram a fazê-lo dois dias depois, completando o processo em 17 de junho.[33] Então eles votaram uma medida muito mais radical, declarando-se a Assembleia Nacional, uma assembleia não dos Estados, mas "do povo". Eles convidaram as outras ordens para se juntarem a eles, mas deixaram claro que pretendiam conduzir os assuntos da nação com ou sem elas.[34] Na tentativa de manter o controle do processo e evitar a convocação da Assembleia, Luís XVI ordenou o encerramento da Salle des États, onde a Assembleia se reunia, ao alegar que os carpinteiros precisavam preparar o salão para um discurso real em dois dias. O tempo não permitiu uma reunião ao ar livre e temendo um ataque ordenado por Luís XVI, eles se encontraram em um campo de tênis ao lado de Versalhes, onde eles juravam o Juramento do Jogo da Péla (20 de junho de 1789) sob o qual eles concordaram em não se separar até que a França tivesse uma constituição. A maioria dos representantes do clero logo se juntou a eles, assim como 47 membros da nobreza. Até 27 de junho, a festa real havia entrado abertamente, embora os militares começassem a chegar em grande número em torno de Paris e Versalhes. Mensagens de apoio à Assembleia vieram de Paris e de outras cidades francesas.[35]