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Força forte – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.

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Força forte
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Na física, força forte é a interação entre quarks e glúons descrita pela cromodinâmica quântica.
Antigamente, era entendida como a força nuclear, que ocorria entre prótons e nêutrons, até então
considerados indivisíveis. Sempre foi classificada como uma interação fundamental da natureza.

A força nuclear forte é uma das quatro forças fundamentais da natureza. É também a mais forte, embora
tenha um curtíssimo raio de ação de aproximadamente 10-14 metros[1] (ou 0,0001 Å ; 1 angstrom= 10-10
metros). O trabalho pioneiro sobre as forças fortes foi realizado pelo físico japonês Yukawa[2] em 1935, mas
até meados da década de 1970 não havia uma teoria capaz de explicar os fenômenos nucleares. Foi então
que surgiu a cromodinâmica quântica, a teoria que explica os fenômenos que ocorrem no interior do
núcleo atômico. As outras forças fundamentais são força nuclear fraca, força eletromagnética e a força
gravitacional.

Índice
História
Detalhes
Comportamento da força forte
Referências
Ver também

História
Antes da década de 1970, os físicos estavam incertos acerca do mecanismo de ligação do núcleo atômico.
Era claro que ele era formado por prótons e nêutrons, e que o próton tinha carga elétrica e o nêutron era
eletricamente neutro. Pela compreensão física da época, os prótons deveriam se repelir e fazer o átomo
decair rapidamente, mas isso não acontecia, era necessária uma nova teoria da física.

A Força Forte foi postulada[2] para explicar como o núcleo atômico continua unido apesar da mútua
repulsão eletromagnética dos prótons. Essa era a hipótese da Força Forte, uma força fundamental que
atuava nos nucléons (os prótons e nêutrons). Experimentos mostram que isso força os núcleons a ficarem
juntos mesmo com a repulsão eletromagnética dos prótons (a Força Forte é cem vezes mais forte que a
eletromagnética).

Então foi descoberto que os prótons e nêutrons não eram as partículas fundamentais, e que eram formados
de quarks, e que a atração entre nucléons era efeito colateral do que ocorria dentro deles, fazendo os
quarks ficarem unidos. A teoria da cromodinâmica quântica, e que os quarks transportavam o que era
chamado carga de cor, embora não tenha nenhuma relação com a luz visível, quarks com cor diferentes se
atraem como resultado da forte interação que é mediada por partículas chamadas de glúons.

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Detalhes
Calcula-se que, dentro do núcleo, a proporção entre as forças nucleares, elétricas e gravitacionais seja de 1:
10-3 :10-39, respectivamente.[1]

Comportamento da força forte

A forte força contemporânea é descrita pela cromodinâmica quântica


(sigla QCD, em inglês), sendo parte do modelo padrão da física de
partículas. Matematicamente, a QCD é uma teoria de calibre não
abeliana, com base em um calibre (local) de grupo de simetria
chamado SU (3).

Os quarks e glúons são as únicas partículas que não têm o


desaparecimento da carga e cor, podendo então participarem da forte
interação, sendo que esta atua diretamente nestes. A interação de quarks de um
nêutron deve-se à força
A força forte, ao contrário das outras forças fundamentais da natureza forte.
(eletromagnética, fraca e gravidade) não fica menos poderosa com a
distância de seu alcance (que é do tamanho de um hádron), a sua força
de atuação é de cerca de 10 000 N, em QCD isto é chamado confinamento da cor, mas implica que somente
hádrons e não quarks individuais podem ser observados. A explicação é que a quantidade de trabalho
realizado contra uma força de 10 000 newtons (sobre o peso de uma tonelada métrica de massa sobre a
superfície da Terra) é o suficiente para criar novas partículas pelo choque entre elas. Em termos simples a
própria energia aplicada para puxar dois quarks separados irá gerar um novo par de quarks. O fracasso em
observar quarks livres é uma evidência desse fenômeno.

Referências
1. Feltre, Ricardo (1995). Química Vol. 2 - Físico Química. São Paulo - SP: Moderna
Ltda.
2. Enge, Harald (1975). Introduction to Nuclear Physics. London, UK: Addison-Wesley

Ver também
Hádron
Bárion
Interacção fraca
Interacção eletromagnética

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