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SÃO PAULO.
Glênia Kelly Chaves Fernandes1
Nilana Sampaio Garcia2
Wenderson Asevedo Almeida3
Resumo
Este estudo teve como objetivo a análise do transporte coletivo urbano da cidade
de São Paulo. O presente artigo busca reunir conteúdo acerca do sistema de
transporte atuante na metrópole brasileira e correlacionar com o conteúdo
estudado na disciplina de sistemas de transporte do curso de engenharia civil da
Universidade Federal do Maranhão. Utilizou-se a metodologia de uma revisão
bibliográfica acerca do uso de transporte coletivo e mobilidade urbana no estado
de São Paulo bem como o impacto da infraestrutura gerada por estes na
acessibilidade de destinos e de transportes.
1. INTRODUÇÃO
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Discente em Engenharia Civil na Universidade Federal do Maranhão.
2
Discente em Engenharia Civil na Universidade Federal do Maranhão.
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Discente em Engenharia Civil na Universidade Federal do Maranhão.
dessas medidas.
Conforme Resende e Sousa (2009) em uma pesquisa quantitativa-
qualitativa realizada através de entrevistas nos corredores de tráfego em São
Paulo pode-se observar os principais corredores por onde há maior
congestionamento durante os horários de pico que variam pela manhã de 7 as
9h e pela tarde das 17 às 19h.
Nesse trabalho discorreremos sobre transportes públicos, mobilidade e
acessibilidade, suas limitações no estado de São Paulo e possíveis formas de
enfretamento.
2. MOBILIDADE URBANA
Segundo o portal Significados, mobilidade urbana é a condição criada
para as pessoas poderem se locomover entre as diferentes zonas de uma
cidade. Entendendo mobilidade nesse contexto percebem-se as implicações
diárias na vida do cidadão.
Segundo SCARINGELLA em seu artigo A crise da Mobilidade Urbana em
São Paulo, nessa cidade esta localizada “25% da frota nacional, o que hoje
representa perto de cinco milhões de veículos. Praticamente temos um carro
para cada dois habitantes. A pesquisa Origem-Destino, realizada a cada dez
anos desde 1967, abrangendo a área mais fortemente urbanizada da Região
Metropolitana de São Paulo ¾ que registra perto de seis milhões de veículos ¾,
identificou em sua última versão 30 milhões de deslocamentos diários, sendo 10
milhões em transporte coletivo, 10 milhões em transporte individual e os
restantes 10 milhões a pé.”
Ainda neste artigo o autor levanta a questão de um possível colapso da
mobilidade em São Paulo o que a seu ver é infundada, pois haveria a
necessidade de muitos parâmetros concomitantes para um completo
desequilíbrio do transporte urbano, porém há sim um crescimento recorrente da
deterioração do trânsito o que compromete por completo a mobilidade urbana.
Num período de cinco anos (entre 1992 e 1997), a média de quilômetros
de congestionamento medidos pela CET no sistema viário principal da cidade
passou de 40 km, na hora de pico da tarde, para 120 km. Hoje há
congestionamentos significativos em corredores da mais longínqua periferia e
em todos os quadrantes. O grau de "viscosidade" urbana aumenta, e a crise de
mobilidade se agrava. Os deslocamentos ficam mais lentos, e as áreas
congestionadas crescem. (SCARINGELLA, 2001)
Outras questões apontadas por Scaringella que minam a mobilidade em
São Paulo estão relacionadas a questões sociais, nas palavras do autor há uma
São Paulo oficial e uma clandestina fazendo menção às inúmeras invasões,
favelas de alvenaria e ocupações irregulares que estão à margem da lei e que
geram mobilidade clandestina sem planejamento e sem controle outra questão
apontada diz respeito à infraestrutura.
“São Paulo tem 14 mil km de vias, sendo 11,7 mil pavimentados e 2,3 mil
de vias de terra. O sistema viário principal, onde a maior parte dos
deslocamentos ocorrem, pode ser considerado com 2,5 mil km de extensão.
Uma reflexão, ainda que breve e superficial, já mostra, comparando-se alguns
parâmetros, que a solução ou mesmo a melhor abordagem da questão da
mobilidade urbana não está em atitudes tópicas, empreendimentos pontuais ou
ações episódicas. É preciso sair da escala do semáforo, do viaduto, do talão de
multa ou da placa de sinalização. A extensão e a gravidade do problema do
trânsito paulistano requerem uma abordagem sistêmica, uma intervenção
profunda com visão de longo prazo. É um desafio tecnológico, político e
administrativo que exige um tratamento mais holístico e menos setorizado e um
amplo debate com todos os segmentos representativos.” (SCARINGELLA, 2001)
3. ACESSIBILIDADE
Fonte: Detran – SP
O gráfico ilustra um aumento expressivo no número de veículos circulando
no estado de São Paulo, que consequentemente compromete o objetivo do
sistema que é de promover o transporte de pessoas e cargas com conforto e
segurança. Segundo dados da CET – Companhia de Engenharia de tráfego a
cidade de São Paulo já registrou em 2016 recorde de engarrafamento, chegando
a 317 km. Tais dados só alarmam e geram cada vez mais discussões sobre a
situação da mobilidade urbana objetivando traçar metas e tomar medidas de
forma a ser possível superar essa crise e seus impactos na sociedade.
A mobilidade pode ser definida como fluidez do movimento, e é fator
imprescindível para que o trânsito realize sua função social. É definida por
Tagore & Skidar (1995) como "a capacidade dos indivíduos se moverem de um
lugar para outro". Está relacionada ao modo como os indivíduos realizam o seu
translado. Associado a esse conceito temos outro de relevante importância que
é a acessibilidade urbana. Vale lembrar que não está associado somente as
pessoas portadoras de necessidades especiais ou com mobilidade reduzida. A
acessibilidade está ligada a condição da infraestrutura como vias, calçadas,
pontos de ônibus, assim como disponibilidade de transporte coletivo, segurança
e etc.
Santoro e Vaz (2005) Pensar a mobilidade urbana é, portanto, pensar
sobre como organizar os usos e a ocupação da cidade e a melhor forma de
garantir o acesso das pessoas e bens ao que a cidade oferece, e não apenas
pensar os meios de transporte e trânsito.
Para que o trânsito possa realizar sua função eminentemente social, faz-
se necessário o atendimento às demandas dos seus participantes. Dentre essas
demandas, está a garantia à mobilidade. Esse conceito pode ser interpretado
como "a capacidade dos indivíduos se moverem de um lugar para outro" (Tagore
& Skidar, 1995, citados por Cardoso, 2008, p.42). A mobilidade está relacionada
com os deslocamentos diários (viagens) de determinada população no espaço
urbano – ainda que não apenas sua efetiva ocorrência, mas também a
possibilidade ou facilidade de ocorrência dessas viagens (Cardoso, 2008).
Compreende a facilidade de deslocamento das pessoas e bens na cidade, tendo
em vista a complexidade das atividades econômicas e sociais nela envolvidas
(Gomide, 2006). Na visão tradicional, ela é tida simplesmente como a habilidade
de movimentar-se, em decorrência de condições físicas e econômicas. Nesse
sentido, as pessoas pobres, idosas ou com limitações físicas estariam nas faixas
inferiores de mobilidade em relação às pessoas de renda mais alta ou sem
problemas físicos de deslocamento (Vasconcelos, 2001). A mobilidade é um
componente da qualidade de vida aspirada pelos habitantes de uma cidade. Não
há como considerar determinada região habitacional como de alto nível se a
mobilidade não estiver presente (Cardoso, 2008).
Para Neto (2004) o transporte é considerado função vital para melhoria da
mobilidade e acessibilidade dos cidadãos, assim como importantíssimo para o
funcionamento do setor privado e das funções públicas.
5. CONCLUSÃO