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A Ê  é a ciencia que visa aproveitar as potencialidades dos animais

domésticos e domesticáveis, com a finalidade de explorá-los racionalmente como fonte


alimentar e outras finalidades junto aos seres humanos, ciência aplicada que trata da
adaptação dos animais com potencialidades de domesticação ao ambiente criatório e,
desta forma, aproveitá-los com a finalidade nutricional e econômica. Como ciência
deriva diretamente da biologia como uma zoologia aplicada, pois ao conhecimento
biológico do animal soma-se os princípios da economia e da produção de alimentos,
visando suprir o mercado com produtos adequados a alimentação humana. Pode-se
definir zootecnia como produção animal     e o seu principal objetivo é
"produzir o máximo, no menor tempo possível, sempre visando lucro, tendo em conta o
bem estar animal". O Zootecnista é o profissional habilitado para atuar na produção
animal; as principais áreas de atuação são: Nutrição e Alimentação, Forragens, Genética
e Melhoramento, Reprodução, Manejo, Instalações, Higiene, Tecnologia de Produtos e
Derivados de Origem Animal e Administração Rural.

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O  pode atuar em qualquer atividade de Produção Animal, desde a


concepção do projeto, até ao desenvolvimento de dietas e supervisão de vacinas;
fábricas de Ração ou dispensão do mesmo; frigoríficos; centrais de Inseminação;
empresas privadas com foco na produção animal; representação e venda de produtos
relacionados com a produção animal; laboratórios de análise de alimentos destinados a
animais; laboratórios de Genética Zootécnica; Produção, Implantação e Manejo de
Pastagens; Melhoramentos Genético dos Rebanhos e Pastagens; Planejamento e
Execução de projetos de Instalações para Produção Animal; Prevenção de
Enfermidades; Manejo e Criação de Animais Silvestres; Pesquisa nas áreas de Produção
Animal; Ensino de Zootecnia e Administração de Propriedades Rurais e Industrias do
gênero.

A Zootecnia congrega o conjunto de atividades e habilidades destinadas a


desenvolver, promover, preservar e controlar a produção e a produtividade dos animais
aliada à conservação dos recursos naturais. Colabora na manutenção dos processos
ecológicos e ambientais, garantindo a integridade dos ecossistemas e a conservação das
espécies que compõem a nossa biodiversidade e na sustentabilidade do meio ambiente.
É uma área do conhecimento que reúne um largo espectro de campos dos saberes, onde
estão compreendidos o planejamento, a economia, a administração, assim como, o
melhoramento genético, a ecologia, a sustentabilidade, a ambiência, a biotecnologia, a
reprodução, a saúde, o bem-estar e o manejo. Também engloba a nutrição, alimentação,
formação e produção de pastos e forragens, sistemas de produção animal e
industrialização propiciando de forma integral, em sua área de atuação, a qualidade de
vida da sociedade.

 

A primeira referência ao termo aparece em 1843 no r 


   de
Adrien Étienne Pierre, o Conde de Gasparin, que o fez derivar dos radicais gregos ȗȦȠȞ,
 (animal) e IJȑȤȞȘ,  (tratado sobre uma arte). O Conde foi o primeiro a
reconhecer na arte de criar animais um objeto próprio da ciência e independente da
agricultura, criando para ela uma cátedra desde a fundação do Instituto Agronômico de
Versalhes em 1848. Já em 1849 o naturalista (biólogo) Emile Baudement ocupou a nova
cátedra e começou a formular o corpo de doutrinas com base científica e a ensinar a
Zootecnia.

No Brasil a zootecnia foi ensinada como disciplina especial nos cursos de


agronomia até 1966 quando foi criado, na PUC de Uruguaiana, RS, o primeiro curso de
graduação em Zootecnia. A profissão foi regulamentada em 4 de Dezembro de 1968
pela lei federal nº 5.550. Quem se forma no curso de zootecnia recebe o título
acadêmico-profissional de zootecnista. Segundo esta lei, podem exercer a Zootecnia, o
graduado em Zootecnia, Medicina Veterinária e Agronomia, "sendo estes 2 últimos
apenas conhecedores dos processos de uma criação real de animais não oferecendo, de
fato, o arcabouço de conhecimentos aplicados na área propriamente dita de zootecnia",
conforme transcrito a seguir:

"Art. 2º Só é permitido o exercício da profissão de Zootecnista:

a) ao portador de diploma expedido por escola de Zootecnia oficial ou


reconhecida e registrado na Diretoria do Ensino Superior do Ministério da Educação e
Cultura;

b) ao profissional diplomado no estrangeiro, que haja revalidado e registrado o


seu diploma no Brasil, na forma da legislação em vigor;

Desta forma, o Zootecnista é o único profissional, de fato, apto a gerenciar todas as


etapas relacionadas a produção animal, devido a sua especificidade acadêmica
conquistada durante a gradução nas universidades e faculdades onde o profissional
zootecnista se forma.

°  ° 


Como toda ciência complexa, a Zootecnia exige de seu aluno e de seu


profissional um paradigma entre conhecimento específico da área a ser trabalhada X
conhecimento macro da realidade sócio-econômica em que a área está inserida. Este
paradigma é principalmente notado quando a área da produção animal é base de
sobrevivência e desenvolvimento de comunidades rurais interioranas, ou mesmo esta
realidade expandida para dimensões municipais, estaduais e mesmo federais. Somente
com o equilíbrio deste paradigma é que o profissional zootecnista pode obter sucesso
em suas decisões e contribuir com um 0  positivo as necessidades exigidas por
estas populações.

Na constante O O da realidade mundial, a produção de alimentos


também exige novas técnicas, de forma que esta produção não ocasione um impacto
negativo na sustentabilidade do grande ecossistema mundial. Esta realidade é notada
nos tempos atuais, onde os efeitos climáticos estão exigindo novas alternativas de
produção, em substituição ao modelo antigo de produção predatória do meio-ambiente.
Desta forma, o profissional Zootecnista é levado ao extremo de seus conhecimentos
para buscar respostas as interrogações da produção sustentável. Entretanto, a própria
realidade a que este profissional vive, muitas das vezes não contribui para a expressão
de sua importância no meio econômico rural, haja vista o fato das profissões como a
Agronômia e a Medicina Veterinária serem mais antigas e difundidas, aliado ao baixo
conhecimentos dos produtores rurais sobre a importância deste profissional em sua
prpriedade.

A própria lei federal nº 5.550, que regulamenta e estabelece o campo de trabalho


do zootecnista divide a competência profissional deste com os outros dois entes da
Ciência Agrária Brasileira, onde em sua alínea C, doa artigo 2º qualifica Agrônomos e
Veterinários, como aptos a exercer exercer a zootecnia, mesmo que os campos
relacionados a ela sejam ministrados com cargas horárias diminutas nas grades
curriculares destes profissionais, criando desta forma uma "ŒO   ". Com
o campo de trabalho dividido e a falta de conhecimento por parte dos proprietários
rurais, que desconhecem que o trabalho deste profissional é constante e não
"O " (como a atuação de um veterinário por exemplo), o zootecnista recém
formado muitas vezes se depara com uma realidade totalmente desfavorável a sua
inserção no mercado de trabalho, passando muitas das vezes a abandonar a própria
profissão que escolheu.

Este embate tem sido a motivação de diversos movimentos (profissionais,


sindicais e estundantis) para a criação dos Conselhos (Federal e Regionais) de
Zootecnia, além de várias tentativas para eliminar a alínea C do Artigo 2º da lei 5.550.
O principal entrave a estes é a força política que os conselhos como o CFMV (CRMV's)
e CFEA (CREA's), Veterinários e Agrônomos, possuem e usam estes para evitar a
maior independência do Zootecnista e da Zootecnia, frente a Veterinária e Agronomia.
E o principal foco está relacionado a proteção do Mercado de Trabalho.

  

A zootecnia tem dois grandes corpos de conhecimento, um fundamentador, a


Ê  , que reúne teorias e princípios aplicados a todos os animais domésticos
englobando disciplinas como nutrição,produção animal,melhoramento
genético,anatomia, fisiologia, genética, climatologia, higiene e profilaxia e etologia. O
outro grande corpo de conhecimento, a Ê 
 , estuda a criação de cada um
dos animais domésticos: bovinocultura, avicultura, suinocultura, ovinocultura,
equinocultura, caprinocultura, apicultura, aquicultura, sericicultura,cunicultura,
Carcinicultura, Minhocultura, Ranicultura, Malacocultura, Helicicultura,
Bubalinocultura, Ciprionicultura, Piscicultura, Tilapicultura, . além de estudar também
os animais silvestres, visando tanto a produção comercial como a conservação ou
preservação de espécies.

A Zootecnia é um ramo de conhecimento que surgiu na França em 1848, no


Instituto de Versalhes. A Zootecnia chegou no Brasil em 1951, o primeiro curso
universitário no país foi fundado em 1966, pela PUC (Pontifícia Universidade Católica)
em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.

O Zootecnista é responsável pelo estudo da reprodução , desenvolvimento


genético e acompanhamento da nutrição dos animais. São administradores rurais em
fazendas. Estudam maneiras de prevenir e combater doenças que venham comprometer
a saúde de animais usados em atividades como a pecuária.
Zootecnistas são profissionais responsáveis pelo estudo e controle da reprodução,
aprimoramento genético e nutrição de animais criados com fins comerciais, que visam a
aumentar a produção e melhorar a qualidade dos produtos de origem animal. Realizam
experiências com alimentação e pesquisam formas de garantir as condições de higiene e
de prevenir e combater doenças e parasitas, para melhorar a saúde dos rebanhos e a
qualidade dos produtos derivados. Trabalham também como administradores rurais e
planejadores de fazendas e instalações rurais.

Ovos sem colesterol e carne de porco light são exemplos do que pode fazer a
pesquisa genética em busca de alimentos mais saudáveis. O campo da ciência que se
preocupa com aspectos com esse da produção animal é a zootecnia. Muitas vezes
confundido com o veterinário, o zootecnista é, na verdade, o profissional voltado para o
desenvolvimento da produção.

O bacharel em zootecnia tem como principal função zelar pela criação de animais
para abate, como bovinos, suínos, avestruzes e frangos, aplicando técnicas de criação,
de aprimoramento e de melhoramentos genéticos, e manejo das raças para o consumo
humano. Administra e planeja e economia rural de modo a organizar a criação de
animais numa propriedade rural, com o objetivo de aumentar a produtividade,
melhorando a qualidade e garantindo a sanidade dos rebanhos. Orienta o consumidor na
compra e utilização de produtos, medicamentos e rações para rebanhos, em lojas
especializadas. Formula e desenvolve suplementos alimentares, em indústrias de ração e
vitaminas. Supervisiona a aplicação de vacinas e remédios.

Essencialmente ligada aos sistemas de produção, a Zootecnia está presente em


todas as etapas que envolvem a criação de rebanhos para utilização na indústria
alimentícia. Freqüentemente, a atividade do zootecnista é confundida com a do
veterinário e mesmo com a do agrônomo, pois as três áreas disputam a mesma faixa de
mercado. A diferença está no foco de cada profissional. O zootecnista é responsável por
técnicas de aprimoramento genético, enquanto o veterinário se concentra mais na saúde
dos animais. Já o agrônomo é um especialista no estudo dos rebanhos e na interação
com o meio em que vivem. Na prática, essas atividades caminham juntas e se
completam. Daí ser comum trabalhos em equipes que integrem os três profissionais.

Na raiz do trabalho do zootecnista está a busca pela eficiência produtiva. Nenhum


outro profissional conhece tão bem técnicas de abate e de inseminação artificial quanto
o zootecnista. Ele também atua na prevenção de doenças, cuida da nutrição e fiscaliza as
condições sanitárias em que os animais são mantidos, até a fabricação de produtos de
origem animal na indústria. Também é ao zootecnista que se costuma confiar a difícil
tarefa de preservar espécies silvestres, selvagens ou nativas.

As oportunidades de trabalho estão em cooperativas de criadores, fazendas,


empresas de agropecuária, frigoríficos, órgãos de pesquisa e consultoria, universidades
e instituições de extensão rural. As indústrias de ração e os laboratórios de
medicamentos e vitaminas contratam o zootecnista, especialmente se ele tiver
conhecimentos em agribusiness e promoção de vendas. O crescimento do consumo do
leite longa vida e seus derivados, produzidos principalmente por empresas
multinacionais, aumenta as chances de trabalho. Crescem também as oportunidades na
área de piscicultura, graças à multiplicação de empresas do tipo ³pesque e pague´, que
precisam de especialistas em produção. Numa escala menor, zoológicos buscam
zootecnistas para cuidar do manejo e da nutrição dos animais e mesmo o turismo
ecológico já começa a mostrar interesse por esse profissional. Boa parte dos recém-
formados, filhos de agricultores, acaba trabalhando por conta própria, em empresas
familiares. Na área de suinocultura, que conta com as novas tecnologias para aumento
de produção e oferta de trabalho. Estão estagnadas as áreas de criação de rãs, cuja carne
é pouco consumida, e de bicho-da-seda, pela falta de cultura do consumo do produto no
país. A caprinocultura, ovinocultura e criação de animais silvestres tendem a crescer,
especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Apesar das frentes que se abrem em tantas áreas, a Zootecnia passa por momentos
difíceis. ³Não há políticas governamentais que incentivem a transferência de tecnologia
para o setor produtivo´, diz Humberto Tonhati, chefe do Departamento de Zootecnia da
Faculdade de Ciências Agrárias e Medicina Veterinária da Unesp, em Jaboticabal, São
Paulo. ³Com isso, os pequenos agricultores são os mais prejudicados´, avalia.

O crescimento da agropecuária é diretamente proporcional ao aquecimento da


economia. Basta ver o que acontece com a avicultura: o aumento do consumo de carne
de frango, de 8 quilos para 30 quilos per capita em um ano, provocou uma expansão no
setor. ³Se o país retomar o crescimento e oferecer empregos em todos os setores,
aumentará o número de consumidores de produtos de origem animal, hoje restritos a
apenas 30% da população´, diz Tonhati.

°  °   

De modo geral, as tarefas dos zootecnistas incluem:

‡ estudar processos e regimes de criação;

‡ avaliar geneticamente o rebanho;

‡ selecionar os animais para formação do rebanho matriz para reprodução;

‡ determinar o sistema e as técnicas a serem usados em cruzamentos;

‡ determinar o sistema e as técnicas a serem usados no pasto;

‡ pesquisar as necessidades nutricionais do rebanho e estabelecer a dieta adequada aos


animais;

‡ planejar e avaliar as instalações utilizadas para a criação de animais;

‡ verificar as condições de higiene e da alimentação dos animais;

‡ supervisionar a vacinação, a medicação e inseminação dos animais;

‡ determinar e acompanhar formas padronizadas de abate, preparação e armazenamento.



    


‡ organizar a produção animal da fazenda;

‡ planejar as instalações;

‡ estabelecer programas de qualidade;

‡ desenvolver novos métodos de exploração;

‡ acompanhar preços;

‡ comprar e vender animais.

  
°

° 


‡ fazer pesquisa genética em laboratório, para conseguir espécies de melhor qualidade,


mais resistentes e mais férteis;

‡ estudar sistemas de cruzamento;

‡ estudar o aperfeiçoamento dos métodos de abate;

‡ pesquisar novos produtos de origem animal para os quais existe demanda;

‡ estudar novos tipos de alimento e complementos alimentares para os animais;

‡ aperfeiçoar métodos de armazenagem;

‡ aperfeiçoar métodos de tratamento e despejo de resíduos, para preservação do meio


ambiente.

O zootecnista exerce ainda a supervisão técnica das exposições oficiais de animais.

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Órgãos públicos, cooperativas, aviários, associações de criadores, estações


experimentais, instituições de pesquisas técnicas, indústrias de rações, estabelecimentos
comerciais e de ensino, frigoríficos.
  

Zootecnistas podem trabalhar em fazendas, granjas, fábricas de ração, empresas de


laticínios, laboratórios, órgãos governamentais, instituições de pesquisa e escolas. Como
qualquer atividade que envolva animais, o trabalho implica algum risco físico.
Mordidas, chifradas, coices e bicadas não são incomuns na profissão. Com freqüência é
preciso o uso de força para mover ou controlar animais. As tarefas do zootecnista
podem ser desenvolvidas tanto em ambientes fechados e confortáveis ² laboratórios,
salas de estudo e administração ² quanto ao ar livre, sujeito a sol e chuva, ou nas
instalações dos animais, desconfortáveis e com odores fortes. A jornada de trabalho
depende do setor em que trabalha: nas indústrias, instituições de pesquisa e órgãos
governamentais costuma ser de 40 horas semanais; em fazendas é irregular.

  
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Para trabalhar como zootecnista, é requerido o diploma do curso superior em


Zootecnia. A profissão é fiscalizada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária,
onde o zootecnista deve registrar-se. Quem se propõe a trabalhar no gerenciamento de
fazendas deve fazer cursos complementares de administração e economia rural.

É necessário ter capacidade de análises mecânica, numérica, gosto por informações


científicas, e sobretudo olhar observador sobre cada detalhe do animal. Para ser um
zootecnista é exigido formação em curso superior em zootecnia.

A profissão é vistoriada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária. O


mercado de trabalho, em grande parte, está concentrado no setor privado, destacando as
empresas que atuam no setor rural, que já são concorridas pelos veterinários
especializados em zootecnia.


 

Empresas normalmente buscam o profissional nas escolas para oferecer estágio.


Algumas anunciam em jornais.


°
 

O mercado de trabalho para zootecnistas ainda é restrito. Muitas empresas do setor


rural são desinformadas sobre as vantagens de contratar profissionais com essa
formação. Além disso, esses profissionais sofrem a concorrência de veterinários em
atividades exclusivas da zootecnia, porque a lei não estabelece esse limite. Até 2000, de
acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária, havia 6.750 zootecnistas
registrados e cerca de 4800 profissionais atuantes em todo o país, sendo 52% deste total
atuando na região Sudeste. Há oportunidades na indústria de rações e complementos
alimentares, vendendo produtos, treinando equipes e descobrindo tendências de
mercado, ou, ainda, em frigoríficos, fazendas e empresas avícolas; outra fonte de oferta
de emprego é o mercado de carnes exóticas, que se desenvolve principalmente na região
Centro-Oeste. Há mercado também em cooperativas de criadores, laboratórios,
empresas de consultoria, indústrias de abate, instituições de pesquisa, nutrição e saúde
animal, instituições de ensino e zoológicos. Existem boas oportunidades para o
especialista em administração e economia rural, que trabalha para aumentar e
aperfeiçoar a produtividade do rebanho, além da área de melhoramento genético, que
visa desenvolver novas técnicas para a melhoria das raças.

 
 

Experimentação Física, Climatologia Animal, Biologia Geral, Botânica, Ciências


Humanas e Sociais, Ciências do Meio Ambiente, Solos, Higiene dos Animais e de
Instalações, Produção e Nutrição Animal, Instalações Zootécnicas, Pastagens e‘ ‘

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arte da zootecnia especial que trata das técnicas para a criação de bovinos.
A bovinocultura tem múltiplas finalidades dentro da produção de matérias
primas e trabalho. Embora restrito nos dias atuais, no passado o trabalho bovino foi
fundamental nos transportes (tração de carros e montaria), na lavoura (tração de
implementos agrícolas, como o arado) e no lazer (tauromaquia grega e egípcia, a
tourada ibérica, o rodeio moderno).

Além da carne, do leite e do couro, o boi fornece ainda outras matérias primas
como os fâneros, ossos e vísceras. Também no passada o estrume foi considado
fundamental para refertilização dos campos agricultáveis.

Como atividade econômica a bovinocultura se insere na pecuária, a principal


delas em muitos países, e como ciência se desenvolve dentro das universidades,
institutos de pesquisas e entre os zootecnista que a praticam no campo.

A bovinocultura, como arte de criar, demanda conhecimento do bovino e do seu


ambiente criatório. Portanto necessário, por um lado, conhecer sua reprodução, suas
características raciais, seu comportamento e suas necessidades nutricionais. Por outro
lado é preciso saber manejar as pastagens, sua principal fonte de alimentação; as
doenças que os atacam e como preveni-las e conhecer as construções e instalações para
manter bovinos.

Ao final de 2005 a bovinocultura brasileira era praticada em quatro milhões de


propriedades rurais, envolvendo 200 milhões de cabeças, 28 milhões das quais foram
abatidas em frigoríficos oficiais para consumo interno e exportação e mais cerca de 10
milhões tiveram outro tipo de abate (38 milhões foi o número de peles bovinas
processadas nos curtumes brasileiros). Neste mesmo ano o Brasil se tornou o maior
produtor (8,5 milhões de toneladas de carcaças) e maior exportador de carne bovina. A
produção de leite comercializado sob supervisão oficial foi de 16 milhões de litros.
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- Existem dois sistemas: o natural e o artificial.

- O sistema de cobertura natural apresenta duas modalidades: uma a campo e a outra


controlada.

- A        


é a mais empírica que existe, pois o touro fica a
vontade com as vacas, ocorrendo excessivas coberturas em uma mesma fêmea e muitas
delas em momentos inadequados. Neste caso, a relação touro x vaca é de 1:25.

- A         & é um sistema mais eficiente que o anterior, pois o
touro fica num piquete separado das vacas e a fêmea no cio é levada ao reprodutor para
a cobertura. O touro não executa grande número de coberturas em uma mesma fêmea,
efetuando as coberturas em momento adequado, permitindo manter-se no sistema uma
relação touro x vaca de 1:50. Neste sistema fica mais fácil controlar a fertilidade dos
touros, além de se conhecer a paternidade da progênie.

- O sistema de     refere-se à inseminação artificial. Neste método,


ocorre a interferência do homem na reprodução, não ocorrendo a cobertura, e sim a
introdução do sêmen no aparelho reprodutor de fêmea, com a ajuda de instrumentos e
técnicas adequadas, em condições de fecundá-la. A técnica utilizada em bovinos é a
retro-cervical profunda. Quando o homem deve fazer a inseminação? Quando a vaca
estiver no 1/3 final do cio.

A idade zootécnica para a inseminação é de 16 meses, sobrepondo-se a idade o "score


corporal", que é a condição corporal de peso vivo, este deve ser ideal quando a vaca
pesar 375 kg de P.V. (peso vivo) .

Serve também para a cobertura natural controlada. Neste momento, aumenta a


probabilidade de concepção. Por isso é fundamental que ocorra a detecção do cio. Os
sintomas de cio são modificações psicossomáticas na vaca.
 

- a vaca vai apresentar monta e deixa-se montar pelas companheiras;


-a vaca fica inquieta;
-a vaca apresenta micção freqüente;
-a vaca apresenta a vulva tumefeita e congestionada;
- a vaca apresenta corrimento vaginal cristalino; quando este mesmo corrimento
apresenta-se turvo ou purulento, pode caracterizar problemas de infecção, devendo
intervir com tratamento adequado, prescrito por veterinário;
- a vaca aceita espontaneamente o macho;

Aproximadamente 50% das vacas apresentam um cio na parte da manhã. É necessário


observar o cio pelo menos duas vezes ao dia. Nem sempre a fêmea apresenta o cio com
todas as sintomatologias, tendo o cio silencioso; neste caso, a vaca apresenta corrimento
que se adere à cauda.

O ciclo estral dos bovinos é de 21 dias, tendo o cio duração de 14 a 18 horas; a ovulação
ocorre 12 a 14 horas após o término do cio, ficando o momento adequado para a
cobertura no 1/3 final do cio (12 horas). O espermatozóide tem capacidade fecundante
de no máximo 24 horas.

Ocorrendo o cio pela manhã, faz-se a cobertura na parte da tarde e vice-versa. O cio dos
Taurinos é mais longo do que o cio dos Zebuínos, por isso, quando se faz cobertura
natural controlada, coloca-se a fêmea zebu com o macho no período da manifestação do
cio e reforça a cobertura no período posterior (se a vaca zebu manifesta o cio pela
manhã, coloca com o macho pela manhã e novamente à tarde).

 : é um touro vasectomizado, utilizado para marcar as vacas no cio ele permanece
junto com as vacas o tempo inteiro. O animal é provido de um "busal marcador" que
risca a anca das vacas montadas. Este sistema de detecção é mais fácil de trabalhar, mas
ocorre a penetração na vaca, podendo ocorrer transmissão de doenças. No caso do
animal de elite, o rufião é submetido a um desvio de pênis.

    
 &  &   
Na pecuária bovina, o macho é acasalado com um grande número de fêmeas. Por isto, o
uso de touros de baixa fertilidade, inférteis ou de qualidade genética inferior, pode
acarretar sérios prejuízos aos criadores, levando a um maior intervalo entre partos das
vacas e ou produção de filhos de baixa qualidade.

A substituição de reprodutores, de um modo geral, tem por objetivo:

- evitar consangüinidade;
- melhorar a qualidade genética do rebanho;
- melhorar a eficiência reprodutiva do rebanho;
- fins comerciais (lucros).

Antes da aquisição de um reprodutor deve-se definir a raça e o grau de sangue, em


função da qualidade ou tendência racional do rebanho existente e da finalidade a que se
propõe. É importante considerar, também, a região e condições de manejo da
propriedade.

Muitos criadores são ludibriados na compra de um reprodutor, ao confiar na afirmativa


do vendedor de que se trata de um animal provado. A prova de um reprodutor se faz
através do "teste de Progênie" (única forma de garantir a qualidade genética do
reprodutor), porém, o Brasil é carente em provas de teste de progênie. Assim sendo, na
impossibilidade deste resultado deve-se levar em consideração uma avaliação do
reprodutor, com relação aos seguintes aspectos:

- condição corporal;
- fertilidade;
- sanidade.

 &  
 
É o aspecto do reprodutor e é muito importante, principalmente se há necessidade de
seu uso imediato, uma vez que o animal magro ou fraco pode apresentar uma baixa
produção e ou qualidade dos espermatozóides. A compra de um reprodutor é quase
sempre efetuada em função do tipo do animal (aspecto externo), sem nenhuma
informação complementar capaz de auxiliar na sua avaliação. Este procedimento
conduz a erros. Tem-se conhecimento de reprodutores usados com finalidade leiteira, de
extrema beleza nas características externas (altura, peso e conformação), cujas filhas se
caracterizam por baixa produção de leite e peso elevado (situação comum na aquisição
de touros Gir para obtenção de mestiços leiteiros).

É muito importante analisar também a coordenação Motora do animal:

A caminhada em piso de grama ou cimento permite observar se o animal apresenta


defeitos de aprumo e incoordenação dos movimentos (andar cambaleando ou
manqueira). Touros com problemas de casco, membros, articulações e ou coluna podem
apresentar dificuldades para montar na fêmea.

 &&
R   


O reprodutor colocado junto a uma fêmea em cio permite as seguintes observações:

R   ' &  o desejo sexual é avaliado pelo tempo que o animal demora a
se exercitar e saltar. O salto deve ser imediato ou em até 20 minutos. E importante saber
que os machos da raça zebuína são por natureza mais vagarosos ou lentos. Cansaço ou
esgotamento devido ao manejo incorreto pode acontecer.

R    
  & 
 comprometida por aderência, processos inflamatórios
dolorosos ou verrugas (papilomas) na glande ou corpo do pênis.

R  &  & 


  em casos de fraturas, paralisia ou abscesso do pênis,
os animais montam mas não conseguem introduzir o pênis na vagina da vaca.
É interessante ressaltar que o comportamento sexual; deve ser observado a uma
distância regular do animal, pois, se o observador estiver muito perto, a sua presença
poderá inibir o touro. Por outro lado, se o observador estiver muito longe, pode-se
comprometer a observação.

Obs.: Capacidade coeundi: é a capacidade de efetuar montas sem problemas físicos

R    

R °
  pus junto ao pênis de abertura pode indicar presença de infecção;
crescimento anormal dos tecidos junto ao orifício de entrada chamado de acrobustite
(umbigueira). Nesses casos não é indicada a compra, por necessitar de tratamento
específico e longo tempo de recuperação.

R     na bolsa escrotal estão localizados os testículos. Sua pele
não deve apresentar ferimentos, queimaduras ou vermelhidão, que podem ser
indicativos de inflamação ou abscesso. Os testículos são responsáveis pela produção de
espermatozóides, sendo por isto, de fundamental importância no processo produtivo. Os
dois testículos devem ter pouca ou nenhuma variação de tamanho. Um testículo pode
estar localizado um pouquinho mais alto que o outro ou ligeiramente inclinado para trás.
O animal deve demonstrar sinal de dor quando se aperta ligeiramente está região.
Algumas anormalidades podem ocorrer com os testículos, sendo perfeitamente
percebidas, e as mais importantes são a falta de um ou ambos testículos, na bolsa
escrotal, contra indicação a aquisição do animal.

R   && &    os testículos são normalmente móveis dentro da bolsa


escrotal, podendo-se através de pressão, fazer subir um de cada vez sem maiores
dificuldades. Em caso de aderência ou inflamações, esta mobilidade deixa de existir ou
diminui, afetando o mecanismo termorregulador dos testículos e, conseqüentemente, a
produção e a qualidade dos espermatozóides. Com relação à consistência deve ser firme,
ou seja, não são duros nem moles (duro = calcificado, atrofia, fibrosos; mole =
degeneração testicular).

O tamanho dos testículos é importante por estar relacionado com a concentração e


normalidade dos espermatozóides. A diminuição do peso e volume pode ocorrer em um
ou ambos testículos. Este detalhe tem grande importância em bovinos devido a sua
possível origem genética. poderá ocorrer Hipoplasia Testicular; é quando sempre um
testículo for menor que o outro (origem genética), e ou Atrofia Testicular, quando o
testículo normal diminui de tamanho (adquirido). O importante é saber que em ambos
os casos a compra é desaconselhável.

Ainda em relação ao tamanho dos testículos, é bom saber que ambos os testículos
podem ter o mesmo tamanho, embora menores que o tamanho normal. Em touros acima
de 30 meses de idade a medida do diâmetro da bolsa escrotal não deve ser inferior a
30cm.

R   && &    '


   os testículos são muito mais sensíveis às
alterações metabólicas (hormonais, bioquímicas, etc.) e do ambiente (frio, calor, etc.),
que afetam bastante a produção e a qualidade dos espermatozóides.
Desse modo, qualquer alteração no trato genital do touro, independente de sua origem,
resulta em menor fertilidade ou mesmo esterilidade.

A quantidade de sêmen (constatada pelo espermograma) constitui o fator mais


importante e seguro para determinação da eficiência reprodutiva do touro. De um modo
geral, a qualidade é baseada nos espermatozóides (presença, contaminação, relação
vivos/mortos, tipos de patologia, etc.).

Indiscutivelmente para verificar a fertilidade do touro, o método mais seguro é efetuar o


espermograma, porém, no campo, devido à dificuldade deste procedimento (falta de
laboratórios), todos os aspectos aqui mencionados devem ser considerados na tentativa
de se evitar a aquisição de um animal inadequado para a função.

&&
Os testes para brucelose campilobacteriose, bem como a identificação de trichomonas,
devem ser realizadas com a finalidade de se evitar a introdução destas doenças no
rebanho. Além das doenças de reprodução, outras devem ser observadas: tuberculose,
papilomatose (verrugas), aftosa, etc.

  & Ê
Na escolha de matrizes, deve-se observar o potencial genético através da produção de
leite, a fertilidade através do I.E.P. (intervalos entre partos), período de serviço (período
que vai do parto até a concepção) e idade do primeiro parto, e a sanidade através de
todos os testes negativos, além da verificação da presença de mastite (inflamação da
glândula mamária) Devem-se considerar também os aspectos externos anteriormente
citados.

 & R&  &(& 


Nº ......Nome.......................................Grau................Nascimento..../...../....

Pai .......................................Mãe ...............................Procedência............

Peso/nasc........kg Peso/210d.........kg Peso/365d........kg Peso/550d.... .....kg

Artificial..................
Cobertura........./........../.................
Touro...................................Natural........................ TE.........................

Diagnóstico da estação .......................................... Macho....................


Cria........../........./...........
Fêmea...................
Cobertura........./........../.................
Artificial..................
Touro...................................Natural........................
Diagnóstico da estação .......................................... TE.........................
Cria........../........./...........
Macho....................

Fêmea...................
Artificial..................
Cobertura........./........../.................
Touro...................................Natural........................ TE.........................

Diagnóstico da estação .......................................... Macho....................


Cria........../........./...........
Fêmea...................
Artificial..................
Cobertura........./........../.................
Touro...................................Natural........................ TE.........................

Diagnóstico da estação .......................................... Macho....................


Cria........../........./...........
Fêmea...................
Artificial..................
Cobertura........./........../.................
Touro...................................Natural........................ TE.........................

Diagnóstico da estação .......................................... Macho....................


Cria........../........./...........
Fêmea..................
Artificial..................
Cobertura........./........../.................
Touro...................................Natural........................ TE.........................

Diagnóstico da estação .......................................... Macho....................


Cria........../........./...........
Fêmea...................
Artificial..................
Cobertura........./........../.................
Touro...................................Natural........................ TE.........................

Diagnóstico da estação .......................................... Macho....................


Cria........../........./...........
Fêmea...................
Artificial..................
Cobertura........./........../.................
Touro...................................Natural........................ TE.........................

Diagnóstico da estação .......................................... Macho....................


Cria........../........./...........
Fêmea...................
‘‘‘
Marca Vacina Data Data Data Data Data Data Data Data
AFTOSA
AFTOSA
Carbúnculo
Brucelose
RAIVA
Botulismo
Leptosp
Vermifucação
Vermifucação

   

Algumas informações devem ser obtidas com outras pessoas da fazenda, já que o
vendedor poderá colocar o interesse comercial acima da verdade. Caso o vendedor
tenha grande reputação torna-se desnecessário. Para conseguir tais informações algumas
perguntas podem ser formuladas:

1. Já possui filhas no rebanho? Quantas?


- elimina esterilidade;

2. As vacas cobertas por ele repetem muito cio?


- pequeno número de animais com retomo de cio, leva a suspeita de problemas com as
fêmeas;
- grande número de retornos, possibilidade de o macho ser portador de algum problema;

3. Suas filhas têm problemas de falta de cio?


- Isto pode ser indicativo de problemas hereditários de fertilidade. Ex: hipoplasia
ovariana;

4. Vacas que ele cobriu abortaram ou voltaram ao cio com intervalo maior que 30 dias?
- A resposta positiva pode sugerir presença de agentes infecciosos transmitidos pelos
machos; Ex: Trichomonas, Campilobacter, Micoplasma, etc.

Obs: mesmo tendo dois ou mais touro no rebanho, é costume o criador destacar o touro
como sendo o pai das melhores bezerras e novilhas ou vacas do rebanho, tendo em vista
a importância de se conhecer a produção de suas filhas.

‘‘

Estratégias de Utilização de Recursos Genéticos em Sistemas de Produção


de Bovinos de Corte

A produção animal pode ser considerada como o resultado da utilização dos


recursos genéticos (raças, tipos, etc.), dos recursos ambientais e socioeconômicos
disponíveis numa região ou país, das práticas de manejo adotadas e das possíveis
interações entre esses componentes.
Há várias maneiras de combinar os elementos dos componentes entre si, o que
resulta em grande número de possíveis sistemas de produção. Em geral, os sistemas de
produção mais eficientes são aqueles que otimizam os recursos genéticos, ambientais e
socioeconômicos e as práticas de manejo em todos os componentes do ciclo produtivo
da carne bovina (reprodução - aumento em número; produção - aumento em tamanho; e
produto - aumento na qualidade).

No mundo, há aproximadamente mil raças de bovinos, das quais duzentos e


cinqüenta têm alguma importância numérica. No Brasil, há cerca de 60 raças que podem
ser exploradas para produção comercial de carne bovina.

As diferenças entre as raças quanto às características morfológicas, fisiológicas e


zootécnicas podem ser atribuídas às diferentes pressões e direções da seleção às quais
elas foram submetidas durante o processo evolutivo. Desse modo, cada raça é dotada de
composição genética diferente, principalmente para as características relativas ao tipo
racial (cor da pelagem, presença ou ausência de chifres, conformação do perfil da
fronte, tamanho da orelha, etc.) e, provavelmente, para os atributos relacionados com a
habilidade de adaptação ao ambiente (adaptabilidade).

A diversidade genética existente entre as raças bovinas pode ser utilizada de três
maneiras:
1) criação ou introdução da raça pura melhor adaptada ao sistema de produção;
2) formação de novas raças; e
3) utilização de sistemas de cruzamento. As duas primeiras podem ser praticadas por
meio da realização de cruzamentos por apenas algumas gerações, uma vez que o
objetivo final é a introdução de raça pura melhor adaptada ou a formação de nova raça
(futuramente, uma raça pura).

A utilização de sistemas de cruzamento, por outro lado, é uma forma de


aproveitamento da diversidade genética e dos ganhos genéticos obtidos nos programas
de melhoramento das raças puras de maneira permanente e contínua, sem a preocupação
de obter uma nova raça ou introduzir uma raça pura no sistema de produção.

As estratégias de utilização dos recursos genéticos envolvem diferentes


alternativas de seleção. A seleção dentro de raças puras é feita com base no modelo
aditivo simples quanto ao tipo de ação gênica. Na prática, a seleção de raças puras
geralmente produz ganhos genéticos próximos daqueles previstos teoricamente.

A utilização de cruzamentos, por outro lado, é considerada como alternativa à


seleção. No entanto, precisa ser ressaltado que as alternativas de seleção e de
cruzamentos não são mutuamente exclusivas. Qualquer sistema de cruzamentos ou
esquema de formação de novas raças depende dos programas de seleção das raças puras
utilizadas no processo.

O programa de melhoramento animal pode ser sistematizado em 10 passos


seqüenciais:
1) descrição do sistema de produção;
2) estabelecimento do objetivo do sistema de produção;
3) escolha da estratégia de utilização e dos recursos genéticos;
4) obtenção de parâmetros de seleção (herdabilidade, correlações) e pesos econômicos
relativos;
5) delineamento do sistema de avaliação;
6) desenvolvimento dos critérios de seleção;
7) delineamento do sistema de acasalamentos;
8) delineamento do sistema de multiplicação dos animais selecionados;
9) comparação de alternativas de programas de melhoramento; e
10) revisão do programa com base nas modificações futuras e, se for o caso, na
segmentação do sistema de produção de carne bovina.

Qualquer que seja a estratégia a ser escolhida, um aspecto fundamental na


utilização dos recursos genéticos e ambientais para a produção de bovinos de corte é a
visão do sistema de produção como um todo, isto é, da concepção do bezerro até o
consumo da carne.

A eficiência de qualquer sistema de produção, por sua vez, é função de três


componentes:
1) eficiência reprodutiva do rebanho de vacas;
2) eficiência do ganho de peso dos animais jovens; e
3) qualidade do produto.
A avaliação de apenas um ou dois componentes pode conduzir a recomendações
discutíveis, particularmente quanto à eficiência econômica do sistema de produção.

Valores econômicos relativos dos três componentes da eficiência produtiva em


bovinos de corte são mostrados na Tabela 4.1, considerando-se cinco situações
diferentes. Os valores econômicos relativos mostram a importância de cada componente
da eficiência no ciclo produtivo de bovinos de corte.

  )*+*Valores econômicos relativos (%) dos componentes


da eficiência produtiva em bovinos de corte em diferentes países.
°'  
 &  ° &  ° & 
Estados Unidos (1971) 87,0 8,7 4,3
Estados Unidos (1983) 76,9 15,4 7,7
Brasil (1992) 64,8 35,0 0,2
Estados Unidos (1992) 50,0 33,3 16,7
Austrália (1994) 66,7 22,2 11,1
Estados Unidos (1994) 66,6 16,7 16,7
Estados Unidos (1994) 66,7 33,3 -
Estados Unidos (1994) 22,2 66,7 11,1
Estados Unidos (1994) 77,8 11,1 11,1
Brasil (2001) 79,4 20,6 -
Brasil (2002) 69,0 31,0 -
As características relacionadas à eficiência reprodutiva (aumento em número de
animais) são de importância fundamental em qualquer situação (Tabela 4.1). O aumento
da eficiência reprodutiva (taxa de desmama, por exemplo) é de 2 a 10 vezes mais
importante do que o aumento no componente de produção (ganho de peso, por
exemplo).

Embora possa parecer óbvio, é necessário enfatizar que as características de produção


não têm importância para o produtor de bovinos de corte se não há bezerros vivos,
sadios, produzidos no rebanho, cujas mães fiquem prenhes na estação de monta
seguinte. O aumento do ganho de peso e o melhoramento da qualidade de carcaça são
características inúteis sem um bezerro vivo, já que elas simplesmente não se realizam.

O aumento da eficiência reprodutiva é muito mais importante (10 a 20 vezes) do que o


melhoramento da qualidade do produto, para os sistemas de produção dos Estados
Unidos (Tabela 4.1). No Brasil, essa relação é maior do que 300 vezes para os sistemas
de produção de bovinos de corte em regime exclusivo de pastagens, o que evidencia a
importância do melhoramento da eficiência reprodutiva dos rebanhos brasileiros.

As características de produção (aumento em tamanho), por sua vez, são duas vezes mais
importantes do que as características relacionadas com a qualidade do produto nos
sistemas integrados de produção de carne bovina dos Estados Unidos (Tabela 4.1). No
sistema de produção predominante no Brasil (extensivo e em pastagens), no entanto, as
características de produção, principalmente o ganho de peso após a desmama, têm valor
econômico relativo 175 vezes maior do que aquelas relacionadas com a qualidade do
produto. Isto faz com que o aumento do ganho de peso após a desmama seja o principal
fator de contribuição para a redução da idade de abate dos animais, com efeitos
indiretos na qualidade do produto.

Outro aspecto importante dos sistemas de produção de bovinos de corte refere-se ao fato
de diferentes animais desempenharem funções diferentes no ciclo da produção. A menor
unidade de produção é composta por três categorias de animais: vaca, touro e bezerro.
Na Tabela 4.2 estão relacionadas as características de maior importância e as
especificações desejáveis de cada um dos componentes da unidade de produção.

As características desejáveis nos três componentes da unidade de produção (sinais


iguais ou neutralidade) são fertilidade alta, adaptação ao ambiente, longevidade, saúde e
docilidade (Tabela 4.2). A ocorrência de sinais diferentes indica a existência de
antagonismos entre tamanho pequeno (desejável nas vacas e indesejável nos bezerros) e
ganho de peso elevado (desejável nos animais de abate, indesejável nas vacas). Esses
antagonismos são, em geral, resultantes da correlação genética negativa e desfavorável
entre tamanho à maturidade e grau de maturidade numa determinada idade.

 )*,*Características de bovinos de corte e sua importância nos componentes da


unidade de produção.

-
    Ê 
Fertilidade alta + + 0
Tamanho pequeno + 0 -
Puberdade precoce + + +
Adaptação ao ambiente + + +
Longevidade + + 0
Saúde e docilidade + + +
Ganho de peso alto - 0 +
Carcaça musculosa, carne magra 0 0 +
Rendimento de carcaça 0 0 +
Carne macia, palatável 0 0 +

* (+) = desejável; (0) = neutra; (-) = indesejável.

Um terceiro aspecto a ser considerado na avaliação das estratégias de utilização dos


recursos genéticos é o possível antagonismo entre os objetivos econômicos das fases de
reprodução (aumento em número) e produção (aumento em tamanho) nos sistemas de
produção de bovinos de corte. Em geral, os custos fixos são atribuídos por animal,
independentemente do seu tamanho. Além disso, o aumento em número (maior
eficiência reprodutiva) provoca redução nos preços de venda por animal. A médio e
longo prazos, os ciclos de preços da carne bovina são, pelo menos em parte, reflexo
desse tipo de antagonismo.

Por último, mas nem por isso menos importante, há os antagonismos de natureza
genética entre as características de produção (pesos, ganhos de peso) e de reprodução
(intervalo de partos, taxa de concepção) em bovinos de corte. Para as condições
brasileiras, foram obtidos resultados que indicaram a existência de antagonismo
genético entre peso à desmama e eficiência reprodutiva de fêmeas da raça Canchim,
criadas em regime de pastagens. Resultados semelhantes têm sido obtidos em outros
países e outras raças de bovinos de corte. Com algumas exceções, o tamanho maior à
maturidade parece não ser desejável em bovinos de corte. Este tipo de conclusão
depende, obviamente, das condições ambientais em que os animais são produzidos.

É importante ressaltar que o objetivo principal da produção animal, seja ela praticada de
forma extensiva ou intensiva, é atender as exigências de mercado. É difícil predizer o
futuro, porque uma amplitude de cenários diferentes pode ocorrer. No entanto, esses
cenários possíveis podem servir como indicação do tipo de animal que será demandado
no futuro.
Neste sentido, dois aspectos são importantes:
1) manutenção (ou mesmo aumento) da variabilidade disponível em bovinos de corte; e
2) aumento na flexibilidade para praticar mudanças no tipo de animal em resposta às
mudanças nas exigências de produção e de mercado.

A produção de carne bovina no Brasil é praticada de forma extensiva. Na maioria das


regiões produtoras predomina o sistema de cria, recria e engorda, em regime exclusivo
de pastagens e com práticas de manejo inadequadas. A intensificação dos sistemas de
produção ainda é incipiente no País, mas um cenário possível, a médio prazo, é que as
fases de cria e recria sejam praticadas em pastagens de melhor qualidade e melhor
manejadas e que a fase de engorda seja feita em regime de confinamento ou
semiconfinamento, visando à redução da idade de abate dos animais e à produção de
carne de melhor qualidade.

Na Figura 4.1 são ilustradas as relações entre as alternativas possíveis envolvendo


seleção, cruzamentos e formação de novas raças em bovinos de corte. O ponto de
partida considerado foi a utilização de uma "raça exótica" em cruzamento com fêmeas
da população local. Assim, a estratégia colocada em discussão é a utilização de
cruzamentos para intensificação da produção de carne bovina. As questões na Figura 4.1
precisam ser respondidas com níveis adequados de precisão. Do contrário, torna-se
praticamente impossível estabelecer a estratégia de utilização dos recursos genéticos
mais adequada ao sistema de produção.
  )*+* Aspectos importantes a serem considerados na escolha estratégica do
sistema de utilização e dos recursos genéticos em bovinos de corte.
(Fonte: Adaptado de Cunningham, 1981).

Com base nos resultados obtidos no Brasil, concluiu-se que os animais cruzados foram,
em média, 15% superiores aos de raças puras quanto às características de crescimento
(pesos e ganhos de peso), mas tiveram maior consumo de matéria seca (12%) e as
fêmeas apresentaram maior peso à maturidade (13%). A maior vantagem dos
cruzamentos, para as condições brasileiras, parece estar na utilização de fêmeas
cruzadas, que foram 20% mais eficientes do que as de raças zebuínas quanto à taxa de
gestação. Estes resultados indicam que a resposta à primeira pergunta da Figura 4.1 é
positiva, para a maioria das condições ambientais encontradas no Brasil.

Mas, quais raças exóticas são as mais adequadas para os diferentes sistemas de
produção? A resposta é dependente dos resultados observados com a utilização de
determinada raça exótica, seja como raça pura ou em cruzamentos, nas diferentes
regiões edafoclimáticas do Brasil, dos resultados obtidos pelas instituições de Pesquisa
e Desenvolvimento e, muitas vezes, dos "modismos" criados por estratégias de
"marketing" bem sucedidas. Felizmente, há mais de mil raças de bovinos no mundo, das
quais 250 têm número de animais suficiente para atender a demanda, isto é, a escolha
estratégica da(s) raça(s) é possível, tanto para atender as necessidades do mercado
quanto para compatibilizar as exigências dos animais com as condições ambientais.

Outra questão que ainda não foi respondida de maneira adequada é a percentagem
desejável das raças exóticas na composição genética dos animais. Nos casos em que a
superioridade das raças exóticas foi marcante, houve a substituição da raça local, como
já ocorreu no Brasil no período de 1930 a 1960, quando as raças Caracu e Mocho
Nacional foram substituídas pelas raças zebuínas, de maneira gradual, começando com
Gir, Indubrasil e Guzerá e, mais tarde, terminando com Nelore. Atualmente, mais de
75% do rebanho bovino de corte é Nelore ou de alta mestiçagem de Nelore e outras
raças zebuínas.

Esse processo de substituição das raças locais (Caracu e Mocho Nacional) foi devido,
em grande parte, aos resultados obtidos na Estação Experimental de Zootecnia de
Sertãozinho, SP, no período de 1934 a 1942, no projeto de cruzamentos de touros de
raças taurinas (Aberdeen Angus, Charolesa, Devon, Hereford, Limousin e Pardo-Suíço)
e zebuínas (Gir, Guzerá e Nelore) com vacas das raças Caracu e Mocho Nacional. A
taxa de mortalidade do nascimento aos três anos de idade foi muito maior nos animais
cruzados de raças taurinas (47,1%) do que nos de raças zebuínas (18,8%). As
recomendações técnicas foram a paralisação do projeto de cruzamentos e o
estabelecimento de projetos de avaliação e seleção do Zebu para produção de carne.
Essas recomendações tiveram grande impacto no processo de tomada de decisões dos
produtores.

Ainda quanto à composição genética dos animais, tem sido geralmente aceito que a
proporção ideal é 5/8 l    + 3/8 l
 , mas isso não tem suporte na teoria
da heterose residual. Acredita-se que a definição dessa proporção ideal tenha sido
derivada de uma publicação em que se diz que a raça Santa Gertrudis é composta de
aproximadamente 5/8 Shorthorn + 3/8 Brahman; com a supressão do termo grifado,
parece que a proporção foi sendo difundida como a ideal. Evidentemente a proporção
ideal varia de acordo com as condições ambientais e as exigências de mercado, mas
pouco tem sido feito no Brasil para obter informações sobre o assunto.

Na seqüência das questões (Figura 4.1), vem a importância da heterose na eficiência


líquida do sistema de produção. A resposta a esta questão ainda depende de projetos de
pesquisa delineados para a obtenção de resultados sobre o sistema de produção como
um todo.

As necessidades de pesquisa em sistemas de cruzamento foram levantadas por alguns


autores, destacando-se a obtenção de estimativas dos efeitos aditivos e heteróticos, a
avaliação econômica comparativa das estratégias de utilização dos recursos genéticos e
a caracterização das raças e dos ambientes onde elas são criadas.

Finalmente, há a questão sobre a escolha estratégica entre a formação de novas raças e a


utilização de sistemas de cruzamento. Se as respostas às duas últimas questões foram
positivas, então a seleção nas populações produtoras de reprodutores assume papel
fundamental na escolha estratégica dos recursos genéticos.

Para a intensificação dos sistemas de produção de bovinos de corte, a escolha


estratégica do sistema de utilização (raça pura, nova raça, sistemas de cruzamento) e dos
recursos genéticos (raças) deve ser feita com base nas respostas obtidas sobre algumas
questões, como aquelas explicitadas na Figura 4.1. As opções estratégicas são a seleção
de raças puras, a formação de novas raças e a utilização de sistemas de cruzamento entre
raças. Deve ser lembrado, mais uma vez, que estas opções não são mutuamente
exclusivas e, por isso, devem ser consideradas como complementares. Tanto a formação
de novas raças quanto a utilização de sistemas de cruzamento dependem da seleção
como meio para a obtenção de animais adaptados às condições ambientais e adequados
às exigências do mercado de carne bovina.

i
i ½‘
‘
 R )*./01&2&  &+3),
°&& 
 

Modifica os prazos para o penhor agrícola e pecuário e dá outras providências

ao custeio de entre-safra e a aquisicao de & para a  e melhoramento de


rebanhos
ficam ampliados para dois e tres anos respectivamente art. 4 revogam-se as disposicoes
em
contrario rio de janeiro 5 de maio de 1942 121

*.

Ê &   /& *)2)1&3&  &+3.41
*** 
Art. 3º Os prazos fixados no artigo 6º da lei n. 454 , de 9 de julho de 1937, para os financiamentos
da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial do Banco do Brasil destinados ao custeio de entre -
safra e à aquisição de & para

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 ++*+.51&.  &+345& ° 


(  & & 

Dispõe sobre a organização da Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura e dá


providências correlatas

 )0R  & &  & 


&

; II - Seção de  e Manejo do (& de Corte; III - Seção de Melhoramento do Gado de


Corte; IV - Seção de Avaliação e Classificação de Gado de Corte.

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 )+R*  & &   


&

; II - Seção de  e Manejo de (& Leiteiro; III - Seção de Melhoramento de Gado


Leiteiro; IV- Seção de Fisiologia de Lactação;

Citado por 0 documentos

 ,5)R &  & (& &   ***

TÍTULO IV Das Atribuições CAPÍTULO V Da Coordenadoria da Pesqu isa Agropecuária


SEÇÃO V Do Instituto Biológico SUBSEÇÃO II Da Divisão de Zootecnia de Bovinos de Corte
Artigo 284 - A seção de  e Manejo do (& de Corte tem

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» Mais resultados

2,)51&,/&  &,005&   & 


(  & & 

INSTITUI O PROGRAMA RIO GENÉTICA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

e o desenvolvimento da  animal especialmente o & bovino em todo o


territorio
fluminense art. 2 constituem objetivos especificos do programa rio genetica: i -
promover
mudanca evolutiva composicao genetica dos rebanhos do estado introduzindo

 &   &   1


  &   1  &***
e o desenvolvimento da  animal, especialmente o & bovino, em todo o território
fluminense.

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++4+&02& &+35+& & 


  
 

AUTORIZA SERVIÇOS DE MACADAMIZAÇÃO.

servira aos proprietarios para escoarem toda a lenha que irao extrair de uma area de
terras de
sua propriedade area esta que sera transformada em pastagem para  de &
sendo
que tanto a extracao de lenha imediata bem

*,R&&  

 
   & ***

Art. 2º - A referida estrada servirá aos proprietários para escoarem toda a lenha que irão extrair
de uma área de terras de sua propriedade, área esta que será transformada em pastagem para
 de & , sendo que, tanto a extração

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 +*00,1&,)&&Ê  &+3)3


°&& 
 

Dispõe sôbre o pagamento dos débitos dos criadores e recriadores de & bovino, e dá
o...

ou anotados cartorio de registro de titulos e documentos em data anterior a lei 209 de 2


de
janeiro de 1948 e cujo produto tenha sido aplicado  e recriacao do & bovino
art. 3
gozarao igualmente dos beneficios desta lei os criadores

*,
R   &
   +

de Registro de Títulos e Documentos, em data anterior à Lei nº 209 , de 2 de janeiro de 1948, e


cujo produto tenha sido aplicado na  e recriação do & bovino.

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  /5*)+31&,2& &+34+


°&& 
 
Aprova o Regulamento do Imposto Único sobre Energia Elétrica, Fundo Federal de
Eletrificação, Empréstimo Compulsório em favor da ELETROBRÁS, Contribuição dos
Novos
Consumidores e Coordenação dos Recursos Federais vinculados a obras e serviços de
ene...

)    & 


  & 
  

e quinhentos) habitantes; e b) se dedicarem às atividades ligadas diretamente à explor ação


agropecuária, ou seja, o cultivo do solo com culturas permanentes ou temporárias,  ,
recriação ou engorda de & , criação de pequenos animais

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,.+&05&  &+32+&  


  
 

ISENTA A "GRANJA TRÊS FIGUEIRAS" DO IMPOSTO TERRITORIAL E DE


PARTE DO
IMPOSTO PREDIAL.

*.R        &   ***

Art. 3º - Essa isenção vigorará enquanto os imóveis referidos nos artigos anteriores forem
utilizados estritamente nos seus serviços de  de & leiteiro de raça e de cavalos de
puro sangue, e lavoura.

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)2,&,2&  &+3/4&   


  
 

INSTITUI O CÓDIGO DE POSTURAS DO MUNICÍPIO E DÁ OUTRAS


PROVIDENCIAS.

*34R6
 &   &&
  &&   ***

TÍTULO III DA POLÍCIA DE COSTUMES, SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA CAPÍTULO V


DAS MEDIDAS REFERENTES AOS ANIMAIS Art. 97 - É proibida a  ou engorda de
porcos e criação de & ou aves, em número elevado, nas regiões de perímetro urbano

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,2,0&+.& &,004& 
 
  
 

DISPÕE SOBRE O ZONEAMENTO, USO DO SOLO E OCUPAÇÃO DO SOLO DO


MUNICÍPIO DE ITAPEVA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS."
& 1 && *

de hortifrutigranjeiros, serviços de irrigação, serviços de lavagem de cereais, serviços de


produção de mudas e sementes, viveiro de animais,  de & .

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 )4+&+/&   &,00,&° 


( 
  
 

OUTORGA PERMISSÃO DE ÁREA NO CENTRO AGROPECUÁRIO MUNICIPAL,


COMO
ESPECIFICA.

*,R
  &  &&  +&& 1&***

Art. 2º - A permissão de uso da área descrita no artigo 1º deste decreto, destina-se à


implantação de uma sede da permissionária no referido local, a qual realiza exposições e feiras
relativas à  de & charolês.

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