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Tipologia de Formação
Comportamentos disfuncionais na criança e no jovem.
Ficha técnica
Condições de utilização
O presente manual destina-se ao curso nome do curso, sendo o conteúdo do mesmo, propriedade da GTI VC Form.
A sua duplicação para outros fins só poderá ser feita, mediante autorização expressa da GTI VC Form.
O Manual está estruturado de acordo com o índice e os conteúdos inseridos estão adaptados em função dos
objectivos /competências do curso e do público-alvo, sendo um instrumento de apoio à realização da acção de
formação.
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Comportamentos disfuncionais na criança e no jovem.
Índice
1. Comportamentos disfuncionais na criança e no jovem.................................5
2. Perturbações do comportamento: diagnóstico, avaliação e intervenção..........7
3. Fatores de Stress e Resiliência............................................................11
4. Comportamentos disruptivos e antissociais:conceitos, causas e consequências 15
5. Comportamentos disruptivos e antissociais.............................................27
6. Papel da familia...............................................................................28
7. Papel das Instituições e dos profissionais...............................................31
8. Estratégias de intervenção.................................................................33
Bibliografia..........................................................................................35
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Comportamentos disfuncionais na criança e no jovem.
1. Objetivos do Curso:
Identificar fatores de risco no comportamento da criança e do jovem.
Colaborar na implementação de estratégias de intervenção com crianças e jovens com
comportamentos disfuncionais e perturbações do comportamento.
2. Conteúdos Programáticos:
Comportamentos disfuncionais na criança ou jovem
Ansiedade e distúrbios emocionais
Depressão
Agressividade
Isolamento
Sono e seus problemas
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Atualmente cerca de 3 a 11% da população adulta sofre com esta doença. Embora não
escolha idade a Depressão também tem sido detectada, com relativa frequência, num
número cada vez maior de crianças. Estudo recente revelou que 15% dos adolescentes e
90% das crianças sofrem de Depressão, contrariando pesquisas anteriores que
constatavam a Depressão em apenas 10% da população infantil. De difícil diagnóstico
no público infantil, esta doença desafia pais, professores, médicos e psicólogos. Todos
precisam estar atentos para reverter o quadro, o quanto antes, e amenizar o impacto
negativo de seus efeitos, que podem durar por toda uma vida quando não tratados
devidamente.
Essa desestabilização hormonal, por sua vez, pode ser desencadeada variavelmente por
eventos biológicos causados por:
• vida sedentária,
• problemas glandulares,
• mutações adaptativas (idade) e alimentação insuficiente ou inadequada.
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Sabe-se que uma alimentação pobre em carboidratos (encontrado no arroz, milho, trigo
e outros cereais) pode desestabilizar a produção de Serotononia e provocar o estado
depressivo.
Esta disfunção química no cérebro também pode ocorrer provocada por eventos
psicológicos considerados traumáticos, tais como: perdas significantes (morte de ente
querido), frustrações (escolares, sociais), conflitos familiares (brigas, divórcio),
mudanças adaptativas (escola, bairro, cidade) e que também afetam a produção de
neurotransmissores causando oscilação de humor, ansiedade e inclusive o pânico.
Pesquisas recentes mostraram precisamente que mais de 80% das crianças com
depressão apresentam distúrbios do sono, como insónias, que as levam, muitas vezes, a
dormir na cama dos pais. A incidência destes distúrbios nas crianças sem este
transtorno é de apenas 5%. Ora, esta correlação permite-nos olhar para este tipo de
dificuldades como um sinal de alerta, que não deve ser desvalorizado.
Então, o que é que está ao alcance dos pais no sentido de efetuar um despiste rigoroso?
A primeira ajuda deve ser a do pediatra da criança. É este profissional de saúde que
poderá avaliar até que ponto é que a criança deve ser encaminhada para um
especialista do sono e/ou outros profissionais.
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Além disso, e tal como acontece na idade adulta, é importante cuidar da higiene do
sono, para que as crianças possam assim descansar e repor a energia de que precisam
para o seu dia. Quando as crianças não dormem bem, aumenta a probabilidade de
terem problemas de comportamento. Há alguns cuidados que os pais devem ter:
• A criança deve ir para a cama a uma hora fixa, para criar uma rotina.
• O quarto da criança deve ser confortável e acolhedor, para que se sinta
relaxada.
• A televisão, o computador e as consolas devem ser substituídas pela interação
com os pais, que lhes permite sentirem-se mais calmas à hora de deitar.
• Deve evitar-se que as crianças assistam a programas de televisão inapropriados
para a sua idade, mesmo durante o dia. A mesma regra é aplicável aos jogos de
computador e consolas.
• À noite deve evitar-se bebidas e alimentos que contenham cafeína – colas e
chocolates, por exemplo – já que são estimulantes.
0 a 3 ANOS
Bebês, nesta faixa etária, ficam indiferentes ao meio, seu rosto é triste e seu olhar
vago e lastimoso. Ficam quietos a maior parte do tempo. Próximos à inércia, mal
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balbuciam e quase não reagem aos estímulos visuais e auditivos. Quando movimentam
braços ou pernas é com lentidão que o fazem. Geralmente este comportamento é
acompanhado por moderação no apetite e prolongamento do período de sono habitual.
Perturbações psicossomáticas também podem ser observadas, tais como: taquicardia,
reações alérgicas frequente, respiração ofegante, dores no corpo sem causa aparente
refletidas por choros sofridos.
3 a 10 ANOS
É também nesta fase do desenvolvimento, dos 3 aos 10 anos, que a criança aprende e
experimenta suas competências sociais, colocando em prática sua capacidade de
relacionar-se e competir com as outras pessoas. Estão sempre a comparar-se no intuito
de se afirmarem como pessoa. As manifestações indicativas de Depressão, mais comuns
nesta fase, são a propensão ao isolamento e a timidez exagerada, percebida nas
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Entre 6 e 12 anos, as crianças com Depressão, além dos sintomas básicos anteriormente
citados, podem apresentar também comportamento anti-social grave, contrariando os
princípios sócio familiares e passam a fazer, propositadamente, asneiras têm condutas
agressivas e até pequenos furtos, sendo erroneamente rotulados de “delinquentes”
quando na verdade precisam de atenção e assistência.
Tratamento
Como toda e qualquer doença, quanto antes diagnosticada e tratada, melhor será a
recuperação. Hoje em dia o tratamento é muito eficiente e, levando em consideração
o estágio da doença, a idade e a estrutura biopsicosocial de cada criança, as melhoras
podem ser sentidas logo nos primeiros meses de medicação combinada com terapia
cognitiva. O tratamento pode durar entre 3 meses a 2 anos.
Em Síntese;
Sinais de alerta mais comuns:
0 a 3 anos
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3 a 6 anos
6 a 12 anos
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Por vezes pode ser mais fácil acreditarmos que as crianças podem crescer sem
necessidade de serem protegidas mas, o ser criança por si, não garante um escudo
protetor contra os traumas emocionais que podem sentir e experienciar ao longo da sua
vida. As crianças podem ser desafiadas a lidar com várias situações difíceis, desde o
adaptar a uma nova escola, a situações de bullying ou até a viver num lar abusivo.
A capacidade de crescer e ultrapassar todos estes desafios parece residir no que
designamos por resiliência, ou seja, a capacidade de lidar de uma forma positiva,
construtiva, com o trauma, tragédia, ameaças e com qualquer fonte significativa de
stress.
Mas, ser resiliente não quer dizer que as crianças não venham a sentir dificuldades ou
stress.
A dor emocional, a tristeza fazem parte da nossa vida, ficar triste pela mudança de
escola, pela morte do animal de estimação ou até de uma pessoa importante da vida
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familiar é normal e desejável, o ser resiliente ou não, determinará como a criança irá
lidar com esses sentimentos e como irá recuperar desse momento menos positivo.
Aqui ficam algumas dicas que podem ser úteis para uma tarefa tão importante:
Estabelecer relações; Ensinar à criança como pode fazer amigos, a ser empática
e a ser capaz de se colocar no lugar do outro compreendendo os seus sentimentos.
Encorajá-la a ser amiga para que tenha amigos. A construção de uma boa rede familiar
é fundamental para ajudar a criança a ultrapassar as inevitáveis desilusões no seu dia-
a-dia.
Manter uma rotina diária O manter uma rotina pode transmitir à criança um
sentimento de segurança e conforto, sobretudo aos mais novos. Encorajá-la a adaptar-
se às rotinas familiares mas dando-lhe espaço para que possa estabelecer as suas
próprias rotinas.
Fazer uma pausa Embora seja importante ter rotinas, o estar sempre preocupada
com o que fazer e como fazer pode ser contraproducente. Ensinar à criança a ser capaz
de se focar em algo para além das suas preocupações. Procurar saber o que está a
preocupar a criança é fundamental para que possa desmistificar os seus pensamentos e
ajudá-la a fazer uma pausa e a dedicar-se a algo que lhe dê prazer.
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sentimentos que ajudarão a criança a estar mais equilibrada para lidar com situações
mais stressantes.
Aceitar a mudança como algo natural ao longo da vida a mudança pode ser
sentida como assustadora para as crianças e adolescentes. Ajude a criança a
compreender que mudar faz parte da vida, assim como o estabelecimento de novos
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objectivos e o pôr de parte objectivos que não foram concretizados ou que deixaram
de fazer sentido. No entanto, esta tarefa pode tornar-se mais desafiante quando
lidamos com crianças muito pequenas, crianças que estão ainda a aprender a andar e a
falar, não sendo capazes ainda de expressar as suas ansiedades e medos. Embora possa
pensar que são ainda muito pequenas para compreender o que se passa, são desde
muito cedo capazes de absorver sentimentos de ansiedade e de medo das pessoas que
estão à sua volta.
A criança tornou-se demasiado exigente? A exigir mais carinho e contacto físico do que
o habitual? Começou a fazer xixi na cama? A chuchar no dedo depois de ter deixado de
o fazer?
Apesar de não haverem fórmulas mágicas de como educar e preparar uma criança para
a vida, sabemos que a família é um apoio fundamental:
fortaleça os laços familiares,
brinque,
leia, procure ter tempo de qualidade com os seus filhos, conheça-os e dê-se a
conhecer.
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Afinal, todos nós num primeiro momento, precisámos de andar acompanhados para
podermos andar connosco próprios.
É natural que um dos pais assuma o papel de disciplinador, mas se esse papel não for
igualmente partilhado por ambos, os filhos podem ver um dos pais como o "bom" e o
outro como o "mau".
"A disciplina é o segundo presente mais importante que um pai pode dar a uma criança.
O amor vem em primeiro lugar."
T. Berry Brazelton
- Em pequenos, conseguir que tenham, desde cedo (primeiro dia de vida), uma rotina
para fazerem as suas refeições, tomar banho e dormir sem muitas confusões.
Estes são apenas alguns exemplos, pois os limites variam muito em função do que é
esperado em cada cultura e em cada família.
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Todo o lar deve ter as suas próprias regras, que devem ser respeitadas e aplicadas
coerentemente e com o comum acordo dos pais (tarefas domésticas, mesada,
televisão, horários para dormir, etc.).
É natural que um dos pais assuma o papel de disciplinador, mas se esse papel não for
igualmente partilhado por ambos, os filhos podem ver um dos pais como o "bom" e o
outro como o "mau" - situação que é muito difícil de reverter. É, por isso, fundamental
uma partilha constante de cuidados.
• Castigos corporais;
• Vergonha, humilhação;
• Lavar a boca com sabão;
• Comparar as crianças umas com as outras;
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Criança Hiperativa
As crianças gostam de brincar, fazer asneiras e correr para lá e para cá. Mas é preciso
ter cuidado para não identificá-las erroneamente como portadora do TDAH.
Às vezes, a criança está apenas a passar por algum problema e essas características
aparecem.
Características do Hiperativo
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período de mínimo de seis meses, e que estejam a dar transtorno para a vida da
criança, como por exemplo:
A hiperatividade costuma ser mais incidente em meninos e na faixa etária dos sete aos
nove anos. Essa fase é a que eles estão a começar a estudar e precisam ter mais em
atenção. Fica mais fácil perceber a dificuldade de concentração dessas crianças. Elas
ficam sem noção de espaço e de limites, não por teimosia, mas porque não têm noção
do que estão a fazer.
É importante que os adultos fiquem atentos, pois as crianças hiperativas ficam com a
autoestima baixa a partir da repetição do erro, pois apenas dessa maneira elas
conseguem chamar atenção, mas é uma atenção negativa.
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·Autismo
·Depressão infantil
·Ansiedade
·Hipertiroidismo
·Dislexia
·Transtornos de aprendizagem
·Deficiência auditiva
·Epilepsia
·Transtorno obsessivo-compulsivo
·Transtorno bipolar ou mania
·Inquietação típica da idade
·Problemas familiares
Tratamento
Por isso, é fundamental para melhorar a qualidade de vida das crianças com a
síndrome, que haja conhecimento sobre a doença entre: médicos, profissionais de
saúde, professores, pedagogos, psicólogos, assistentes sociais e familiares.
Diagnóstico: esse deve ser o primeiro passo. O individuo precisa saber o que acarreta
toda essa “confusão” na vida dele;
Informação: quanto mais a pessoa aprende sobre a patologia, melhor ela reage ao
tratamento;
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·Evite colocar alunos nos cantos da sala, onde a reverberação do som é maior. Eles
devem ficar nas primeiras carteiras das fileiras do centro da classe, e de costas para
ela;
·Faça com que a rotina na classe seja clara e previsível, crianças com TDAH têm
dificuldade de se ajustar a mudanças de rotina;
·Afaste-as de portas e janelas para evitar que se distraiam com outro estímulos;
·Repita ordens e instruções; faça frases curtas e peça ao aluno para repeti-las,
certificando-se de que ele entendeu;
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·Procure dar supervisão adicional aproveitando intervalo entre aulas ou durante tarefas
longas e reuniões;
·Permita movimento na sala de aula. Peça à criança para buscar materiais, apagar o
quadro, recolher trabalhos. Assim ela pode sair da sala quando estiver mais agitada e
recuperar o auto-controle;
·O aluno deve ter reforços positivos quando for bem sucedido. Isso ajuda a elevar sua
auto-estima. Procure elogiar ou incentivar o que aquele aluno tem de bom e valioso;
·Coloque a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor
na parte de fora do grupo;
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muito curto, não espere que se concentre em apenas uma tarefa durante todo o
período da aula;
·Repare se a criança se isola durante situações recreativas barulhentas. Isso pode ser
um sinal de dificuldades: de coordenação ou audição, que exigem uma intervenção
adicional.
·Desenvolva métodos variados utilizando apelos sensoriais diferentes (som, visão, tato)
para ser bem sucedido ao ensinar uma criança com TDAH. No entanto, quando as novas
experiências envolvem uma miríade de sensações (sons múltiplos, movimentos,
emoções ou cores), esse aluno provavelmente precisará de tempo extra para completar
a sua tarefa.
Sintomas do Hiperativo:
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A criança hiperativa tem pelo menos seis sintomas dos dois grupos
(explicados à seguir) por mais de seis meses.
Grupo 1 (Desatento):
·Não consegue enxergar detalhes ou comete erros por descuido nas tarefas escolares ou
em outras atividades
·Tem dificuldade de manter a concentração em tarefas ou brincadeiras
·Parece não ouvir o que se diz a ele (a)
·Não consegue seguir uma instrução até o fim e deixa de completar trabalhos escolares
ou tarefas domésticas (mas a recusa não decorre de comportamento desafiador ou da
falta de compreensão das instruções)
·Dificuldades em organizar tarefas e atividades
·Evita ou reluta em iniciar tarefa que exige grande esforço mental
·Perde com frequência objetos de uso diário, como material escolar e brinquedos
·Distrai-se com facilidade por estímulos externos
·Esquece atividades cotidianas.
Grupo 2 (Impulsivo)
A Criança Hiperativa
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A criança hiperativa pode ter dificuldade em ficar sentada, quieta, tem necessidade de
se mover muito, fala excessivamente, bate nas outras crianças, provoca vários
conflitos. É impulsiva e geralmente tem coordenação ou controle muscular pobre,
deixa cair as coisas e frequentemente derruba o que está bebendo.Tem dificuldade de
fixar a sua atenção e distrai-se facilmente. Com frequência a criança hiperativa
enfrenta dificuldades de aprendizagens, causadas por redução nas habilidades
perceptivas (visuais, audutivas, e às vezes táteis).
Deve-se utilizar materiais calmantes como argila, pintura, areia e água, pois qualquer
experiência tátil ajuda essas crianças a concentrarem-se e a tornarem-se mais
conscientes de si mesmas. Colocar música clássica, enquanto as crianças pintam,
massajar as costas ou as mãos das crianças. Utilizar exercícios de relaxamento.
Todas as crianças precisam fazer tomada de decisões para reforçar o seu eu,
especialmente a criança hiperativa precisa da oportunidade de exercitar sua vontade e
julgamento de modo positivo.
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reforçam esse comportamento e se agradam diante dessas crianças, uma vez que não
dão nenhum trabalho.
É frequente presenciar pais ou educadores, dizendo: "Olha que linda. Ela é tão
quietinha!" Normalmente o problema só se torna aparente pela família, quando a
criança inicia na escola ou então quando exagera seu comportamento tímido. Convém
lembrar que existe uma timidez transitória durante o início de socialização e que é tida
como normal. É o caso da criança que se encontra em um ambiente novo, com pessoas
desconhecidas e onde é natural uma inibição inicial, mas que aos poucos ela se vá
socializando.
Comportamentos Típicos:
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O que fazer?
A relação com os pais, deve aos poucos, ceder lugar para outros relacionamentos,
incentivando a criança à socialização.
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mais funcional. Os pais podem ajudá-la, começando por criar situações sociais fáceis
para o filho, convidando outras crianças com idade semelhante para passar a tarde em
sua casa. No entanto, os pais não devem forçar a criança a enfrentar situações
embaraçosas, precisam acima de tudo respeitar seu filho.
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6.Papel da familia
Tal como acontece com o indivíduo, a família passa também por vários estádios de
desenvolvimento, ao longo dos quais, deve preencher certas necessidades emocionais
(Cárter & MacGoldrick, 1980).
Determinados acontecimentos que surgem na família prejudicam a progressão de um
estádio para o outro. O nascimento de uma criança, por exemplo, traz um novo estádio
para a família. Neste caso cada membro tem que se ajustar e se acomodar à presença
deste novo membro familiar.
Segundo Cárter & McGoldrick (1980) existem seis estádios de ciclo de vida.
No segundo estádio, duas famílias são unidas pelo casamento de dois dos seus
membros. O casal começa a formar a sua própria família, efetuando reajustes com os
seus antigos relacionamentos, preparando-se para a aceitação de novos membros na
família.
O terceiro estádio é formado pela família com as crianças. O casal reajusta o seu
relacionamento, criando espaços físicos e emocionais para as suas crianças. Os adultos
tornam-se pais e os relacionamentos com as suas famílias de origem são novamente
remodelados, para se ajustarem aos novos papéis.
Relativamente ao quarto estádio, as crianças já se tornaram adolescentes e começa a
procurar a sua própria independência.
O relacionamento entre pais e filhos precisa mais uma vez ser reajustado, permitindo
aos jovens delinear os seus próprios horizontes e projetos, lançando-se mais para o
mundo exterior.
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Por último, no sexto estádio, a família inverte os seus papéis, isto é, frequentemente
os pais, agora já mais velhos, tornam-se dependentes dos seus filhos e filhas.
Para todas as famílias o ajustamento de cada membro que deverá ser feito ao longo
destas fases de mudanças é, frequentemente, “stressante”. Apesar destes serem
comuns a todas as famílias existem, no entanto, alguns que são particularmente
problemáticos no contexto das famílias com crianças com deficiência.
Quando uma família tem uma criança com deficiência, o stress aumenta e os
ajustamentos multiplicam-se. Um indivíduo com deficiência, pode, por exemplo,
permanecer numa situação correspondente à de uma criança dependente para toda a
vida.
Assim, as fases de mudança que ocorrem na família podem ser diferentes numa família
com uma criança deficiente comparando com as que ocorrem com uma criança dita
normal durante os vários estádios.
Quando um casal está à espera do nascimento de uma criança, é normal e frequente
que fantasie a respeito dessa “criança sonhada”, ou seja, como é que será (a cor do
olhos, do cabelos, etc.).
Aquando do nascimento de uma criança com deficiência perde-se esse sonho. Os pais
passam por uma fase de grande pressão e stress, na tentativa de se ajustarem a essa
perda. Aqui se inicia todo o processo aflitivo.
O aparecimento desta criança na família vai desencadear no sei seio uma série de
reações. Quanto mais grave for a deficiência da criança, maior será a angústia do
agregado familiar, especialmente dos pais perante uma situação nova, inesperada,
desconhecida e perturbadora.
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Uma criança com surdez severa ou profunda trás problemas de comunicação bastante
graves, principalmente quando se trata de uma família que não tem na sua história
antecedentes relacionados com a surdez. Se a deficiência é logo detetada à nascença,
os pais vivenciam um choque imediato. No entanto, quando a deficiência é notada mais
tarde, como é o caso da deficiência mental, o choque dos pais não é tão grave, embora
muitas famílias se vejam como culpadas por a deficiência não ter sido detetada mais
cedo.
De facto, também a deficiência severa ou profunda que se torna visível pode ser
encarada por dois lados: por um lado culpabiliza o comportamento inadequado da
criança, por outro lado provoca na família um estigma social e uma rejeição.
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Estes programas são de extrema importância, tendo como base o facto de encontrar
estratégias para apoiar a família, tendo em conta a sua necessidade específica.
Há dois fatores que se devem ter em conta: a perceção que a família tem do problema
e a perceção que a família tem dos recursos disponíveis.
Os pais destas crianças deparam-se com muitas dificuldades na interação pai – criança,
uma vez que são crianças menos ativas, têm menos iniciativas para a interação e os
seus sinais normalmente são menos nítidos, o que por si só gera perturbações na
comunicação. Alguns dos estudos relativamente à análise da relação das mães com os
seus filhos com necessidades educativas especiais, demonstraram que também as mães
produzem menos respostas, revelando uma tendência a adotar um estilo mais diretivo.
Uma equipa pode definir-se como um grupo em interação, que realiza atividades
integradas e interdependentes. É necessário que os elementos partilhem de objetivos e
fins comuns.
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Por último, no modelo transdisciplinar as equipas são compostas pela família e pelos
profissionais de diferentes disciplinas. Este modelo tenta atravessar as fronteiras das
disciplinas, para maximizar a comunicação, interação e cooperação entre os elementos
(McGonigel et al., 1994, McWilliam, 2003). Os professores de diferentes disciplinas
ensinam, aprendem e trabalham em conjunto comum de objetos de intervenção para
uma criança e a sua família.
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8.Estratégias de intervenção
Castigo
Ignorar o comportamento
Recompensas
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O elogio descreve o que a criança está a fazer e mostra-lhe que o seu comportamento é
valorizado. Deve ser genuíno e feito de modo adequado.
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Bibliografia
• www. apee.pt
• http://www.psicologia.pt/profissional/etica/
• http://w3.ualg.pt/~lnunes/Textosdeapoio/Disciplinas/IEA
• http://www.eticus.com/teoriaseticas.php
• GENTILE, Paola. Indisciplinado ou hiperativo. Nova Escola, São Paulo, n. 132, p. 30-32,
maio. 2000.
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