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→ Quando for realizada uma política monetária expansionista, a oferta de fundos emprestáveis
irá aumentar, a taxa de juros de equilíbrio vai cair e a quantidade de equilíbrio vai aumentar.
→ Quando for realizada uma política monetária contracionista, a oferta de fundos emprestáveis
irá se contrair, a taxa de juros de equilíbrio vai aumentar e a quantidade de equilíbrio vai cair.
Tem-se um PIB (Y) e um nível de preços (P). A oferta agregada (OA), que é vertical, define um
PIB potencial (YPot), de pleno emprego. Há também a demanda agregada (DA), que é
negativamente inclinada como qualquer demanda.
O ponto de equilíbrio entre a oferta agregada e a demanda agregada definirá um nível de preços
denominado (P0) e o PIB potencial (YPot).
Como consequência, ocorrerá uma expansão da demanda agregada, que vai gerar mais
inflação, já que os preços irão subir devido à expansão da demanda. Essa expansão da demanda
agregada vai levar, momentaneamente, em um ambiente de curto prazo, a um maior emprego
dos fatores de produção, gerando mais crescimento. Nesse cenário de mais emprego e mais
crescimento, vai-se chegar a um PIB potencial que vai estabilizar nesse patamar.
Com os preços mais baixos, haverá menos emprego e menos produção, que representará
menos crescimento. Nesse cenário de menos emprego dos fatores de produção e menos
crescimento, haverá uma redução de custos, que levará a uma recuperação da economia e do
crescimento. Chegaremos também a um PIB potencial, de pleno emprego, que também irá se
estabilizar nesse patamar.
Conclui-se, segundo a lógica classicista, que moeda não gera nada além de inflação. A política
monetária nada mais é do que uma política de administração de demanda, de tal maneira que
ela não venha a gerar inflação. Política monetária não gera empregos ou crescimento do PIB,
apenas mais ou menos inflação no horizonte de longo prazo, que é aquele que nos interessa.
O argumento classicista é que, num horizonte de longo prazo, tanto o PIB, que atinge seu
potencial (patamar de pleno emprego), quanto a velocidade de circulação da moeda são
constantes. Dessa forma, aumentos na oferta de moeda terão como consequência direta
aumentos proporcionais no nível de preços – e apenas isso.
De acordo com essa lógica, a política monetária serve exclusivamente como instrumento de
controle da inflação. Uma política monetária classicista implantará um regime de metas de
inflação, que é adotado por quase 100 países, e também pelo Brasil, desde 1999.
REGIME DE METAS DE INFLAÇÃO
Para cumprir a meta de inflação, o BACEN tem reuniões periódicas (a cada 45 dias) do COPOM
(Conselho de Política Monetária) para avaliar o cumprimento da meta de inflação.
2010: inflação dispara devido ao forte crescimento do PIB, causado pelos incentivos do governo.
2011: Dilma reduziu a taxa SELIC em ambiente de alta da inflação. Promoveu também o
represamento de reajustes de tarifas de serviços públicos, como eletricidade.
2015: após a reeleição de Dilma, o aumento de tarifas que estava represado foi liberado, e os
preços dispararam, descumprindo a meta de inflação.
2016: a recessão ajudou, juntamente com os juros muito altos, na derrubada da inflação.
Com a nomeação de Ilan Goldfajn para a presidência do BACEN, foram estabelecidas margens
de tolerância menores e reduzidas as metas de inflação para os anos seguintes. Há hoje uma
expectativa de autonomia do BACEN.
VISÃO DE KEYNES
O aumento da demanda efetiva pode pressionar a inflação, mas faz parte do processo. O
governo está disposto a tolerar mais inflação para abrir espaço a mais crescimento econômico.
A expansão da demanda efetiva causará, na prática, uma alta nos preços, que fará com que
empresas empreguem mais fatores de produção, gerando mais crescimento econômico.
Na visão keynesiana, a política monetária não deve, necessariamente, estar comprometida com
o combate à inflação. O governo pode, nesse contexto, criar alguma política de contenção de
demanda quando a economia estiver próxima do pleno emprego. Keynes não nega a existência
do conceito de pleno emprego. Ele nega, em verdade, que exista uma convergência em direção
ao pleno emprego, garantida pela flexibilidade de preços. Keynes alega que só é possível
aproximar-se do pleno emprego com a expansão da demanda efetiva.
Segundo Keynes, a moeda não é neutra, pois existe uma preferência pela liquidez (“teoria da
preferência pela liquidez”). Quando se coloca mais moeda em circulação, uma parte dessa
moeda será entesourada e não existe impacto proporcional sobre os preços. As pessoas têm
preferência pela liquidez e retêm um pouco de moeda por precaução, para as transações que
precisam ser feitas e para a especulação (aproveitar as oscilações do mercado).