GALERIA | CAIO BORGES

Fotos: Glaeria Caio Borges

As figuras concebidas pelo

artista não são destaque
apenas em sua galeria. Pelo
contrário, todo mundo quer
para si, seja para o próprio
projeto de interiores ou para
presentear alguém querido.

CAIO
Fotos: Lio Simas
BORGES
Caminhar por uma galeria de arte é uma experiência singular. É
como se, a cada passo, uma história diferente viesse à tona e co-
locasse o espectador em transe, imaginando as inspirações, inter-
venções e emoções que contribuíram para dar vida aos traços. As
diferentes espessuras, as formas geométricas, retilíneas e abstratas
aguçam a curiosidade e, de uma forma inexplicável, tocam no
âmago do visitante — o enchendo com lembranças de sua própria
vida que se atropelam as percepções despertadas pela obra.
As origens das criações de um artista não são fáceis de des-
vendar, isso é fato. Ele é uma totalidade de coisas: um pouco do
cotidiano, um bocado de referências, um tanto de conhecimento
e, claro, sentimentos que transbordam. Por isso, quando se depara
com os grafismos, cores extravagantes e formas arredondadas
— já características — produzidas por Caio Borges, é comum o
emaranhado de sensações que o movimento, a expressão e a vida
emanam, afinal, a pintura é assim: faz sentir e ponto.

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O cubismo de Pablo Picasso

e o expressionismo de Van
Gogh dialogam com suas
mãos de quatro décadas de
experiências no ramo.

BORGES CAIO

O contraditório é que, apesar de preferir criar com
individualidade, liberdade e solitude, o que menos suas
obras passam é solidão. As dezenas de olhos, corpos e
rostos se unem aos pássaros, folhas e flores para passar
aquilo que o seu lado emocional deseja expressar. Com
uma galeria na Grande Florianópolis e outra prestes a
inaugurar nos Estados Unidos, Caio considera que as
cores são um dos pontos-chaves de suas criações,
principalmente pela força que cada tonalidade imprime.
Sua seleção intuitiva gera as mais diversas combinações
— sejam análogas ou complementares — que, de uma
forma ou de outra, sempre surpreendem o olhar.
Para o grande observador, as inspirações vêm daquilo
que o envolve. Seja o comportamento independente e
revolucionário dos moradores de Miami ou a pureza
da Mata Atlântica — duas referências completamente
distintas presentes nas coleções atuais —, suas pinturas
descrevem o hoje através da lente de um experiente
contemplador.
Mesmo quem não é lá super entendedor de arte sabe
que suas telas são fruto de muito conhecimento, afinal, aos
20 anos largou sua cidade natal para destrinchar o mundo
artístico no Rio de Janeiro e, posteriormente, se formar
em escultura. Apesar do seu grande amor pelas formas
oriundas do gesso, da resina e de outros materiais pecu-
liares, a pintura transcende seus sentimentos, os expressa
e, tão natural quanto é para ele pintar, coloca o catarinense
no pódio e o reconhece nacional e mundialmente.

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Exposições ao redor do
mundo marcam o seu
portfólio, percorrendo
cidades como Lisboa,
Florença e Roma.

CAIO
BORGES
A escultura e a pintura dividem
o coração do profissional, que
não abre mão inovar com suas
diferenciadas faces artísticas.

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Entre grafismos e pinturas,

a galeria localizada no
Centro Histórico de São
José contempla criações
que mexem com o
espectador.

CAIO
BORGES

Arte em movimento: os
traços arredondados
transmitem unidade as
figuras modernas, repletas
de inspirações cotidianas.

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