UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIAS - ICET

ATIVIDADE 5- POROSIDADE, PERMEABILIDADE E PERDA DE CARGA

Josenildes Monteiro Torres

(Grupo 6)

ITACOATIARA – AM

2021
Exercício 1. A cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) é uma técnica avançada
de separação. Essa técnica pode funcionar de três modos diferentes: o modo analítico,
semipreparativo e preparativo. Um certo pesquisador utilizou CLAE no modo analítico
para separar um determinado fármaco. Para tanto, selecionou um leito fixo de 10,0 cm
de comprimento e 1,00 cm de diâmetro. O recheio desse leito era constituído de um tipo
especial de sílica cujo diâmetro e a esfericidade das partículas eram 20 μm e 0,98
respectivamente. Para conduzir a molécula grande dentro do leito, o pesquisador usou
etanol puro cuja viscosidade dinâmica é de μ = 0,987 cP e massa especifica
de ρ = 0,78115 g/cm . Para conduzir a molécula pequena, o
3

pesquisador usou uma mistura de isopropanol e acetonitrila na proporção 60/40 em

volume cuja viscosidade cinemática de ν = 6,858 x 10 m /s e massa especifica de ρ =
-7 2

0,7717 g/cm . Ambos os experimentos foram feitos a 30 C. Antes de iniciar a separação

3 o

propriamente dita, o pesquisador precisou determinar as porosidades do leito, da

partícula e total. Para isto, determinou os tempos de residência de uma molécula grande
e inerte (que não tem interação com o recheio) que passa apenas nos interstícios de um
leito fixo. Depois conduziu outro experimento para determinar os tempos de residência
de uma substância inerte e pequena, que passa tanto dentro dos poros das partículas
quanto dentro dos interstícios desse mesmo leito. Os resultados estão na tabela abaixo.
Obtenha a porosidade do leito, da partícula e total de suas respectivas partículas.
Q(mL/min) 1,00 1,5 2,0 2,5 3,0
Molécula grade –t (min)
R 1,084 1,277 1,649 2,132 3,135
Molécula pequena – t (min) 1,495 1,941 2,559 3,599 5,629
R

Exercício 2. Em relação ao experimento do exercício 1, o pesquisador também

acompanhou a queda de pressão em função da vazão para conhecer a permeabilidade
(k) do meio e o fator c, conforme a tabela abaixo para o sistema etanol apenas. A partir
dos dados experimentais do pesquisador, encontre essas duas constantes, observando
que todos os dados devem tem suas unidades baseada no sistema SI. Indique também as
unidades de k e c. Revise a literatura para saber se o valor de k encontrado mostra um
leito de baixa ou alta permeabilidade.
Q(mL/min) 1,00 1,5 2,0 2,5 3,0
−ΔP(bar) 4,5 9,0 15,0 22,0 30,0

Exercício 3. Para cada vazão do exercício 1 calcule a queda de pressão mediante a

equação de Ergun em relação ao sistema etanol.

RESPOSTAS:

1) Para a determinação da porosidade total, do leito e da partícula utiliza-se

das seguintes expressões:
𝐻 𝑞
= (1)
𝑡𝑅(𝑀.𝐺) 𝜀

𝐻 𝑞
= (2)
𝑡𝑅(𝑀.𝑃) ε + εp.(1− ε)
 Onde:

 H é o comprimento de leito;
 tR(M.G) e tR(M.P) é o tempo de residência para molécula grande e pequena,
respectivamente;
 q é a velocidade superficial;
 ε é a porosidade do leito;
 εp é a porosidade da partícula e o termo (ε + εp. (1 − ε));
 a porosidade total(εt)

Nota-se que diante as expressões 1 e 2, os valores de porosidades (ε, εp e εt)

encontram-se presentes nos coeficientes angulares das retas 𝐻⁄𝑡𝑅 versus ‘q’. Os
𝑀.𝑃 𝑒 𝑀.𝐺
respectivos gráficos foram plotados e estão dispostos na figura 1.

Figura 1. Gráfico de H/tR versus q.

Gráfico 1
9,000
8,000 y = 1,5926x + 1,6374
R² = 0,7925
7,000
H/tR (cm/min)

6,000
Série1
5,000
Série2
4,000
Linear (Série1)
3,000
y = 1,9161x - 0,8186 Linear (Série1)
2,000
R² = 0,9931 Linear (Série2)
1,000
0,000
0,000 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000
q (cm/min)

Legenda: Série 1 (H/tR grande); Série 2 (H/tR pequeno)

Fonte: O AUTOR

Diante os coeficientes angulares das retas no gráfico 1, os resultados encontrados

de porosidades total, do leito e da partícula foram:
Tabela 1 – Valores

𝜀 𝜀p 𝜀total A (cm2)

0,6784 0,43569 0,8185 0,7854

Legendas:

𝜀 = Porosidade do leito

𝜀p= Porosidade da partícula

𝜀total= Porosidade Total

 A (cm2)=Área da sessão transversal

2) No problema, através da análise das equações, foi possível obter as unidades das duas
constantes. Logo, a unidade da constante de permeabilidade (k) calculada foi
0,00000000000011em m2, enquanto que o fator (c) é 25441 e é adimensional.

Resultados
Tabela 2. Resultados obtidos

D q (m/s) P (Pa) P/H 1/q*P/H a b k c

(cm)
0,0002117 450000 4500000 21259842520 0,00000000000011
0,00032 900000 9000000 28272251309
1 0,00042 1500000 15000000 35349567950 6,00E+13 9,00E+09 Mostra um leito 25441
0,00053 2200000 22000000 41470311027 praticamente
0,00064 3000000 30000000 47120418848 impermeável

Figura 2. Gráfico q(m/s) vs (1/q*P/H)

Gráfico 2
60000000000
1 y = 6E+13x + 9E+09
50000000000
/ R² = 0,9976
40000000000
q 30000000000
* Série1
20000000000
P 10000000000 Linear (Série1)
/ 0
H 0,00000000,00020000,00040000,00060000,0008000
q (m/s)

3) Para cada vazão do exercício 1 calculou-se a queda de pressão mediante a

equação de Ergun (Equação 3) usando os dados fornecidos pela mesma em relação ao
sistema etanol, os valores obtidos:
Equação de Ergun:

4) Estão apresentados na tabela 2 os valores obtidos do calculo de cada termo

constante:

Dividiu-se a equação de Ergun em dois termos, após os cálculos obteve-se os seguintes

valores:

Tabela 2 - Valores do 1º termo e do 2º termo da equação de Ergun.

Equação Valor

(1 − 𝜀)² 𝜇
1º Termo 150 [ 3
] 83802218,65 kg/m³.s
𝜀 (∅𝑑𝑝)²

1−𝜀 𝜌
2º Termo 1,75 ( ) 74081333,34 kg/m4
𝜀³ ∅𝑑𝑝

Com os valores do 1º termo, do 2º termo e os demais valores fornecidos e obtidos no

exercício 1, calculou-se o -∆P para cada vazão.

Tabela 3 - Queda de pressão para cada vazão do exercício 1.

Velocidade superficial (m/s) −∆P (M.Grande) kg/m².s²

0,000212 1778,337214

0,000802 6728,500246

0,000424 3557,341377

0,000531 4447,792572

0,000637 5338,410766
FERÊNCIAS
B. GONZÁLEZ, N. CALVAR, E. GÓMEZ, A. DOMÍNGUEZ. DENSITY, DYNAMIC
VISCOSITY, AND DERIVED PROPERTIES OF BINARY MIXTURES OF
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