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INSTITUTO DE ARTES
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Texto apresentado na Disciplina Seminário de Análise e Produção de Textos em Arte ao Prof. Dr.
Eduardo Veras no mestrado em Artes Visuais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
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Atenas 428/427 a.C – Atenas 348/347 a.C.
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PLATÃO. Filebo. Versão eletrônica do diálogo platônico “Filebo” Tradução: Carlos Alberto Nunes
Créditos da digitalização: Membros do grupo de discussão Acrópolis (Filosofia), P. 28. Homepage do
grupo: http://br.egroups.com/group/acropolis/ Acessado em 28/05/2018.
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Estagira 384 a.C – Atenas 322 a.C.
Platão, se interessou mais pela imaginação definindo-a como a faculdade intermediária
entre a percepção e o pensamento e empregou à imaginação a palavra fantasia. Para
Aristóteles sem a percepção não há imaginação e sem imaginação não há pensamento.
As imagens que se originam nas sensações têm vida própria e podem combinar-se,
associar-se entre elas, reaparecendo à superfície da consciência, ou seja, a imaginação,
ou fantasia como menciona, está estreitamente unida à memória. A memória tem como
base a imaginação, pois a memória não acontece sem as imagens da imaginação5.
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A imaginação aristotélica está teorizada nas Obras De Anina (Sobre a alma) e em De Somniis (Sobre o
Sonho).
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Marco Túlio Cícero (106–43 a.C). foi um dos maiores oradores e escritores em prosa da Roma Antiga.
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Marco Fábio Quintiliano, (35-96 dC.) foi, junto com Séneca (04- 65 dC), um dos mais respeitados
retóricos romanos.
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Plotino viveu entre os anos 205 e 270 d.C. É considerado por muitos filósofos o pai do neoplatonismo.
concepção moderna da “imaginação criadora”. Contudo, Plotino ainda não atribuía este
poder de apreender um ideal ao poder visualizador da imaginação, mas à compreensão
intelectual, ou razão. Durante a Idade Média e na Renascença a ideia referida à
imaginação, além da concepção de Aristóteles que determina a imaginação como
atividade mental entre a percepção e entendimento, foi a concebida por Platão que se
tornou ainda mais forte com a reafirmação a partir das frases bíblicas sobre a “vã
imaginação” e pela autoridade de Santo Agostinho9, como conta Osborne (1993, p.
198). No período escolástico é explícita a influência aristotélica na concepção da
imaginação, pois os escolásticos entendem a imaginação como a faculdade que opera
entre a sensação e o entendimento que devia reproduzir a partir dos dados fornecidos
pela experiência dos sentidos as imagens dos objetos colocando-as a disposição da
memória.
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Agostinho de Hipona ou Santo Agostinho ( 354 – 430)
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Joseph Addison (1672-1719).
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As referências da Obra de Addison utilizadas nesta pesquisa são: Addison, Joseph (2004), The
Spectator, Vol. I, II y III, E-Book #12030, Project Gutenberg [www.gutenberg.net].
A imaginação foi destaque nos pensamento de David Hume. O filósofo
trabalha a imaginação principalmente no Tratado sobre a Natureza Humana (1739-
1740), na Investigação acerca do Entendimento Humano (1748) e na Investigação
sobre os Princípios Morais (1751). Hume distingue memória e imaginação e ambas
dependem das ideias (que, em Hume como em outros filósofos, parece ser termo
sinônimo ou substituto de imagem) geradas através de nossa experiência sensível. A
memória se restringe a reproduzir as sequências e combinações de ideias tais quais as
recebemos, a imaginação pode reorganizar e transformá-las. Assim, Hume defende que
as ideias são objetos das impressões e um fator necessário para produção dos princípios
‘força e vivacidade’ e distingue “ideias de imaginação” livre das impressões passadas e
“ideias de memória” que seguem processos de cronologia e fatos em nossa mente.
Portanto as ideias de memória são mais vivazes que as ideias da imaginação, pois esta,
ao contrário, pode ocorrer sem passar pela experiência, pode ser fantasiosa. Osborne
(1993, p. 205) entende que a filosofia de Hume “pouco contribuiu para a doutrina
estética”, no entanto sua compreensão de que a imaginação “possibilita a harmoniosa
compreensão entre os homens e a partilha afinada da experiência foi uma declaração
importante, precursora das suposições implícitas nas teorias românticas da arte”
(OSBORNE, 1993, p. 205).
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Burke na Investigação não trabalhou sobre a imaginação, mas na obra publica em agosto de 1971
Appeal from the New to the Old Whigs in Consequence of Some Late Discussions in Parliament, Relative
to the Reflections on the French Revolution citou a imaginação com ilimitada.
kantiana é um poderoso material para criar uma segunda natureza com o material que
lhe é fornecido pela natureza real. As representações apresentadas pela imaginação
podem ser chamadas de Ideias porque almejam alcançar algo que se encontra fora do
mundo da experiência e, assim, procuram se aproximar de apresentação de conceitos
racionais, dando a estes conceitos o aspecto de uma realidade objetiva. Kant coloca a
imaginação como “criadora e põe em movimento a faculdade das ideias intelectuais (a
razão), ou seja, põe a pensar, por ocasião de uma representação (o que na verdade
pertence ao conceito do objeto), mais do que nela pode ser apreendido e distinguido”
(KANT, 2005, p. 160). Ou seja, já não tem mais a ideia aristotélica apenas de atividade
entre percepção e pensamentos, ganha status objetivo e de ilimitado. A imaginação não
está restrita a existência das coisas e ao que o olho vê, mas também podem criar coisas.
Referências bibliográficas
ADDISON, Joseph (2004), The Spectator, Vol. I, II y III, E-Book #12030, Project Gutenberg
[www.gutenberg.net] N° 409, 410, 411 e 412.
BURKE, Edmund. Appeal from the New to the Old Whigs in Consequence of Some Late Discussions in
Parliament, Relative to the Reflections on the French Revolution. Terceira Edição. Londres: Impresso por
J. DODSLEY, PALL-MALL. M.DCC.XCI. Disponível em:
https://archive.org/details/appealfromnewtoo00burkiala
KANT, Immanuel. Crítica da Faculdade do Juízo. Trad. Valério Rohden e Antônio Marques. 2. ed. Rio
de Janeiro: Forense Universitária, 2005.
LONGINO. Do Sublime. Tradução Filomena Hitrata. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
OSBORNE. Harold. Estética e teoria da arte. São Paulo: Editora Cultrix, 1993.
WEISKEL, Thomas. O sublime romântico: estudos sobre a estrutura e psicologia da transcendência.
Prefácio de Harold Bloon; tradução de Patrícia Flores da Cunha. Rio de Janeiro: Imago Ed.,1994.