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Dando Sempre o Melhor de Nós Mesmos

Hoje no ônibus do trabalho vim pensando sobre meus projetos e o importante movimento atual de minha
Vida. Entre minhas idéias e sonhos, pesquei um insight sobre porque realmente agora compreendo que
todos, em qualquer situação, dão sempre o melhor de si.

Escrevendo essas linhas eu também acabo de realizar que somente consigo enxergar o mundo dessa forma
devido ao meu sistema de crenças e valores que oferecem o terreno fértil para que essas impressões façam
sentido para mim! Ou seja, é só quando eu assimilo e internalizo que estou sempre dando o melhor de
mim, que posso compreender e respeitar a maneira própria dos meus semelhantes, como eles desejam ou
podem se expressar.

Antes de seguir adiante, é importante registrar o que se passa dentro de mim que valida esse Sagrado
Ponto de Vista. Compreendi que só posso me perdoar pelas minhas faltas quando entendo que, em todos
os momentos, sempre busquei, em última instância, ser feliz! Ser feliz tentando dar o melhor de mim para
o outro. Ser feliz expressando a minha verdade para o outro.

Sabemos que muitas vezes, o que eu desejo para o outro pode não ser o que ele julga ser melhor para si
mesmo. E também aquilo que nos desejam ou nos oferecem nem sempre é o que buscamos, esperamos ou
aceitamos no momento.

Somente quando há essa sincera aceitação interna, esse reconhecimento de nossas diversas facetas, e esse
acolhimento de que tudo que fomos e que nos impomos faz parte da construção do nosso Aprendizado, é
que o Perdão, naturalmente, pode emergir.

Quando chegamos nesse nível de entendimento, de auto-perdão, alcançamos profundas curas e


desbloqueios em várias camadas de nosso Ser. E por conseqüência, somos capazes de nos expressar
através do Amor com mais leveza e auto-permissão do que antes.

Então, a partir dessa visão pessoal, construída através de milhares de pequenas experiências do dia-a-dia,
e alguns profundos movimentos de minha Vida, posso neste momento compartilhar esse insight: estamos
todos dando sempre o melhor de nós mesmos, em todas as situações!

– Mas o que dizer daqueles mal-carateres que enganam, dos tiranos, corruptos e assassinos, que oferecem
o pior de si para o mundo?
– Esses também! Eles também estão dando o melhor de si!
– Como aquilo que é o que há de pior pode ser o “melhor de si”?
– Aí é preciso compreender mais dois ensinamentos que adubaram meu discernimento para essa abertura
e compreensão: não existe culpa assim como não existem vítimas.
– Como assim?
– Quando percebo que eu sempre dei o melhor de mim independentemente se o que colhi foram flores ou
flechas, percebo subjacentemente que o que a Vida me oferece também é sempre a melhor opção que
poderia acontecer! Isso automaticamente me traz o Poder Pessoal e toda a Responsabilidade da minha
Vida para as minhas próprias mãos!

Assim, fica desvelado para mim que culpa e vitimização são sempre artimanhas e armadilhas criadas por
nossa própria falsa identidade para, ou nos livrar do fardo através da acusação e do julgamento, ou nos
martirizarmos com o fardo, através da dramatização e do medo.

Nota-se com isso que a Responsabilidade é jogada sempre para o outro, porque a culpa é dele nos dois
casos: ou ele é culpado pelo que fez com o outro (e aí eu julgo e condeno), ou é culpado pelo que fez
comigo (aí eu reclamo e me vitimizo).

Mas quando esse olhar sobre o mundo com essa qualidade de acolhimento e gratidão é alcançado, a
própria palavra “fardo” deixa de ter sentido, pois eu agora sei que a Responsabilidade pelo que me chega
na Vida é minha. Assim, eu me torno co-criador da minha própria realidade, entendendo também que não
há “acasos” nem “sorte” ou “acidentes” pelo percurso.
É por isso que eu entendo hoje porque os “piores” também estão dando o melhor de si, e como seus
papéis são tão importantes quanto os papéis desempenhados maravilhosamente pelos santos e iluminados
de todas as épocas!

Em verdade, esse é mais um véu que vem sendo retirado de minha turva e limitada visão: está tudo certo,
tudo é aprendizado e crescimento, do Perfeito só pode advir a própria Perfeição.

Nesse sentido, entendo Perfeição como a Perfeição Divina, como um continuum, o Eterno Agora, o
Sagrado Momento onde somente O Que É Real pode existir. Não é perfeição num sentido estagnado,
onde já está tudo pronto e acabado! É um ato de eterno descobrimento, fluxo infinito que é a própria
Vida...

Estamos “finitos”, mas Somos O Infinito.


Estamos “imperfeitos” com uma visão estanque, mas Somos a própria Perfeição em Processo.
Estamos “separados”, mas Somos Um Só.
O “estar” é relativo a algo exterior e passageiro.
O “Ser” é completo com Tudo O que Há, Consigo Mesmo, e é Eterno.

Por isso, estamos sempre dando o melhor de nós mesmos.

Daniel Caixão
Macaé, 8 de maio de 2009.

É PRECISO TRANSPIRARMOS A NOSSA LUZ!


É PRECISO HONRARMOS A NOSSA AUTORIDADE!

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