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ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo

QFL 2426 – Físico Química

Relatório experimento 1

Victor Parise Alves Grizzo Bertoldi 11382672

São Paulo - SP
Setembro, 2020

Sumário:
1.1 – Introdução e objetivo
1.2 – Procedimento Experimental
1.3 – Tratamento de Dados
1.4 – Conclusões
1.5 – Referencias / Bibliografia
1.1 – Introdução
Segundo a definição acadêmica, a viscosidade pode ser entendida
como a propriedade de um fluido que oferece resistência ao
fluxo. Dado essa definição , utilizaremos o viscosímetro de
Ostwald , para determinar a viscosidade relativa entre as
soluções de polímero (relação entre a viscosidade da solução do
polímero e a viscosidade do solvente).Com essa informação e
certo tratamento de dados será possível cumprir o nosso
principal objetivo : Determinação da massa molecular média de
polímeros através de medida de viscosidade.
Para ser possível essa determinação, utilizaremos a relação
matemática entre a viscosidade intrínseca e a massa molar média
do polímero:
(a) [𝜂] = K(M! )#
As constantes K e 𝛼 variam de polímero para polímero. No caso da
Carboximetil Celulose em NaCl, que é a solução que estamos
usando, os parâmetros valem:
(K= 5,19x10-04; α = 0,554)
A fim de determinar o valor da massa molar média do polímero,
precisamos primeiro descobrir o valor da viscosidade intrínseca, e
para isso utilizaremos as relações a seguir e os dados do
experimento
Primeiramente, como estamos tratando de soluções com alta diluição,
vamos admitir que as densidades da solução e do solvente são
iguais. Dessa forma utilizaremos a expressão (b) para determinar
as viscosidades relativas.

𝜂 𝑡
(b) 𝜂$%& = =
𝜂' 𝑡'

Sendo t o tempo médio de escoamento da solução e 𝒕𝟎 o


tempo médio de escoamento do solvente (NaCl 1M).
Uma vez que a viscosidade relativa foi definida, podemos
estabelecer a viscosidade específica, 𝜂)* , pela formula:

𝜂
(c) 𝜂)* =
−1
𝜂'
+
A parir de observações experimentais, observou-se que ,!" varia
em função de c (1), em que c é a é a concentração da solução em g
-
de polímero em 100 ml de solução. Dá mesma forma que (ln ##$ )(,)
varia em função de c (2)

Com isso, é possível traçar dois gráficos (1 e 2) , e realizar a


extrapolação a diluição infinita , que corresponde ao calculo do
limite de quando c tende a zero.

A partir dessa extrapolação conseguimos encontrar a viscosidade


intrínseca. Uma vez com a viscosidade intrínseca em mãos, bem
como com as constantes definidas do polímero, conseguimos
descobrir a massa molar média do polímero.

1.2 – Procedimento Experimental


Para o procedimento experimental será necessário o uso de 1
viscosímetro de Ostwald , 1 cronometro , agua destilada e soluções
de polímero , nesse caso Carboximetil celulose.
Primeiramente devemos calibrar o viscosímetro com a água
destilada, para assim podermos definir os dados iniciais do solvente
de NaCl. Isso é realizado a partir do preenchimento do viscosímetro
com uma pipeta, e depois a cronometragem dos tempos de
escoamento da água e do NaCl 1M.
Após a calibragem, devemos cronometrar o escoamento das
soluções contendo diferentes concentrações de polímero, e anotar
os resultados.
1.3 – Tratamento de Dados
Abaixo temos os dados coletados de tempo de escoamento das
soluções com polímero e da solução de NaCl 1M (Solvente) que
servirá de referência.

Concentração CMC (g/L) Tempo escoamento (s) T médio (s)


1 23,59 29,12 26,355
2 41,92 38,8 40,36
3 86,4 86,94 86,67
3,5 91 125,71 108,355
4 583,36 509,15 546,255
NaCl 1M 19,56 13,14 16,35

Agora utilizando a teoria desenvolvida durante a introdução,


especificamente as equações (b) e (c), determinei a viscosidade
relativa, 𝜂$%& ,e a viscosidade específica, 𝜂)* .

Concentração CMC (g/L) Viscosidade relativa Viscosidade especifica (Nsp)


1 1,611926606 0,611926606
2 2,468501529 1,468501529
3 5,300917431 4,300917431
3,5 6,627217125 5,627217125
4 33,41009174 32,41009174

+!"
O próximo passo é montar os gráficos de ,
em função de c (1), e o
-
gráfico de (ln ##$ )(,) em função de c (2) , explicados na introdução
,e realizar a extrapolação ,em que c tende a zero.
Gráfico 1
18
16
14
Nsp / c

y = 43,065x + 0,741
12
10
8
6
4
2
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4
C (g/dL)

Gráfico 2
6

4
1/c ln (N/No)

2
y = 3,5108x + 4,23
1

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4
C (g/dL)

Note que realizei a regressão linear apenas com os quatro primeiros


dados experimentais, 1 g/L até 3,5 g/L. Isso foi feito, pois como a
variação é exponencial, os dados da última concentração, 4 g/L,
destoam muito dos demais, assim prejudicando a validade da
extrapolação.

Com os dados fornecidos pelo gráfico, e a realização da


extrapolação, temos que viscosidade intrínseca, [𝜂] , vale
aproximadamente 2,485 = [𝜂]
Com esse valor de [𝜂] , retornamos à equação (a) e aplicando as
constantes, obtemos a massa média do polímero igual a:
M! = 4 ,012067 ∙ 10. g/mol

1.4 – Conclusões
Com os resultados experimentais foi possível evidenciar que a
solução de Carboximetil celulose é muito mais viscosa que o
solvente NaCl.

Ao comparar os resultados de massa molar média do polímero com


a literatura acadêmica e dados experimentais, podemos afirmar
que ele é coerente. Foi possível concluir isso, pois como estamos
lidando com um polímero de longa cadeia carbônica, uma
macromolécula, valores elevados de massa por mol (até casos de
>10/ g/mol) são perfeitamente plausíveis.

1.5 – Referencias / Bibliografia

a) K.Van Holde and R.A. Alberty, J. Chem. Educ., 26,151 (1949).

b) F. Daniels et al., Experimental Physical Chemistry, McGraw-Hill, 6a Ed., Cap. 13, ítem 44.

c) Encyclopedia of Polymer Science, vol 17, p. 167, F.L. Marten.

d) A. M. Halpern, G. C. McBane "Experimental Physical Chemistry: A Laboratory Textbook" 3.


ed. W. H. Freeman and Co., 2006.

e) American Polymer Standards Corporation. http://www.ampolymer.com/Mark-


HouwinkParameters.html, acessado em 25/05/2015.

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