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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Faculdade de Formação de Professores


Projeto: “Narrativa nos Livros Didáticos de História: Tradições e Rupturas”.
Bolsista: Gabriel da Conceição Fernandes
Tema: Conflitos no Oriente Médio nos séculos XX e XXI.

Este relatório é a análise sobre o tema “Conflitos no Oriente Médio nos séculos XX e
XXI” nos livros didáticos de História referentes às quinze coleções utilizadas na pesquisa do
projeto “Narrativa nos Livros Didáticos de História: Tradições e Rupturas”. Aqui poderemos
observar as recorrências e singularidades apresentadas nos livros didáticos. As narrativas
apresentam pequenas variações em suas apresentações a respeito do tema, e apontarei não
apenas as semelhanças, mas também irei destacar as pequenas nuances presentes nas
narrativas nas obras didáticas.

OS LIVROS ANALISADOS AQUI SÃO:

Coleção 1 - MELLO, L. I. de A.; COSTA, L. C. A. História - Da independência dos Estados


Unidos ao novo imperialismo - 9º ano. São Paulo. Editora: Scipione. 2009.

Coleção 2 - BRAICK, P. R. E MOTA, M. B. História das cavernas. 9º ano. São Paulo.


Editora: Moderna. 2009.

Coleção 3 - PILETTI, N. PILETTI, C. e LEMOS, T. T de. História e vida integrada. 9º ano.


São Paulo. Editora: Ática, 2009.

Coleção 4 - DOMINGUES, J. E. História em documento – imagem e texto. 9º ano. São


Paulo. Editora: FTD, 2009.

Coleção 5 - BOULOS JR, A. História sociedade e cidadania 9º ano. São Paulo. Editora FTD,
2009.

Coleção 6 - MONTELLATO, C. C. História temática. 9º ano. Rio de Janeiro. Editora:


Scipione. 2009.
Coleção 7 - PANAZZO, S. e VAZ, M. L. A. Navegando pela história. 9º ano. Rio de Janeiro.
Editora: Quinteto Editorial, 2009.

Coleção 8 - DREGUER, R. e TOLEDO, E. Novo história: conceitos e procedimentos. 9º ano.


São Paulo. Editora: Atual editora. 2009.

Coleção 9 - FIGUEIRA, D. G. e VARGAS, J. T. Para entender história. 9º ano. Rio de


Janeiro. Editora: Saraiva. 2009.

Coleção 10 - NEMI, A. L. L. e BARBOSA, M. Para viver juntos. 9º ano. São Paulo. Editora:
edições SM, 2009.

Coleção 11 - APOLINÁRIO, M. R. Projeto araribá. 9º ano. São Paulo. Editora: Moderna,


2009.

Coleção 12 - BOULOS JR, A. Projeto Radix. 9º ano. Rio de Janeiro. Editora: Scipione. 2009.

Coleção 13 - COTRIM, G. e RODRIGUES J. Saber e fazer história. 9º ano. Rio de Janeiro.


Editora: Saraiva, 2009.

Coleção 14 - CARDOSO, O. P. Tudo é história. 9º ano. Rio de Janeiro. Editora: Ática, 2009.

Coleção 15 - PELLEGRINI, M. DIAS, A. M. e GRINBERG, K. Vontade de saber história. 9º


ano. São Paulo. Editora: FTD, 2009.

Tema: Conflitos no Oriente Médio nos séculos XX e XXI.


Número de
Coleção Título nas coleções Capítulo Tópico Páginas
Capítulo 18: Existe ainda o Terceiro
Mundo?/ A guerra do Afeganistão/
1 O Oriente Médio analisar p.236 - 245
Capítulo 15: Impasses e conflitos no p. 283 -
2 século XXI 293
Capítulo 19: Oriente Médio: uma
3 guerra sem fim? p.228 - 237
Capítulo 16: Como o mundo reagiu
às Crises de 1973 e 1979 e o
Capítulo 18: Como acabou a Guerra
Fria? /Choque de interesses no
mundo islâmico; O
4 fundamentalismo pós-Guerra Fria. p.234 - 243
Capítulo 12: Guerra e paz no p. 183 -
5 Oriente Médio Analisar 194
6
Unidade 5: O mundo
multipolarizado / Desafios da Nova p. 230 -
7 Ordem mundial Analisar 239
8
p. 238 -
9 Capítulo 13: Oriente Médio 243
10 Capítulo 9: A Nova Ordem Mundial p.273 - 275
Unidade 6: O mundo bipolar/ A
11 questão Judaico-palestina p.184 - 187
Capítulo 13: A descolonização da
Ásia e da África / Os conflitos do
12 Oriente Médio p.222 -228
Capítulo 12: O Oriente Médio nos p. 206 -
13 séculos XX e XXI. 217
Capítulo 12: Os conflitos no Oriente
14 Médio p.136 - 147
Capítulo 8: O mundo durante a
15 Guerra Fria / Israel e Palestina p.140 - 141

Buscando potencializar e, de certa forma, viabilizar a confecção deste relatório, adotei


uma metodologia um pouco diferente dos temas já analisados e sintetizados pelo projeto de
pesquisa. Por conta da própria estrutura e organização das narrativas didáticas ao abordar o
tema dos “Conflitos no Oriente Médio nos séculos XX e XXI”, tomei como satisfatório
dividir os principais aspectos das coleções. Ou seja, fiz uma subdivisão, em quatro tópicos (A
Guerra do Afeganistão, Conflitos árabes-israelenses, Guerras envolvendo Irã e o Iraque e a
Crise do Petróleo), dos assuntos mais recorrentes no tema. Sendo assim, o relatório trará
quatro temas que, por conta de uma conexão ausente ou fraca entre as narrativas, estarão
sendo melhor abordados separadamente.

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COLEÇÃO>
ASSUNTO\/
Primeira e
Segunda
Guerra no
Afeganistão
Guerra Irã-
Iraque
A primeira e a
Segunda
Guerra no
Golfo

Conflitos
Árabe-
Israelense

A organização
para a
Libertação da
Palestina
(OLP) -

Guerra dos Seis


Dias

Guerra do Yom
Kippur

A primeira e a
Segunda
Intifada

O acordo de
Oslo e a
criação da
Autoridade
Nacional
Palestina
(ANP)

Crise do
Petróleo e o
Brasil

A PRIMEIRA E A SEGUNDA GUERRA NO AFEGANISTÃO


Dentre as quinze coleções analisadas, apenas três (Coleção 6 - “História Temática”,
Coleção 8 - “Novo História” e Coleção 15 - “Vontade de Saber História”), não apresentam
uma narrativa sobre a primeira e a segunda guerra do Afeganistão.

Coleção 1 “História” - A presente coleção, após traçar alguns aspectos geográficos e


demográficos do Afeganistão, afirma que, em 1979, o Afeganistão fora invadido pela antiga
União Soviética, que tentava por lá manter um governo socialista. Ressalta que a ocupação
soviética foi combatida por mujahedins - guerrilheiros muçulmanos que recebiam ajuda
militar e econômica dos Estados Unidos. Ademais, nesta coleção, há um paralelo
estabelecido entre outros assuntos anteriormente trabalhados, quando, por exemplo, a coleção
diz que “Para os soviéticos, o Afeganistão se transformou numa espécie de Vietnã”. A
coleção “História” afirma que, em 1989, depois da derrota dos soviéticos, o país foi
envolvido numa sangrenta guerra civil entre facções étnicas e religiosas afegãs e que, em
1996, o grupo guerrilheiro denominado Taliban (estudantes do Corão) emergiu vitorioso
dessa luta interna e passou a controlar 90% do território afegão. Este grupo - Taliban - fora
tido como responsável dos atentados às torres do World Trade Center, em Nova York, e ao
Pentágono, em Washington. Sob a acusação do governo norte-americano, os afegãos foram
tidos como responsáveis de dar abrigo a Osama Bin Laden e a sua organização, Al Qaeda. No
mês seguinte ao atentado, forças militares norte-americanas e britânicas declararam guerra ao
Afeganistão, atacaram o país e derrubaram o regime Talibã. Com a queda do Talibã, foi
instaurado um novo governo presidido por Hamid Karzai, apoiado pelas forças de ocupação
anglo-americanas. A coleção, por fim, ressalta que o Afeganistão, ainda hoje, sofre com as
forças de guerrilha do Taliban e continuam a promover ataques e provocar conflitos internos
e externos. Para a coleção, o Afeganistão, que fora destruído por duas décadas de conflitos
internos e externos, possui hoje mais de dois milhões de refugiados e uma economia em
frangalhos.
Coleção 2 “História das cavernas ao terceiro milênio” - A presente coleção afirma que
o Afeganistão sofreu, ao longo de sua história, múltiplas influências e agregou grande
diversidade étnica. E que os muçulmanos, religião majoritária, estão divididos entre a minoria
xiita e a maioria sunita. A coleção ressalta que, em 1953, o militar Mohammed Daud se
tornou o primeiro-ministro da Monarquia afegã e, com apoio da União Soviética, iniciou um
processo de modernização econômica e de reformas internas. Atribui-se, nesta coleção, uma
importância a Daud que, em 1963, liderou um golpe militar, que derrubou a Monarquia e
instaurou a República, teve seu governo destituído, cinco anos depois, por um golpe liderado
pelo Partido Democrático do Povo do Afeganistão (PDPA) e levou ao poder um governo de
orientação comunista. O novo regime encontrou forte resistência na sociedade afegã e não
conseguiu controlar as forças de oposição. A União Soviética, que até então exercia grande
influência sobre o país, temeu que os protestos acabaram por derrubar o regime e invadiu
militarmente o Afeganistão, em 1979. A ocupação garantiu a hegemonia soviética numa
região de grande importância estratégica no cenário da Guerra Fria. Grupos muçulmanos,
porém, rejeitaram as reformas. Os mujahedins (guerrilheiros) organizavam a resistência
clandestina contra o regime pró-soviético com apoio da classe média. A reação ao governo
contou ainda com a ajuda de outros países como Arábia Saudita, China, Paquistão, Irã e
Estados Unidos, por motivos diferentes, que se opunham à hegemonia soviética e ao governo
não islâmico no Afeganistão. Em 1988, Afeganistão, União Soviética, Estados Unidos e
Paquistão assinaram acordos de paz, determinando a saída do Exército Vermelho do território
afegão definindo um governo de conciliação. As mudanças do acordo de 1988, no entanto,
não encerraram a guerra civil. Os guerrilheiros prosseguiram em sua luta. Em 1992, os
mujahedins cercaram a cidade de Cabul, depuseram o presidente e proclamaram um Estado
Islâmico no Afeganistão. Contudo, depois de derrubarem o antigo governo, as milícias rivais
passaram a disputar poder entre si e a revezavam no controle do Estado. Em meio às longas
disputas, o grupo Talibã ampliou sua força e conseguiu assumir o controle. O regime talibã
aboliu a liberdade religiosa no Afeganistão e impôs a obediência à Sharia (lei religiosa
islâmica, que regula a vida pública e privada).
Esta coleção, ao narrar o atentado de 11 de setembro, nos diz que o governo norte-
americano, convencido de que bin Laden se escondia no Afeganistão, passou a exigir, junto
ao governo afegão, a captura do terrorista e a destruição das bases de sua organização, a Al
Qaeda. No entanto, o Talibã, que reunia os líderes políticos e religiosos do Afeganistão,
recusou atuar na busca e na prisão de bin Laden, a quem o governo afegão era ligado. Diante
da recusa, os Estados Unidos desencadearam uma ofensiva militar sobre o país, com o
objetivo de atacar a Al Qaeda e localizar seu principal líder. O Talibã resistiu apenas dois
meses à ação antiterrorista dos Estados Unidos. Em dezembro de 2001, um novo governo foi
empossado e passou a contar com o apoio de uma força de segurança criada pela ONU e
composta por militares de 18 países. Osama Bin Laden, porém, não foi localizado. Ele e
outros membros da Al Qaeda, junto com antigos membros do grupo Talibã, conseguiram se
refugiar nas regiões montanhosas do interior do país e escapar da perseguição norte-
americana. Com isso, a Al Qaeda continuou a atuar dentro e fora do Afeganistão. Em 2004,
pouco mais de três anos após o atentado, o país elegeu, por via direta, um novo governo que,
com apoio externo, prosseguiu na busca de bin Laden e na repressão aos núcleos de
resistência do Talibã.
Coleção 3 - “História e Vida Integrada” - Esta coleção, no capítulo 17, intitulado: “A
última superpotência”, nos narra que “o maior foco de problemas para Bush, entretanto,
estava no Oriente Médio. Durante anos, sucessivos governos estadunidenses apoiaram Israel
contra as legítimas aspirações do povo palestino de ter seu próprio Estado. Ao mesmo tempo,
aliaram-se a governos corruptos e ditatoriais entre os países árabes, levados pelo seu interesse
no petróleo da região”. “Essa política gerou ressentimento e ódio contra os Estados Unidos
entre grupos militantes muçulmanos e, de forma difusa, em todo mundo árabe. Nove meses
depois de tomar posse da Presidência, Bush se deparou com a mais explosiva manifestação
desses ressentimentos. Na manhã de 11 de setembro, aviões sequestrados por terroristas da
organização Al-Qaeda, de origem muçulmana, foram lançados contra o Pentágono (sede do
governo militar dos Estados Unidos), em Washington, e contra as torres gêmeas do World
Trade Center, em Nova York. As duas torres foram totalmente destruídas, cerca de 3 mil
pessoas morreram no atentado. Em represália, Bush lançou uma ofensiva militar contra o
Afeganistão, país do Oriente Médio, acusando seu governo de dar abrigo a Osama bin Laden,
líder da Al-Qaeda. Nascido na Arábia Saudita, Bin Laden fora treinado e armado pelos norte-
americanos quando lutava contra a ocupação soviética do Afeganistão (1979 - 1989). A
ofensiva de Bush provocou a queda do governo do Afeganistão, mas não foi capaz de
capturar Bin Laden, seu principal”.
Coleção 4 “História em Documento” - A coleção “História em Documento” afirma
que, no Afeganistão, a facção islâmica Taliban, que assumiu o poder em 1995, estabeleceu
um regime de terror radicalmente contra toda influência moderna e ocidental. Além disso, a
coleção ressalta que em 1979 recebera armamento pesado dos norte-americanos para expulsar
os invasores soviéticos, voltou-se contra os EUA, vistos como responsáveis pela miséria do
planeta e fonte de todo mal. O governo do Taliban, segundo a coleção, deu proteção ao grupo
fundamentalista islâmico Al Qaeda, de Osama Bin Laden, acusado de promover, em 1998,
ações terroristas contra bases norte-americanas no Quênia e na Tanzânia. E, por fim, a
coleção dia que Em 11 de setembro de 2001, o mundo foi surpreendido pelo maior e mais
ousado atentado terroristas: aviões de passageiros da American e da United Airlines foram
lançados contra as torres gêmeas do World Trade Center e que um Um terceiro avião atingiu
o Pentágono. Milhares de pessoas morreram. E, por conta dos atentados, o presidente norte-
americano George W. Bush a declarar guerra ao terror. O primeiro alvo foi o Afeganistão,
que abrigava o grupo Al Qaeda e seu líder Bin Laden, vistos como autores do atentado às
torres gêmeas. Os ataques aéreos anglo-americanos foram arrasadores. Em novembro de
2001, os combatentes do Taliban se renderam e seus líderes foram levados presos para a base
naval dos Estados Unidos em Guantánamo, na Ilha de Cuba. Bin Laden, contudo, conseguiu
escapar do cerco norte-americano.
Coleção 5 - “História Sociedade e Cidadania” - A coleção “História, Sociedade e
Cidadania” propõe uma associação entre a revolução islâmica e o crescimento do
fundamentalismo islâmico no Oriente Médio. A coleção diz que, no Afeganistão, o grupo
fundamentalista Talibã chegou ao poder em 1996 e impôs ao país uma ditadura teocrática e
antiocidental. A ascensão do Talibã no Afeganistão favoreceu a ação de grupos terroristas
contrários à ocidentalização dos costumes na sociedades muçulmanas. Os Estados Unidos,
tidos como representantes máximos do Ocidente, foram diabolizados, e sua influência
política, econômica e cultural, tornou-se um alvo a ser duramente combatido. Em 11 de
setembro de 2001, um desses grupos fundamentalistas islâmicos agiu de forma violentíssima
e inesperada ao lançar dois aviões sobre as torres gêmeas do World Trade Center e um
terceiro contra o prédio do Pentágono, em Washington. E, por conta disso, o governo norte-
americano, liderado por George W. Bush, culpou os atentados da Al Qaeda, comandada por
Osama Bin laden, e conseguiu dezenas de aliados, para atacar o Afeganistão. Os ataques
atingiram civis e causaram fuga de centenas de milhares de afegãos. Um governo alinhado às
forças anglo-americanos foi eleito, no Afeganistão, em 2002.
Coleção 7 “Navegando pela História” - A coleção “Navegando pela História” ressalta
a complexidade nas relações entre os povos do Oriente Médio envolve impasses seculares,
disputas econômicas, ditaduras militares, conflitos étnicos e intolerância religiosa. E que,
naquela região, Afeganistão ganhou a atenção mundial ao derrotar as tropas da União
Soviética em 1989, após dez anos de uma ocupação comparável à Guerra Fria. Além disso,
mergulhado alguns anos na guerra civil, novamente o Afeganistão despertou a atenção da
comunidade internacional quando, em 1996, a facção islâmica fundamentalista denominada
Taleban (ou Talibã) tomou o poder. Instalou-se então no país uma ditadura teocrática, tendo
como principal característica a manutenção das tradições religiosas e culturais do Islã. A
coleção acrescenta que esse cenário político-religioso favoreceu a aliança do país com grupos
terroristas que combatem a ocidentalização dos costumes nas sociedades árabes,
representada, principalmente, pela influência política, econômica e cultural norte-americana
sobre os países muçulmanos. E que, em setembro de 2001, o mundo assistiu perplexo a uma
violenta demonstração desses impasses. Em ações minuciosamente planejadas, terroristas
atacaram as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, em
Washington - causando a morte de aproximadamente 5 mil pessoas. Por isso, o governo
norte-americano, após investigação, atribuiu a autoria dos atentados à rede terrorista Al-
Qaeda, liderada pelo saudita Osama Bin Laden. Em poucas semanas, o presidente norte-
americano, George W. Bush adotou uma política militarista, organizou uma coalizão
internacional contra o terrorismo e iniciou uma caçada contra Bin Laden, chegando a oferecer
vultosa recompensa para quem o capturasse. A coleção ressalta que o irônico é que, na
década de 1980, Bin Laden trabalhou para a CIA, a agência de inteligÊncia dos EUA, que
durante a Guerra Fria realizava serviços de espionagem internacional e treinava guerrilheiros
pró-capitalistas. Em outubro de 2001, a fim de capturar Bin Laden, os Estados Unidos
declararam guerra ao Afeganistão, país que, supostamente, acolhera o terrorista. Uma
perspectiva adotada desta coleção é mencionar que o fracasso na captura de Osama Bin
Laden fez crescer a preocupação norte-americana com a segurança nacional e diminuir a
popularidade de George W. Bush. Mas que, mesmo assim, ele foi reeleito em 2004, em sua
política externa, priorizou o combate ao terror e aos países que representam alguma ameaça
aos interesses norte-americanos.
Coleção 9 “Para entender a História” - A coleção “Para entender a História” afirma
que as autoridades norte-americanas apontaram Osama Bin Laden, chefe da organização Al-
Qaeda, como principal suspeito pelos atentados de 11 de setembro de 2001. Ele era um antigo
conhecido dos EUA. Inicialmente, havia lutado contra a ocupação soviética do Afeganistão,
com apoio dos próprios EUA. Mais tarde, passou a realizar atos terroristas contra alvos
estadunidenses. E que, para o governo norte-americano, Bin Laden operava a partir do
Afeganistão, que na época era governado pelo Taleban, um grupo fundamentalista. Alguns
anos antes, a ONU havia, sem sucesso, solicitado ao Taleban a entrega do chefe terrorista
para que ele fosse julgado por um tribunal internacional. Depois do ataque de 11 de
setembro, o governo estadunidense renovou a exigência. Como não foi atendido, no início de
outubro de 2001, forças norte-americanas e britânicas iniciaram o bombardeio do
Afeganistão, contando com o apoio dos grupos armados afegãos inimigos do Taleban. Porém,
ressalta a coleção que, a vitória no Afeganistão não tinha sido completa. Bin Laden havia
conseguido fugir. Além disso, forças sobreviventes do Taleban se reagruparam e passaram a
agir por meio de sequestros e atentados.
Coleção 10 - “Para Viver Juntos” - Esta coleção nos narra que “durante a guerra do
Afeganistão (1979 - 1988), quando os soviéticos invadiram o país, muitos fundamentalistas
islâmicos árabes decidiram se unir aos mujahedins nas montanhas afegãs para lutar contra as
tropas invasoras. Dentre eles, encontrava-se o saudita Osama Bin Laden, que era patrocinado
pelos Estados Unidos juntamente com outros grupos guerrilheiros antissoviéticos. Quando
União Soviética abandonou o Afeganistão, os diferentes grupos guerrilheiros passaram a
disputar o poder. Depois de uma sangrenta guerra civil, o Afeganistão acabou sendo
controlado pela milícia Talibã, formada por fundamentalistas muçulmanos, que deram abrigo
a Bin Laden e à sua rede terrorista, a Al Qaeda. Em 1991, Bin Laden dediciu formar uma
rede terrorista para atacar os Estados Unidos, por estes terem usado o território da Arábia
Saudita como base militar norte-americana durante a Guerra do Iraque ocorrida no mesmo
ano. No Afeganistão, a Al Qaeda mantinha um campo de treinamento militar para os
integrantes da rede terrorista”.
A coleção acrescenta que “o primeiro alvo da Doutrina Bush foi o Afeganistão.
Informações davam conta de que Osama Bin Laden, líder da Al Qaeda estaria escondido nas
montanhas daquele país. O governo Talibã, no entanto, não atendeu ao ultimato do governo
norte-americano: entregar Bin Laden ou sofrer retaliações imediatas. No dia 7 de outubro de
2001, os Estados Unidos iniciaram o ataque ao Afeganistão com um triplo objetivo: prender
Osama Bin Laden, desarticular a Al Qaeda e depor o governo Talibã, que protegia grupos
terroristas. Os Estados Unidos e seus aliados não conseguiram localizar o líder saudita nem
desarticular a Al Qaeda. Porém conseguiram retirar os Talibãs do poder e conduzir Hamid
Karzai, um político muçulmano moderado, à presidência do Afeganistão”.
Coleção 11 - “Projeto Araribá” - Esta coleção, na sua unidade 8, intitulada “A nova
ordem mundial”, nos narra que “os fundamentalistas muçulmanos, culturalmente, voltam-se
contra o que chamam de 'modelo de vida do Ocidente' e, politicamente, contra a ação de
Israel, dos Estados Unidos e dos seus aliados. As ações dos grupos atingem
indiscriminadamente populações civis e alvos militares, organizadas em rede, por terroristas
internacionais, em qualquer parte do mundo. Foi o que ocorreu em 11 de setembro de 2001,
data do mais audacioso ato terrorista da história. Nesse dia, aviões foram lançados contra as
Torres Gêmeas, símbolo do capitalismo americano, em Nova York, e contra o Pentágono,
sede do poder político-militar norte-americano. O evento foi mostrado em tempo real, pelas
televisões, para todo o mundo, e vitimou mais de três mil pessoas. O ataque teria sido
protagonizado pelo grupo fundamentalista islâmico Al-Qaeda, uma rede terrorista
internacional liderada pelo milionário saudita Osama Bin Laden, que no passado tinha sido
aliado dos Estados Unidos, lutando no Afeganistão contra os soviéticos. O governo dos
Estados Unidos reagiu ao ataque com uma ofensiva contra o Afeganistão, acusado de abrigar
o terrorista Bin Laden. Com o apoio do governo britânico, atacaram as principais cidades
afegãs e isolaram a milícia Talebã, grupo extremista islâmico que governava o país. Os
talebãs foram fundamentais na luta contra os soviéticos e, nessa época, eram apoiados e
armados pelos Estados Unidos. Em dezembro de 2001, os Estados Unidos nomearam um
novo governo para o Afeganistão, apoiado pela ONU. Apesar do apoio externo ao novo
governo, ele continua incapaz de controlar totalmente o território afegão”.
Coleção 13 “Saber e Fazer História” - Para a coleção "Saber e fazer História", os
ataques sofridos pelos Estados Unidos, em setembro de 2001, motivaram o governo norte-
americano a invadir o Afeganistão e o Iraque, acusados de patrocinar os grupos responsáveis
pelos ataques. Além disso, a coleção acrescenta que foram mobilizadas pelos Estados Unidos
forças para a campanha chamada “guerra contra o terror”, que levou à queda do governo do
Talibã no Afeganistão.
Coleção 14 - “Tudo é História” - Esta coleção, no capítulo 23, intitulado “O fim da
guerra fria”, nos narra que “No dia 11 de setembro de 2001, os dois maiores edifícios
comerciais de Nova York (as chamadas torres gêmeas do World Trade Center) foram
destruídos por aviões civis. De acordo com o governo dos Estados Unidos, esses aviões
estavam lotados de passageiros e foram pilotados até o alvo por terroristas que os
sequestraram em pleno voo. O impacto dos aviões contra os edifícios provocou a morte de
quase 3 mil pessoas. No mesmo dia, o edifício do Pentágono, em Washington, também foi
atacado por um avião, causando estragos no prédio e a morte de cerca de oitenta pessoas.
Segundo o governo dos Estados Unidos, os autores dos ataques foram integrantes da Al
Qaeda, organização liderada por Osama bin Laden. Como a Al Qaeda tinha seus campos de
treinamento no Afeganistão, cujo governo a apoiava, o governo dos EUA atacou o
Afeganistão em outubro de 2001 e derrubou o governo daquele país.

A GUERRA IRÃ-IRAQUE
Dentre as coleções analisadas, sete delas possuem uma narrativa sobre as guerras
envolvendo o Irã e o Iraque, são elas: Coleção 1 “História”, Coleção 2 “História das Cavernas
ao Terceiro Milênio”, Coleção 3 - “História e Vida Integrada”, Coleção 9 “Para entender a
História”, Coleção 10 - “Para Viver Juntos” , Coleção 11 - “Projeto Araribá”, Coleção 14
“Tudo é História”.

Coleção 1 “História” - A presente coleção, após mencionar aspectos geográficos e


demográficos da região do Iraque, estabelece um paralelo com conteúdos de outros anos ao
mencionar que o Iraque está localizado na antiga Mesopotâmia. Além disso, a coleção aborda
que a religião predominante do território é o islamismo. A coleção ressalta que, em 1979,
Saddam Hussein, assumiu o poder com um golpe de Estado, com apoio dos Estados Unidos.
E, no ano seguinte, os iraquianos invadiram o Irã, onde havia, também em 1979, uma
revolução islâmica liderada pelo aiatolá Khomeini. A coleção diz que o Irã, que era também
um grande produtor de petróleo, era, até essa revolução, governado com grande apoio dos
Estados Unidos e que o Aiatolá Khomeini rompeu os laços entre o Irã e a potência. Durante a
guerra Irã-Iraque, Saddam recebeu ajuda militar norte-americana e auxílio financeiro de
vários países árabes aliados dos Estados. Ambos temiam que a revolução iraniana se
expandisse para as monarquias para o mundo capitalista. O conflito armado entre os dois
países foi uma verdadeira carnificina e esgotou economicamente os dois países e terminou
sem nenhum vencedor, em 1988. A coleção, além de tudo isso, menciona que muito dos
conflitos do Oriente Médio ocorreram em parte por causa da interferência estrangeira no
governo dos países.
Coleção 2 “História das Cavernas ao Terceiro Milênio” - Segundo esta coleção, a
revolução islâmica do Irã, em 1979, incentivou manifestações muçulmanas também no Iraque
e preocupou o presidente Saddam Hussein. Em setembro de 1980, Hussein se aproveitou da
fragilidade política do país vizinho e declarou guerra aos iranianos. Seu objetivo principal era
assegurar o controle de rios e canais localizados na fronteira entre o Irã e o Iraque. Além
disso, Saddam ambicionava conquistar territórios petrolíferos e assumir a liderança política
no mundo árabe e debilitar a influência xiita no Iraque e nos demais países do Oriente Médio.
A presente coleção afirma que, com o prolongamento dos conflitos, a guerra se alastrou no
Golfo Pérsico o que comprometeu as exportações de petróleo e, por isso, atraiu a atenção das
grandes potências, especialmente dos Estados Unidos. As pressões internacionais levaram o
Irã a aceitar umm cessar-fogo, que passou a vigorar em agosto de 1988, encerrando a guerra.
Coleção 3 - “História e Vida Integrada” - Esta coleção, no capítulo 17, “A última
superpotência”, nos narra que “o combate ao terrorismo tornou-se então a grande obsessão do
governo Bush. Em nome desse combatem obteve do Congresso e aprovação do Patriotic Act,
pelo qual as autoridades policiais ficam autorizadas a violar mensagens na internet, grampear
telefones, prender suspeitos e realizar interrogatórios sem prévia autorização da Justiça. Para
muitos estudiosos, essas medidas violam direitos civis tradicionalmente respeitados nos
Estados Unidos. Com o fracasso da caçada a Bin Laden, Bush criou um novo inimigo mortal
para os Estados Unidos. Esse inimigo seria o ‘Eixo do Mal’, grupo heterogêneo de países
como Irã, Coreia do Norte, Iraque e Cuba. Dois desses países são comunistas (Cuba e Coreia
do Norte). Os outros são muçulmanos. De todos eles, o mais rico em petróleo é o Iraque.
Não por coincidência, Bush o elegeu o ‘inimigo da vez’. Durante todo o ano de 2002, acusou
o ditador do Iraque de apoiar o terrorismo e de promover a produção de armas de destruição
em massa. Inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU), entretanto, estiveram no
Iraque, fiscalizando suas instalações militares e industriais sem encontrar indícios dessas
armas. Apesar disso, em março de 2003, forças militares dos Estados Unidos e da Grã-
Bretanha, apoiadas por pequenas tropas de outros países, deram início à invasão do Iraque.
Derrubado do poder, Saddam foi capturado e executado, após julgamento, em dezembro
2006. Nenhum sinal das armas de destruição em massa foi encontrado. Uma vez ocupado
pelas forças anglo-americanas teve início no Iraque outro tipo de conflito: uma guerra de
resistência, subterrânea, de atentados terroristas e emboscadas que, até o começo de 2008 já
havia provocado a morte de mais de 4 mil soldados estadunidenses. Essa situação tem levado
muitos analistas internacionais a comparar o que está ocorrendo no Iraque que com a Guerra
do Vietnã, na qual os Estados Unidos - após anos de combate e mortes incontáveis soldados -
foram derrotados”. Ainda neste capítulo, esta coleção nos diz que “Em novembro de 2004,
George W. Bush venceu a disputa eleitoral contra o candidato democrata John Kerry e foi
reeleito presidente dos Estados Unidos. Apesar da vitória, as críticas contra sua atuação na
"guerra contra o terror" se intensificaram, principalmente depois que imagens de prisioneiros
iraquianos torturados por soldados norte-americanos foram divulgadas mundialmente. Ao
longo de seu segundo mandato, Bush não conseguiu pôr termo às operações militares no
Iraque e no Afeganistão nem à ameaça de ataques terroristas. No fim de novembro de 2008,
por exemplo, ações de grupos islâmicos na cidade de Mumbai, na Índia, mataram
aproximadamente duzentas pessoas e feriram cerca de trezentas”.
Coleção 9 “Para entender a História” - Saddam Hussein fazia parte do governo
iraquiano desde o começo da década de 1970. Em 1979, ele chefiou um golpe de Estado e
centralizou o poder. Nos anos seguintes, lançou seu país em duas guerras. A primeira foi
contra o Irã, conhecida como a Guerra Irã-Iraque. Um dos seus objetivos era acabar com a
interferência do governo iraniano no Iraque. O outro era tomar o canal de Chatt al-Arab. A
posse desse canal facilitaria as exportações de petróleo iraquiano através do golfo pérsico.
Saddam Hussein esperava uma vitória rápida, acreditando que o Irã estava enfraquecido
devido às turbulências internas provocadas pela revolução islâmica. Mas foi surpreendido
pela tenaz resistência dos iranianos, e a guerra se prolongou por oito anos. Em agosto de
1988, a guerra chega ao fim. Não houve um vencedor. Ao contrário, os dois países saíram
enfraquecidos, e cerca de 1 milhão e meio de pessoas morreram.
Coleção 10 - “Para Viver Juntos” - Esta coleção nos narra que “afirmando que o
Iraque dispunha de um arsenal de armas de destruição em massa e que estaria compactuando
com os terroristas, os Estados Unidos e seus aliados deram início a um ataque ao país, em
março de 2003. Depois de bombardearem e ocuparem o Iraque, os norte-americanos e as
forças aliadas capturaram, em 2003, o ditador e presidente do Iraque desde 1979, Saddam
Hussein, que foi executado em 2006. Do mesmo modo, nunca foram provadas as ligações de
Saddam com os terroristas da Al Qaeda. Até o final de 2008, tropas norte-americanas
permaneciam no Iraque, e os civis iraquianos, assim como os afegãos, continuavam a sofrer
com as consequências dessas duas guerras”.
Coleção 11 - “Projeto Araribá” - Esta coleção, na unidade 8, intitulada “A nova ordem
mundial”, nos narra que “o primeiro conflito entre Estados Unidos e Iraque aconteceu em
1991, durante o governo de George Bush, o pai. As tropas iraquianas, lideradas pelo ditador
Saddam Hussein, invadiram o vizinho Kuwait. Uma coligação de trinta países, liderada pelos
Estados Unidos e apoiada pela ONU, atacou o Iraque e forçou Saddam Hussein a retirar as
tropas do Kuwait. O segundo conflito começou em 2003. Quando o governo de George W.
Bush acusava o Iraque de participar dos atentados contra o World Trade Center, em 2001, e
de possuir armas químicas de destruição em massa. Representantes da ONU inspecionaram
os depósitos de armas iraquianos e nada encontraram, condenando o ataque. Mesmo assim, os
Estados Unidos e a Grã-bretanha atacaram o país e depuseram Saddam Hussein. Em 2009, as
tropas norte-americanas ainda ocupavam o Iraque. O novo governo, constituído por uma
coalizão xiita, encontrava forte oposição dos sunitas (grupo ao qual pertencia Saddam
Hussein). As várias manifestações populares, nos Estados Unidos e em todo o mundo, que
pediam a saída das tropas norte-americanas, e os frequentes ataques terroristas contra
soldados norte-americanos e seus aliados no governo do Iraque foram fatores decisivos no
desgaste do governo de George Bush e na eleição do democrata Barack Obama”.
Coleção 14 “Tudo é História” - Para a coleção, por conta da ascensão dos xiitas no
Irã, os xiitas do vizinho Iraque sentiram-se estimulados a tentar derrubar a minoria sunita que
controlava o poder do país, governado por Saddam Hussein. A coleção afirma que, em abril
de 1980, xiitas iraquianos tentaram assassinar o vice-primeiro-ministro, Tariq Aziz. O
governo iraquiano achou que os xiitas do Irã estavam por trás do atentado e reagiu movendo
suas tropas para invadir uma província iraniana rica em petróleo. O governo dos EUA apoiou
o governo de Saddam Hussein nessa guerra, estimulando seus aliados a fazer o mesmo. A
guerra se estendeu até 1988, sem que um dos lados saísse vitorioso”.
Além destes aspectos, esta coleção, no capítulo 23, intitulado “O fim da guerra fria”,
nos narra que “Em março de 2003, forças dos Estados Unidos e da Inglaterra atacaram
também o Iraque, provocando a queda do governo iraquiano, cujo presidente era o ditador
Saddam Hussein. Saddam estava no governo desde o início da década de 1980, quando
assumiu o poder por meio de um golpe de Estado com o apoio dos EUA. Para justificar essa
guerra, o governo estadunidense alegou que os dirigentes iraquianos tinham ligações com a
Al Qaeda. Também alegou que o Iraque possuía armas de destruição em massa, o que se
revelou falso assim que o exército dos EUA invadiu o Iraque. A ONU se recusou a colaborar
com as ações militares dos Estados Unidos, o mesmo tendo acontecido com os governos da
França e da Alemanha. As iniciativas dos Estados Unidos de promover essas ações militares
se explicam em grande parte pelo fato de a economia estadunidense depender da indústria
bélica (armamentos de guerra). E também porque no Iraque se encontram as maiores reservas
de petróleo do mundo. Logo, ao ocupar esse país, os EUA teriam garantida a extração e o
abastecimento de petróleo por muito tempo”.

A PRIMEIRA E A SEGUNDA GUERRA DO GOLFO

Dentre as coleções analisadas, oito delas apresentam uma narrativa sobre as guerras
do golfo. São elas: Coleção 1 “História” , Coleção 2 “História das Cavernas ao Terceiro
Milênio”, Coleção 4 - “História e Documento”, Coleção 5 - “História Sociedade e Cidadania”
, Coleção 7 “Navegando pela História, Coleção 9 “Para entender a História”, Coleção 12
“Projeto Radix”, Coleção 14 - “Tudo é História”.
Coleção 1 “História” - afirma que, em 1990, Saddam Hussein invadiu o Kuwait, um
pequeno país árabe vizinho, situado no Golfo Pérsico. O Kuwait era um rico produtor de
petróleo e grande credor do Iraque por empréstimos feitos durante a guerra contra o Irã. A
invasão efetuada pelo Iraque feria os interesses políticos e econômicos dos Estados Unidos e,
além disso, afetava o abastecimento petrolífero da Europa e do Japão. Houve, com o aval da
ONU, uma reação por parte dos Estados Unidos e uma coalizão de países, incluindo países
árabes, para expulsar as forças iraquianas do Kuwait. Em 1991, a ofensiva norte-americana,
denominada Operação Tempestade no Deserto deu início à Guerra do Golfo. Saddam sofreu
uma fragorosa derrota, suas tropas foram expulsas do Kuwait e o Iraque submetido a um
bloqueio econômico. Mas, apesar de vencido na guerra, Saddam Hussein conseguiu
conservar o poder no Iraque. Houve, segundo a coleção, uma "Segunda Guerra no Iraque"
pois, em 2001, depois dos atentados de 11 de setembro, o presidente dos Estados Unidos,
George W. Bush, declarou guerra contra o terror. O primeiro alvo desta política foi o
Afeganistão e o segundo alvo foi o Iraque, que, com o Irã e a Coreia do Norte, eram os países
mais visados pelas acusações do governo norte-americano. Em 2003, soldados americanos,
sem o aval da ONU, mas apoiados por tropas inglesas, invadiram o território do Iraque sob o
pretexto de eliminar supostas armas de destruição em massa produzidas por Saddam Hussein,
tais armas, como ressalta a coleção, não foram encontradas. Saddam Hussein, líder do Iraque,
foi preso e deposto e, com a queda do regime iraquiano regido por Hussein, surgiu um
movimento de resistência armada contra a ocupação estrangeira, cujos principais alvos têm
sido as forças de ocupação e seus colaboradores internos, além de órgãos internacionais.
Esta coleção, no capítulo 14, intitulado “A reoganização e o apogeu do capitalismo”,
diz que foi no governo de George W. Bush, que ocorreu o 11 de setembro, “atentado
terrorista às torres do World Trade Center, em Nova York, e ao edifício do Pentágono (sede
do governo) em Washington”. E, segundo a coleção, os Estados Unidos reagiram declarando
guerra ao terrorismo em escala mundial". A coleção acrescenta que "uma das consequências
dessa nova política externa foi a guerra movida contra o Afeganistão, em 2002, para
combater a organização Al-Qaeda, dirigida pelo saudita Osama Bin Laden, que havia
assumido a autoria do atentado. A outra, em 2003, foi a invasão do iraque, liderada pelos
norte-americanos, mas sem o apoio de parte significativa da comunidade internacional. Essa
invasão foi feita sob a alegação de que o ditador Saddam Hussein, governante local, estava
fabricando armas químicas. Para muitos, no entanto, o verdadeiro motivo foi outro: o
interesse norte-americano nas jazidas de petróleo do Iraque. Segundo a coleção, o que reforça
essa tese é o fato de inspetores da ONU, já terem, anteriormente, vasculhado o Iraque em
busca de armas químicas sem encontrar nada. Saddam Hussein foi deposto e o território
iraquiano submetido à ocupação militar. A coleção acrescenta que após os atentados de
setembro de 2001, foi possível observar uma mudança significativa no cenário internacional,
com uma política norte-americana marcada por grande intolerância, seja com inimigos, seja
com instituições internacionais, como a ONU.
Coleção 2 “História das Cavernas ao Terceiro Milênio” - Esta coleção nos narra que,
após dois anos do final da guerra contra o Irã, o iraque voltou a atacar um país vizinho. O
alvo iraquiano dessa vez foi o Kuwait e o petróleo era, novamente, o principal motivo da
agressão. Além disso, agrava-se o fato de que o Iraque contraiu uma dívida de 10 bilhões de
dólares, decorrente das despesas com a guerra anterior e sérios problemas internos e, por
conta disso, o governo iraquiano buscava por meio da guerra contra o Kuwait, ampliar seu
controle sobre as reservas de petróleo e sua saída para o Golfo Pérsico. O presidente dos
Estados Unidos, George Bush, preocupado com resguardar os interesses políticos e
econômicos norte-americanos, determinou um envio de tropas para a região do Golfo. O país
não resistiu ao ataque dos Estados Unidos e seus aliados e assinou o cessar-fogo. Saddam
Hussein, porém, continuou à frente do governo iraquiano. Em março de 2003, os Estados
Unidos voltaram a bombardear Bagdá, capital do Iraque. O motivo oficial do ataque era a
acusação de que Saddam Hussein havia colaborado nos atentados de 11 de setembro e que o
país mantinha um arsenal de armas de destruição de massa. Dessa vez, porém, a ação foi feita
sem o consentimento da ONU. A existência das armas de destruição em massa não foi
comprovada. A invasão, aparentemente, foi provocada pela intenção norte-americana de
ampliar sua força política no Golfo Pérsico, combater organizações terroristas que atuavam
na região e ocupar campos petrolíferos. Hussein foi derrubado do poder, aprisionado em
dezembro de 2003, e, três anos depois, enforcado. A ocupação norte-americana no Iraque
prosseguiu, em meio à violenta guerra civil.
Coleção 4 - “História e Documento” - Por conta do atentado de 11 de setembro de
2001, os Estados Unidos adotou uma postura de "Guerra ao Terror". A campanha
inicialmente alvejou o Afeganistão e o alvo seguinte foi o Iraque, acusado por Bush de
possuir armas nucleares. Mesmos em provas e sem o apoio da ONU, os Estados Unidos
invadiram o Iraque e derrubaram o governo de Saddam Hussein. Tropas norte-americanas
ocuparam o país.
Coleção 5 - “História Sociedade e Cidadania” - A tensão no Oriente Médio também
esteve alta em agosto de 1990, quando o ditador iraquiano Saddam Hussein ordenou a
invasão do Kuwait por interesse nos poços de petróleo kuwaitianos e na ampliação da área de
seu território banhada pelo Golfo Pérsico. A invasão do Kuwait provocou a imediata reação
das potências ocidentais que compraram petróleo desse país. O Conselho de Segurança da
ONU exigiu, então, que as forças iraquianas se retirassem do Kuwait; como não foi atendido,
autorizou o uso da força. Em 1991, Estados Unidos, Grã-Bretanha e União Soviética, além de
vários países árabes, bombardearam o Iraque, os aliados avançaram e libertaram o Kuwait,
obrigando o Iraque a aceitar as resoluções da ONU. A partir de meados de 2002, o
presidente norte-americano George W. Bush passou a defender a invasão do Iraque, alegando
que o país possuía armas de destruição em massa, que seriam usadas em futuras ações
terroristas contra os Estados Unidos. O governo Bush adotava assim a teoria da guerra
preventiva.

Coleção 7 “Navegando pela História” - Dentro do contexto da “Guerra ao Terror”,


entre meados de 2002 e início de 2003, vinha se desenrolando uma crise internacional que
desenhou novos contornos na geopolítica mundial. Os EUA acusaram o então presidente do
Iraque, Saddam Hussein, de abrigar armas de destruição em massa, colocando em risco a paz
mundial e a segurança norte-americana (devido às hostilidades entre as duas nações desde a
guerra do Golfo). Com o pretexto de destruir esse arsenal, os EUA se preparam para invadir o
território iraquiano. A ONU interveio na questão e realizou inspeções no Iraque, onde não
foram encontradas armas de destruição em massa. Com isso, reforçou-se a tese de que os
interesses do governo Bush no confronto seriam derrubar o regime ditatorial de Hussein com
os EUA a fim de favorecer o controle norte-americano sobre as reservas de petróleo
iraquianas.As tensões cresceram quando a ONU declarou-se oficialmente contra uma
investida militar norte-americana no Iraque, sendo apoiada por vários países. Os EUA
iniciaram a guerra contra o Iraque em março de 2003. Com isso, criou-se a necessidade de
reavaliar o papel da ONU no cenário mundial que desde a sua criação, em 1945, orientara as
ações de seus países-membros nos conflitos internacionais. Após dois meses de combates, os
EUA venceram a guerra. Formou-se um governo de transição, identificado com os interesses
norte-americanos, que enfrentou hostilidade da parte da população iraquiana. Em janeiro de
2005 ocorreram as primeiras eleições livres do Iraque após a ditadura de mais de três décadas
impostas por Hussein. Saddam Hussein foi condenado à forca e morreu em dezembro de
2006.
Coleção 9 “Para entender a História” - Com a guerra contra o Irã, o Iraque ficou
endividado. Saddam Hussein achou que poderia resolver seus problemas se ocupasse o
Kuwait, um país pequeno, porém, rico em petróleo. No início de agosto de 1990, o líder
iraquiano ordenou a invasão do Kuwait, iniciando aquela que ficou conhecida como a
Primeira Guerra do Golfo. As forças iraquianas venceram facilmente, e Saddam Hussein
anexou o Kuwait ao Iraque. Porém, imediatamente se formou uma coalizão de países,
liderados pelos EUA para expulsar os iraquianos do Kuwait, contando com a aprovação da
ONU. Saddam Hussein tentou transformar o conflito contra os EUA e seus aliados em
"guerra santa" contra Israel (que prudentemente havia ficado de fora da coalizão). Mísseis
iraquianos, de fato, chegaram a ser disparados contra o Estado judeu. Saddam Hussein
esperava com isso atrair o apoio dos países árabes, mas esse apoio não veio. Assim, em
fevereiro de 1991, ordenou a retirada de suas tropas do Kuwait. depois da Guerra do Golfo, a
ONU aprovou sanções contra o Iraque. Depois do ataque ao Afeganistão, George Bush
apontou, como novo inimigo dos EUA um grupo de países composto por Coreia do Norte, Irã
e Iraque, que foi chamado de Eixo do Mal. Para Bush, o primeiro a ser combatido, entre esses
três, era o Iraque, pois, em sua avaliação, além de esse país dar apoio ao terrorismo, ali
estariam sendo fabricadas armas químicas, biológicas e nucleares. Com base nessa alegação,
o presidente norte-americano conseguiu que o Congresso dos EUA autorizasse um ataque
àquele país. Em seguida, Bush tentou obter a aprovação do Conselho de Segurança da ONU,
mas não teve sucesso. França, Rússia e China, países que têm poder de veto no conselho,
votaram contra o ataque. Mas Bush conseguiu o apoio da Grã-Bretanha e de outros países.
Com esse escasso apoio, ele partiu para a invasão do Iraque. Em março de 2003, deu um
prazo de 48 horas para Saddam Hussein e seus familiares deixarem o Iraque. Como não foi
atendido, ordenou o início do bombardeio. As defesas iraquianas nada puderam fazer diante
da superioridade militar do inimigo, e a guerra foi decidida em poucos dias. No começo de
abril, as forças de coalizão entraram na capital iraquiana e criaram um governo de ocupação.
Quanto a Saddam Hussein, ele havia conseguido fugir seria preso somente em dezembro de
2005.

Coleção 12 “Projeto Radix” - Para desestabilizar o novo governo, em 1980, os


Estados Unidos insuflaram o Iraque a declarar guerra ao Irã. Governado pelo ditador Saddam
Hussein, o Iraque, país muçulmano de origem sunita, buscava conquistar a liderança do
mundo árabe e dominar o canal iraniano de Chatt-el-Arab. A região oferece saída para o
Golfo Pérsico e é rica em jazidas petrolíferas. Depois de mais de oito anos de guerra, foi
estabelecida a paz entre os dois países por intermédio da ONU. O Iraque saiu da guerra com
uma enorme dívida externa e com os preços do seu principal produto de exportação - o
petróleo - em baixa no mercado internacional. O governo de Saddam Hussein responsabilizou
o Kuwait pelo declínio dos preços do petróleo, por causa da crescente oferta no mercado
internacional. Em 1990, o Iraque invadiu o Kuwait. A ONU, sob pressão dos norte-
americanos, condenou a ação iraquiana e recomendou um bloqueio ao país e a imediata
desocupação do Kuwait. Diante da recusa, os Estados Unidos liderou uma força armada
numa operação chamada "Tempestade no deserto" e, em fevereiro de 1991, as tropas de
Saddam Hussein foram derrotadas na Guerra do Golfo. O líder iraquiano, entretanto,
permaneceu no governo. Em 2002, o Iraque foi acusado pelo governo norte-americano de
possuir armas de destruição em massa e de patrocinar o terrorismo internacional. No ano
seguinte, os EUA e a Inglaterra formaram uma coalizão e invadiram o Iraque com o claro
objetivo de derrubar o governo de Saddam Hussein.
Coleção 14 - “Tudo é História” - Em 1990, o governo iraquiano acusou o Kuwait de
reduzir os preços do petróleo, a principal riqueza desses dois países. Tropas iraquianas
invadiram o Kuwait, de onde foram expulsas, no ano seguinte, por tropas dos EUA. Apesar
de derrotado, Saddam Hussein continuou no poder até 2003, quando foi derrubado por forças
militares dos EUA e da Inglaterra, que invadiram o país.

A REVOLUÇÃO ISLÂMICA NO IRÃ

Coleção 2 “História das cavernas ao terceiro milênio” - A coleção menciona que,


desde a segunda metade da década de 1930, a monarquia iraniana, então controlada pelo xá
Reza Pahlevi, procurou ampliar sua autonomia em relação à Rússia e à Inglaterra, países que
impunham seus interesses na região. Apesar da busca por esse distanciamento, o xá
aproximou-se da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Com isso, russos e
britÂnicos, temerosos pelo crescimento de uma influência nazista no Oriente Médio,
invadiram o Irã em 1941 e forçaram a abdicação do monarca em favor de seu filho,
Mohammed Reza Pahlevi. O novo xá, educado em Londres, voltou sua atenção e sua política
para o Ocidente. A coleção diz que, após a Segunda Guerra Mundial, o governo de Pahlevi
aproximou-se, cada vez mais, dos Estados Unidos, adotando uma política modernizadora. No
entanto, tal política não foi bem aceita pela maioria xiita, que via, na aproximação com o
Ocidente, um risco para seus princípios e valores religiosos e morais. Na segunda metade da
década de 1970, o clero xiita instigou a população contra o governo e apoiou as mobilizações
de estudantes e de grupos de esquerda que pretendiam derrubar a Monarquia. Em 1977, as
manifestações tornaram mais intensas e passaram a exigir o retorno ao país do aiatolá Ruholá
Khomeini, líder religioso xiita e um dos maiores opositores do governo Pahlevi. O xá não
conseguiu controlar a situação e teve de deixar o Irã em janeiro de 1979. O controle do país
passou então para as mãos de Khomeini.

Coleção 4 “História em Documento” - A presente coleção efetua uma exposição sobre


o islamismo ou islã tido como um sistema abrangente que entrelaça religião, governo,
negócios e o cotidiano dos fiéis. Para a coleção, no islã, não há distinção entre religião e
política e, portanto, não existe separação entre Igreja e Estado. As leis do Estado Islâmico
baseiam-se no Corão, o livro sagrado dos muçulmanos. A coleção afirma que o islã está
dividido em diversas seitas. As principais são o sunismo e o xiismo. Após esta exposição, a
coleção relata que um forte golpe aos interesses norte-americanos foi a Revolução Islâmica
(Pérsia, 1979) que depôs a ditadura de Reza Pahlevi, antigo aliado dos EUA. O novo governo
sob autoridade do aiatolá Khomeini proclamou a República Islâmica do Irã e conclamou os
muçulmanos à "guerra santa" contra os inimigos, entre os quais, os Estados Unidos.

Coleção 5 “História Sociedade e Cidadania” - A presente coleção afirma que o xá


Reza Pahlevi governava o Irã desde a Segunda Guerra Mundial e, em 1963, buscando ampliar
sua popularidade, empenhou-se em modernizar o país, promovendo uma reforma agrária e a
extensão do voto às mulheres. No campo político, porém, o xá mantinha uma ditadura. Com
o apoio dos Estados Unidos, perseguia e prendia seus opositores e impunha costumes
ocidentais à população, de maioria muçulmana. Reagindo à ditadura, à corrupção e à
imposição de costumes ocidentais, a maioria muçulmana saiu às ruas contra Reza Pahlevi,
que ao ser pressionado, fugiu do país. Duas semanas depois, o líder religioso muçulmano
Ruhollah Khomeini, que vivia exilado na França, retornou ao Irã triunfante e proclamou uma
República Islâmica. Khomeini tinha o título de aiatolá, que significa "intérprete de Deus" e é
dado aos altos representantes do clero xiita. Para a coleção, Khomeini chefiava um Estado
teocrático que era antiocidental e radicalmente contrário aos Estados Unidos. Tendo seu
governo baseado na Sharia. Daí dizer-se que o governo Khomeini era a expressão do
fundamentalismo islâmico.
Coleção 9 “Para entender a História” - A presente coleção propõe uma análise sobre o
fundamentalismo islâmico. Para a coleção, a primeira vitória do movimento fundamentalista
ocorreu no Irã, que, apesar de não ser um país árabe, é um país muçulmano, de maioria xiita.
Em 1979, uma revolução popular tomou o poder em Teerã e criou uma República Islâmica.
Desde 1925, o Irã era governado pela dinastia Reza Pahlevi. Na década de 1960, esse
governo iniciou importantes mudanças, incluindo a reforma agrária e emancipação de
mulheres. Entretanto, era grande o descontentamento entre os iranianos por causa do caráter
ditatorial do regime, da corrupção e da crise econômica. Em 1978, as forças oposicionistas ao
governo iniciaram uma revolução, sob a liderança do aiatolá Ruhollah Khomeini, um líder
religioso que estava exilado em Paris. No início do ano seguinte, a revolução chegou ao fim,
com a vitória do grupo opositor. O irã foi declarado uma República Islâmica, tendo Khomeini
como autoridade suprema, designado líder político e religioso vitalício.Em 1978, as forças
oposicionistas ao governo iniciaram uma revolução, sob a liderança do aiatolá Ruhollah
Khomeini, um líder religioso que estava exilado em Paris. No início do ano seguinte, a
revolução chegou ao fim, com a vitória do grupo opositor. O irã foi declarado uma República
Islâmica, tendo Khomeini como autoridade suprema, designado líder político e religioso
vitalício. O novo regime não admitia qualquer oposição e acabou com a liberdade de
expressão e de pensamento. Khomeini adotou o fundamentalismo islâmico, impondo rigorosa
observância dos princípios religiosos. No plano externo, a política pró-Ocidente do regime
anterior foi substituída por uma posição de intolerância, tanto à União Soviética como aos
EUA, país que passou a ser chamado de "Grande Satã". Além disso, Khomeini iniciou
esforços para exportar o fundamentalismo islâmico, financiando grupos fundamentalistas em
outros países da região. O objetivo era desestabilizar governos leigos ou aliados do Ocidente.
Uma das consequências dessa política foi a guerra contra o Iraque, que se estendeu de 1980 a
1988.

Coleção 10 “Para viver juntos” - O Irã, governado pelo xá Reza Pahlevi, que
mantinha um governo autoritário e violento, era pró-ocidente. A coleção afirma que a polícia
secreta, a Savak, prendia, torturava e matava indivíduos considerados subversivos e mantinha
a população em constante estado de tensão. Os Estados Unidos apoiavam Pahlevi e lhe
forneciam armas que faziam o Irã a maior potência militar do Oriente Médio. A coleção
afirma que a maior oposição à ditadura do xá era feita pelos religiosos xiitas, que
condenavam tanto a repressão política quanto o desprezo do governo pelos valores islâmicos.
No início de 1979, imensas manifestações em Teerã forçaram o xá a renunciar. Instalou-se
então a República Islâmica do Irã, comandada pelo aiatolá Khomeini, líder religioso xiita. O
governo republicano impôs a lei islâmica, que, baseada no Corão, trazia uma série de
restrições. A república iraniana, hostilizando os antigos aliados do xá, adotou uma postura
antiamericana, suspendendo as exportações de petróleo e aumentando a tensão no mercado
petrolífero mundial. Os Estados Unidos passaram então a apoiar outra nação árabe ma região,
o Iraque de Saddam Hussein

Coleção 12 “Projeto Radix” - O Irã era governado pela dinastia Pahlevi desde 1925.
E, após a Segunda Guerra Mundial, o país submeteu-se à influência norte-americana. A
crescente influência ocidental fez crescer a resistência popular ao governo autoritário do xá
Reza Pahlevi. Em 1979, líderes religiosos muçulmanos, a maioria de origem xiita e tendo à
frente o aiatolá Khomeini, comandaram um movimento popular que derrubou o xá. Em seu
lugar, estabeleceu-se um sistema político ditatorial fundamentado nos preceitos religiosos do
Islã.

CONFLITOS ÁRABE-ISRAELENSES

Dentre as coleções analisadas, apenas duas coleções (Coleção 6 - “História Temática”


e Coleção 8 - “Novo História), em seus livros de nono ano, não apresentam uma narrativa
sobre os “conflitos árabe-israelenses”.

Coleção 1 - “História” - Nos narra que, no final da Primeira Grande Guerra, a


Palestina foi submetida à ocupação e à administração da Grã-Bretanha, assim como parte
significativa do Oriente Médio. O território palestino tinha 27 mil km², estendendo-se do Rio
Jordão até o Mar Mediterrâneo. Esse território, habitado por um milhão de palestinos e cem
mil judeus, foi aberto pelos ingleses à imigração judaica através da Declaração Balfour, desde
1917. Em 1947, com o fim do mandato britânico, logo após a Segunda Guerra Mundial, a
ONU decidiu realizar a partilha do país em dois Estados: um judeu (o Estado de Israel) e
outro palestino (não concretizado). Nessa época, a região tinha 1,3 milhão de palestinos e 600
mil judeus. A maior parte destes últimos havia emigrado para a Palestina fugindo do
holocausto, ocorrido na Europa durante a Segunda Guerra Mundial. Os países árabes se
recusaram a aceitar o plano de partilha que foi proposto pela ONU. Diversos foram os
conflitos entre árabes e israelenses desde então. Em 1948, o recém-fundado Estado de Israel
venceu a primeira guerra árabe-israelense e passou a controlar 75% do território palestino
original (21 mil km²). Ao contrário do Estado de Israel, o Estado Palestino não foi
concretizado. Da antiga Palestina restaram as áreas da Cisjordânia (5620 mil km²) e da Faixa
de Gaza (380 km²), que foram ocupadas pela Jordânia e pelo Egito. A pior consequência da
guerra foi o êxodo de 800 mil refugiados palestinos, expulsos de suas terras e aldeias para os
países árabes vizinhos.
Coleção 2 - “História das Cavernas ao Terceiro Milênio” - Afirma que, em 1948, a
recém criada ONU determinou a divisão da região em duas partes. Uma delas foi atribuída
aos palestinos e outra aos judeus, onde foi criado o Estado de Israel. Alguns países árabes
contestaram a partilha, recusaram-se a reconhecê-la e declararam guerra a Israel. O conflito
durou de maio de 1948 a janeiro de 1949 e envolveu Egito, Iraque, Jordânia, Líbano, Síria e
Arábia Saudita.
Coleção 3 - “História e Vida Integrada” - Afirma que, na Antiguidade, os judeus
habitavam a região da Palestina, que seria, segundo o Velho Testamento (um dos livros que
formam a Bíblia), a Terra Prometida que Deus teria reservado aos hebreus, ancestrais dos
judeus. No século VI a.C. e em 136 d.C., os judeus foram expulsos dali pelos romanos e
dispersaram-se por outras regiões. No século VII, com a expansão do islamismo a Palestina
foi ocupada pelos árabes muçulmanos. Em 1948, a ONU aprovou o Plano de Partição da
Palestina. Por esse plano, a parte da Palestina ocupada por colonos judeus passaria a formar
um Estado separado, com o nome de Israel. Na outra parte seria criado um Estado palestino.
Os árabes não aceitaram essa partilha e atacaram Israel, mas foram vencidos em 1949, Como
consequência, milhares de palestinos foram expulsos de suas terras para dar lugar aos colonos
judeus que começavam a se instalar no país recém-criado
Coleção 4 - “História em Documento” - Esta coleção, no seu capítulo 18, intitulado
“o que significou a divisão do mundo na guerra fria?”, nos narra que “o Oriente Médio foi
outro centro de disputas de Guerra Fria. A criação do Estado de Israel, em 1948, deu início ao
conflito de judeus e árabes, que se estende até o século XXI. Os árabes não aceitaram a
implantação do novo Estado, cujo território era habitado pelos árabes palestinos. Unidos
contra os israelenses, Egito, Iraque, Líbano, Síria, Jordânia e Arábia Saudita - países árabes -
receberam apoio militar dos soviéticos. Com armas e aviões fornecidos pelos Estados Unidos,
os israelenses venceram os árabes nas guerras de 1948, 1956 e 1967, ampliando o território
que lhes fora originalmente destinado pela ONU. Os palestinos continuam a lutar pela criação
de um Estado próprio”.
Coleção 7 - “Navegando pela História” - Esta coleçãoa firma que um dos conflitos
mais representativos dessa tensão envolve israelenses e palestinos. A origem do confronto
remonta à Antiguidade: a partir do ano 70 d.C. os hebreus se espalharam pelo mundo
(forçados pela invasão romana em seu território), enquanto a Palestina continuou ocupada por
povos árabes nativos da região. Tal situação se manteve até meados do século XX. Em 1948,
pressionada pela repercussão mundial do holocausto praticado pelos nazistas durante a
Segunda Guerra Mundial, a ONU criou o Estado de Israel na Palestina. No entanto, a decisão
retirou dos palestinos parte do território que ocupavam há séculos, provocando hostilidades
entre as duas nações.
Coleção 9 “Para entender a História” - Afirma que, quando o mundo tomou
conhecimento dos campos de concentração nazistas, no final da Segunda Guerra Mundial,
ganhou força a ideia de se criar um Estado judeu na Palestina. A Grã-Betanha, que
administrava a região, transferiu a solução do problema para a ONU. Em 1947, a ONU
decidiu dividir a Palestina em duas partes, com o objetivo de criar um Estado judeu e outro
árabe. Os árabes não aceitaram a decisão da ONU: eles esperavam que toda a Palestina fosse
destinada a um Estado árabe independente. Em 1947, os árabes representavam 70% da
população palestina. Porém, mesmo sendo maioria, eles teriam o direito a menos da metade
do território palestino, de acordo com a decisão tomada nesse ano pela ONU. Apenas 43%
desse território ficaria com os árabes. No início de 1948, os britânicos se retiraram da
Palestina. Imediatamente, os judeus proclamaram a criação do Estado de Israel, com a capital
em Tel Aviv. Como veremos mais adiante, tão logo a notícia se espalhou, vários países
árabes se uniram para atacar o Estado judeu.
Coleção 14 - “Tudo é História” - Coleção narra que, quando o mundo tomou
conhecimento dos campos de concentração nazistas, no final da Segunda Guerra Mundial,
ganhou força a ideia de se criar um Estado judeu na Palestina. A Grã-Bretanha, que
administrava a região, transferiu a solução do problema para a ONU. Em 1948, a recém-
criada ONU determinou a divisão da região em duas partes. Atribuindo uma aos palestinos e
outras aos judeus, onde foi criado o Estado de Israel. Alguns países árabes contestaram a
partilha e recusaram-se a reconhecê-la e declararam guerra à Israel. O conflito durou de maio
de 1948 a janeiro de 1949 e teve como resultado a vitória de Israel. Desde a criação do
Estado de Israel, houve um intenso deslocamento de judeus para lá. Muitos migraram para
fugir das perseguições políticas e religiosas na União Soviética stalinista ou para realizar o
desejo de viver num Estado judaico. Enquanto crescia a população de Judeus na região,
muitos palestinos perderam suas terras devido à partilha de 1948 e às guerras. Esses
refugiados foram viver nos Estados árabes próximos.

Para as coleções 5 - “História Sociedade e Cidadania”, , 9 - “Para entender a


História”, 11 - “Projeto Araribá”, 12 - “Projeto Radix”, 13 “Saber e Fazer História” e 15
“Vontade de Saber História” - Além dos aspectos anteriormente mencionados, há a adição de
uma narrativa sobre a importância do movimento sionista, destaca-se nas coleções que desde
o final do século XIX, muitos judeus estavam migrando para a Palestina. Vinham de diversas
partes do mundo, mas principalmente da Rússia, onde eram vítimas de preconceito e
perseguições, por terem mantido seus hábitos, sua cultura, língua e religião. Foi nessa época
que se iniciou o movimento sionista. O termo sionista vem de Sion, nome do monte sobre o
qual foi construída a cidade de Jerusalém. O objetivo desse movimento era estabelecer grupos
de judeus em Sion, ou seja, retornar à terra de onde os judeus, na Antiguidade, haviam sido
expulsos pelos romanos.

A ORGANIZAÇÃO PARA A LIBERTAÇÃO PALESTINA (OLP) -

Existe, nas coleções 1- “História”, 2 - “História das Cavernas ao Terceiro Milênio”, 3-


“História Vida Integrada”, 5 - “História Sociedade e Cidadania”, 7 “Navegando pela
História”, 9 - “Para entender a História”, 10 - “Para viver juntos”, 11 - “Projeto Araribá”, 12
“Projeto Radix”, 13 - “Saber e Fazer História”, 14 - “Vontade de Saber História, uma
narrativa sobre a Organização para a Libertação da Palestina onde demonstra que a luta por
um Estado palestino está muito associada à figura de Yasser Arafat, um engenheiro que
abandonou a carreira de empresário para dedicar-se à causa do povo palestino. Em 1948,
participou da primeira guerra contra Israel. Em 1956, quando o governo egípcio decidiu
nacionalizar o canal de Suez, Arafat integrou as forças enviadas por Nasser para lutar contra
os israelenses, franceses e britânicos. Em 1959, Arafat participou da fundação do Movimento
de Libertação Nacional da Palestina, o Fatah, uma organização dedicada à luta contra Israel.
Em 1964, o Fatah passou a fazer parte da Organização para a Libertação da Palestina (OLP),
criada nesse ano, e se tornou seu braço armado a partir de 1969. Na luta pela afirmação da
soberania palestina surgiu a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), liderada por
Yasser Arafat, que se tornou o principal representante dos palestinos em sua luta contra o
Estado de Israel. A partir da década de 1970, Arafat defendeu a diminuição dos ataques
armados contra Israel e buscou apoio internacional para a causa palestina. Em consequência,
a OLP foi reconhecida como única representante do povo palestino, tanto pelos países da
Liga Árabe como pela própria ONU.

GUERRA DOS SEIS DIAS

Há nas coleções 1 - “História”, 2 - “História das Cavernas ao Terceiro Milênio”, 3 -


“História Vida Integrada”, 9- “Para entender a História”, 10 - “Para viver Juntos”, 11 -
“Projeto Araribá”, 12 - “Projeto Radix”, 13 - “Saber e Fazer História”, 14 - “Tudo é
História”. Uma narrativa sobre a Guerra dos Seis Dias, as coleções apresentam semelhanças
entre as estruturas das narrativas. De certa forma, apresenta-se, nas coleções mencionadas,
uma narrativa sobre a Guerra dos Seis Dias que afirma que Em 1967, os exércitos do Egito,
Síria e da Jordânia iniciaram um ataque a Israel, mas o exército israelense contra-atacou e,
em seis dias, derrotou as forças árabes, ocupando a Faixa de Gaza e a península do Sinai, no
Egito, a Cisjordânia, na Jordânia, e as colinas do Golan, na Síria. O conflito ficou conhecido
como Guerra dos Seis Dias. Com a Guerra dos Seis Dias (1967), Israel aumentou
consideravelmente seu território, conquistando áreas antes pertencentes ao Egito, à Síria e à
Jordânia. A ONU determinou que Israel saísse das regiões ocupadas, mas o governo
israelense não acatou integralmente a determinação, mantendo até hoje parte desses
territórios.

GUERRA DO YOM KIPPUR

Há nas coleções 2 - “História das Cavernas ao Terceiro Milênio”, 3 - “História Vida


Integrada”, 7 - “Navegando pela História”, 9- “Para entender a História”, 10 - “Para viver
Juntos”, 11 - “Projeto Araribá”, 12 - “Projeto Radix”, 13 - “Saber e Fazer História”, 14 -
“Tudo é História”, uma narrativa sobre a Guerra do Yom Kippur, as coleções apresentam
semelhanças entre as estruturas das narrativas. De certa forma, apresenta-se, nas coleções
mencionadas, uma narrativa sobre a Guerra dos Seis Dias onde afirma-se que, na Guerra do
Yom Kippur (feriado judaico do Dia do Perdão), em 1973, os exércitos do Egito e da Síria
avançaram em direção ao Sinai e às Colinas de Golã. Israel, com a ajuda dos Estados Unidos,
conseguiu deter a ofensiva árabe e ganhou a guerra. Durante a guerra, como instrumento de
pressão, os países árabes cortaram o fornecimento de petróleo aos países simpatizantes de
Israel, gerando a chamada crise do petróleo, com graves consequências econômicas no
mundo todo, principalmente nos países capitalistas.Após as guerras, que resultaram na
expansão israelense, os governos de Israel e dos países árabes tomaram algumas iniciativas
para reverter a tensão e negociar a paz. A primeira foi a assinatura do Acordo de Camp
David, em 1978. Com mediação dos Estados Unidos, a paz foi estabelecida entre Israel e
Egito, por meio da devolução ao Egito da Península do Sinai.

A PRIMEIRA E A SEGUNDA INTIFADA -

Nas coleções, 1 - “História”, 3 - “História Vida Integrada” 9- “Para entender a História”, 11 -


“Projeto Araribá”, 12 - “Projeto Radix”, 13 - “Saber e Fazer História” é narrado que nos
territórios palestinos ocupados por Israel, sobretudo na Faixa de Gaza, a população
manifestava sua revolta contra Israel atacando os soldados que patrulhavam as ruas. Esse
movimento se intensificou a partir de 1987, por causa da morte de quatro palestinos
atropelados por um caminhão israelense. Crianças e adolescentes passaram a atirar pedras
nos soldados israelenses, que geralmente revidaram com tiros. As mortes entre os palestinos
foram aumentando, o que provocou maior rancor e intensificou a revolta. Essa reação
palestina recebeu o nome de Intifada. Em setembro de 2000, o líder direitista israelense Ariel
Sharon entrou, sem autorização, na esplanada das mesquitas, em Jerusalém, um dos três
lugares sagrados para os muçulmanos (os outros dois são Meca e Medina). A esplanada é
controlada por poderes muçulmanos, que têm autonomia para determinar quem pode entrar
no local. O governo israelense sempre respeitou essa condição. O gesto de Sharon, porém, foi
interpretado pelos palestinos como uma forma de reafirmar a soberania israelense sobre a
área. A resposta dos palestinos ao ato de Sharon foi dar início a uma segunda Intifada. A
nova revolta coincidiu com a eleição de Sharon para o cargo de primeiro-ministro de Israel.
Assim, os dois lados radicalizaram e a violência cresceu. Tempos depois, uma onda de
atentados suicidas atingiu Israel, e o governo israelense começou a construir um "muro de
proteção" com extensão prevista de 350 km, separando Israel da Cisjordânia.
O ACORDO DE OSLO E A CRIAÇÃO DA AUTORIDADE NACIONAL
PALESTINA (ANP).

Coleção 1 “História” - Afirma que, em 1993, foram assinados em Washington os


Acordos de Oslo, entre Yasser Arafat e Itzhak Rabin, o primeiro-ministro israelense.
Negociados inicialmente na capital da Noruega, esses acordos previam o estabelecimento da
paz entre os dois povos e a fundação de um Estado Palestino em parte das terras ocupadas por
Israel. Arafat, pôde retornar à sua terra natal como presidente de um governo provisório, a
Autoridade Nacional Palestina (ANP). Em 1995, o assassinato de Rabin por um extremista
israelense muito contribuiu para fazer fracassar o esforço de paz. Esse atentado foi o desfecho
de uma conspiração da ultra direita israelense, interessada em sabotar o avanço das
negociações

Coleção 3 “História Vida Integrada” - Afirma que, em 1991, líderes da Organização


para a Libertação da Palestina (OLP) e representantes do governo de Israel assinaram os
Acordos de Oslo. Por eles, o governo israelense se comprometeu a retirar as tropas das
regiões ocupadas durante a Guerra dos Seis Dias, enquanto a OLP renunciava às ações
terroristas e reconhecia o Estado de Israel. Esses acordos permitiram também a criação de um
governo palestino, a Autoridade Nacional Palestina (ANP), mesmo sem a existência de um
Estado palestino. O primeiro presidente da ANP seria Yasser Arafat, líder da Organização
para a Libertação da Palestina. Os acordos de Oslo provocaram descontentamento entre
setores radicais de Israel e do povo palestino. Em 1955, um extremista de direita israelense
assassinou o primeiro-ministro de Israel, Itzhak Rabin, que assinaram os acordos.
Coleção 5 - “História Sociedade e Cidadania” - Afirma que, a Organização para a
Libertação da Palestina, presidida por Yasser Arafat, aproveitou essas revoltas populares para
pressionar por negociações diplomáticas. Em setembro de 1993, ele é o primeiro-ministro
israelense, Yitzhak Rabin, assinaram o Acordo de Oslo, acordo de paz que teve como
mediador o presidente norte-americano Bill Clinton. Por esse acordo os palestinos
reconheciam o Estado de Israel e os israelenses admitiam que os palestinos tinham direito a
um Estado próprio. No ano seguinte, o exército israelense desocupou a Faixa de Gaza e a
cidade de Jericó, que passaram a ser administradas pela recém-criada Autoridade Nacional
Palestina (ANP).
Coleção 7 “Navegando pela História” - Afirma que, em 1993, sob os efeitos do fim da
Guerra Fria, os Estados Unidos promoveram o início das negociações de paz entre Israel e a
OLP. Porém, com poucos avanços e muitos recuos, a paz ainda não se concretizou. A
coleção, em sua narrativa, cita historiador e jornalista José Arbex Jr. que afirma: "Pela
primeira vez, palestinos e judeus admitiram sua mútua existência e iniciaram um processo de
conversações. As alas mais radicais dos dois lados (fundamentalistas islâmicos e judeus
fanáticos) não aceitam esse diálogo, alegando questões de natureza religiosa para se oporem.
Aqui, mais uma vez, a religião é usada como mero instrumento de poder geopolítico. Com os
acordos, os palestinos recuperaram o controle de parte da Faixa de Gaza, instituindo nesse
território a sede administrativa da Autoridade Nacional Palestina, tendo à frente Yasser
Arafat, principal líder em defesa da criação de um Estado palestino. A morte de Arafat em
2004 foi um novo componente para desestabilizar o já complexo cenário geopolítico que
envolve as duas nações. Para alguns, esse vácuo de poder enfraquece a causa palestina, pois
retira de cena seu maior expoente. Para outros, sua morte pode contribuir para a ascensão de
outras lideranças menos radicais, dispostas a ampliar o diálogo com Israel" (Islã: um enigma
de nossa época. 4. ed. São Paulo, Moderna, 1997. p. 65).

Coleção 9 “Para entender a História” - Esta coleção nos narra que mudanças
ocorreram na mesma época em que a Guerra Fria chegava ao fim. Nesse novo cenário,
criaram-se condições para que uma conferência fosse promovida pela ONU, em 1993, a fim
de que as duas partes se sentassem para negociar a paz. Na ocasião, um acordo de paz foi
assinado pelo primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin e pelo líder palestino Yasser Arafat
(que por isso ganharam o prêmio Nobel da Paz de 1994). Por esse acordo, a OLP reconheceu
a Israel o direito de existir e, em troca, o governo israelense comprometeu-se a desenvolver
alguns territórios para os palestinos. Foi criada uma nova organização, a Autoridade Nacional
Palestina (ANP), que ficou encarregada de governar os territórios devolvidos por Israel.
Yasser Arafat, líder do Fatah, tornou-se o primeiro presidente da ANP. Na prática, porém,
essa decisão encontrou muita oposição entre alguns israelenses e palestinos contrários aos
acordos entre os dois povos. Organizações radicais palestinas retomaram os atos terroristas
contra Israel, recorrendo aos homens-bomba. Em Israel, o próprio Yitzhak Rabin foi
assassinado por um extremista judeu, contrário à devolução de terras aos palestinos.
Coleção 10 “Para viver juntos” - Segundo esta coleção, o lema do então primeiro-
ministro de Israel, Yitzhak Rabin, era "terra em troca de paz", isto é, devolver aos palestinos
parte das terras invadidas na guerra de 1967 em troca do fim dos ataques da OLP e o início da
convivência pacífica entre os dois povos. Baseado nesse princípio surgiu o Acordo de Oslo,
ratificado por Yitzhak Rabin e por Yasser Arafat em Washington, em setembro de 1993. O
Acordo de Oslo previa a criação de um Estado palestino, retomando parcialmente o projeto
da ONU de 1947. Haveria uma fase intermediária, em que os territórios palestinos teriam
autonomia relativa e seriam administrados pela Autoridade Palestina, órgão que serviria de
embrião para o futuro Estado.

Coleção 11 “Projeto Araribá” - Esta coleção afirma que a Organização para a


Libertação Palestina (OLP), criada em 1964 e liderada por Yasser Arafat, gerou a Autoridade
Nacional Palestina (ANP) após as negociações de paz de 1993 em Oslo, na Noruega. A ANP
se tornou desde então a principal representante dos interesses palestinos. Com a morte de
Arafat, em 2004, iniciou-se um período de disputa entre diversos grupos palestinos pelo
controle da ANP

Coleção 13 “Saber e Fazer História” - Afirma que, em setembro de 1993, tendo como
mediador o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, o líder palestino Arafat e o
primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin, assinaram o primeiro acordo de paz em que a
OLP reconhecia o Estado de Israel e o governo israelense aceitava a formação de um Estado
palestino. Um ano depois, formava-se o primeiro governo palestino autônomo - a Autoridade
Nacional Palestina. Entretanto, em 4 de novembro de 1995, Yitzhak Rabin, importante
personagem nessa negociação, foi assassinado por um judeu fundamentalista, que era
membro de um grupo de oposição à assinatura do acordo de paz com os palestinos.

Coleção 14 “Tudo é História” - Afirma que, em 1993 e 1994, o governante palestino,


Yasser Arafat, e o israelense, Yitzhak Rabin, assinaram os acordos de Oslo. Neles, ambos os
lados reconheceram a legitimidade dos dois governos, e os israelenses se comprometeram a
retirar suas tropas dos territórios palestinos. Na prática, esses acordos deram pouco resultado,
pois os israelenses não cumpriram sua parte, ou seja, não retiraram suas tropas dos territórios
palestinos, além disso, continuaram construindo casas nesses territórios.
SABRA E CHATILA

Dentre as coleções analisadas, três delas trataram do tema dos Massacres de Sabra e
Chatila, são elas: Coleção 2 “História das Cavernas ao terceiro milênio”, Coleção 3 -
“História e Vida Integrada”, Coleção 14 - “Tudo é História”

Coleção 2 “História das Cavernas ao terceiro milênio” - Esta coleção nos narra que “o
Líbano, desde a metade dos anos 1970, fortes disputas internas, que resultaram numa longa
guerra civil entre grupos islâmicos e a organização direitista Falange Cristã. Em setembro de
1982, o presidente Bashir Gemayel, ligado à Falange, foi assassinado por terroristas
islâmicos. No dia seguinte, os comandos israelenses autorizaram a entrada de milícias da
Falange nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, na zona ocupada por Israel no sul do
Líbano. Os milicianos acreditavam que terroristas da facção inimiga estavam escondidos nos
campos. A Falange massacrou a população nos campos, provocando a morte de mais de 2000
pessoas. A maioria moradores de Sabra e Chatila era composta por mulheres, idosos e
crianças”.
Coleção 3 - “História e Vida Integrada” - Esta coleção nos narra que “Em 1982, o
exército de Israel invadiu o Líbano sob o pretexto de atacar forças palestinas que se
abrigavam naquele país. Aí, os palestinos eram hostilizados também por milícias cristãs
libanesas. Estas últimas se aproveitaram da invasão para promover um massacre nos campos
de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, sob as vistas do exército israelense, que lhes deu
proteção. O massacre provocou protestos da opinião pública internacional, que passou a
pressionar por um acordo de paz”.
Coleção 14 - “Tudo é História” - Esta coleção nos narra que “expulsos da Jordânia, os
militantes da OLP foram para o Líbano, país habitado por uma maioria muçulmana, mas com
forte presença de cristãos. Em 1975, com apoio militar de Israel, os cristãos libaneses
entraram em guerra contra os palestinos e outros grupos muçulmanos. Israel aproveitou para
invadir o Líbano e atacar os palestinos. Durante essa guerra, em 1982, milicias cristãs
apoiadas por Israel assassinaram milhares de civis palestinos que viviam nos campos de
refugiados de Sabra e Chatila.
A CRISE DO PETRÓLEO E O BRASIL -

Dentre as coleções analisadas, onze delas apresentam uma narrativa sobre a Crise do
Petróleo e, grande parte delas, produzem uma associação com o Brasil. São elas: Coleção 1
“História”, Coleção 2 - “História das Cavernas ao Terceiro Milênio”, Coleção 4 - “História
em Documento”, Coleção 5 - “História, Sociedade e Cidadania”, Coleção 7 - “Navegando
pela História”, Coleção 8 - “Novo História” , Coleção 11 - “Projeto Araribá”, Coleção 12 -
“Projeto Radix” , Coleção 13 - “Saber e Fazer História” , Coleção 14 - “Tudo é História”,
Coleção 15 - “Vontade de Saber História

Coleção 1 “História” - Esta coleção, no capítulo 16, “O final do governo militar no


Brasil”, tratando da “economia no governo Geisel (1974 - 1979)”, nos diz que “era necessário
solucionar o problema dos altos gastos com importação de petróleo, principalmente no
momento em que chegavam menos recursos do exterior. Para isso, o governo implantou o II
Plano Nacional do Desenvolvimento”. Apesar da coleção fazer menção a uma possível
escassez do recurso energético, não há, neste assunto, uma menção aos conflitos no Oriente
Médio.
Coleção 2 - “História das Cavernas ao Terceiro Milênio” - Esta coleção, no seu
capítulo 11, intitulado “A ditadura militar no Brasil” ao tratar do tema “O governo Ernesto
Geisel (1974 - 1979)”, nos afirma que “seu governo enfrentou uma situação econômica
internacional difícil, resultante da crise do petróleo de 1973”. Segundo a coleção, “durante a
Guerra do Yom Kippur, entre israel e os países árabes, a Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu a oferta do produto para forçar o aumento dos
preços. Resultado: o preço do barril quadruplicou, atingindo duramente os importadores. Os
gastos com a compra de petróleo, somados aos juros dos empréstimos externos feitos para dar
continuidade ao crescimento, elevaram a dívida externa brasileira de 10 bilhões de dólares,
em 1972, a 15 bilhões de dólares em 1974. Essa conjuntura obrigou o governo a criar o II
PND (Plano Nacional de Desenvolvimento), com o objetivo de retomar o crescimento
econômico por meio da expansão das indústrias de base e da tentativa de diminuir a
dependência em relação aos países fornecedores de petróleo”.
Coleção 4 - “História em Documento” - Esta coleção, no capítulo 16, intitulado,
“Como o mundo reagiu às crises de 1973 e 1979?” nos narra que “para boa parte do mundo,
os anos 70 foram a década do medo. Em lugar do diálogo pacífico para solucionar conflitos,
alguns grupos políticos usaram o terrorismo para impor sua vontade ou chamar a atenção do
mundo para os princípios que defendiam. O terrorismo foi a estratégia usada por
organizações religiosas extremistas, como as dos fundamentalistas muçulmanos e hindus. A
OLP, Organização para a Libertação da Palestina, também realizou ações terroristas em sua
luta pelo reconhecimento de um Estado palestino. Da mesma maneira giram os grupos
nacionalistas separatistas, como o IRA, Exército Republicano Irlandês e o ETA, iniciais, no
idioma basco, de Pátria, Basca e Liberdade”. Além disso, a coleção afirma que “o terrorismo
desequilibrou as relações internacionais estabelecidas pela Guerra Fria. Os grupos terroristas
não estavam sob controle nem dos americanos nem dos soviéticos. Além disso, em muitas
situações, o governo dos Estados Unidos e os de seus aliados mostraram-se incapazes de
evitar atentados ou de prender os terroristas responsáveis. A escalada do terrorismo
contribuiu para abalar a imagem de superioridade que os Estados Unidos tinham de si
próprios. No início dos anos 70, a alta geral de preços e impostos e o aumento de mendigos e
desabrigados tornaram muitos americanos descrentes da grandeza do país. A crise da
economia americana preocupou os países do bloco capitalista. A situação agravou-se quando,
em outubro de 1973, um fator externo detonou uma crise mundial: a brutal elevação do preço
do petróleo decidida pelos países árabes produtores de petróleo, em represália à ocupação de
territórios palestinos os Estados Unidos, sofreram ainda o embargo no fornecimento de
petróleo. O choque do petróleo causou pânico em muitos países, levando seus governos a
adotar medidas de racionamento dos produtos derivados do petróleo. Em 1979, ocorreu outro
grande aumento do preço do petróleo causado pela revolução que derrubou a monarquia do
Irã e instalou uma República Islâmica no país. A crise do petróleo abalou a economia
mundial e provocou severa recessão na maioria dos países”. Segundo a coleção, “Para os
Estados Unidos, os efeitos imediatos da crise foram a alta geral dos preços, o declínio da
produtividade industrial e o aumento da taxa de desemprego. Mesmo enfraquecido, o país
conservou a hegemonia mundial graças ao seu poderio financeiro e ao domínio da tecnologia
e da informática. Os petrodólares dos países da Opep acabam fluindo para os Estados Unidos
para pagar assessoria técnica, softwares, bens de consumo etc. Em poucos anos, a crise
tornou-se favorável aos norte-americanos por valorizar seu petróleo e aumentar os lucros das
grandes companhias americanas do país. Os países europeus industrializados e o Japão,
grandes importadores de petróleo, foram muito afetados pela crise, sofrendo uma acentuada
diminuição do crescimento econômico. A saída para esses países foi racionar o consumo de
petróleo, buscar fontes alternativas de energia e baratear os custos de produção. O resultado
desse esforço foi o uso da energia nuclear e solar, a exploração de novas áreas petrolíferas, a
crescente automação das indústrias e a transferência de setores industriais para países onde a
mão de obra era mais barata. Em meados dos anos 1980, o consumo e a importação de
petróleo haviam caído em grande parte no mundo. A tendência se manteve na década
seguinte, levando à queda dos preços do barril do petróleo. Os países da Opep perderam o
controle do mercado mundial. A crise deixou, contudo, uma herança negativa: o aumento
regular da taxa de desemprego”. Por fim, a coleção nos informa que “ As ditaduras da
América Latina, incluindo a do Brasil, estavam sob influência dos Estados Unidos e se
submetiam aos interesses dessa nação. Em troca, receberam maciços capitais americanos, que
permitiram uma rápida industrialização e a elevação do nível de vida das classes médias
urbanas. A crise mundial de 1973 atingiu esses países recém-industrializados no momento em
que cresciam suas importações de petróleo e os empréstimos contraídos no exterior. O
resultado foi a brutal elevação da dívida externa, a disparada da inflação e o recuo do
crescimento econômico. A crise mundial afetou enormemente o Brasil, cujo 'milagre
econômico' tinha como um de seus principais pilares a indústria automobilística. Apesar de
rico em recursos hídricos, o país dependia do transporte rodoviário, o que encarecia produtos
e serviços. Mesmo diante da recessão mundial, o governo do general Geisel (1974 - 1979)
contraiu novos empréstimos externos e executou obras gigantescas. Investiu também na
pesquisa e na produção de petróleo, o que levou à descoberta das enormes jazidas na
plataforma marítima de Campos, no Rio de Janeiro. Em 1975, lançou o Proálcool (Programa
Nacional do Álcool), visando substituir parte do petróleo importado por álcool. Esse
combustível passou a ser misturado à gasolina, e foram desenvolvidos motores a álcool. Foi
também assinado um acordo com a Alemanha para a construção de oito usinas nucleares.
Apesar de a propagando oficial continuar falando em 'milagre econômico', este havia se
encerrado em 1973. O segundo choque do petróleo, em 1979, foi o golpe final. O Brasil
entrou em uma época de forte recessão econômica. Processo semelhante ocorreu nos países
vizinhos. A crise econômica desestabilizou e enfraqueceu as ditaduras, contribuindo para a
volta de regimes democráticos na década de 1980”.
Coleção 5 - “História, Sociedade e Cidadania” esta coleção, na narrativa sobre
Ditadura Militar no Brasil, nos narra que “em 1973, último ano do governo Médici, por
motivos internos e externos, o ‘milagre econômico’ começou a dar sinais de esgotamento.
Externamente, em consequência da guerra de 1973 entre árabes e judeus, os países árabes
triplicaram o preço mundial do barril de petróleo, o que provocou forte abalo da economia
brasileira, já que cerca de 80% do petróleo que o país consumia era importado. Para pagar
esse petróleo, o Brasil gastava quase a metade do que ganhava com suas exportações.
Internamente, devido aos baixos salários, a maioria da população já não conseguia comprar o
volume de produtos aqui fabricados. Com isso, o PIB começou a declinar, e a inflação voltou
a crescer. A dívida externa e a diferença entre os mais ricos e os mais pobres também
aumentaram. Esses fatores somados, colaboraram para que o presidente Médici terminasse
seu governo com baixíssimo índice de popularidade. O Brasil tinha passado à condição de
décima potência capitalista do mundo, mas ocupava os primeiros lugares quando se tratava de
concentração de renda e mortalidade infantil, e um dos últimos lugares quando se tratava de
acesso à saúde, à educação e ao lazer” (Coleção 5 - “História, Sociedade e Cidadania”).
Coleção 7 - “Navegando pela História” - A coleção, no capítulo 11, intitulado “Como
foram a política desenvolvimentista e a Ditadura no Brasil?’ narra que “durante o governo do
general Ernesto Geisel, entre 1974 e 1979, o Brasil enfrentou os efeitos da crise mundial do
petróleo, que abalou profundamente a economia, com a redução dos investimentos de capital
nacional e estrangeiro, o aumento da dívida externa, da inflação e do desemprego. O ‘milagre
econômico’ dava mostras de sua fragilidade. Em meio à crise, o governo alterou a tradicional
política externa de alinhamento com os Estados Unidos: na busca de mercados consumidores,
reatou relações diplomáticas com a China, restabeleceu o comércio com países europeus
socialistas e articulou parcerias comerciais com outros países. Surpreendentemente, o Brasil
foi a primeira nação a reconhecer a independência de Angola e seu governo socialista”.
Coleção 8 - “Novo História” - A coleção, no seu capítulo 12, intitulado: “Brasil:
ditadura e resistência”, nos narra que “em 1973, os preços do petróleo começaram a subir no
mercado internacional. Como no Brasil importava praticamente metade do petróleo
consumido, a economia brasileira foi fortemente atingida pela crise. O comércio internacional
se retraiu, provocando redução das exportações brasileiras, e os juros cobrados pelos bancos
internacionais subiram, agravando a dívida externa. O Brasil passou a gastar mais com as
importações e a exportar menos, o que provocou déficit na balança comercial. O regime
militar ainda tentou contornar a situação e contraiu novos empréstimos, o que elevou ainda
mais a dívida externa. Avaliando que a crise seria passageira, o governo brasileiro deu
continuidade à política de investimentos em grandes obras, como rodovias e usinas nucleares.
Tais gastos, porém, aumentaram o endividamento externo e agravaram a situação econômica.
Houve uma alta significativa no custo de vida e a inflação escapou do controle”,.
Coleção 11 - “Projeto Araribá” - A coleção 11, no seu tema 5, intitulado: “Repressão
e abertura”, nos narra que “na economia, os governos militares desse período procuraram
garantir a autossuficiência do Brasil, na produção de petróleo, de aço e equipamentos
industriais e na geração de energia elétrica. Grandes empreendimentos públicos que
buscavam fornecer infraestrutura necessária para o crescimento econômico foram
desenvolvidos nesse período: investimentos na Eletrobrás, Petrobras e a criação da Empresa
Brasileira de Telecomunicações, a Embratel. Os recursos para esses investimentos foram
obtidos de empréstimos contraídos no exterior e tiveram um alto custo para a população
brasileira: no início da década de 1970, uma crise internacional, gerada pelo aumento do
preço do petróleo, elevou as taxas de juros praticadas nos países credores, multiplicando a
dívida externa brasileira”.
Coleção 12 - “Projeto Radix” - A coleção, em seu capítulo 11, intitulado: “Brasil: da
democracia à ditadura”, nos narra que "”a partir de 1974, a economia nacional começou a dar
sinais de crise. As principais dificuldades associavam-se ao crescimento obtido às custas do
capital estrangeiro. De um lado, essa política desembocou numa crescente concentração de
renda, de outro, no aumento da dívida externa, que atingiu proporções inusitadas, obrigou ao
pagamento de juros altíssimos e inviabilizou o crescimento do país. O modelo econômico dos
militares, ao mostrar seus impasses, deu margem para o crescimento da oposição. Teve
início, então, um processo de abertura política, lenta e gradual, que levaria à democratização
do país. Esse quadro foi agravado pela alta dos preços do petróleo iniciada desde 1972 nos
países produtores, o que desencadeou uma crise internacional e trouxe sérios problemas para
o setor energético brasileiro. Assim, enquanto o país conquistava a posição de décima
economia mundial, a qualidade de vida de boa parte de sua população continuava em níveis
baixíssimos. Para contornar a situação, o governo Geisel estimulou o desenvolvimento do
Programa Nacional do Álcool (Pró-Álcool), cujo objetivo era promover a utilização de uma
fonte de energia alternativa ao petróleo”.
Coleção 13 - “Saber e Fazer História” - A coleção, em seu capítulo 13 intitulado:
“Ditadura Militar no Brasil (1964 -1985)”, nos narra que, “no setor de energia, houve
investimentos governamentais para aumentar a produção nacional de petróleo, principalmente
a partir de 1973, quando ocorreu uma grave crise internacional de abastecimento petrolífero.
Em 1975 foi criado o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), numa tentativa de encontrar
um substituto ao combustível importado. No Proálcool, por meio de incentivos fiscais, os
usineiros de álcool ampliaram sua produção, que era distribuída por empresas no setor. Em
decorrência disso, até 1987 as indústrias automobilísticas venderam cerca de 10 milhões de
carros movidos a álcool. Havia carros com motores movidos a álcool e a gasolina. Com o
tempo, esse produto também passou a ser misturado à gasolina. Desde então,essa mistura
gasolina/álcool é usada em todos os automóveis de passeio do país. Além disso, no início do
século XXI, também começaram a ser produzidos veículos de tecnologia bicombustível, ou
seja, cujos motores funcionam abastecidos tanto com gasolina como com álcool”.
Além disso, a coleção, nos narra que “na década de 1970, tentando chamar a atenção
da comunidade internacional para a resolução da causa palestina, os governos dos países
árabes produtos de petróleo chegaram a boicotar seu fornecimento aos países que apoiavam
Israel. Com isso, nesse período ocorreu uma imensa alta nos preços do petróleo, que trouxe
consequências para a economia de quase todos os países do mundo, inclusive o Brasil”.
Coleção 14 - “Tudo é História” - A coleção, em seu capítulo 20, intitulado: “Brasil: a
vitória da linha dura”, nos narra que “em 1973, ocorreu uma guerra entre Israel e alguns
países árabes, como o Egito e a Síria. Os Estados Unidos e diversos países da Europa
ocidental apoiaram Israel. Para pressioná-los a retirar esse apoio, alguns países árabes
diminuíram a produção de petróleo e quadruplicaram seu preço, provocando uma séria crise
econômica no mundo. Os países da Europa e o Japão foram os mais atingidos, pois não
produzem petróleo. Reunidos em torno da Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP) e donos de dois terços das reservas de petróleo do mundo, países como Arábia
Saudita, Irã, Iraque e Kuwait tinham poder suficiente para controlar o preço do petróleo. A
economia brasileira foi muitíssimo afetada por essa crise, pois dependia da importação de
petróleo. Além disso, em 1979, uma revolução no Irã afetou as exportações de petróleo
daquele país, provocando nova crise mundial, que também atingiu a economia brasileira na
década de 1970. O ‘milagre econômico’ deu lugar a um período de pouco crescimento”.
Coleção 15 - “Vontade de Saber História” - A coleção 15, em seu capítulo 11,
intitulado: “A ditadura militar no Brasil”, nos narra que “para atender às demandas do
crescimento, o governo recorreu a novos empréstimos estrangeiros, aumentando a dívida
externa e a dependência brasileira em relação ao capital estrangeiro. Em 1973, teve início
uma crise internacional, que ocasionou um grande aumento no preço do petróleo numa época
em que o governo militar passou a ter mais dificuldades para conseguir novos empréstimos
estrangeiros e houve um aumento nos juros da dívida externa. Diante dessa situação, o
governo procurou aumentar as exportações, desvalorizando a moeda brasileira e arrochando
ainda mais os salários. Como consequência, no início da década de 1980, a inflação disparou
e os recursos provenientes das exportações passaram a ser utilizados, em sua maior parte,
para pagar as parcelas e os juros da dívida externa. Desse modo, chegava ao fim o ‘milagre
econômico’, deixando como resultado uma economia estagnada e endividada. Devido à
concentração da renda, durante o período do 'milagre' houve grande aumento das
desigualdades sociais no Brasil”.

CONCEITOS -

Acordo de Camp David - “israelenses e palestinos negociaram, nas últimas quatro décadas,
vários acordos de paz. Um deles foi o Acordo de Camp David, de 1978, mediado pelo
presidente norte-americano Jimmy Carter e assinado por Anwar Al-Sadat, presidente do
Egito, e Menachen Begin, primeiro-ministro de Israel” (Coleção 2 - “História das Cavernas
ao Terceiro Milênio”).
Acordo de Oslo - Em 1993, o líder da OLP Yasser Arafat e Itzhak Rabin, primeiro ministro
israelense, assinaram outro famoso acordo de paz, em Oslo, na Noruega. Ele permitia a
formação de um governo palestino autônomo na Faixa de Gaza, batizado de Autoridade
Palestina, e garantia a continuidade das conversações para a retirada israelense de territórios
ocupados e para a possível formação de um Estado Palestino” (Coleção 2 - “História das
Cavernas ao Terceiro Milênio”).
Aiatolá - “líder religioso de posição muito elevada entre os muçulmanos xiitas” (Coleção 2 -
“História das Cavernas ao Terceiro Milênio”).
Al Fatah - “na década de 1950, grupos de palestinos começaram a se organizar para lutar
contra os israelenses. Nesse contexto, surgiu o grupo político-militar denominado Al Fatah
(‘luta armada’)” (Coleção 2 - “História das Cavernas ao Terceiro Milênio”).
Al Qaeda - “organização fundamentalista islâmica acusada pelo governo estadunidense de
ser responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001 às torres do World Trade Center”
(Coleção 14 - “Tudo é História”).
Braço armado - “grupo que realiza ações violentas, empregando armas e seguindo as
orientações de determinado grupo político, o qual, porém, não participa dessas ações”
(Coleção 9 - “Para entender a História”).
Corão - “o livro sagrado dos muçulmanos”(Coleção 4 - “História em Documento”).
Crescente fértil - “é o arco formado pelos rios Eufrates-Tigre, Jordão e Nilo” (Coleção 1 -
“História”).
Crise Internacional do Petróleo - “em 1973 o capitalismo sofreu um sério abalo. Os países
árabes produtores e exportadores de petróleo, organizados na Opep (Organização dos Países
Exportadores de Petróleo), impuseram um forte aumento nos preços do barril do produto para
mostrar seu descontentamento com a mediação americana e soviética no conflito árabe-
israelense. O racionamento foi inevitável e comprometeu o desenvolvimento das atividades
econômicas que dependiam de combustíveis e de outros derivados de petróleo” (Coleção 10 -
“Para Viver Juntos”).
Diáspora - “dispersão dos judeus pelo mundo” (Coleção 11 - “Projeto Araribá”).
Direitos humanos - “o conjunto dos direitos e liberdades reconhecidos a todos os seres
humanos. Tais direitos são considerados fundamentais, independente da criação ou existência
de leis e deveres ser unanimemente respeitados. A Declaração Universal dos Direitos
Humanos, aprovada pela ONU em 10 de dezembro de 1948, foi assinada por países do
mundo inteiro, inclusive pelo Brasil. Ela foi chamada de universal porque se dirige à todas as
pessoas, sem distinção de nacionalidade, idade, sexo, religião, etnia etc.” (Coleção 5 -
“História, Sociedade e Cidadania”).
Doutrina Bush - “essa doutrina considerava que os Estados Unidos deveriam defender a
civilização ocidental do terrorismo. Essa defesa incluía ataques preventivos contra alvos
terroristas ou de seus supostos aliados” (Coleção 10 - “Para Viver Juntos”).
*Declaração de Balfour - “Declaração Balfour é uma carta de 2 de novembro de 1917 do
então secretário britânico dos Assuntos Estrangeiros, Arthur James Balfour, dirigida ao Barão
Rothschild, líder da comunidade judaica do Reino Unido, para ser transmitida à Federação
Sionista da Grã-Bretanha. A carta se refere à intenção do governo britânico de facilitar o
estabelecimento do Lar Nacional Judeu na Palestina, caso a Inglaterra conseguisse derrotar o
Império Otomano, que, até então, dominava aquela região” (Wikipédia).
Eixo do mal - “Eixo do mal foi uma expressão adotada pelo presidente dos EUA, George W.
Bush, inicialmente no seu Discurso sobre o Estado da União de 29 de Janeiro de 2002 e,
depois, muitas vezes repetida, para se referir a governos que ele considerava hostis ou
inimigos dos EUA, acusando-os de apoiarem o terrorismo e de possuírem armas de
destruição em massa. Irã, Iraque e Coreia do Norte segundo Bush, estariam construindo
armas nucleares. O governo Bush usou o conceito de Eixo do Mal para obter apoio político à
chamada Guerra ao Terror” (Wikipédia).
*Estado teocrático - “país em que a vida política e social está subordinada a normas
religiosas” (Coleção 5 - “História, Sociedade e Cidadania”).
Fundamentalismo - “o termo fundamentalismo é empregado para se referir a uma forma de
pensar o mundo pela qual a vida cotidiana e a política devem obedecer estritamente ao que
dizem aqueles textos que compõem a base (os ‘fundamentos’) de uma religião”(Coleção 9 -
“Para entender a História”).
Fundamentalismo Islâmico - “no mundo atual, é o fundamentalismo islâmico que mais tem
aparecido nos noticiários. A partir do final da década de 1970, sua influência tem crescido
cada vez mais no mundo muçulmano. Porém, esse movimento surgiu há bastante tempo. Seu
início está em 1928, quando surgiu a Irmandade Muçulmana, fundada no Egito por um grupo
de estudantes. O objetivo desse grupo era reformar moral e espiritualmente a sociedade árabe.
Para atingir essa finalidade, seus integrantes defendiam, por exemplo, que os muçulmanos
deviam rejeitar os valores da cultura ocidental e orientar a sua vida e os seus atos, em todos
os campos, totalmente pelos ensinamentos do Corão” (Coleção 9 - “Para entender a
História”).
Guerra ao Terror - “guerra ao Terror ou Guerra ao Terrorismo é uma campanha militar
desencadeada pelos Estados Unidos, em resposta aos ataques de 11 de setembro”
(Wikipédia).
Guerra do Yom Kippur - “em 1973, tropas do Egito e da Síria atacaram Israel de surpresa,
durante o feriado judeu do Yom Kippur (Dia do Perdão). Os alvos foram as áreas ocupadas
pelos israelenses desde a Guerra dos Seis Dias, sete anos antes. Os egípcios chegaram a
avançar 15 quilômetros em território controlado pelos judeus, mas a contraofensiva israelense
atingiu Damasco, na Síria, e isolou as tropas egípcias do Sinai. ONU, União Soviética e
Estados Unidos voltaram a agir como intermediários entre as partes e obtiveram o cessar-
fogo” (Coleção 2 - “História das Cavernas ao Terceiro Milênio”).
Guerra dos Seis Dias - “conflito que durou seis dias e que envolveu Israel contra o Egito, a
Jordânia e a Síria” (Coleção 1 - “História”).
*Haganah - força militar judaica
Holocausto - “foi o genocídio ou assassinato em massa de cerca de seis milhões de judeus
durante a Segunda Guerra Mundial, no maior genocídio do século XX, através de um
programa sistemático de extermínio étnico patrocinado pelo Estado nazista, liderado por
Adolf Hitler e pelo Partido Nazista e que ocorreu em todo o Terceiro Reich e nos territórios
ocupados pelos alemães durante a guerra” (Wikipédia).
Islamismo ou islã - “é um sistema abrangente que entrelaça religião, governo, negócios e o
cotidiano dos fiéis. No islã não há distinção entre religião e política e, portanto, não existe
separação entre Igreja e Estado. As leis do Estado islâmico baseiam-se no Corão, o livro
sagrado dos muçulmanos” (Coleção 4 - “História em Documento”).
Liga Árabe - “durante a Segunda Guerra Mundial, em 1944, representantes dos Estados
árabes reuniram-se no Egito e decidiram que seus países passariam a cooperar entre si para
proteger sua independência recentemente conquistada. Para colocar em prática essa decisão,
foi criada, em 1945, a Liga dos Estados Árabes, também conhecida como Liga Árabe”
(Coleção 9 - “Para entender a História”).
Mapa da Estrada - proposta “para pacificar o Oriente Médio” (Coleção 3 - “História e Vida
Integrada”).
Milícia - “organização de cidadãos armados que não integram o exército de um país”
(Coleção 14 - “Tudo é História”).
Movimento sionista - “o termo sionista vem de Sion, nome do monte sobre o qual foi
construída a cidade de Jerusalém. O objetivo desse movimento era estabelecer grupos de
judeus em Sion, ou seja, retornar à terra de onde os judeus, na Antiguidade, haviam sido
expulsos pelos romanos” (Coleção 9 - “Para entender a História”).
Muro de separação - um muro projeto para separar judeus e palestinos.
Nasserismo - “a figura de maior destaque do nacionalismo árabe nas décadas de 1950 e 1960
foi o egípcio Gamal Abdel Nasser. Surgiu no cenário político do Oriente Médio em 1952,
quando liderou um grupo de oficiais militares em um golpe de Estado e tomou o poder no
Egito. Na ocasião, o rei Faruk, acusado de submissão aos britânicos, foi destronado, e a
monarquia foi substituída por república. Em poucos anos, Nasser, que assumiu o cargo de
presidente do Egito, tornou-se um grande líder entre os árabes. O conjunto de propostas que
defendia ficou conhecido como Nasserismo. Entre elas estavam: união dos árabes em uma
‘única grande nação’. O próprio Nasser uniu o Egito à Síria e formou a República Árabe
Unida. Essa união, entretanto, durou de 1958 a 1961. Modernização dos Estados árabes, por
meio de mudanças na sociedade e na economia. Entre essas mudanças, Nasser propunha a
reforma agrária, a emancipação das mulheres, a ampliação da rede de escolas públicas e a
ênfase no ensino de disciplinas técnicas”.
Países árabes - “refere-se não só aos países da Península Arábica, mas ainda à Argélia,
Egito, Iraque, Jordânia, Líbano, Líbia, Marrocos, Sudão, Síria e Tunísia” (Coleção 4 -
“História em Documento”).
Pentágono - “edifício localizado em Washington, sede do comando das Forças Armadas dos
Estados Unidos” (Coleção 4 - “História em Documento”).
Primeira Guerra Árabe-Israelense - “em 1948, a Liga Árabe declarou guerra ao Estado
judeu. Comandados pelo Egito e pela Jordânia, os exércitos de cinco países árabes atacaram o
novo Estado. O conflito conhecido como Primeira Guerra Árabe-Israelense, durou um ano”.
Operação Tempestade no Deserto - nome para uma ofensiva norte-americana.
Refugiados - “a definição da ONU para refugiado é: ‘Um refugiado é uma pessoa que,
receando com razão ser perseguida em virtude da sua raça, religião, nacionalidade, filiação
em certo grupo social ou das suas opiniões políticas, se encontra fora do seu país [...]’
(Convenção de 1951, relativa ao Estatuto dos Refugiados) (Coleção 9 - “Para entender a
História”).
*Setembro Negro - “Em setembro de 1970, as tropas reais atacaram com violência os
membros da OLP, provocando um massacre que ficou conhecido como Setembro Negro”
(Coleção 2 - “História das Cavernas ao Terceiro Milênio”).
Sharia - “lei religiosa islâmica, que regula a vida pública e privada” (Coleção 2 - “História
das Cavernas ao Terceiro Milênio”).
Sunita - “para os sunitas, a função dos imãs (pessoas que têm um conhecimento maior dos
ensinamentos islâmicos) resume-se em dirigir as orações coletivas, e sua ligação com Deus
não é diferente da experimentada pelos outros muçulmanos. Os sunitas acreditam que Maomé
foi o último a receber revelações divinas” (Coleção 9 - “Para entender a História”).
Teoria da guerra preventiva - “teoria segundo a qual a melhor maneira de defender um
ataque possível é atacar antes” (Coleção 5 - “História, Sociedade e Cidadania”).
Torá - “nome que os judeus dão aos cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números e Deuteronômio. Tais livros contêm os fundamentos legais e espirituais do
judaísmo (Coleção 5 - “História, Sociedade e Cidadania”).
Xá - “título conferido ao monarca iraniano” (Coleção 2 - “História das Cavernas ao Terceiro
Milênio”).
Xiita - “partidário das convicções políticas e religiosas do xiismo, ramo da crença
muçulmana caracterizado pela convicção de que a sucessão religiosa e política do profeta
Maomé deveria ter se restringido a membros de sua família e aos seus descendentes”
(Coleção 2 - “História das Cavernas ao Terceiro Milênio”).
Velho Testamento - “um dos livros que formam a bíblia” (Coleção 3 - “História e Vida
Integrada”).

SUJEITOS -

Alexandre Magno - conquistou o Império Persa


Ariel Sharon - primeiro-ministro israelense.
Autoridade Nacional Palestina - “entidade responsável pela administração dos territórios
palestinos, e o controle palestino sobre a cidade de Jericó e a Faixa de Gaza”.
*Baath - um partido político
*Bashir Gemayel - líder político
*Brabak Karmal - presidente do Afeganistão
Bill Clinton - presidente dos Estados Unidos.
*Califas - do árabe “sucessor”, “soberano” (Coleção 5 - “História, Sociedade e Cidadania”).
Curdos - “um povo que é muçulmano (sunita), mas, diferentemente da maioria dos
habitantes do Iraque, não é árabe” (Coleção 9 - “Para entender a História”).
David Ben Gurion - “o líder judeu David Ben Gurion proclamou a criação do Estado de
Israel, em 14 de maio de 1948” (Coleção 13 - “Saber e Fazer História”).
Dinastia Pahlevi - “o Irã era governado pela dinastia Pahlevi desde 1925” (Coleção 12 -
“Projeto Radix”).
*Ehud Olmert - “primeiro-ministro israelense” (Coleção 3 - “História e Vida Integrada”).
Estados Unidos - de uma maneira geral, esta nação está presente em grande parte dos
eventos narrados pelas coleções. Vezes como intermediário, vezes como protagonista, os
Estados Unidos marca presença nas narrativas sobre o Oriente Médio.
*Exército soviético - ocupou o Afeganistão.
*Falange - organização direitista.
Gamal Abdel Nasser -”a figura de maior destaque do nacionalismo árabe nas décadas de
1950 e 1960 foi o egípcio Gamal Abdel Nasser”. Em poucos anos, Nasser, que assumiu o
cargo de presidente do Egito, tornou-se um grande líder entre os árabes. O conjunto de
propostas que defendia ficou conhecido como Nasserismo” (Coleção 9 - “Para entender a
História”).
George Bush (pai) - presidente dos Estados Unidos.
George Bush (filho) - presidente dos Estados Unidos.
*Golda Mabovicth Meir - “política israelense, habitante da Palestina desde 1921. Em 1948,
foi embaixadora de Israel na URSS. Depois tornou-se ministra do Bem-Estar Social, ministra
do Interior e foi primeira-ministra de Israel de 1969 a 1974” (Coleção 14 - “Tudo é
História”).
Grã-Bretanha / Inglaterra - de uma maneira geral, esta nação aparece, nas narrativas,
associadas à questão árabe-israelense, e, depois,
Fundamentalista - “partidário do fundamentalismo, apego restrito aos princípios
(fundamentos) religiosos” (Coleção 4 - “História em Documento”).
Hamas - “o Hamas é um grupo militar islâmico, criado em 1987, que não reconhece a
existência do Estado de Israel, rejeita qualquer tipo de aproximação com os israelenses e tem
por objetivo, a curto prazo, expulsar as forças israelenses dos territórios que ocupam”
(Coleção 2 - “História das Cavernas ao Terceiro Milênio”).
Hamid Karzai - “político muçulmano moderado” (Coleção 10 - “Para Viver Juntos”).
Liga das Nações - “colocou a Palestina sob o controle da Grã-Bretanha” (Coleção 9 - “Para
entender a História”).
*Lorde Arthur Balfour - “secretário de Estado britânico” (Coleção 3 - “História e Vida
Integrada”).
Jimmy Carter - presidente dos Estados Unidos.
Mahmoud Ahmadinejad - presidente do Irã.
Maomé - profeta islâmico
*Mikhail Gorbatchev - estadista e político soviético
Menachem Wolfovitch Begin - “político israelense nascido na região do atual Belarus. Foi
primeiro-ministro de Israel entre 1977 e 1983. Em 1978, recebeu o Prêmio Nobel da Paz
juntamente com Anuar Sadat por conta dos acordos de Camp David” (Coleção 14 - “Tudo é
História”).
Mohamed Reza Pahlevi - Governou o irã como xá (1941 - 1979), aproximando o país do
Ocidente. Após um levante popular (1978), fugiu e exilou-se nos EUA. Em protesto,
estudantes iranianos invadiram a embaixada dos EUA em Teerã e fizeram vários reféns”
(Coleção 14 - “Tudo é História”).
Mohammad Najibullah - “o presidente Karmal por Mohammad Najibullah, em 1986”.
Mohammed Anuar Al-Sadat - “militar e político egípcio. Lutou contra a influência
britânica sobre seu país e participou da derrubada da monarquia em 1952. Foi presidente do
Egito de 1970 a 1981, quando foi assassinado por causa de suas negociações com os
israelenses” (Coleção 14 - “Tudo é História”).
Mohammed Daud - “primeiro-ministro da Monarquia afegã e, com apoio da União
Soviética, iniciou um processo de modernização econômica e de reformas internas. Em 1973,
em meio a uma grave crise, Daud, que havia sido afastado do governo, em 1963, liderou um
golpe militar, que derrubou a Monarquia e instaurou a República” (Coleção 2 - “História das
Cavernas ao Terceiro Milênio”).
*Muammar al-Khadafi - “Político líbio. Em 1969, liderou um golpe e tomou o poder.
Muçulmano e nacionalista, adotou uma política antiocidental e anti-Israel. Em 1986 o
governo dos EUA bombardeou as cidades de Trípoli e Bengasi para punir o governo líbio por
apoiar grupos terroristas. A partir de 2003, Khadafi aproximou-se dos governos ocidentais”
(Coleção 14 - “Tudo é História”).
Mujahedins - “guerrilheiros muçulmanos que recebiam ajuda militar e econômica dos
Estados Unidos” (Coleção 1 - “História”). Mahmoud Abbas - “presidente da Autoridade
Nacional Palestina” (Coleção 3 - “História e Vida Integrada”).
ONU - uma organização internacional.
Opep - “no Oriente Médio estão localizadas as principais reservas petrolíferas do mundo. Os
quatro maiores produtores da região (Arábia Saudita, Irã, Iraque e Kuwait) se associaram à
Venezuela, em setembro de 1960, e criaram a Organização dos Países Exportadores de
Petróleo (Opep). Logo depois da fundação, a Opep definiu, em carta pública, os três objetivos
principais da organização: ampliar a receita dos países-membros, controlar o aumento da
produção e unificar as políticas de produção. Com isso, tentavam garantir a estabilidade da
oferta do petróleo no mercado internacional e, em decorrência, dos preços. Até março de
2009, a Opep contava com doze associados: os fundadores e, também, Catar, Líbia, Emirados
Árabes Unidos, Argélia, Nigéria, Equador e Angola” (Coleção 2 - “História das Cavernas ao
Terceiro Milênio”).
Organização para a Libertação da Palestina (OLP) - “organização política e paramilitar
dedicada ao estabelecimento de um Estado palestino independente. Fundada no setor
jordaniano de Jerusalém, em 1964, foi presidida por Yasser Arafat de 1969 a 2004. Em
setembro de 1993, Arafat e o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin assinaram um
histórico tratado de paz que abriu caminho para a autonomia palestina nos territórios
ocupados por Israel. Em maio de 1994, foi formado o governo autônomo - a Autoridade
Nacional Palestina” (Coleção 14 - “Tudo é História”).
Osama Bin Laden - “nasceu na Arábia Saudita, filho de um milionário. Engenheiro civil e
agrônomo, em 1982 aderiu à guerrilha islâmica que combatia o exército soviético no
Afeganistão com o apoio dos EUA. Terminada a guerra, fundou a Al Qaeda, organização
fundamentalista islâmica acusada pelo governo estadunidense de ser responsável pelos
ataques de 11 de setembro de 2001 às torres do World Trade Center” (Coleção 14 - “Tudo é
História”).
*Oswaldo Aranha - brasileiro que presidiu a sessão da ONU que aprovou a partilha da
Palestina em dois estados um judeu e outro árabe.
Palestinos - “árabes da Palestina, região onde foi criado o Estado de Israel” (Coleção 4 -
“História em Documento”).
Partido Democrático do Povo do Afeganistão (PDPA) - “depôs Daud e levou ao poder um
governo de orientação comunista” (Coleção 2 - “História das Cavernas ao Terceiro
Milênio”).
Yasser Arafat - Político árabe. Lutou contra a dominação européia, em defesa da cultura
árabe muçulmana. Nomeado líder da OLP (1969), permaneceu várias décadas no cargo.
Prêmio Nobel da Paz (1994), em 1996 tornou-se presidente da Autoridade Nacional Palestina
(ANP), órgão criado para viabilizar um Estado palestino” (Coleção 14 - “Tudo é História”).
Itzhak Rabin - primeiro-ministro israelense.
Judeus - de uma maneira geral, os judeus aparecem nas narrativas associadas às questões
árabes-israelenses.
*República Árabe Unida (RAU) - a República Árabe Unida (RAU), pretendia criar uma
federação de todos os países árabes.
Ruhollah Khomeini - “aiatolá iraniano. Líder Xiita desde 1962, opôs-se às medidas
ocidentalizadoras de Reza Pahlevi. Chegou ao poder em 1979, após liderar o movimento que
instaurou uma república islâmica e eliminou a influência ocidental no Irã”. (Coleção 14 -
“Tudo é História”).
Saddam Hussein - “político iraquiano. Foi presidente do Iraque de 1979 a 2003. Seu
governo se envolveu na Guerra Irã-Iraque (1980 - 1989), na Primeira Guerra do Golfo (1991)
e na Segunda Guerra do Golfo (2003). Nesta última guerra, Saddam foi deposto e preso por
tropas dos Estados Unidos e da Inglaterra. Em 2006 foi julgado e condenado à morte na forca
por um tribunal iraquiano ainda durante a ocupação estadunidense” (Coleção 14 - “Tudo é
História”).
Taliban - A palavra talibã significa estudantes do Corão e denomina um grupo político
muçulmano do Afeganistão. Em nome da preservação das tradições islâmicas, o governo do
Talibã (1996 - 2001) impôs várias proibições aos afegãos como assistir a programas de
televisão ou filmes, ler livros que divulgassem valores culturais ocidentais, acessar a internet,
usar roupas que deixassem parte do corpo das mulheres descobertas ou que os homens
raspassem a barba” (Coleção 13 - “Saber e Fazer História”).
Theodor Herzl - “liderou a formação do movimento sionista” (Coleção 12 - “Projeto
Radix”).
*Tony Blair - primeiro-ministro inglês.
União Soviética - de uma maneira geral, a União Soviética está associada às suas
interferências nos países árabes. Um exemplo de maior recorrência é o caso do Afeganistão.
*UNRWA - “uma agência específica para cuidar dos palestinos refugiados” (Coleção 11 -
“Projeto Araribá”).

OBSERVAÇÃO: Tanto os sujeitos, quanto os conceitos que possuem uma sinalização (*),
são considerados, nesta análise, sujeitos ou conceitos, que tiveram pouca recorrência no
Tema. Ou seja, são sujeitos e conceitos que aparecem em uma ou em algumas poucas
coleções.
BIBLIOGRAFIA -

Coleção 1 - “História”.
Recomendadas para o capítulo -
GELFUSO, Fernando; TOURINHO NETO, Lafayete, Tensões no Oriente Médio e a Guerra
no Afeganistão. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. (A desordem mundial).
HILLS, Ken. As guerras árabe-israelenses. São Paulo: Ática, 1992 (Guerras que muderam o
mundo).
SZTERLING, Silvia. A formação de Israel e a questão palestina. São Paulo: Ática, 2000. (O
cotidiano da História).
TREIGNIER, Michel. Guerra e paz no Oriente Médio. São Paulo: Ática, 1996. (História em
movimento).
Filmes
A caminho de Kandahar. (Safar e Gandehar). Direção: Mohsen Makhmalbaf. Irã: Lumière,
2001. 85 min.
Kedma. (Kedma). Direção: Asmos Gitai. França/Itália/Israel: Europa Home Video, 2002. 94
min.
Machuca. (Machuca). Direção: Andrés Wood. Chile: Mais Filmes, 2004. 120 min.
ARRIGHI, G. O longo século XX. 4. ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 2003.
HISTÓRIA do século XX. São Paulo: Abril, 1973 6 v.
HOBSBAWN, E. Era dos extremos. São Paulo: Cia. das letras, 1995.
___________. O novo século. São Paulo: Cia. das letras, 2000.
LEWIS, B. T. Oriente Médio: do advento do cristianismo aos dias de hoje. 2. ed. Rio de
Janeiro: Zahar, 2001.
__________. O que deu errado no Oriente Médio? Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
REIS FILHO, D. A.; FERREIRA, J. L; ZENHA, C. (Org.). O século XX: do declínio das
utopias à globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. v. 3.
______; ______; _______; (Orgs.). O século XX: o tempo das certezas. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2000. v. 1.
Coleção 2 - “História das Cavernas ao terceiro milênio”.
Recomendações no fim do capítulo
Livros
CANEPA, Beatriz e OLIC, Nelson Bacic. Oriente Médio e a questão Palestina. São Paulo:
Moderna, 2003 (Coleção Polêmica).
SACCO, Joe. Na Faixa de Gaza. São Paulo: Conrad, 2000,
Filmes
Ao vivo em bagdá. Direção: Mick Jackson. Estados Unidos, 2002, 102 min.
Fahrenheit 11 de setembro. Direção: Michael Moore. Estados Unidos, 2001, 85 min.
Site
www.adital.com.br
Bibliografia -
ARMSTRONG, Karen. Em nome de Deus: o fundamentalismo no judaísmo, cristianismo e
islamismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
BRENER, Jayme. Ferida aberta: o Oriente Médio e a nova ordem mundial. São Paulo: Atual,
1993 (Série História Viva)
HOBSBAWN, Eric J. Era dos extremos: o breve século XX. (1914 - 1991). São Paulo:
Companhia das Letras, 20002.
________. Tempos interessantes: uma vida no século XX. São Paulo: Companhia das Letras,
2002.
OLIC, Nelson Bacic e CANEPA, Beatriz. O Oriente Médio e a questão da palestina. São
Paulo: Moderna, 2003.
RIBEIRO, Wagner Costa. Relações internacionais: cenários para o século XXI. São Paulo:
Scipione, 2000.
ROBERTS, J. M. (org.). História do século XX. São Paulo: Abril, 1974.
VALLADARES, Eduardo e BERBEL, Márcia. Revoluções do século XX. São Paulo:
Scipione, 1994.
Coleção 3 - “História e Vida Integrada”.
HISTÓRIA DO SÉCULO XX. São Paulo: Abril Cultural, 1973. v. 6 e 10.
HOBSBAWN, Eric. A era dos extremos: o breve século XX (1914 - 1991). São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
_____________. Tempos interessantes. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
LUKACS, John. Uma nova República: história dos Estados Unidos no século XX. Rio de
Janeiro: Zahar, 2006.
MAGNOLI, Demétrio (org.). História das guerras. São Paulo: Contexto, 2006.
___________. Panorama do mundo. São Paulo: Scipione, 1995.
___________. et alii. O mundo contemporâneo. São Paulo: Moderna, 1996.
REMOND, René. O século XX: de 1914 aos nossos dias. São Paulo: Cultrix, s.d.
Específica para o tema -
HADDAD, Jamil Almansur. O que é islamismo. São Paulo: Brasiliense, 2000. (Col.
Primeiros Passos.)
HOURANI, Albert. Uma história dos povos árabes. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
LINHARES, Maria Yedda. Oriente Médio e o mundo dos árabes. São Paulo: Brasiliense,
1992. (Col. Tudo é História.)
MASSOULIÉ, François. Os conflitos do Oriente Médio. São Paulo: Ática, 1997. (Série
Século XX.)
MEHTA, Gita. Carma-Cola. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
SAID, Edward. Orientalismo - O Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia
das Letras, 2001.
SALEM, Helena. O que é questão palestina. São Paulo: Brasiliense, 1982. (Col. Primeiros
Passos.)
Coleção 4 - “História em Documento”.
Bibliografia no fim do capítulo 12 -
AKCELRUD, Isaac. O Oriente Médio. São Paulo: Atual; Campinas: Editora da Unicamp,
1984. (Discutindo a História).
VALLADARES, Eduardo e BERBEL, Márcia. Revoluções do século XX. São Paulo:
Scipione, 1994. (Ponto de Apoio.)
Bibliografia no fim do capítulo 16 -
MAGNOLI, Demétrio. O mundo contemporâneo. São Paulo: Ática, 1992.
___________. O novo mapa do mundo. São Paulo: Moderna, 1994. (Coleção Polêmica.)
Bibliografia no fim do capítulo 18 -
BRENER, Jayme. Ferida aberta: o Oriente Médio e a nova ordem mundial. São Paulo: Atual.
(Coleção Discutindo a História.)
MAGNOLI, Demétrio et alii. Visões do mundo -2. São Paulo: Moderna, 1999. (Coleção
Polêmica.)
OLIC, Nelson Bacic. Oriente Médio, uma região de conflitos. São Paulo: Moderna.
Filmes
Antes da chuva. França/Macedônia/Inglaterra, 1994. Direção: Manchevski. Distribuição:
Lumière Home Video.
O balão branco. Irã. 1995. Direção: Jafar Panche. Distribuição: United Filmes.
Bibliografia do capítulo 20 -
BURKE, Jason. Al-Qaeda: a verdadeira história do radicalismo islâmico. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editor, 2009. (Coleção História.)
DWYER, Jim e FLYNN, Kevin. 102 minutos: a história inédita da luta pela vida nas Torres
Gêmeas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2009. (Coleção História.)
MAGNOLI, Demétrio. O novo mapa do mundo. São Paulo: Moderna, 1993. (Coleção
Polêmica.)
SUTTI, Ricardo Silva. As diversas faces do terrorismo. São Paulo: Editora Harbra, 2008.
WILSON, Marcos. As perspectivas do mundo. São Paulo: Atual, Campinas, SP: Universidade
Estadual de Campinas, 1986 (Discutindo a História.)
Bibliografia geral -
BRENER, J. Jornal do século XX. São Paulo: Moderna, 1999.
HOBSBAWM, E. Era dos extremos - O breve século XX: 1914 - 1991. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
Bibliografia, no fim do livro, sobre o capítulo 12 -
OLIC, Nelson Bacic. Oriente Médio: uma região de conflitos. São Paulo: Moderna, 1991.
SALEM, Helena. O que é questão palestina. São Paulo: Brasiliense. (Coleção Primeiros
Passos).
WILSON, Marcos. As perspectivas do mundo. São Paulo: Atual/Unicamp, 1987.
Coleção 5 - “História, Sociedade e Cidadania”.
Recomendações no fim do capítulo -
Livros -
BRENER, Jayme. As guerras entre Israel e os árabes. São Paulo: Scipione, 1997. (Opinião e
debate).
OLIC, Nelson Bacic; CANEPA, Beatriz. Oriente Médio e a questão da Palestina. São Paulo:
Moderna, 2003.
SZTERLING, Silvia. A formação de Israel e a questão da Palestina. São Paulo: Ática, 2004.
(O cotidiano da História).
Sites -
Alô Escola - TV Cultura. Disponível em: <www.tvcultura.com/Aloescola>
Filmes -
Promessas de um mundo novo. Direção de Justine Arlin, Carlos Bolado e B.Z. Goldberg.
Estados Unidos/Palestina/Israel: Promises Film Project, 2001. (116 min).
Três reis. Direção de David Russell. Estados Unidos: Warner Bros/Village Roadshow
Productions, 1999. (115 min).
Bibliografia da Unidade -
ARBEX JÚNIOR, José. Islã: um enigma de nossa época. São Paulo: Moderna, 1996
(Polêmica).
BRENER, Jayme. Ferida Aberta. O Oriente Médio e a nova ordem mundial. São Paulo:
Atual, 1993. (História Viva).
OZ, Amós. Contra o fanatismo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
TREIGNIER, Michel. Guerra e paz no Oriente Médio. São Paulo: Ática, 1994 (História em
movimento).
Coleção 7 - “Navegando pela História”.
Sugestão de leitura
SACCO, Joe. Palestina, uma nação ocupada. São Paulo, Conrad Livros, 2005.
PAX, Salam. O blog de Bagdá. São Paulo, Companhia das Letras, 2006.
CLÉMENT, Catherine. A viagem de Théo: o romance das religiões. São Paulo, Companhia
das Letras, 2007.
Filmes
Fora do jogo (Offside), Irã, 2006, Direção de Jafar Panahi.
Lemon Tree, Direção de Eran Riklis, 2008.
Bibliografia -
ARBEX JR, José. Islã: um estigma de nossa época. São Paulo, Moderna, 1997.
HISTÓRIA ILUSTRADA DO SÉCULO 20. São Paulo, Publifolha, 1996.
HOBSBAWN, E. Era dos extremos: o breve século XX - 1914 - 1991. 2. ed. São Paulo,
Companhia das Letras, 1998.
NABHAN, Neuza Neif. Islamismo: de Maomé a nossos dias. São Paulo: Ática, 1996.
Coleção 9 - “Para entender a História”.
BRENER, Jaime; Camargo, Claudio. Guerra e paz no Oriente Médio. São Paulo, Contexto,
1995.
CARNEIRO, Maria Luiza T. Holocausto: crime contra a humanidade. São Paulo, Ática,
2002.
CHOMSKY, Noam. Iraque: assalto ao Médio Oriente. Lisboa, Antígona, 2003.
HOBSBAWN, E. Era dos Extremos (o breve século XX: 1914 - 1991). São Paulo,
Companhia das Letras, 1995.
LEWIS, Bernard. O que deu errado no Oriente Médio? Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
PINSKY, Jaime (coord.). O Oriente Médio: origem histórica dos conflitos. Imperialismo e
petróleo: judeus, árabes, curdos e persas. São Paulo, Atual; Campinas, Editora de Unicamp,
1991.
PINTO, Maria do Carmo de P. F. Infiéis na terra do Islão: os Estados Unidos, o Médio
Oriente e o Islão. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2003.
YASBEK, Mustafa. O movimento palestino. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1987.
Coleção 10 - “Para Viver Juntos”.
Sugestão para os alunos -
Filmes -
Onze de Setembro. Direção: Vários. França, 2002. 135 min.
Sugestão para os professores -
Livros -
FARIA, R. de M. Da Guerra Fria à Nova Ordem Mundial. São Paulo, Contexto, 2003.
Bibliografia -
HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX (1914 - 1991). São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
___________. Globalização, democracia e terrorismo. São Paulo: Companhia das letras,
2007.
HOURANI, A. Habib. Uma história dos povos árabes. São Paulo: Companhia das letras,
2006.
MASSOULIÉ, François. Os conflitos no Oriente Médio. São Paulo: Ática, 1994.
Coleção 11 - “Projeto Araribá”.
HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX (1914 - 1991). 2. ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
____________. Tempos interessantes: uma vida no século XX. São Paulo: Companhia das
Letras, 2002.
OLIC, Nelson Bacic. O Oriente Médio: uma região de conflitos. São Paulo: Moderna, 1991.
Bibliografia da Unidade 6 -
Leituras professor -
HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX (1914 - 1991). 2. ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
Leituras aluno -
FREIGNIER, Michel. Guerra e paz no Oriente Médio. São Paulo: Ática, 1994.
Filmes -
LEMON tree. Dir.: Eran Riklis. ISR/ALE/FRA, 2008.
Bibliografia da Unidade 8 -
Leituras professor -
HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX (1914 - 1991). 2. ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
__________. Tempos interessantes: uma história no século XX. São Paulo: Companhia das
Letras, 2002.
Filmes -
A CAMINHO de Kandahar. Dir.: Mohsen Makhmalbaf. IRA, 2001.
Coleção 12 - “Projeto Radix”.
Específica do Capítulo 13 -
Filmes -
Promessas de um novo mundo. Direção: Justine Arlin, Carlos Bolado e B. Z. Goldberg,
EUA/Palestina/Israel, 2001.
Livros -
AKCELRUD, Isaac. O Oriente Médio. São Paulo/Campinas: Atual/Unicamp, 1985
BRENER, Jayme. As Guerras entre Israel e os Árabes. São Paulo: Scipione, 1997.
Específica do Capítulo 15 -
Filmes -
As Torres Gêmeas. Direção: Oliver Stone. Estados Unidos, 2006.
Bibliografia -
HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o Breve Século XX. São Paulo: Companhia das Letras,
1995.
NÓVOA, Jorge Luiz Bezerra (Org.). A História à Deriva: um Balanço de Fim de Século.
Salvador, UFBA, 1993.
REIS, Filho Daniel Aarão; FERREIRA, Jorge; ZENHA, Celeste. (Org.). O Século XX. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
SADER, Emir. Século XX: uma Biografia Não Autorizada. São Paulo: Fundação Perseu
Abramo, 2000.
Educação continuada: Indicações de leitura e páginas da internet -
MASSOULIE, F. Conflitos do Oriente Médio. São Paulo: Ática, 1994.
Coleção 13 - “Saber e Fazer História”.
Recomendações no fim do capítulo (Capítulo 12) -
Filmes -
Através das Oliveiras (Irã/França). Direção de Abbas Kiarostami. PlayArte,1994. 103 min.
A Caminho de Kandahar (Irã). Direção de Mohsen Makhmalbaf. Lumière, 2001. 85 min.
Alila (Israel/França). Direção de Amos Gitai. Europa Filmes, 2003. 123 min.
O caçador de pipas. Direção de Marc Forster. Paramount, 2007. 122 min.
Persépolis (França/EUA). Direção de Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi. Europa Filmes,
2007. 95 min.
Livros -
Jayme Brener. Ferida aberta: o Oriente Médio e a nova ordem mundial. 3. ed. São Paulo:
Atual, 1993 (Coleção História viva).
Michel Treignier. Guerra e paz no Oriente Médio. 4. ed. São Paulo: Ática, 1999. (Coleção
História em movimento).
Sites -
http://www.jcreations.net./pt/?id=1237
http://www.espacoacademico.com.br/031/31ip_rattner.htm
http://www.militarypower.com.br/frame4-historia.htm
Recomendações no fim do capítulo (Capítulo 15) -
Filmes -
Fahrenheit 11 de setembro (Estados Unidos). Direção de Michael Moore, 2004. 97 min.
Yasmin: uma mulher, duas vidas (Inglaterra). Direção de Kenny Glenaan. 2004. 87 min.
Livros -
Salam Pax. O blog de Bagdá. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
Bibliografia Capítulo 12 -
ARMSTRONG, Karen. Jerusalém: uma cidade, três religiões. São Paulo: Companhia das
Letras, 2000.
BISHARA, Marwan. Palestina/Israel: a paz ou o apartheid. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
CAMARGO, Cláudio; BRENNER, Jayme. Guerra e paz no Oriente Médio. São Paulo:
Contexto, 1995.
COURAU, Christophe. Líbano, tão rico e tão cobiçado. História viva. São Paulo: Duetto, ano
II, n. 24, out. 2005. p. 62 - 66.
___________. Muralhas que dividiram os homens. História viva. São Paulo: Duetto, ano II,
n. 13, nov. 2004. p. 68 - 72.
DEMANT, Peter. O mundo muçulmano. São Paulo: Contexto, 2004.
DUPAS, Gilberto; VIGEVANI, Tullo (org.). Israel-Palestina: a construção da paz vista de
uma perspectiva global. São Paulo: Editora da Unesp, 2002.
HOBSBAWM, Eric J. A era dos extremos: o breve século XX (1914 - 1991). São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
NÉRÉ, Jacques. História contemporânea. 2. ed. São Paulo/Rio de Janeiro: Difel, 1981.
PACAUT, Marcel; BOUJU, Paul M. O mundo contemporâneo. Lisboa: Imprensa
Universitária/Editorial Presença, 1979.
SILVA, Edilson Adão Cândido da. Oriente Médio: a gênese das fronteiras. São Paulo: Zouk,
2003.
SINGER, Paul. Nacionalismo, sionismo e antissemitismo. Novos Estudos. Cebrap. 62, mar.
2002.
Bibliografia Capítulo 15 -
LUKACS, John. O fim do século XX e o fim da Era Moderna. São Paulo: Best-Seller, 1993.
Coleção 14 - “Tudo é História”.
Fim do Capítulo 12 -
Livros -
A formação de Israel e a questão da Palestina, de Silvia Szterling, Ática, 2000.
Os pichadores de Jabalia, de Ouzi Dekel, Ediçõe SM, 2005.
Palestina - Na faixa de Gaza, de Joe Sacco, COnrad do Brasil, 2003.
Retratos de uma guerra, de Ariel Fingerman, Globo, 2005.
Filmes -
Kedma. Direção: Amos Gitai, 2002, 100 min.
Tempo de embebedar cavalos. Direção: Bahman Ghobadi, 2000. 80 min.
Separados pelo ódio. Direção: Jack FIsher, 1987, 120 min.
O caçador de pipas. Direção: Marc Forster, 2007, 127 min.
Sites -
www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/iraque-ira/
www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/yasser_arafat-
_um_lider_entre_extremos_imprimir.html
http://www.educacao.uol.com.br/historia/ult1704u22.jhtm
http://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/guerra-dos-seis-dias.htm
Fim do capítulo 23 -
11 de setembro de 2001, de José Carlos Sebe Bom Meihy, IBEP Nacional, 2005
Balada russa, de Wladimir Kaminer, Globo, 2005.
O blog de Bagdá, de Salam Pax, Companhia das Letras, 2003.
Tensões no Oriente Médio e a guerra no Afeganistão, de Fernando Gelfuso e Lafayette
Tourinho Neto, Ediouro, 2002.
Filmes -
Osama. Direção: Sedigh Barmak, 2003, 82 min.
Voo United 93. Direção: Paul Greengrass, 2006, 111 min.
Sites -
http://noticias.uol.com.br/onzedesetembro/
http://educacao.uol.com.br.br/historia/ult1704u27.jhtm
www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=354
Bibliografia -
HOBSBAWM, E. Era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
SILVA, Francisco Carlos Teixeira da (org.). Enciclopédia de guerra e revoluções do século
XX. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2004.
WRIGHT, Lawrence. O vulto das torres: a Al-Qaeda e o caminho até 11/09. São Paulo:
Companhia das Letras, 2007.
Coleção 15 - “Vontade de Saber História”.
DEMANT, Peter. O mundo muçulmano. São Paulo: Contexto, 2004.
HOBSBAWM, E. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914 - 1991. Trad. Marcos
Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
LEWIS, Bernard. O Oriente Médio: do advento do cristianismo aos dias de hoje. Trad. Ruy
Jungmann. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1996.
MAGNOLI, Demétrio. (org.). História das Guerras. São Paulo: Contexto, 2006.
SCLIAR, Moacyr. Judaísmo: Dispersão e unidade. São Paulo: Ática, 1994. (As Religiões na
História)
VISENTINI, Paulo G. Fagundes; PEREIRA, Analúcia Danilevicz. História do mundo
contemporâneo: da Pax Britânica do século XVIII ao Choque das Civilizações do século
XXI. Petrópolis (RJ): Vozes, 2000.

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