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imagens-nas-aulas-de-historia

Publicado em NOVA ESCOLA 25 de Abril | 2013

prática pedagógica

Como usar imagens nas


aulas de História
NOVA ESCOLA

Vídeo: https://www.youtube.com/embed/9FyH3PU5A14

No terceiro episódio da série NOVA ESCOLA NA SUA ESCOLA, Juliano


Sobrinho, professor do curso de História da Universidade Nove de Julho
(Uninove), mostra como utilizar imagens com turmas de Educação de Jovens e
Adultos (EJA).

Ensinar os estudantes do 9º ano da EJA a ler imagens era um dos objetivos da


professora Jaqueline de Almeida, da EMEB Donald Savazoni, em Franco da
Rocha, região metropolitana de São Paulo. Eles estavam estudando as
diversas formas de trabalho, e a escravidão seria abordada em seguida. Para
ajudá-la a conduzir as atividades, Sobrinho foi até a escola.

Com base em discussões com a educadora, Sobrinho preparou uma aula


focada na análise de imagens de Jean-Baptiste Debret (1768-1848) e Johann
Moritz Rugendas (1802-1858). O professor planejou desconstruir a figura do
escravo submisso, mostrando que os negros foram sujeitos históricos que
lutaram por seus interesses, mesmo diante de um sistema opressor. A
intenção era mostrar também que as imagens não representam a realidade,
mas, sim, reproduzem a visão de mundo de seu autor.

Depois da discussão, Sobrinho chamou a atenção para os procedimentos de


leitura, como conhecer o nome da obra e em que contexto foi produzida. Ao
fim da aula, o educador conversou com Jaqueline e Joicimara. Os três
refletiram sobre o trabalho realizado. Sobrinho indicou bons sites de
pesquisa de imagens, como o acervo do Itaú Cultural (itaucultural.org.br), da
Biblioteca Brasiliana (brasiliana.usp), da Biblioteca Nacional (bndigital.bn.br) e
do Instituto Moreira Salles (ims.org.br). O trio também repassou os
procedimentos básicos para interpretar uma iconografia: ler o título e o nome
de seu autor; conhecer a percepção de mundo dele; saber a data de
produção da imagem e discutir o contexto na qual ela foi produzida. Com
isso, a turma aprendeu que nosso olhar sobre a escravidão depende de
interpretação.

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